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Vivianne Beatriz – Neurologia – Medicina UFAL 1 ♦ São doenças inflamatórias idiopáticas do SNC; ♦ Patologia autoimune, que causa desmielinização da substancia branca; Esclerose múltipla ♦ Autoimune, inflamatória, desmielinizante, crônica e evolutiva; ♦ Acomete adultos jovens entre 20 e 40 anos, em especial mulheres caucasianas; ♦ Causa importante de incapacidade neurológica em jovens; ♦ Maior incidência na região sudeste: baixas temperaturas! ♦ Causada por interação de fatores genéticos + ambientais; Ambientais: baixa exposição solar, baixos níveis de vitamina D, tabagismo e EBV; ♦ Ocorre a formação de placas (cicatrizes) devido a proliferação de células da glia nos locais com desmielinização; ♦ SURTO Sintomas neurológicos TRANSITÓRIOS, que variam de acordo com a região; Duram > 24h; Precede um período de estabilidade clínica de, pelo menos, 30 dias; AUSENCIA DE QUADROS FEBRIS E/OU INFECCIOSOS; Podem remitir espontaneamente ou após tratamento; Neurite óptica, paresia/parestesia de membros, disfunção da coordenação e equilíbrio, mielites, disfunções esfincterianas e disfunções cognitivos- comportamentais, de forma isolada ou em combinação; ♦ Os sintomas variam muito de acordo com o local acometido: Déficits sensitivos: hipoestesia, parestesia e dor; Déficits motores: fraqueza, espasticidade, hiperreflexia, Babinski; Déficits visuais: diplopia, neurite óptica, dor retrorbital; Síndromes medulares; Sintomas genitourinários: incontinência, urgência miccional, polaciúria, disfunção sexual; Sintomas psiquiátricos: depressão e perda cognitiva; ♦ Fenômeno de Urthoff: piora dos sintomas quando há um aumento da temperatura corporal; ♦ Sinal de Lhermitte: dor/choque na região da coluna, que irradia para lombar e membros superiores; ♦ FORMAS CLÍNICAS: REMITENTE RECORRENTE (85%): surto – remite – surto SECUNDARIAMENTE PROGRESSIVA (5%): 50% dos casos são de pacientes que evoluíram da RR (sem tratamento). Após um período de remitência e recorrência, acumula incapacidade ao longo do tempo sem ter surtos; PRIMARIAMENTE PROGRESSIVA (10%): evolui desde o início sem ter surtos, acumulando incapacidades, não há períodos de calmaria; ♦ CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE MCDONALD 2 surtos ou 1 surto compatível com episódios desmielinizantes + lesões silenciosas na RNM compatíveis com esclerose múltipla em 2 das 4 regiões comumente afetadas, com indícios de dispersão temporal (novas lesões vão surgindo); Regiões comumente afetadas: periventricular, justacortical, infratentorial e medula espinhal; ♦ Diagnóstico: clínico + RNM de encéfalo e medula espinal + LCR (essenciais); ♦ Dedos de Dawson: Vivianne Beatriz – Neurologia – Medicina UFAL 2 ♦ Não há marcador específico para a doença! ♦ LCR Anormalidade na quantidade de células e proteínas; Solicitar pesquisa de bandas oligoclonais de imunoglobulinas; ♦ Potenciais evocados: bom para lesões subclínicas; Ocorre lentidão na condução dos impulsos nervosos; Avalia vias visuais, tronco encefálico e somatossensitivas; Não é fundamental para diagnóstico; ♦ DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Desmielinizantes: mielite transversa, neurite óptica; Vasculites sistêmicas: LES, síndrome de Sjoegren, doença de Behçet e sarcoidose; Embolia de origem cardíaca; Infecção: sífilis meningovascular, doença de Lyme, HIV e HTLV; Síndromes paraneoplásicas; ♦ TRATAMENTO SURTO: pulso de metilprednisolona 1g EV durante 5 dias – tratar doenças parasitárias, pedir radiografia de tórax para afastar doenças pulmonares, antes de iniciar a pulso; RR: imunomoduladores (beta interferonas, glatirâmer, alemtuzumabe, fingolimode (avaliar parâmetros cardiovasculares), mitoxantrona, teriflunomida, natalizumabe; SP e PP: metotrexato VO – reduz a progressão da incapacidade neurológica; ♦ Sequelas: Disfunções vesicais, espasticidade, contraturas dolorosas, dores articulares intermitentes, fadiga (amantadina melhora!), escaras e depressão; ♦ Escala EDSS: parece o NIHSS; Neuromielite óptica ♦ Também chamada de Doença de Devic; ♦ Quadros graves de neurite óptica e mielite longitudinal extensa; ♦ Acomete mais o sexo feminino, especialmente de ascendência africana ou asiática; ♦ Atinge pessoas de 30 a 40 anos; ♦ AGRESSIVA! ♦ Ataques graves, que tendem a atingir nervo óptico e medula espinhal; ♦ Pode acometer tronco encefálico: náuseas, soluços e vômitos incoercíveis (> 48h); ♦ Diagnóstico: RNM das órbitas com lesão hiperintensa com realce ao contraste; RNM de medula com envolvimento de mais de 3 corpos vertebrais nos cortes sagitais; ♦ Anticorpo antiaquaporina-4 positivo; ♦ TRATAMENTO FASE AGUDA: Pulsoterapia igual a esclerose múltipla, ou plasmaférese; MANUTENÇÃO: imunossupressores (azatioprina, micofenolato mofetil ou anticorpos monoclonais; ♦ Onde mais eu uso azatioprina e micofenolato? MIASTENIA GRAVIS!
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