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A população, muitas vezes, não compreende a importância de sua participação na geração das receitas necessárias para que o País, Estados e Municípios possam manter-se em pleno funcionamento e para que possam fazer os investimentos necessários para seus respectivos desenvolvimentos. Nesse sentido, podemos observar, de acordo com dados do Impostômetro, que, no ano de 2018, o contribuinte brasileiro arrecadou, aos Cofres Públicos, o valor de R$ 2.388.541.448.792,42. Para tanto, a receita dos tributos arrecadados tem fins de beneficiar a própria sociedade. Fonte: Impostômetro, (on-line). Disponível em: < https://impostometro.com.br/ >. Acesso em: 7 fev. 2019. Tendo em vista os aspectos observados, defina o que é tributo e cite, ao menos, três exemplos de tributos que contribuem na geração de receitas para o país, estados e municípios. “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” Art. 3º CTN Com a citação extraída do Código Tributário Nacional (CTN) podemos definir o conceito de tributo, sua essência, e claro, sua destinação. Desta maneira, tributos, são àqueles instituídos por Lei, onde os contribuintes, pessoas físicas e jurídicas devem recolher aos cofres públicos, suas contribuições para o desenvolvimento e a manutenção da sociedade, sobretudo, sobre as áreas de educação, saúde e segurança. De acordo com o Art. 3º do CTN, o tributo deve ser recolhido em moeda corrente, não podendo dessa forma ser pago com, como por exemplo, móveis, veículos e commodities, todavia, caso aprovado por Lei, pode ser compensado com imóveis. Portanto, podemos citar alguns exemplos de tributos, responsáveis pelo mantenimento da eficiência da sociedade e da qualidade dos serviços públicos. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) O IPI é um imposto seletivo, ou seja, sua alíquota é regulada pelo governo tendo em vista a essencialidade do produto, por exemplo, produtos supérfluos como cigarros e bebidas, tendem a possuir porcentagens mais elevadas quando da tributação. Enquanto itens essenciais, como remédios e alimentícios possuem tributação inferior quando do IPI, pois a sociedade demanda desses produtos para sobrevivência. As alíquotas são referenciadas na tabela TIPI, conforme NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) e essas alíquotas são aplicadas sobre a venda de produtos industrializados ou importados por indústria ou equipado a indústria em sua primeira saída. O IPI é um imposto de competência da União e está previsto no artigo 153 da Constituição Federal de 1988 – CF/88. Portanto, o IPI é um imposto federal e o dinheiro arrecadado vai para o tesouro nacional. Todos os produtos industrializados estão passíveis a serem taxados, sejam eles beneficiados, transformados, montados, acondicionados ou restaurados. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO (ICMS) É o imposto que incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias, sobre a prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e a prestação de serviços de comunicação e telecomunicação. A alíquota do ICMS é variável e de competência dos Estados. Portanto, a alíquota pode variar entre 4%, 7% e 12% quando da operação interestadual envolvendo produtos nacionais ou importados sem similar nacional. E de 17% e 18% para operações estaduais (internas). Enquanto no ramo de comunicação, a alíquota pode alcançar 30% sobre o preço e demais tributos calculados por fora. 25% arrecadados de ICMS pelos Estados pertencem aos Municípios e o principal critério para distribuição é o seu movimento econômico. Os recursos arrecadados se destinam ao atendimento de exigências sociais e melhoria dos serviços públicos, tais como educação, saúde e segurança. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (ISSQN) O fato gerador do ISS (Imposto Sobre a Prestação de Serviços) é a prestação de serviço, realizada por pessoa física (autônomo) ou pessoa jurídica de serviços descritos na Lei Complementar 116/2003, em regra geral, o ISS será devido no local do estabelecimento prestador ou na falta dele, no local onde reside o prestador, exceto nas exceções previstas no Art. 3º, onde o ISS será devido no local de prestação do serviço. Os contribuintes do imposto são as empresas ou profissionais autônomos que prestam o serviço tributável, mas os municípios e o Distrito Federal podem atribuir às empresas ou indivíduos que tomam os serviços a responsabilidade pelo recolhimento do imposto. Como regra geral, o ISSQN é recolhido ao município em que se encontra o estabelecimento do prestador. A função do ISSQN é predominantemente fiscal. Mesmo não tendo alíquota uniforme, não podemos afirmar que se trata de um imposto seletivo. Desta maneira, as alíquotas de ISS podem variar entre 2% e 5%. Optantes pelo Simples Nacional recolhem a alíquota proporcional ao seu enquadramento no regime. Desta maneira, vemos que o recolhimento de impostos é de suma importância para a manutenção dos serviços e desenvolvimento dos Municípios, Estados e da União. A evasão fiscal é um grande inimigo do governo, uma vez que muito dinheiro deixa de entrar nos cofres públicos, devido a falta de ética de empresários e contadores irresponsáveis.
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