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Fascíola hepática -Fascíolose- Prof.Me. Lucilene Rossilho Mangerona Disciplina: Parasitologia e Análises Ambientais FADAP/ FAP Fascíola hepática → É um parasito dos canais biliares de ovinos , bovinos , caprinos, suínos e vários mamíferos silvestres. Conhecida como “baratinha do fígado” Brasil em 1918 – F. hepática, pela 1ª vez em bovinos e ovinos no Rio Grande do Sul. Distribuição mundial: áreas alagadas Fascíola hepática- morfologia Verme adulto: aspecto foliáceo Comprimento: 3cm e Largura: 1,5cm Cor: pardo-acinzentada Ventosa oral→ faringe curta→ ramos cecais(cecos ramificados) Ventosa ventral→ próximo abertura genital Hermafrodita (órgão copulador) Tegumentos coberto por espinhos. laringe (ventosa ventral) Fascíola hepática- habitat Encontrada: Hospedeiros definitivos: Interior da vesícula e dos canais biliares mais calibrosos. Homem: vias biliares e também parênquima pulmonar. Fascíola hepática – Ciclo Biológico Heteroxênico • Hospedeiro definitivo: ovinos, bovinos, mamíferos silvestres • Hospedeiro definitivo acidentalmente: Homem • Hospedeiro intermediário: caramujos do gênero Lymnaea ( L columela) No Brasil: transmissão ocorre por meio L.columela Lymnaea (Pseudouccinea) columela Fascíola hepática –Ciclo de Biológico noticias.estartelecom.com.br 1- HD libera ovos embrionados no meio ambiente (25°C a 30 °C) num ambiente úmido e sombreado, 2- miracídio entra em contato com a água e sai ativamente do ovo e penetra no molusco (L columela), 3- permance no molusco por 30 a 40 dias e cada miracídio forma o esporocisto → Rédias → cercárias, 4- cada molusco liberam cercárias em torno de 3 meses, 5- As cercárias saem do molusco nadam e aderem a superfície Ex. folhas de vegetais (agrião) ou chegam a superfície da água em contato com o2, 5- as cercárias perdem a cauda encistam-se e ficam aderidas na vegetação formando as metacercárias (cercaria encistada), 6- metacercária permanece infectante /3meses (25°C a 30°C), 7- homem ou animal infecta-se ao beber água ou comer verduras com metacercárias, 8- Se desencistam no intestino delgado, perfurando a parede do mesmo e caem na cavidade peritoneal, 9- perfuram a cápsula hepática e migram para o parênquima hepático, caracterizando a forma aguda da doença, 10- dois meses depois estão nos ductos biliares inicio da fase crônica da doença. Fascíola hepática- Transmissão Ingestão de verduras água contaminadas com metacercárias. Animais se infectam bebendo água e ingerindo alimentos ( capins, gravetos, etc.) contaminados com metacercárias. portizsite.wordpress.com Fascíola hepática - Patogenia • Fasciolose: Processo inflamatório crônico do fígado e dos ductos biliares. Animais: mais grave, “a migração simultânea de grande quantidades de formas imaturas pelo fígado causa uma hepatite traumática e hemorragias “ ↓ grave perda de peso, diminuição da produção de leite e até a morte. Fascíola hepática- Patogenia Homem: dois tipos de lesão, A-) provocadas pela migração de formas imaturas no parênquima hepático; B-) ocasionadas pelo verme adulto nas vias biliares Fascíola hepática - Patogenia A-) Formas imaturas: Verme jovem no interior do parênquima hepático ocorre com auxílio da ação enzimática que lisa os tecidos, favorecendo a migração do verme como também sua alimentação de células hepáticas e sangue. A medida que estas formas imaturas migram vão deixando o parênquima destruído, que vai sendo substituído por tecido fibroso levando a uma necrose parcial ou total dos lóbulos hepáticos Fascíola hepática - Patogenia B-) Formas Adultas: Presença de parasitos adultos dentro dos ductos biliares, em movimentação constante, levam a irritações do endotélio dos ductos →Hiperplasia epitelial Seguida de reação cicatricial, enrijecendo as paredes por fibrose seguida de deposição de cálcio. Levando a uma diminuição do fluxo biliar, provocando cirrose e insuficiência hepática. Fascíola hepática- Diagnóstico Clínico: Difícil de ser feito Laboratorial: -Coproparasitológico: Pesquisa de ovos nas fezes ou na bile. -Sorológico: Maior segurança ▪ Intradermorreação ▪ Imunofluorescência ▪ Reação de fixação do complemento ▪ ELISA Fascíola hepática - Diagnóstico Nos matadouros, durante a inspeção post mortem são examinados todos os órgãos e tecidos na sala de matança, imediatamente após o abate, e toda carcaça, partes de carcaça e órgãos com lesões que possam ser impróprios para o consumo são julgados após exame completo no Departamento de Inspeção Final (DIF). RIISPOA (BRASIL, 1952), arca.fiocruz.br Fascíola hepática - Epidemiologia - Zoonose rural - Fonte de infecção para o homem formas larvárias provenientes de caramujos, infectados com miracídios provenientes de ovos expelidos junto com as fezes de ovinos e bovinos. Fascíola hepática - Epidemiologia ✓O comércio de bovinos em caminhões, do Sul para o Norte, tem disseminado a doença não somente pelos animais, mas também pelos próprios caminhões cheios de fezes e lavados próximos de brejos ou córregos. Fascíola hepática - Epidemiologia Fatores importantes na epidemiologia fa fasciolose humana são: ✓Criação extensiva de ovinos e bovino sem pastos e áreas úmidas e alagadiças; ✓Longevidade dos ovos nos pastos os meses frios; ✓Presença de moluscos Lymnaea nesses pastos; ✓Longevidade da metacercária (até uma ano) na vegetação aquática; ✓Presença de parasitos nos animais; ✓Plantação de agrião em regiões parasitadas; ✓Hábitos de pessoas comerem agrião ou beberem água proveniente de córregos ou minas em regiões nas quais o parasito é encontrado em animais domésticos ou silvestres. Fascíola hepática - Profilaxia Fasciolose humana depende: - Controle dessa helmintose entre os animais domésticos; As medidas fundamentais para alcançar tal objetivo: - Evitar disseminação: ** Fator importante: É a adoção de política séria e eficiente, evitando a disseminação dessa parasitose, reduzindo não somente o atual índice da doença ente animais como evitará a formação de novos focos em outros estados. Fascíola hepática - Profilaxia - Destruição de caramujos: (moluscocida) Uso de solução aquosa do látex da coroa-de-cristo (Euphorbia splendens), na proporção de 12 mg/L foi testado em valas de irrigação, matando 95% dos caramujos. (não matando peixes, anfíbios ); Método ainda utilizado ainda incluem a drenagem de pastagens úmidas ou alagadiças; criação de anatídeos ( que se alimentam de caramujos)nas áreas infectados. Fascíola hepática - Profilaxia - Tratamento da Massa dos Animais: Triclabendazol (melhor resultado) - Isolamento de Pastos Úmidos: Os pastos úmidos devem ser isolados com cercas para impedir a entrada de animais. - Vacinação dos Animais: Estudo em desenvolvimento de uma vacina eficaz . Fascíola hepática - Profilaxia - Proteção do Homem: Áreas suspeitas: - Não beber água proveniente de alagadiços ou córregos, e sim filtrada ou de cisterna bem construída; - Não plantar agrião em área que possa ser contaminada por fezes de ruminantes ( como esterco, ou acidentalmente); - Não consumir agrião proveniente de zonas em que essa helmintose animal apresentar prevalência alta. Fascíola hepática - Tratamento Terapêutica deve ser realizada com cuidado, devido a toxicidade dos medicamentos e das possíveis complicações. Medicamentos: Bithionol- dosagem 50mg/Kg/dia durante 10 dias (ideal fracionar a dose diária) Deidroemetina – uso oral, injetável parenteral Albendazol (dose 10 mg/Kg ) com sucesso, embora apresente alguns efeitos colaterais, mas ainda em estudo Bibliografia: Neves,DP et al., Parasitologia Humana, 13ªed., Atheneu , São Paulo, 2016. Capítulo24- páginas 257-261 vetStream.com vetstream.com
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