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Cessna 152 Manual de Operações e Manual de Manobras 3ª Edição 2019 Manual de Operações Cessna 152 3ª Edição 2019 2ª EDIÇÃO Página 1 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Este manual descreve a operação e desempenho do Cessna 152, objetivando desta maneira a padronização, a segurança das operações de voo e a maior longevidade das aeronaves. 2ª EDIÇÃO Página 2 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Índice 1– ESTRUTURA Pg. 03 2–MOTOR Pg. 03 3–HÉLICE Pg. 03 4–TREM DE POUSO Pg. 04 5– SISTEMA DE CONTROLE DA AERONAVE Pg. 04 6–FLAPS Pg. 05 7– PEDAIS Pg. 05 8– COMPENSADOR Pg. 05 9–SISTEMA DE IGNIÇÃO Pg. 05 10 – SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO Pg. 06 11– ACIONAMENTO DO MOTOR Pg. 06 12– SISTEMA DE COMBUSTÍVEL Pg. 06 13 – C ARBURADOR Pg. 07 14 – S ISTEMA ELÉTRICO Pg. 07 15–ALARME DE ESTOL Pg. 08 16–ILUMINAÇÃO Pg. 09 17–SISTEMA DE VÁCUO Pg. 09 18–SISTEMA DE PITOT ESTÁTICO Pg. 09 19–INSTRUMENTOS Pg. 10 20–MOVIMENTO DA AERONAVE NO SOLO Pg. 11 21 – LIMITAÇÕES Pg. 12 22 – PESO E BALANCEAMENTO Pg. 13 23–CHECKLISTS Pg. 14 2ª EDIÇÃO Página 3 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 1 - ESTRUTURA O Cessna 152 possui fuselagem semi-monocoque, constituída, em sua estrutura primária, de liga de alumínio. Outras partes como o para-brisas são construídos com fibra de vidro. O revestimento de metal é rebitado na estrutura. A cauda da aeronave é do tipo convencional constituída por um profundor, fixado diretamente no estabilizador horizontal, e um leme de direção, localizado no estabilizador vertical. O compensador da aeronave fica localizado no profundor. As asas ficam localizadas na parte superior da fuselagem, são do tipo semi-cantilever com diedro positivo de 1 grau, abrigam os tanques de combustível e seu revestimento é de liga de alumínio. 2-MOTOR Possui um motor Lycoming O-235-L2C, de quatro cilindros horizontais opostos, transmissão direta, 110HP a 2550 RPM, confeccionado de liga de alumínio, refrigerado pelo ar atmosférico que entra na parte frontal da aeronave e é direcionado pelos defletores para todo o motor. 3-HÉLICE A aeronave é equipada com uma hélice McCauley 1A103, composta por duas lâminas que giram no mesmo sentido do eixo de manivelas, isto é, no sentido horário, observado do cockpit. Para diminuir o arrasto é usada uma carenagem chamada Spinner. Diâmetro da hélice: min. 67,5 pol. – Máx. 69 pol. 2ª EDIÇÃO Página 4 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 4–TREM DE POUSO O trem de pouso é do tipo fixo, triciclo (trens principais e trem do nariz). Os trens principais são compostos de uma estrutura de lâminas de aço tubular, fixadas na parte inferior da fuselagem. O trem do nariz possui uma estrutura aero - hidráulica que minimiza e absorve os impactos gerados durante o pouso. Possui também um cilindro com fluído hidráulico que ajuda a evitar as vibrações (Shimmy). O sistema de freio é do tipo diferencial, acionado pela parte superior dos pedais. Trata-se de um disco simples instalado no trem principal e ativado hidraulicamente, ampliando as forças aplicadas pelo piloto. Através deste sistema, é possível executar uma curva bem fechada, acionando apenas um dos freios, porém essas curvas são desaconselháveis por causarem grandes esforços e danos aos pneus. Na partida do motor, o piloto deverá exercer grande pressão na parte superior dos pedais, acionando simultaneamente os dois freios, pois esta aeronave não possui freio de estacionamento. 5 –SISTEMA DE CONTROLE DA AERONAVE A aeronave possui um controle através de dois manches fixados no cockpit, atuando nas superfícies de comando primárias, como o aileron e profundor. 2ª EDIÇÃO Página 5 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 6-FLAPS Os flaps são do tipo simples (aumentam a curvatura das asas), são acionados através de sistema elétrico, por uma alavanca localizada no painel da aeronave, com posições de 0º, 10º, 20º e 30º. 7-PEDAIS O leme de direção é controlado através dos pedais da aeronave, que controlam também o trem do nariz. 8 –COMPENSADOR O acionamento do compensador é realizado através de uma roda dentada localizada no assoalho da aeronave, girando a mesma para trás, condição cabrado (nose up), girando para frente, condição de picado (nose down). 9 – SISTEMA DE IGNIÇÃO O Cessna 152 é equipado por um sistema duplo de ignição, formado por dois magnetos, acionados pela rotação do eixo de manivelas, produzindo assim uma alta voltagem para o distribuidor que direciona a alta tensão para as velas, gerando a centelha que produzirá a combustão dentro do cilindro. Os magnetos são fixados na parte traseira do motor. O acionamento dos magnetos pelo piloto será realizado através de uma chave, localizada ao lado esquerdo superior do painel. A chave deverá ser colocada na posição “ambos” (Both), para a partida do motor da aeronave. 2ª EDIÇÃO Página 6 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 10- SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO O óleo possui a finalidade de refrigerar e lubrificar o motor, o sistema usado no Cessna 152 é do tipo cárter seco. O cárter fica localizado na parte inferior do motor e recebe o óleo de um filtro que é impulsionado por uma bomba mecânica do tipo engrenagem. Possui uma válvula “by pass” que direciona o óleo para outro compartimento a fim de ser resfriado. Na carenagem do motor existe uma porta que dará acesso a tampa de cor amarela que possui uma vareta que indica a quantidade de óleo presente no reservatório. No painel de instrumentos da aeronave, localizados ao centro inferior, temos um indicador de pressão de óleo, e um indicador de temperatura do óleo. Para uma operação normal a pressão e temperatura do óleo deverão estar na faixa verde do instrumento. 11- ACIONAMENTO DO MOTOR O sistema de acionamento do motor é realizado através de um motor de arranque que é acionado pela chave que também liga os magnetos, no painel de instrumentos. Para acionar o motor de arranque; deve-se girar para a direita da posição Both dos magnetos, por no máximo de 8 segundos após o acionamento do motor. Havendo suspeita de motor afogado (fumaça preta ou giro intermitente da hélice), a potência deverá ser aberta completamente (manete toda a frente), e a mistura cortada. Se após este procedimento o motor acionar, a potência deverá ser reduzida e a mistura gradualmente enriquecida. ATENÇÃO: Se após a partida do motor não houver indicação de aumento de pressão, no tempo máximo de 20 segundos, a mistura deverá ser cortada rapidamente. 12 - SISTEMA DE COMBUSTÍVEL O avião possui dois tanques de combustível, localizados cada um em uma asa, funcionando por gravidade enviando combustível para o carburador. No painel de instrumentos existem dois liquidômetros, um para cada tanque, porém aconselha-se utilizar uma vareta medidora para a certificação real da quantidade de combustível. O sistema ainda possui uma válvula seletora localizada entre os dois assentos no assoalho da aeronave, com a posição ON/OFF. 2ª EDIÇÃO Página 7 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Para a verificação de água no combustível da aeronave realizar a drenagem pelos drenos localizados nas asas e também pelo dreno de linha localizado acima do trem do nariz. 13 – CARBURADOR O carburador está localizado na parte inferior do motor e é responsável pela mistura ar combustível que segue para queima dentro dos cilindros do motor. O carburador recebe o ar proveniente da entrada localizadana parte frontal da carenagem do motor, este ar é filtrado e sua entrada é regulada através de uma borboleta. A quantidade de combustível que entra no carburador também é regulada pela borboleta que é acionada pela manete de potência, localizada no painel de instrumentos da aeronave. No painel de instrumentos da aeronave existe um botão que proporciona ar quente/frio para o carburador (carburator heater), quando puxada aciona uma válvula que direciona o ar aquecido para o carburador em caso de formação de gelo (baixa temperatura). Quando pressionada manda ar frio para o carburador. Ainda no painel de instrumentos, indicada pela cor vermelha, existe a manete de mistura responsável por dosar a quantidade de mistura ar combustível no carburador. Nas condições de rarefação do ar, deve-se reduzir a quantidade de combustível enviada ao carburador, evitando assim que a mistura torne-se excessivamente rica. *Manete toda pressionada – Mistura rica / Manete Puxada – Mistura Pobre. 14 - SISTEMA ELÉTRICO A eletricidade no avião é utilizada para vários fins, tais como ignição e acionamento de acessórios, como iluminação e rádio comunicação. 2ª EDIÇÃO Página 8 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 O interruptor que aciona todo sistema elétrico (exceto os magnetos e sistema de ignição) fica localizado no painel de instrumentos ao lado esquerdo inferior, identificado como Master Switch. Ao colocar este interruptor na posição ON, o solenóide é energizado e a energia da bateria é admitida para o sistema elétrico. Caso a Master Switch seja ligada e não haja indicação de energia, o solenóide não será acionado e o motor de arranque não funcionará. Ainda no painel da aeronave ao lado do acionamento dos magnetos temos uma lâmpada de cor vermelha, quando acessa indica que o gerador de energia (responsável por carregar a bateria) não está funcionando. Se isto acontecer, o piloto deverá retornar imediatamente, pois a operação da aeronave sem o funcionamento do gerador poderá comprometer todo o sistema elétrico. O instrumento que indica o correto funcionamento do sistema elétrico é o amperímetro localizado ao lado direito do painel. Todos equipamentos elétricos são protegidos por disjuntores individuais (Circuit Breaks) dispostos em linha ao lado direito inferior do painel. Caso ocorra um curto circuito, o disjuntor relativo ao equipamento saltará interrompendo a alimentação elétrica, evitando assim maiores danos. OBS: No momento do acionamento do motor, ao ligar a “Master”, o piloto deve certificar-se de que o rádio e demais equipamentos elétricos estejam desligados, evitando possíveis oscilações e alta voltagem. 15 - ALARME DE ESTOL Localizado no bordo de ataque da asa esquerda, temos uma tomada que transmite indicação de aproximação do ângulo critico (ângulo de estol), no momento que a aeronave aumenta excessivamente seu ângulo de ataque, o fluxo de ar que passa pelo bordo de ataque em direção ao extradorso da asa causa uma sucção na tomada, que produzirá dentro da cabine um apito, este intensifica-se na medida em que se aumenta o ângulo de ataque. Antes do voo, esta tomada deverá ser verificada para a constatação de não obstrução. 2ª EDIÇÃO Página 9 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 16 - ILUMINAÇÃO A aeronave possui luzes de navegação, pouso e anti-colisão que são acionadas por switches localizados no lado esquerdo inferior do painel. Possui também botão circular na parte central do painel para iluminação do mesmo. O correto funcionamento de todas as luzes deverá ser checado antes de cada voo. 17 - SISTEMA DE VÁCUO O sistema possui uma bomba de vácuo que é alimentada pelo motor da aeronave. Esta bomba alimenta os instrumentos giroscópicos (giro direcional, horizonte artificial e indicador de curva). O instrumento que indica pressão de sucção da bomba está localizado na parte superior direita do painel, e seu correto funcionamento será verificado quando a pressão na bomba estiver entre o arco verde. 18 - SISTEMA DE PITOT ESTÁTICO Este sistema é composto por um tubo de pitot localizado no intradorso da asa esquerda e uma tomada de pressão estática localizada na seção dianteira esquerda da fuselagem. Este alimenta os seguintes instrumentos: velocímetro, altímetro e variômetro. Atenção: o tubo de pitot, assim como a tomada estática, deverá ser sempre checado para certificar que não se encontram obstruído. 2ª EDIÇÃO Página 10 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 19 - INSTRUMENTOS Giro Direcional: é um instrumento que acusa a proa da aeronave, constituído de giroscópio acionado a ar e estabilizado verticalmente. Deve ser ajustado com a bússola magnética antes da decolagem e corrigido em intervalos de 15 minutos para coincidir com a indicação da bússola. Inclinômetro: este instrumento indica a inclinação das asas. É constituído por um tubo transparente recurvado, contendo no seu interior querosene e uma bolinha pesada. Turn and Bank: indica a inclinação e a razão de curva. Velocímetro: mede a velocidade do avião em relação ao ar, é baseada numa cápsula de pressão diferencial que recebe a pressão total do ar no seu interior, e a pressão estática no seu exterior. As pressões estáticas do interior e do exterior se anulam e a pressão dinâmica sozinha faz a cápsula expandir-se. O Instrumento é graduado em Mph e Knots. Variômetro (Climb): Indica a razão de subida ou descida em pés por minuto. Seu funcionamento baseia-se não na pressão atmosférica, mas sim em sua variação. Se o avião descer, a pressão aumentará e caso suba, acontecerá o contrário. Esta variação atua sobre uma cápsula de pressão diferencial que movimenta uma agulha no mostrador. Altímetro: Indica a altitude em que o avião se encontra. Basicamente é um barômetro, formado por uma cápsula aneróide ligada a linha de pressão estática do avião. Esta cápsula aciona um ponteiro através de um mecanismo. O mostrador possui uma escala graduada de altitude em pés. Tacômetro: Indica a velocidade de rotação do eixo de manivelas do motor. 2ª EDIÇÃO Página 11 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Amperímetro: mede a corrente elétrica em ampères do gerador para a bateria, ou da bateria para o sistema elétrico do avião. Quando o motor e a Master Switch estiverem ligados, o amperímetro indicará a razão de carga da bateria, se o gerador não estiver em funcionamento o amperímetro indicará a razão de consumo da bateria. Liquidômetro: Indica a quantidade de combustível nos tanques através de uma unidade que contém uma resistência progressiva de um braço móvel. O braço é posicionado por uma bóia no tanque, este posicionamento é transmitido eletricamente ao instrumento do avião. Indicador de pressão: Indica a pressão de óleo por uma linha de passagem pressurizada. Deverá estar entre 60 e 90 psi (faixa verde). Rádio: O rádio VHF supre as necessidades de rádio comunicação inerente ao voo. Possui um transceptor de 270 canais de comunicação, o qual recebe e transmite sinais de 118.00 a 135.975 Mhz, e em intervalos de 25 Khz. Teste rádio possui um botão “Vol” para ligar e desligar o aparelho, assim como ajustar o volume. OBS: Antes da partida e corte do motor, todos equipamentos elétricos com exceção da “Beacon” deverão ser desligados. 20 - MOVIMENTO DA AERONAVE NO SOLO O trem do nariz possui um suporte para acoplamento de garfo que auxilia a manobrabilidade da aeronave no solo nas operações que não necessitam do funcionamento do motor. Na ausência do garfo, movimentar a aeronave através dos suportes das asas ou pelo trem principal, nunca pelo profundor. OBS: Não puxarou empurrar o avião pela hélice, pois mesmo com os magnetos desligados, poderá ocorrer o acionamento do motor. Taxiando a aeronave: O taxi deve ser efetuado a uma velocidade tal que minimize o uso dos freios e garanta que todos os controles estarão sendo utilizados para manutenção da direção. 2ª EDIÇÃO Página 12 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Em solo não pavimentado, taxiar com o mínimo de potência para evitar danos a hélice causados por pedras ou materiais estranhos. Em pistas pavimentadas, não exceder 1500 RPM. 21 - LIMITAÇÕES 1- Dimensões Envergadura 10,2m Comprimento 7,3 m Altura 2,6m 2- Velocidades Velocidade nunca exceder (VNE) 149kt Velocidade máxima estrutural de cruzeiro (VNO) 111 kt Velocidade máxima de manobra (VA) 93 kt Velocidade máxima com flap 30º (VFE) 85 kt Velocidade de estol sem flap 36kt Velocidade de estol full flap 31kt 3- Indicação no velocímetro Linha Vermelha (nunca exceder) 149kt Arco Amarelo (com cuidado em ar calmo) 111 a 149 kt Arco Verde (operação normal) 40 a 111 kt Arco Branco (operação com flaps estendidos) 35 a 85 kt Atenção: A componente máxima para vento de través é de 15 KT 4- Pesos Peso vazio 1185 lbs (537 Kg) Peso máximo para bagagens 120 lbs (54 Kg) Peso máximo de decolagem 1670 lbs (757 Kg) Peso máximo para pouso 1670 lbs (757 Kg) 5- Fator Carga Fator de Carga Máximo Positivo (+) Negativo (-) Flaps Up +4.4G -1.76 G Flaps Down +3.5 G - 2ª EDIÇÃO Página 13 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 6- Limitações do motor Máxima RPM (linha vermelha) 2550 RPM Operação normal (arco verde) 1900 a 2550 RPM Temperatura do Óleo Operação normal (arco verde) <245ºF (118ºC) Temperatura máxima (arco vermelho) 245ºF (118ºC) Pressão do Óleo Operação normal (arco verde) 60 a 90 psi Pressão máxima (linha vermelha) 100 psi Nota: Rotações por minuto acima do limite podem causar disparo de hélice, que é a desintegração da mesma. 7- Capacidade de óleo no motor A capacidade máxima é de 5,5 litros. Para a padronização do Aeroclube de Itanhaém, o nível mínimo de óleo é de 4 litros, e a máxima de 5 litros. 8- Capacidade de combustível Capacidade máxima de combustível 26 galões (98 litros) Combustível não utilizável em cada asa 0,75 galões (2,8 litros) Combustível utilizável 24,5 galões (92 litros) Consumo horário até 5000ft com 75% da potência 5,8 galões (23 litros) Autonomia regulamentada 3 horas e 40 minutos 9- Limitações do pneu Pressão do pneu do nariz 21 psi Pressão dos pneus principais 30 psi 22 - PESO E BALANCEAMENTO O C152 deve ser operado dentro dos limites de carga e posição do centro de gravidade determinados pelo fabricante. Para isso, antes de cada voo, faz-se necessário o cálculo do peso e balanceamento da aeronave que deve ser realizado como segue: Primeiramente o piloto precisa ter conhecimento de todos os pesos em uma única unidade de medida. 2ª EDIÇÃO Página 14 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Tabela de resultado Com os valores dos pesos, obtém-se a seguinte tabela de resultado: Planejamento de Peso e Balanceamento Peso (em uma única unidade) Peso Básico Vazio 1185 lbs (537 Kg) Combustível ? Piloto e Passageiro ? Óleo ? Bagageiro ? Total ? Após cálculo do total de peso, deve-se certificar de que o valor é inferior ao peso máximo de decolagem e pouso. 23 - CHECKLISTS Check Interno de Cabine Avião Calçado Master Desligado Magnetos Desligados Seletora de combustível Aberta Compensador Neutro Ar quente Fechado Manete de potência Toda reduzida Mistura Cortada Luzes Desligadas Master Ligar Indicadores de combustíveis Verificar Master Desligar Instrumentos do motor Verificar integridade/indicações Instrumentos do painel Verificar integridade Extintor de incêndio Verificar data de validade Banco Verificar fixação Cintos de segurança Verificar condições de uso e fixação Documentos da aeronave A bordo 2ª EDIÇÃO Página 15 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Inspeção pré-voo - sentido de circulação Inspeção Externa Fuselagem (lado esquerdo) - Verifique estado geral superior, lateral, inferior e antenas Empenagem - Verifique estado geral do intradorso e extradorso dos estabilizadores horizontais - Verifique articulação do profundor e fixação do compensador - Verifique estado do leme e estabilizador vertical - Verifique estado geral das lâmpadas Fuselagem (lado direito) - Verifique estado geral superior, lateral e inferior 2ª EDIÇÃO Página 16 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Asa lado direito - Verifique flap, aileron e ponta da asa - Verifique integridade da lâmpada da ponta de asa - Inspecione o bordo de ataque e intradorso da asa - Verificar montante Trem de pouso direito - Verifique pneu, marca de alinhamento e banda de rodagem - Verifique sistema hidráulico de freio, pastilhas e disco Nariz do Avião - Para-brisa limpo - Verifique o nível de óleo (Mín. 4 qts/gal) - Inspecione a hélice - Inspecione a área dos cilindros - Inspecione a correia do alternador - Verifique se o filtro de ar está desobstruído - Verifique integridade da lâmpada do farol de pouso - Verifique tomada estática livre e desobstruída Trem do Nariz - Verifique sistema hidráulico e anti-shimmy - Verifique tesoura e telescópio - Verifique integridade do pneu e marca de alinhamento Trem de pouso esquerdo - Verifique pneu, marca de alinhamento e banda de rodagem - Verifique sistema hidráulico de freio, pastilhas e disco 2ª EDIÇÃO Página 17 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕES CESSNA 152 Asa lado esquerdo - Retirar capa do pitot e verificar respiro do tanque (ambos desobstruídos) -Verificar montante - Inspecione o bordo de ataque, atuador de indicação de stall e intradorso da asa - Verifique ponta da asa, aileron e flap Inspeção Final - Verificar nível de combustível com a vareta de ambos os tanques e estado geral do extradorso da asa - Drenar ambos os tanques e depois a linha - Remover calços Antes da Partida Inspeção pré voo Efetuada Cintos de segurança Fixados Calços e garfos Removidos Seletora de combustível Aberta Disjuntores Armados Rádio e Transponder Desligados Compensador Neutro Manete de potência Reduzida Mistura Cortada Portas e Janelas Fechadas 2ª EDIÇÃO Página 18 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Partida Mistura Rica PARTIDA COM O MOTOR QUENTE INICIE DIRETO COM O STARTER, CASO NÃO ACIONE INJETAR A MANETE DE POTÊNCIA SOMENTE 1 VEZ (VERIFIQUE INDICADOR DE TEMPERATURA) Manete de Potência Avançar meia polegada Master Ligar Luz anti-colisão (Beacon) Ligar Área da hélice e sopro Livres Magnetos Ligar, posição Both Freios Aplicar Starter Acionar Após a Partida Motor 1000 RPM Pressão do óleo Acusar no máx. 20 sec. (caso não tenha indicação, cortar nos magnetos). Alternador Ligar e verificar amperímetro Luz de navegação Ligar Rádio Ligar e ajustar frequência Transponder Stand by (2000) Velocímetro Zerado (capa do pitot removida) Altímetro Ajustado (altitude local) Climb Zero Pressão de óleo Faixa verde Temperatura de óleo Faixa verde Bússola Sem vazamento Comandos Livres e correspondentes Cintos de segurança Fixados Porta Fechada Trem de pouso Pneus e freios – ok 2ª EDIÇÃO Página 19 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Ponto de Espera Motor 1000 rpm FreiosAplicados Janela Fechada Capa do pitot Retirada Flap Checar e ajustar 10º Compensador Neutro Mistura Rica Potência Checar mínimo de 2200 RPM Potência 1700 RPM Pressão de óleo Faixa verde Temperatura de óleo Faixa verde Mistura Pico/corte/rica(lentamente) Magnetos Checar- queda máx. 125 RPM (diferença máxima de 50 RPM) Ar quente Checar- queda máx. 100 RPM Potência Idle – min. 600/800RPM Potência 1000 RPM Magnetos Ambos ligados Breafing de decolagem Completo Trafego e pista Livres 2ª EDIÇÃO Página 20 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Breafing de decolagem Checar tráfego e pista livre. Alinhar aeronave com eixo da pista. Neutralizar pedais. Verificar bussola. Ligar farol. Checar horizonte, giro, altímetro e transponder em alt. Ajustar flap 10º. Calcanhares no assoalho. Aplicar gradativamente toda potência. Checar parâmetros mínimo 2300 rpm, pressão e temperatura faixa verde. Roda com 65 kt. Sobe com 70 kt. Check de 300 FT Farol de pouso Desligar Flaps Recolher Check de 500 FT Manete de potência 2400 RPM Pressão e temperatura Faixa verde Velocidade 70 kt Check de área Efetuar 2ª EDIÇÃO Página 21 de 24 Ultimo terço da pista Ar quente Aberto Farol de Pouso Ligar Través da cabeceira Potência 1500 RPM Arco branco Flap 10º Velocidade 70 KT Final Mistura Rica Ar quente Fechado Pista Livre Após pouso Controlado na pista Flap Recolher Farol de Pouso Desligar Transponder Stand by Compensador Neutro Corte do Motor Freios Aplicados Motor 1000 RPM Rádio e transponder Desligar Luz de navegação Desligar Mistura Cortar Magnetos Desligar e retirar chave Beacon Desligar Master Desligar Abandono da Aeronave Manete de potência Reduzidas Manete de Mistura Cortada Compensador Neutro 2ª EDIÇÃO Página 22 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Ar quente Fechado Cintos Ajustados Portas e janelas Fechadas e travadas Calços Colocados Capa do pitot Colocar Desembarcar documentos do avião e objetos pessoais 24 – PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA Fogo no Motor Durante o Acionamento Mistura Cortada Manete de potência Toda a frente Seletora de combustível Fechada Magnetos Desligados Caso o fogo persista, abandone a aeronave e utilize meios externos para extinguir o fogo Fogo no Motor em Voo Mistura Cortada Seletora de combustível Fechada Master Desligado Aquecimento da cabine Fechado Picar um pouco a aeronave (Caso o fogo continue). Com pouso assegurado efetuar o Cheque de Aterragem sem Potência. 2ª EDIÇÃO Página 23 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Falha no motor antes da VR Potência Mínima Freios Aplicar Flaps Recolher Mistura Cortar Ignição Desligar Master Desligar Falha no motor abaixo de 500’ AGL Manter velocidade de segurança (70KT) Pousar na pista se houver espaço suficiente, em frente ou ao lado Não executar curvas acentuadas, mas pequenos desvios Cuidado para não estolar (não voltar para a pista) Com pouso assegurado, Cheque de Aterragem sem Potência Falha no motor acima de 500’ AGL Manter velocidade de segurança (70KT) Escolher um local pra pouso Cheque de Reacionamento (quando aplicável) Não executar curvas acentuadas Cuidado para não estolar Com pouso assegurado Cheque de Aterragem sem Potência 2ª EDIÇÃO Página 24 de 24 MANUAL DE OPERAÇÕ ES CESSNA 152 Cheque de Reacionamento Manter velocidade de segurança (70KT) Seletora de combustível Aberta Mistura Rica Potência Ajustada Ar Quente Aberto Magnetos Ambos Ignição Acionar CASO O MOTOR NÃO VOLTE A FUNCIONAR PROCEDA COM CHEQUE DE ATERRAGEM SEM POTÊNCIA. Cheque de Aterragem Sem Potência Manter velocidade de segurança (70KT) Lugar para pouso Seletora de combustível Fechada Mistura Cortada Manete de Potência Reduzida Magnetos Desligados Flaps Full Master Desligado Objetos Cortantes Afastado do corpo Portas e Janelas Abertas Cintos Passados e Ajustados Pousar contra o vento Queda de pressão do óleo (Em Voo) Temperatura do óleo Checar Pouse assim que possível Alta temperatura do óleo (Em Voo) Pressão do óleo Checar Pouse assim que possível Manual de Manobras Cessna 152 MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 1 de 45 SUMÁRIO Generalidades Pg. 4 SEÇÃO 1 – MANOBRAS E ROTINAS BÁSICAS Pg. 4 1) Familiarização com o equipamento Pg. 4 2) Prova do Equipamento Pg. 4 3) Briefing e debriefing Pg. 5 4) Inspeção pré voo Pg. 5 5) Adaptação nos setores de treinamento em Itanhaém Pg. 5 6) Cheques Pg. 6 7) Acionamento Pg. 7 8) Rolagem Pg. 7 9) Tipos fundamentais de voo Pg. 8 9.1) Voo reto horizontal Pg. 8 9.2) Voo ascendente Pg. 8 9.3) Voo descendente Pg. 8 9.4) Voo planado Pg. 8 10) Passagem dos tipos fundamentais de voo Pg. 9 11) Curvas Pg. 14 11.1) Curva de pequena inclinação Pg. 14 11.2) Curva de média inclinação Pg. 15 12) Decolagem Pg. 16 13) Pouso Pg. 17 14) Arremetida Pg. 17 15) Procedimentos após o pouso Pg. 18 16) Estacionamento e corte Pg. 18 17) Voo solo Pg. 18 18) Pane simulada alta Pg. 19 19) Pane simulada no circuito Pg. 20 Pg. 20 MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 2 de 45 SEÇÃO 2 – MANOBRAS ESPECIAIS 1) Adaptação (PS01) Pg. 20 2) Atitudes de Voo (voo reto horizontal, ascendente, descendente e planado) e mudanças de atitude (PS02) Pg. 20 3) Curvas de pequena e média inclinação; subidas, descidas e planado em curvas (PS03) Pg. 21 4) Voo em retângulo (PS04) Pg. 21 5) Coordenação de 1º e 2º tipo (PS05) Pg. 22 5.1) Coordenação de 1º tipo Pg. 22 5.2) Coordenação de 2º tipo Pg. 23 6) Curvas de grande inclinação e emergências altas (PS06) Pg. 24 7) Voo no pré estol (coordenação atitude potência) (PS07) Pg. 25 8) Estol com e sem motor (PS08) Pg. 27 8.1) Estol com motor Pg. 27 8.1.1) Estol com Motor - 1º Tipo Pg. 28 8.1.2) Estol com Motor - 2º Tipo Pg. 29 8.1.3) Estol com Motor - 3º Tipo Pg. 29 8.2) Estol sem motor Pg. 30 8.2.1) Estol sem Motor - 1º Tipo Pg. 30 8.2.1) Estol sem Motor - 2º Tipo Pg. 30 8.2.1) Estol sem Motor - 3º Tipo Pg. 31 9) “S” sobre estrada (PS09) Pg. 32 10) Oito ao redor de marcos (8 elementar) (PS10) Pg. 33 11) Glissadas (PS11) Pg. 35 11.1) Glissada frontal Pg. 35 11.2) Glissada lateral Pg. 36 12) Toque e arremetida (PS12) Pg. 37 13) Emergências no circuito (PS13) Pg. 38 14) Correções de pouso (PS14) Pg. 38 15) Repasse de manobras (PS15) Pg. 39 MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 3 de 45 16) Voo solo (PS16) Pg. 39 17) Decolagem curta e com obstáculo (AP01) Pg. 40 18) Aproximação 180º (AP02) Pg. 40 19) Aproximação 360º (AP03) Pg. 42 20) Navegação (NAV01/02/03/04) Pg. 43 MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 4 de 45 GENERALIDADES O Manual de Manobras do Cessna 152 do Aeroclube de Itanhaém tem como objetivo citar, explicar e exemplificar todas as manobras previstas na grade curricular dos nossos cursos, as quais serão executadas durante o treinamento para fins de cumprimentodo programa de instrução. Este manual não substitui o Manual de Operações da aeronave, que deve ser consultado para o detalhamento dos corretos procedimentos das manobras aqui apresentadas. É recomendado que durante os estudos, os alunos pratiquem voo mental e horas de nacele. Sente-se dentro do avião para se familiarizar com tudo em sua volta, observando o posicionamento dos instrumentos e dos comandos de voo. Estes itens sempre se mostram fundamentais ao aprendizado, melhorando em muito, o desempenho do piloto/aluno durante o voo. MANOBRAS E ROTINAS BÁSICAS 1) Familiarização com o equipamento Consiste na apresentação da aeronave a ser utilizada durante o curso. Todos os sistemas e limitações serão apresentados pelo instrutor além do ensinamento detalhado da inspeção pré-voo. 2) Prova do equipamento O conteúdo da avaliação será baseado no Manual de Operações e no Manual de Manobras do Aeroclube de Itanhaém. Será aplicada uma avaliação objetiva, com duração máxima de 30 minutos, contendo 20 questões de múltipla escolha com 4 alternativas. Cada questão valerá 0,5 (meio) ponto, sendo considerado aprovado o candidato que obtiver nota igual ou superior a 7,0 pontos. A prova deverá ser entregue com todas as questões respondidas com caneta esferográfica preta ou azul, sem rasuras, caso uma questão seja MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 5 de 45 rasurada, esta será considerada ERRADA. O tempo mínimo para entrega da prova é de 15 minutos a partir do início da mesma. Caso o piloto/aluno não atinja a nota mínima exigida para aprovação, deverá aguardar 1 dia para nova avaliação. 3) Briefing e debriefing Antes do inicio de cada voo, instrutor e aluno realizarão o Briefing. No briefing o instrutor explanará detalhadamente ao aluno como transcorrerá a referida missão, desde o momento inicial até o encerramento completo do voo. O instrutor deverá explicar minuciosamente as técnicas corretas de execução de cada manobra, ordem cronológica a serem executadas, bem como os possíveis erros comuns a serem cometidos e suas correções. Após o término de cada missão ocorrerá o Debriefing, momento onde deverá ser retratado tudo o que ocorreu durante a realização da missão, desde a sua preparação até a parada final do motor. É também o momento ideal para que o piloto/aluno tire todas as dúvidas que surgiram durante o voo, bem como para a missão seguinte. 4) Inspeção pré-voo A inspeção pré-voo tem como objetivo principal realizar a verificação visual da aeronave, checando se não existe nenhuma anormalidade que impeça a realização do voo. É realizado pelo piloto/aluno que em posse do checklist, realizará a verificação dos pontos ali citados, observando o estado dos mesmos, certificando que se encontram dentro dos padrões para a realização normal do voo. 5) Adaptação nos setores de treinamento da região de Itanhaém No início do programa de instrução básica para Piloto Privado, o instrutor realizará a apresentação dos setores de treinamentos utilizados pelo Aeroclube de Itanhaém, suas referências, trajetórias, restrições e outras informações. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 6 de 45 6) Cheques Os cheques são realizados através das listas de verificações, também conhecidas por checklists, tendo por objetivo principal garantir a realização de todos os procedimentos necessários para a correta operação da aeronave. Todos os checklists devem ser efetuados em voz alta e ao final, informando o término do mesmo cantando o nome do checklist seguido da palavra “completo”. O voo mental, juntamente com a hora de nacele devem ser praticados com o objetivo de acelerar a assimilação de todo o processo de aplicação dos cheques. Os cheques são divididos em três tipos, como seguem abaixo: • Recall Itens (RI): Os itens do checklist devem ser memorizados; • Read and Do (RD): Os itens do checklist são lidos e logo após efetuados; • Scanflow (SF): Os itens do checklist são memorizados e efetuados. Após o término, é executada a leitura do checklist para conferência. Abaixo são mostrados os cheques e suas respectivas classificações: • Cheque Antes da Partida (RD); • Cheque Após da Partida (RD); • Cheque Antes da Decolagem (RD); • Cheque Após a Decolagem (RI); • Cheque Aproximação (RI); • Cheque Antes do Pouso (RI); • Cheque Após o Pouso (SF); • Cheque Corte dos motores (RD); • Cheque de Abandono (RD); MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 7 de 45 • Cheques de Emergência (RI). 7) Acionamento O acionamento do motor da aeronave será realizado com base no checklist. Inicialmente o acionamento será realizado pelo piloto/aluno sendo supervisionado pelo instrutor. Por possuir starter elétrico para o acionamento, ele é realizado com os dois ocupantes a bordo da aeronave. 8) Rolagem Consiste no movimento do avião sobre o solo. Também chamado de taxi, a rolagem deverá ser feita segundo um percurso em linha reta. Use a manete de potência suavemente. Durante a rolagem a rotação do motor deve ser apenas suficiente para mover o avião lentamente, a uma velocidade que corresponda a de uma pessoa andando. Conserve a mão sempre sobre a manete de potência. Com exceção do táxi realizado com vento de cauda, situação onde o manche deverá permanecer picado, o manche deverá permanecer cabrado. Erros Comuns: 1 - Iniciar a rolagem sem observar a área ao redor e outros tráfegos; 2 - Iniciar a rolagem com a mão longe da manete de potência ou com o braço para fora da janela; 3 - Não estar “a frente do avião”, ou seja, não prever a reação de um dado comando nos pedais e sua intensidade; 4 - Realizar a rolagem a uma velocidade elevada; 5 - Manejar a manete de potência sem suavidade e com ansiedade; 6 - Usar freios sem necessidade; 7 - Prender-se ao painel de instrumentos, deixando de lado a observação da área externa à aeronave e outras aeronaves no pátio. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 8 de 45 9) Tipos fundamentais de voo 9.1) voo reto horizontal Voar em linha reta horizontal significa que o avião está voando em posição horizontal com a asa nivelada, isto é, com a ponta das mesmas em distâncias iguais do horizonte mantendo a altitude constante. Para voar em linha reta e horizontal em ar calmo, deve-se ajustar o compensador de modo que o avião voe em linha reta e horizontal sem que seja necessário exercer pressão sobre o manche. Regime de cruzeiro: 90 KT / 2200RPM 9.2) Voo ascendente No voo em subida, o nariz estará acima da atitude de voo reto horizontal. A velocidade vertical de uma aeronave isto é, a razão de subida, dependerá de muitos fatores. É importante lembrar que a performance de um avião depende do peso, estado do motor, temperatura do ar, altitude, entre outros fatores. Regime de subida: 70KT / 2400 RPM 9.3) Voo descendente O regime de voo descendente tem a finalidade de reduzir a altitude da aeronave ou ingressar no circuito de tráfego do aeródromo. Na ocasião, o nariz do avião permanecerá abaixo da atitude de Voo Reto Nivelado. Regime de descida: 70 KT / 1500 RPM 9.4) Voo planado O voo planado é tem o objetivo de voar a maior distância possível sem a tração do motor. É utilizado em procedimentos de aproximação e de emergência. O ar quente do carburador e as rajadas são utilizados com o objetivo de evitar a formação de gelo, devido ao regime do motor em marcha lenta. Regime de voo planado: Ar quente aberto / 70 KT / 1000 RPM MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 9 de 45 10) Passagem dos tipos fundamentais de voo Sequência utilizada na passagem do vooreto horizontal para voo ascendente: 1 - Ajustar a potência do motor para 2400 RPM; 2 - Atitude de subida; 3 - Aguardar velocidade de 70KT; 4 - Reajustar a potência para subida 2400 RPM; 5 - Compensar. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 10 de 45 Sequência utilizada na passagem do voo ascendente para voo reto horizontal: 1 - Ceder o manche suavemente para frente, até atingir a atitude de voo reto horizontal; 2 - Aguardar velocidade de 90 KT; 3 - Ajustar potência para 2200RPM; 4 - Compensar. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 11 de 45 Sequência utilizada na passagem do voo reto horizontal para voo descendente: 1 - Reduzir a potência para 1500 RPM; 2 - Exercer uma leve pressão para trás no manche para que o avião não ultrapasse a atitude desejada, mantendo a velocidade de 70 KT; 3 - Compensar. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 12 de 45 Sequência utilizada na passagem do voo descendente para voo reto horizontal: 1 - Aumentar a potência para 2200 RPM; 2 - Colocar o avião na atitude de voo reto horizontal, mantendo a velocidade de 90 KT; 3 - Compensar. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 13 de 45 Sequência utilizada na passagem do voo reto horizontal para voo planado: 1 - Abrir o ar quente; 2 - Reduzir a potência para 1000 RPM; 3 - Colocar o avião na atitude de voo planado; 4 - Aguardar velocidade de 70 KT; 5 - Compensar; De 20 em 20 segundos aproximadamente, aplicar uma rajada de motor, que deve atingir de 1300 a 1500 RPM. Sequência utilizada na passagem do voo planado para voo reto horizontal: 1 - Fechar o ar quente; 2 - Ajustar potência para 2200RPM; 3 - Colocar o avião na atitude de voo reto horizontal; 4 - Aguardar velocidade de 90 KT; 5 - Compensar. Sequência utilizada na passagem do voo planado para voo ascendente: 1 - Fechar o ar quente; 2 - Ajustar potência para 2400 RPM; 3 - Colocar o avião na atitude de voo ascendente; 4 - Aguardar velocidade de 70KT; 5 - Compensar. Erros Comuns: 1 - Esquecer de usar o compensador para corrigir tendências; 2 - Utilizar o compensador para mudanças de atitudes e não para corrigir tendências; 3 - Focar a visão nos instrumentos, esquecendo-se da visão externa e suas referências; 4 - Variar a potência do motor frequentemente; 5 - Deixar a velocidade variar demasiadamente ou deixar fora da configuração padronizada; 6 - Em voo planado esquecer-se de abrir o ar quente e das rajadas no motor. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 14 de 45 11) Curvas A curva é uma manobra básica utilizada para mudar a direção do voo, envolvendo uma coordenação adequada dos três comandos de voo, aileron, leme e profundor. Antes de cada curva, o piloto/aluno deverá verificar todos os lados, para verificar a presença ou não de outros aviões, especialmente na área para qual ele vai girar. Para efetuar uma curva o aluno deve exercer comandos coordenados, sobre o manche e o leme de direção. 11.1) Curva de pequena inclinação A curva de pequena inclinação é executada com uma inclinação de aproximadamente 15 a 25 graus. Este tipo de curva é, geralmente, utilizado durante as subidas ou para pequenos ajustes de direção. Nesta curva não há necessidade de fazer pressão com o manche para trás. No treinamento de curvas niveladas de pequena inclinação, utilize o regime de cruzeiro. Referência de inclinação ideal para curvas de pequena inclinação: a ponta da asa deve estar no horizonte ou pouco abaixo. Sequência utilizada para o início de uma curva de pequena inclinação: 1 - Cheque de área, especialmente na área para qual vai girar; 2 - Ponta da asa na linha do horizonte ou ligeiramente abaixo; 3 - Curva coordenada indicado pelo “Inclinômetro”. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 15 de 45 11.2) Curva de média inclinação A curva de média inclinação é executada com a ponta da asa bem abaixo do horizonte numa inclinação de 25 a 45 graus. Será o tipo de curva mais utilizada na instrução, principalmente nos circuitos de tráfego para pouso. No treinamento de curvas niveladas de média inclinação, utilize o regime de cruzeiro. Referência de inclinação ideal para curvas de média inclinação: montante da asa paralelo ao solo. Sequência utilizada para o início de uma curva de média inclinação: 1 - Cheque de área, especialmente na área para qual vai girar; 2 - Montante da asa paralelo ao solo; 3 - Voo coordenado indicado pelo inclinômetro centrada no instrumento nível de curva. Erros comuns: 1 - Não verificar se está livre o lado da curva; 2 - Não marcar pontos de referência; MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 16 de 45 3 - Variar arfagem e inclinação e com isso não manter a altitude do avião; 4 - Manter muita atenção aos instrumentos internos e não utilizar o horizonte natural; 5 - Variar altura ao desfazer a curva. 12) Decolagem A manobra será inicialmente demonstrada pelo instrutor, sendo após realizada pelo piloto/aluno com auxílio necessário por parte do instrutor. Prosseguindo no treinamento quando apto a realizá-la com segurança e confiança, as decolagens serão realizadas pelo piloto/aluno de acordo com as orientações do Instrutor. Os procedimentos completos e compulsórios para as decolagens normais, com vento de través, curtas e com obstáculos estão descritas detalhadamente no Manual de Operações da Aeronave. Procedimentos para realizar uma decolagem normal. 1. Checar tráfego e pista livre. 2. Alinhar aeronave com eixo da pista. 3. Neutralizar pedais. 4. Verificar bussola. 5. Ligar farol. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 17 de 45 6. Checar horizonte, giro, altímetro e transponder em alt. 7. Ajustar flap 10º. 8. Calcanhares no assoalho. 9. Aplicar gradativamente toda potência. 10. Checar parâmetros mínimo 2300 rpm, pressão e temperatura faixa verde. 11. Roda com 65 kt. 12. Sobe com 70 kt. Pouso O princípio básico de um pouso consiste em realizar um estol a baixa altura. O aluno deve sentar-se no avião quando o mesmo está em terra e observar a posição do nariz do avião em relação ao horizonte. Esta deverá ser a posição do avião no momento de tocar o solo e pousar. A demonstração inicial desta manobra estará sob responsabilidade do instrutor de voo. Quando o piloto/aluno atingir uma determinada fase do treinamento, acompanhará o pouso nos comandos. Prosseguindo no treinamento e desde que esteja apto a realizá-lo com segurança Erros Comuns: 1 - Não realizar o briefing de pré pouso com o instrutor; 2 - Ingressar na perna do vento sem observar os tráfegos; 3 - Não realizar os procedimentos corretos e compulsórios previstos no Manual de Operações da Aeronave; 4 - Esquecer de abrir o ar quente ou fechar no momento correto; 5 - Não observar o indicador de direção do vento (biruta); 6 - Arredondar a aeronave mais alto do que o normal; 7 - Não manter a correção do vento durante o aumento do ângulo de ataque; 8 - Tocar com a aeronave desalinhada com o eixo da pista; 9 - Não utilizar a potência para correções de rampa de aproximação; 10 - Variar a velocidade de aproximação prevista para este pouso; 11 - Atuação abrupta nos comandos; 12 - Aplicar potência em demasia para corrigir uma entrada de roda. MANUAL DE MANOBRASCessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 18 de 45 13) Arremetida Uma arremetida pode ser executada para efeitos de treinamento, solicitação do órgão ATC ou por motivos de segurança, através de decisão do Instrutor ou do aluno, por algum fator que inviabilizarão um pouso seguro. É iniciada com aplicação total de potência, atitude de voo ascendente e velocidade de subida. Manter a rotação do motor em 2400 RPM até o término da subida. Exemplo: aeronave à frente que pousou, não conseguiu livrar a pista a tempo. Então se inicia a arremetida para um novo circuito de tráfego e nova aproximação. Erros Comuns: 1 - Não julgar de forma correta a decisão de arremeter, principalmente quando a arremetida for realizada com aeronave já no solo, se há pista disponível para tal; 2 - Desviar a atenção ao tráfego que foi a causa da arremetida, sem ater-se ao procedimento em si; 3 - Focar em demasia a visão no painel, sem observar a área em volta da aeronave para com outros tráfegos; 4 - Demorar para tomar uma decisão de arremetida no ar, na aproximação ou já no solo; 5 - Não informar ao instrutor sobre a decisão de arremeter; 6 - Realizar arremetida no solo, sem o total controle da aeronave no solo. 14) Procedimentos após o pouso Os procedimentos após o pouso deverem ser efetuados conforme o previsto na lista de verificações (checklist) da aeronave, sendo este classificado como sendo do tipo Scanflow, ou seja, o procedimento deverá ser memorizado, executado após o pouso e assim que possível, o candidato efetuará a leitura do checklist para conferência. 15) Estacionamento e corte Ao atingir a posição para estacionamento, o candidato efetuará a parada da aeronave realizando logo em seguida o corte dos motores. Este procedimento deverá ser realizado com o devido acompanhamento do checklist da aeronave. Este checklist tem classificação RD (Read and Do), ou MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 19 de 45 seja, o candidato irá ler item a item, realizando a ação ali prevista. Ao Voo desembarcar da aeronave, deverá ser cumprido o checklist de Abandono, conforme Manual de Operações da aeronave. 16) Solo O voo solo consiste em realizar um circuito de tráfego com um pouso normal, na qual o aluno colocará em prática as técnicas aprendidas, desenvolvendo sua confiança. O voo solo deve ser feito no assento esquerdo, mediante a liberação do instrutor, seguindo suas instruções. Erros comuns: 1 - Não estar suficientemente relaxado e tranquilo para o voo; 2 - Não efetuar um descanso satisfatório ou noite de sono satisfatória em período anterior ao voo; 3 - Apresentar-se para o voo ansioso, agitado ou nervoso; 4 - Mentir sobre condições psicológicas e/ou fisiológicas quando questionado pelo instrutor; 5 - Não apresentar ou não portar os documentos necessários do aluno (CCT e CMA) além dos documentos pessoais, para o momento do voo. 17) Pane simulada alta Pane simulada alta é a simulação de uma emergência em voo, ou seja, uma parada do motor completa ou parcial, a uma altitude que permita ao piloto/aluno atingir um aeródromo homologado ou um local que apresente condições para um pouso seguro. O piloto/aluno deverá executar os procedimentos de emergências previstos no Manual de Operações da Aeronave, evidenciando o seu grau de iniciativa, de habilidade e perícia para atingir o ponto desejado com segurança, bem como sua convicção e total observância à padronização, de modo a evitar qualquer tipo de imprevisto que venha a transformar uma condição de simulação em ocorrência real e sujeita a causar danos irreversíveis. Será avaliado o desempenho do piloto/aluno em uma situação de uma emergência, analisando a correta aplicação das técnicas de pilotagem, o acerto nas iniciativas tomadas e o desembaraço na condução das ações voltadas para solucionar a(s) emergência(s). MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 20 de 45 Descrições detalhadas sobre os procedimentos em situações de emergências estão descritas no Manual de Operações de Aeronaves. 18) Pane simulada no circuito São simulações de emergência no motor sobre o aeródromo, no través da cabeceira da pista em uso, na corrida de decolagem e após a decolagem. A avaliação do desempenho do candidato é realizada tendo-se por base a correta aplicação das técnicas de pilotagem, o acerto nas iniciativas tomadas e o desembaraço na condução das ações voltadas para solucionar a(s) emergência(s), tais como: escolha adequada do local para pouso, execução correta da(s) aproximação(ões), manutenção da velocidade-padrão para o pouso, julgamento, ponto de toque na pista etc. Descrições detalhadas sobre os procedimentos em situações de emergências estão descritas no Manual de Operações de Aeronaves. MISSÕES E MANOBRAS ESPECIAIS A seção de Missões e Manobras Especiais contempla as manobras que são praticadas para efeitos de desenvolvimento e aperfeiçoamento das práticas de pilotagem, bem como para a evolução do julgamento do piloto/aluno das eventuais situações que pode enfrentar durante um voo. Elas estão previstas nos programas de instrução dos cursos de Piloto Privado, Piloto Comercial e INVA recomendados pela ANAC, e são adotadas dentro das missões dos cursos oferecidos pelo Aeroclube de Itanhaém. 1. Adaptação A missão de adaptação do aluno consiste na familiarização com o equipamento, realização da prova do equipamento, compreensão da inspeção pré-voo, cheques, rolagem (taxi), noções de decolagem e apresentação da área de treinamento. Estas práticas estão entre as rotinas básicas para a prática de todos os voos, e estão detalhadas nos tópicos 1 a 8 deste manual. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 21 de 45 2. Atitudes de Voo (voo reto horizontal, ascendente, descendente e planado) e mudanças de atitude A segunda missão do curso de Piloto Privado acrescenta a execução de novos procedimentos considerados como fundamentais para a prática de qualquer voo. O conhecimento das atitudes de voo e mudanças de atitude devem ser estudadas com antecedência observando os itens 9 e 10 deste manual. 3. Curvas de pequena e média inclinação; subidas, descidas e planado em curvas Curvas são essenciais para alterar o rumo que a aeronave percorre, e evidentemente também são essenciais à realização de qualquer tipo de voo que seja. O aluno proposto a executar a missão deve estudar com antecedência o detalhamento da execução de curvas no item 11 do presente manual. 4. Voo em Retângulo O Voo em Retângulo consiste em acompanhar em voo, um traçado imaginário de forma retangular no solo. A prática desta manobra é feita para o treinamento de circuito de tráfego. O aluno deve manter em todos os segmentos, a mesma velocidade, altura e distância em relação à referência podendo assim, caranguejar para corrigir um eventual vento lateral. Regime de cruzeiro para o voo em retângulo: 90 KT / 2200RPM Sequência utilizada para o início do voo em retângulo: 1 - Checar altura de 1000'; 2 - Velocidade de 90 KT; 3 - Acompanhar em voo, um traçado retangular no solo; 4 - Corrigir o vento se necessário. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 22 de 45 Erros Comuns: 1 - Variar a altitude; 2 - Efetuar correções demasiadas de vento; 3 - Variar a distância da referência nos segmentos, assim alterando a trajetória no solo; 4 - Esquecer de compensar o avião para voo reto horizontal. 5. Coordenação de 1º e 2º tipo 5.1 Coordenação de 1º tipo A Coordenação de 1º tipo consiste em inclinar o avião alternadamente para um lado e para outro sem, contudo, modificar sua trajetória. Para issoaplica-se pedal e manche coordenadamente. Durante toda a manobra, o voo deve ser mantido em regime de cruzeiro. Regime de cruzeiro: 90 KT / 2200RPM Sequência utilizada para o início da coordenação de 1º tipo: 1- Checar altura mínima de 1000' AGL (Above Groud Level / Acima do nível do solo); 2 - Velocidade de 90 KT; 3 - Toma-se uma referência no horizonte; 4 - Aplicar manche e pedal para o mesmo lado até a atitude de curva média inclinação, após inclinar para o outro lado; MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 23 de 45 5 - Procurar manter o nariz sempre apontado para a referência. Erros Comuns: 1 - Variar a altitude; 2 - Aplicar pedal ou ailerons em excesso, desviando-se da referência; 3 - Aumentar a inclinação da asa além do ideal que é média inclinação; 4 - Atuar de forma brusca nos comandos. 5.2 Coordenação de 2º tipo Consiste em curvas de média inclinação de 45º para a direita e para esquerda em relação a uma referência, como montanha, árvores, estradas e etc. dessa forma, após os 45º iniciais, teremos uma série de curvas de 90º. Durante toda a manobra, o voo deve ser mantido em regime de cruzeiro. Regime de cruzeiro 90 KT / 2200RPM Sequência utilizada para o início da coordenação de 2º tipo: 1 - Checar altura mínima de 1000' AGL; 2 - Velocidade de 90 KT; 3 - Toma-se uma referência no horizonte e comanda-se uma curva para um dos lados, fazendo com que o nariz se desloque 45º da referência; 4 - Atingindo-se essa posição sem parar, comanda-se a curva para o outro lado, passando-se pela referência sem parar até 45º do outro lado da referência. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 24 de 45 Erros Comuns: 1- Variar a altitude; 2 - Curvar mais de 45º em relação à referência ou perder a referência; 3 - Variar inclinação de asa além da média inclinação; 4 - Atuar de forma brusca nos comandos. 6. Curvas de grande inclinação e emergências altas A curva de grande inclinação acontece quando a aeronave está com uma inclinação entre 45° e 60°. Antes de iniciar, deve-se marcar um ponto de referência, o qual poderá estar localizado no horizonte ou no solo. Ao iniciar a curva deve-se aumentar a potência e comandar de modo suave e continuamente os comandos, até a inclinação desejada. Ao aumentarmos a inclinação, a sustentação diminui e existe uma tendência da queda do nariz do avião. À medida que se inclina, deve-se cabrar suavemente, posicionando o nariz da aeronave ligeiramente acima do voo nivelado. Com uma antecedência de aproximadamente 10º a 15º antes da chegada da referência, a inclinação deve começar a ser desfeita, pois o avião continuará em curva durante o tempo gasto para nivelar a asa. Quanto maior for a inclinação, maior terá que ser a antecipação para iniciar o nivelamento da asa. À medida que se desinclina, deve-se aliviar um pouco o nariz de modo a voltar o nariz da aeronave para a atitude de voo nivelado. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 25 de 45 Sequência utilizada para o início de uma curva de grande inclinação: 1 - Checar altura mínima de 2000'; 2 - Cheque de área, especialmente na área para qual vai girar; 3 - Potência de 2300 RPM; 4 - Inclinar a aeronave até o ângulo correto da curva; 5 - Cabrar suavemente o manche. Erros Comuns: 1 - Não verificar se está livre o lado para o qual irá executar a curva; 2 - Não marcar pontos de referência; 3 - Variar arfagem e inclinação e com isso não manter a altitude; 4 - Manter muita atenção aos instrumentos internos e não utilizar o horizonte natural; 5 - Variar altura ao desfazer a curva. Para esta missão, também está previsto o treinamento de pane simulada alta, conforme o item 18 da seção de Manobras e Rotinas Básicas. 7. Voo no pré estol (coordenação atitude potência) Coordenação Atitude Potência (CAP) é uma manobra que busca praticar uma coordenação entre do uso do motor, atitude do nariz e velocidade mínima para voo horizontal, mantendo a altitude e usando apenas o profundor e o leme para manter a aeronave estabilizada até chegar numa determinada velocidade que se diminuída, o avião irá estolar. Convém lembrar que as correções de altitude devem ser feitas usando a potência e as correções de velocidade devem ser feitas mudando a atitude do avião: cabrando, diminui-se a velocidade, e picando, aumenta-se a velocidade. Para efetuar curvas devem ser utilizados somente os pedais. Nunca corrigir com aileron. Esta manobra tem por finalidade treinar o piloto no domínio do avião em baixas velocidades, diferentes configurações e confirmar a importância de uma coordenação suave e a correta e oportuna aplicação do compensador, e assim, o piloto/alunos pode tomar ciência das reações da aeronave a baixa velocidade. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 26 de 45 ATENÇÃO: O leme deverá ser usado caso ocorra uma eventual queda de asa, usando o pedal contrário à queda. Nunca usar os ailerons para recuperar esta queda de asa. Para cada velocidade atingida, um nível de tolerância da inclinação da asa é aceito: Velocidade Inclinação da asa 70 KT média 60 KT pequena 50 KT somente pedais 40 KT somente pedais Sequência utilizada para o início da manobra: 1 - Altura de 2000'; 2 - Velocidade 90 KT (inicial); 3 - Check de área = girar 90º para um lado, em seguida 180º para o outro e logo após 90º para retornar à referência; 4 - Reduza gradativamente a velocidade para 40 KT e mantenha proa na referência. Pequenas correções somente com os pedais. Erros Comuns: 1 - Concentrar-se demasiadamente nos instrumentos, não dando atenção ao voo por atitude; 2 - Ao tentar corrigir um erro de velocidade, fazê-lo com variações amplas de motor; 3 - Corrigir perda excessiva de altura sem utilizar o motor para manter a velocidade; 4 - Não checar a altura mínima; 5 - Utilizar os ailerons para correções de queda de asa. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 27 de 45 8. Estol com e sem motor 8.1 Estol com motor É uma manobra na qual o avião é levado a uma atitude de ângulo crítico ou de estol. Nesta situação, a asa perde completamente a sustentação, entrando em perda. Quando o avião entra em estol, os três comandos perdem alguma ou toda a sua eficiência. É importante saber qual é o primeiro a perdê-la. Há uma ordem definida: 1 - primeiro os “ailerons”; 2 - depois o profundor e, por fim; 3 - o leme da direção; É por este motivo que o leme é o comando adequado para corrigir a tendência de perda de rumo no exercício. O leme tem a vantagem de “permanecer energizado” devido a sua posição vertical (sem influência do ângulo de ataque elevado) e ao próprio fluxo de ar da hélice. Esta manobra mostra ao piloto as características e os sinais que o avião apresenta ao aproximar-se da velocidade da perda, na qual há o descolamento da camada limite e o turbilhonamento do fluxo de ar sobre a asa, com perda da sustentação. O avião entra em perda por uma razão fundamental: o ângulo de ataque tornou-se demasiadamente acentuado em relação à velocidade de voo. Não existindo “indicador de ângulo de ataque”, é evidente a importância de saber quais são as condições de ângulo de ataque demasiadamente grande e consequentemente à perda. O aluno deve aprender a “sentir” a aproximação de uma perda por meio dos comandos e ruídos. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 28 de 45 Antes de se efetuar qualquer perda, devem ser observados quatro fatores: 1 - vento de proa; 2 - altura 2.000'; 3 - referência;4 - cheque de área (área desabitada); 5 - regime de cruzeiro. Para fins de cumprimento do programa de instrução básica para piloto privado, as manobras de perdas (estol) dividem-se em três tipos com motor e três tipos sem motor. Antes de executar esta manobra, deve-se preparar o avião, obedecendo-se à preparação padrão, de acordo com a ordem cima descrita. O cheque de área é realizado abrindo 90° a partir da referência, após realizar 180° para o lado oposto e logo após, realizar uma curva de 90° retornando a proa da aeronave para a referência escolhida. Certificando-se de que não há tráfegos ao seu redor, então prossiga com o treinamento conforme orientações do instrutor. 8.1.1 - Estol com Motor - 1º Tipo 1 - Partindo do voo reto horizontal, reduzir o motor para 1500RPM; 2 - Puxar suavemente o manche para trás, colocando o avião numa atitude um pouco acima o voo ascendente; 3 - Mantendo a pressão no manche até que os comandos percam a eficiência e ocorra uma perda bem sensível; Assim que o nariz começar abaixar, proceda com a recuperação: 4 - Aplicando todo o motor e ao mesmo tempo cedendo o manche, mantendo o avião na atitude de voo reto horizontal; 5 - Mantendo toda a potência até o avião atingir 90 KT; 6 - Após atingir a velocidade de cruzeiro, trazer a potência para 2200RPM. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 29 de 45 8.1.2 - Estol com Motor - 2º Tipo 1 - Partindo do voo reto horizontal, reduzir o motor para 1500RPM; 2 - Puxar suavemente o manche para trás, colocando o avião numa atitude um pouco acima do estol de 1º tipo; 3 - Mantendo a pressão no manche até que os comandos percam a eficiência e ocorra a perda; 4 - Aliviar o manche; Assim que o nariz cruzar a linha do horizonte proceda com a recuperação: 5 - Aplicando todo o motor mantendo o avião em mergulho suave; 6 - Assim que a velocidade atingir 60 KT trazer o avião para o voo reto horizontal; 7 - Mantendo toda a potência até o avião atingir 90 KT; 8 - Após atingir a velocidade de cruzeiro, reduzir a potência para 2200 RPM. 8.1.3 - Estol com Motor - 3º Tipo 1 - Partindo do voo reto horizontal, reduzir o motor para 1500 RPM; 2 - Puxar suavemente o manche para trás, colocando o avião numa atitude um pouco acima do estol de 2º tipo; 3 - Mantendo a pressão no manche até que os comandos percam a eficiência e ocorra a perda; 4 - Aliviar o manche; Assim que o nariz cruzar a linha do horizonte proceda com a recuperação: 5 - Mantendo o avião em mergulho moderado; 6 - Assim que a velocidade atingir 60 KT trazer o avião para o voo reto horizontal; 7 - Após nivelar aplicar toda potência até o avião atingir 90 KT; 8 - Após atingir a velocidade de cruzeiro, reduzir a potência para 2200 RPM. 8.2 Estol sem motor MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 30 de 45 Realizado da mesma forma que os estóis com motor, porém o comando do ar quente será aberto e o motor reduzido para 1000 RPM. Semelhante ao do Estol com Motor, porém esta manobra visa capacitar o piloto a reconhecer e evitar uma situação crítica (velocidade de perda) com a configuração de aproximação final para pouso (motor reduzido e voo planado). Visa, também, fazer com que o piloto sinta as características que o avião apresenta no momento do pouso, à baixa velocidade. 8.2.1 - Estol sem Motor - 1º Tipo 1 - Partindo do voo reto horizontal, abrir o ar quente e reduzir o motor para 1000 RPM; 2 - Puxar suavemente o manche para trás, colocando o avião numa atitude um pouco acima do voo ascendente; 3 - Mantendo a pressão no manche até que os comandos percam a eficiência e ocorra uma perda bem sensível; Assim que o nariz começar a baixar, proceda com a recuperação: 4 - Aplicando todo o motor, mesmo tempo cedendo o manche e fechando o ar quente, mantendo o avião na atitude de voo reto horizontal; 5 - Mantendo toda a potência até o avião atingir 90 KT; 6 - Após atingir a velocidade de cruzeiro, reduzir a potência para 2200RPM e fechar o Ar Quente. 8.2.2 - Estol sem Motor - 2º Tipo 1 - Partindo do voo reto horizontal, abrir o ar quente e reduzir o motor para 1000 RPM; 2 - Puxar suavemente o manche para trás, colocando o avião numa atitude um pouco acima do estol de 1º tipo; 3 - Mantendo a pressão no manche até que os comandos percam a eficiência e ocorra a perda; 4 - Aliviar o manche; Assim que o nariz cruzar a linha do horizonte proceda com a recuperação: MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 31 de 45 5 - Aplicando todo o motor, fechar o ar quente mantendo o avião em mergulho suave; 6 - Assim que a velocidade atingir 60 KT trazer o avião para o voo reto horizontal; 6 - Mantendo toda a potência até o avião atingir 90 KT; 7 - Após atingir a velocidade de cruzeiro, reduzir a potência para 2200RPM e fechar o Ar Quente. 8.2.3 - Estol sem Motor - 3º Tipo 1 - Partindo do voo reto horizontal, abrir o ar quente e reduzir o motor para 1000 RPM; 2 - Puxar suavemente o manche para trás, colocando o avião numa atitude um pouco acima do estol de 2º tipo; 3 - Mantendo a pressão no manche até que os comandos percam a eficiência e ocorra a perda; 4 - Aliviar o manche; Assim que o nariz cruzar a linha do horizonte proceda com a recuperação: 5 - Mantendo o avião em mergulho moderado; 6 - Assim que a velocidade atingir 60 KT trazer o avião para o voo reto horizontal; 7 - Aplicar toda potência, fechar o ar, aguardar 90 KT; 8 - Após atingir a velocidade de cruzeiro, reduzir a potência para 2200RPM e fechar o Ar Quente. Erros Comuns: 1- Não seguir a sequência pré-estabelecida para os procedimentos; 2 - Não escolher pontos de referência de fácil visualização; 3 - Deixar de “calçar” os pedais para compensar as variações de torque; 4 - Esquecer-se de checar a área; 5 - Após cabrar o avião em relação ao horizonte, não observar os pontos de referência e a asa nivelada, perdendo a reta; 6 - Após cabrar o avião para a atitude de estol específica, não manter esta atitude, ao sentir o nariz do avião “pesar”; 7 - Levar a manete de potência à frente, com muita rapidez; 8 - Não levar a manete de potência a pleno, no início da MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 32 de 45 recuperação; 9 - Tentar manter a reta usando os ailerons, no início da recuperação; 10 - Estabelecer a atitude, olhando para o velocímetro e, enquanto aguarda a velocidade, concentrar-se demais neste instrumento, descuidando- se da atitude do avião. NOTA O treinamento desta manobra é importantíssimo e familiariza o piloto com os sinais de estol iminente, facilitando sua identificação e criando reflexos para a recuperação a tempo, quando se encontrar em situações críticas (baixa velocidade, arfagem pronunciada e/ou uso descoordenado dos comandos). PERIGO Não execute esta manobra abaixo de 2.000 FT de altura. Em todas as perdas seja com motor ou sem motor, a asa deverá estar nivelada. Se ocorrer queda de asa corrija aplicando o pedal contrário à asa caída. Nunca fazer correções com ailerons próximo ao estol. 9. “S” sobre estrada A manobra “S” sobre estrada consiste de uma série de curvas alternadas de 180º, executadas na vertical de uma estrada ou de uma linha reta no solo, tal como uma cerca, uma linha férrea e etc. Qualquer que seja a referência escolhida, ela deve ficar perpendicular à direção do vento. Regime de cruzeiro 90 KT / 2200RPM A manobra objetiva obter proficiência técnica para exercer uma coordenação subconsciente dos comandos e a acostumá-lo a pilotar o avião sobre qualquer traçado no solo e a reconhecer e vencer a deriva devido ao vento. Sequência utilizada para o inicio do “S” sobre estrada: 1 - Alturade 1000'; 2 - Velocidade de 90 KT; 3 - A referência deve ficar perpendicular à direção do vento; 4 - Aproe a estrada perpendicularmente (a 90º) e, ao cruzá-la, inicie uma curva para qualquer lado, dosando a inclinação de modo a cruzar a MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 33 de 45 exatamente 90º com a estrada ao final da curva, com asa nivelada; 5 - Após este segundo cruzamento, inicie outra curva o lado contrário ao da primeira, controlando o efeito do vento com a inclinação da asa, de modo a executar um “S” com pernas simétricas, cruzando a estrada novamente a 90º e com a asa nivelada. Efeito do vento na manobra: Controle o efeito do vento com a inclinação da asa, a fim de cruzar a mesma a 90º, com a asa nivelada, no sentido oposto. Resumindo: Aumentar a inclinação lateral sempre que o avião entra no vento de cauda ou sai do vento de proa. Diminuir a inclinação lateral sempre que o avião sai do vento de cauda ou entra no vento de proa. Erros Comuns: 1 - Prender a atenção demais à estrada, não executando o cheque cruzado com a atitude e, consequentemente, variar a altura; 2 - Não passar com a asa nivelada e com o bordo de ataque paralelo à estrada (proa a 90º) durante os cruzamentos com a mesma; 3 - Não efetuar as correções de vento necessárias, deixando o erro aumentar, sendo obrigado a fazer curvas de inclinação muito acentuada ou nivelando a asa muito antes do cruzamento. 10. Oito ao redor de marcos (8 elementar) Oito ao redor de marcos é uma manobra que consta de duas curvas MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 34 de 45 de 360º, de sentidos contrários, e que tem um ponto comum para início e término das mesmas. Consiste em fazer o avião percorrer uma trajetória em forma de 8, entre dois marcos de referência, mantendo distâncias iguais e constantes dos marcos, dosando as inclinações das curvas em: pequena, média e grande. Regime de cruzeiro 90KT/2200RPM Sequência utilizada para o inicio do“8” ao redor de marcos: 1 - Altura de 1000'; 2 - Velocidade de 90 KT; 3 - Manter distâncias iguais e constantes dos marcos; 4 - Usar como referência a ponta da asa. Efeito do vento na manobra: Controle o efeito do vento com a inclinação da asa: Aumentar a inclinação lateral sempre que o avião entra no vento de cauda ou sai do vento de proa. Diminuir a inclinação lateral sempre que o avião sai do vento de cauda ou entra no vento de proa. Erros Comuns: 1 - Prender demasiadamente a atenção à referência, não executando o cheque cruzado com a atitude e, consequentemente, variar a altura; MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 35 de 45 2 - Não efetuar as correções de vento necessárias, deixando o erro aumentar, sendo obrigado a fazer curvas de inclinação muito acentuada ou nivelando a asa muito antes do cruzamento. 11. Glissadas A glissada é uma manobra que permite perder altura rapidamente sem aumento de velocidade, mantendo ao mesmo tempo a trajetória original do avião sobre o solo. Pode ser frontal ou lateral, podendo ser usada nas aproximações para pousos. Um dos lados da asa é baixado, o nariz do avião desloca-se levemente para o lado oposto à asa baixada e o avião glissa ligeiramente de lado ao longo da trajetória original. A missão objetiva obter a proficiência técnica na manobra, realizando as glissadas com comandos coordenados e suaves, mantendo a trajetória pré-determinada, mantendo a velocidade de planeio 70 KT. 11.1 - Glissada Frontal Glissada frontal é aquela em que o avião descreve uma trajetória reta para frente, ficando o nariz deslocado da referência uns 30º à direita ou à esquerda, conforme sobre a qual estiver sendo executada. Para se efetuar uma glissada frontal deve-se observar a seguinte ordem: 1 - Altura; 2 - Direção do vento; 3 - Referência; 4 - Voo planado; 5 - Aplicar manche para o lado do vento e pedal para o lado contrário simultaneamente cruzando-os até que o nariz forme um ângulo de 30° com a referência; 6 - Para sair de uma glissada frontal, centraliza-se simultaneamente os comandos. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 36 de 45 11.2 - Glissada Lateral A glissada lateral difere muito pouco da glissada frontal. A diferença principal consiste na trajetória seguida pelo avião durante estas duas manobras. Na glissada lateral, o eixo longitudinal do avião é mantido paralelo à trajetória original e quando se abaixa um lado da asa, o avião glissa lateralmente, afastando-se obliquamente da trajetória original. Para se efetuar uma glissada lateral deve-se observar a seguinte ordem: 1 - Altura; 2 - Direção do vento; 3 - Referência; 4 - Voo planado; 5 - Aplicar o manche para o lado do vento e em seguida calçar o pedal contrário para evitar que o avião entre em curva; 6 - Para se sair de uma glissada lateral centraliza-se o manche em primeiro lugar, depois os pedais. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 37 de 45 Em ambas as glissadas a atitude do nariz é um pouco acima da de voo planado normal, para evitar o aumento de velocidade. Esteja atento também para evitar a perda demasiada de velocidade, esta deverá permanecer em 70 KT. Erros Comuns: 1 - Deixar de levantar o nariz, resultando uma glissada com o nariz baixo e consequente aumento de velocidade; 2 - Ceder prematuramente a pressão sobre o leme de direção; 3 - Aplicação insuficiente do leme de direção, alterando a direção de voo e transformando a manobra em glissada lateral; 4 - Levantar demasiadamente o nariz do avião, fazendo o avião entrar em perda; 5 - Defletir manche para o lado contrário ao do vento. 12. Toque e arremetida A missão de toque e arremetida consiste em sucessivos pousos e decolagens para praticar a capacidade do piloto/aluno de realizar estes procedimentos em diferentes condições atmosféricas. Uma vez efetuada a decolagem, o piloto/aluno efetua uma curva à esquerda para enquadramento no circuito de tráfego padrão, enquadrando a perna do vento, perna base e reta final. Assim, efetua-se um novo pouso e repete-se a operação sucessivamente. MANUAL DE MANOBRAS Cessna C-152 2ª EDIÇÃO Página 38 de 45 Para esta missão, o aluno deve observar atentamente os itens 12, 13 e 14 do presente Manual de Manobras, assim como os procedimentos previstos para a aeronave no Manual de Operações da Aeronave. 13. Emergências no circuito São simulações de emergência no motor sobre o aeródromo, no través da cabeceira da pista em uso, na corrida de decolagem e após a decolagem. A avaliação do desempenho do candidato é realizada tendo-se por base a correta aplicação das técnicas de pilotagem, o acerto nas iniciativas tomadas e o desembaraço na condução das ações voltadas para solucionar a(s) emergência(s), tais como: escolha adequada do local para pouso, execução correta da(s) aproximação(ões), manutenção da velocidade- padrão para o pouso, julgamento, ponto de toque na pista etc. Descrições detalhadas sobre os procedimentos em situações de emergências estão descritas no Manual de Operações de Aeronaves. Essas emergências simuladas buscam atingir a proficiência técnica na execução dos procedimentos de emergências, evidenciando o seu grau de iniciativa, de habilidade e perícia para atingir o ponto desejado com segurança, bem como observando à padronização. 14. Correções de pouso Consiste em o instrutor forçar o avião próximo ao momento do pouso a simular uma atitude anormal, como uma entrada de roda, uma flutuada, perda de eixo e etc. Tem a finalidade de treinar
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