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Fasciola hepatica · Doença: Fasciolose hepática · popularmente conhecido como baratinha do fígado · Parasita dos canais biliares de ovinos, bovinos, caprinos, suínos e vários mamíferos silvestres (HD), podendo ocasionalmente infectar humanos · HI: molusco do gênero Lymnaea · Formas evolutivas: Ovos, miracídio, esporocisto, rédia, cercária, metacercária, adulto Ciclo biológico: · Ovos não embrionados liberados pelas fezes vão se embrionar, formando o miracídio na presença de água. · O miracídio é liberado do ovo e nada ativamente de 6 a 8 horas para encontrar um molusco. · Após penetrar no molusco, o miracídio perde camada ciliada externa, formando o esporocisto, que é uma estrutura sacular, depois vira rédia e depois cira cercária (5 a 7 semanas). · As cercárias são liberadas dos caramujos e nadam até encontrarem plantas que estão na beirada dos rios, formando-se uma estrutura incestada (resistente), que é a metacercária. · Animais então infectam-se com as metacercárias, a partir do consumo de água ou plantas aquáticas. · Tanto nos animais quanto nos humanos as metacercárias se desincistarão no duodeno, perfurando essa parede até atingir o parênquima hepático, de onde vai para os ductos biliares, onde ocorrerá amadurecimento do parasita para verme adulto e ovo. · F.hepatica: 20000 ovos/dia · O miracídio pode penetrar em outros moluscos (atração por muco), mas somente no gênero Lymnae que completa o ciclo · 3 a 5 miracídios penetrando nos caramujos é suficiente para a produção de cercárias (muitos miracídios acabam matando os moluscos) · Cada molusco libera em média 6 a 8 cercárias por dia durante cerca de 3 meses · Metacercária: infectante por 3 meses em umidade e temp. ambiente, mas em temp. baixa (5 graus), permanece viva por até 1 ano Transmissão: · Ingestão de água e ou verduras (ex: Agrião) contaminadas com metacercárias Locais parasitados: · Animais: interior da vesícula biliar e canais biliares · Homem: Vias biliares, alvéolos pulmonares e mais raramente outros locais Patogenia e sintomas · Processo inflamatório crônico do fígado e ductos biliares, sendo mais grave nos animais (maior número de parasitas) do que em humanos · Nos animais causa hepatite traumática, hemorragia, perda de peso, diminuição na produção de leite, e até a morte · Fase aguda: Migração do verme jovem pelo parênquima hepático · As formas jovens alcançam o fígado 7 dias após ingestão da metacercária · Enzimas proteolíticas destroem o parênquima, favorecendo a migração e alimentação (células hepáticas e sangue), que acaba sendo substituído por tecido fibroso · Vasos sanguíneos intra-hepáticos também são lesados, ocorrendo focos de necrose e hemorragia interna · Sintomas: Febre, náusea, inchaço no fígado, erupção cutânea e dor abdominal intensa · Fase crônica: Vermes adultos nos ductos biliares · Movimentação constantes a presença de espinhos na cutícula provocam ulcerações e irritações no endotélio dos ductos biliares, que resultam em fibrose e deposição de sais de Ca · Com isso, há a diminuição do fluxo biliar, provocando cirrose e insuficiência hepática · Sintomas: Dor intermitente, icterícia e anemia, pancreatite, cálculo biliar Diagnóstico · Clínico: difícil · Laboratorial: pesquisa de ovos nas fezes ou na bile, mas a quantidade de ovos pode ser muito pequena · Métodos sorológicos (intradermoreação, IFI e ELISA): sensibilidade baixa e possibilidade de reação cruzada com Echinococcus e Schistosoma · Tratamento dos humanos: Bithionol, deidroemetina, albendazol ou triclabendazol Epidemiologia · Os casos de fasciolose humana acompanha a distribuição da doença em animais, que funcionam como reservatórios para o parasito · A fasciolose é mais comum em animais do que em humanos, mas estima-se que o número de infectados no mundo exceda 2 milhões · É encontrada em mais de 50 países, todos os continentes, com exceção da Antártica · Mais frequente em áreas úmidas ou alagadas · Surto de fasciolose em curitiba- agrião Profilaxia: · Destruição dos caramujos (moluscicidas, drenagem de pastagens) · Tratamento dos animais · Isolamento dos pastos úmidos · Evitar consumo de água e agrião em regiões próximas a pastagens · Vacina para S. mansoni e F. hepatica - proteína Sm 14r, que está relacionada ao transporte de ácidos graxos · em fase clínica 2 Classe Trematoda · Corpo com ventosas ou aberturas · Adultos não apresentam epiderme e cílios externos · Corpo não segmentado, com uma ou mais ventosas · Tubo digestivo incompleto · Maioria hermafrodita, com poucas exceções (ex: Schistosoma) · Ciclo biológico com no mínimo 2 hospedeiros, um HI (moluscos) e um HD (vertebrados)
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