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LISTA DE EXERCÍCIOS OBS: Não considere-se estudado por apenas resolver esta lista de exercícios. Recomendo consultar os exercícios do livro de curso básico de mecânica dos solos do prof. Carlos de Souza Pinto, bem como entender o fenômeno de resistência de solos. Aspectos teóricos são também de interesse. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1 – Para o elemento de solo mostrado na figura abaixo, usando o círculo de Mohr, determinar: a) tensão principal maior b) tensão principal menor c) tensões no plano AC d) direções dos planos principais e) máxima tensão de cisalhamento 360 kPa 240 kPa 600 kPa 240 kPa 45° B C D A Solução gráfica: Passo 1: Marcar os pontos correspondentes às tensões atuantes nos planos horizontal e vertical, respectivamente. (600;240) (360;-240) Passo 2: Traçar o circulo de Mohr correspondente ao estado de tensões definido pelos dois pontos. (600;240) (360;-240) Passo 3: Determinar as tensões principais maior (1) e menor (3). (600;240) (360;-240) 748.32 kPa211.67 kPa tensão principal maiortensão principal menor Passo 4: Determinar o pólo, traçando uma linha paralela ao plano onde atuam as tensões (600; 240). (600;240) (360;-240) 748.32 kPa211.67 kPa Polo tensão principal maiortensão principal menor Passo 5: Traçar pelo pólo uma linha paralela ao plano AC. O ponto onde essa linha intercepta o círculo de Mohr define as tensões atuantes no plano AC. (600;240) (360;-240) (240;120) 748.32 kPa211.67 kPa Polo 45° tensão principal maiortensão principal menor RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO 1 2 Passo 6: Ligar o pólo aos pontos correspondentes às tensões principais maior e menor, respectivamente. Essas duas linhas definem a direção dos planos principais. (600;240) (360;-240) (240;120) 748.32 kPa211.67 kPa Polo 45° tensão principal maiortensão principal menor plano principal maiorplano principal menor 58,3° Passo 7: Traçar uma vertical pelo centro do círculo e determinar o valor da tensão de cisalhamento máxima. (600;240) (360;-240) (240;120) 748.32 kPa211.67 kPa Polo 45° tensão principal maiortensão principal menor plano principal maiorplano principal menor = 268.32 kPamax 58,3° 2 – Para o elemento de solo submetido a um estado de tensões, mostrado na figura abaixo, determinar graficamente: a) Tensão principal maior b) Tensão principal menor c) Máxima tensão de cisalhamento d) Direção dos planos principais e) Tensão normal e tensão de cisalhamento no plano AC 620 kPa 415 kPa 1030 kPa 415 kPa 45° B CD A E Solução gráfica: 362,13 1287,87 46 2, 87 410 20 5 58,14° 31 ,8 6°45° (1030;415) (620;-415) Solução analítica: Passo 1: Calcular as tensões principais utilizando a seguinte convenção de sinais e as correspondentes fórmulas: 22 1 22 xy xyyx kPa9,1287415 2 6201030 2 1030620 2 2 1 22 3 22 xy xyyx kPa1,362415 2 6201030 2 1030620 2 2 3 Passo 2: Com os valores calculados das tensões principais, calcular o valor da máxima tensão de cisalhamento: kPa9,462 2 1,3629,1287 2 31 max Passo 3: Determinar o valor do ângulo que o plano principal maior faz com a horizontal, utilizando a expressão: 85,310244,2 6201030 415222tan xy xy 3 Passo 4: Calcular as tensões normal e de cisalhamento atuantes no plano AC ( = 45), utilizando as correspondentes fórmulas: 2sin2cos 22 xy xyxy kPa41090sin41590cos 2 6201030 2 6201030 2cos2sin 2 xy xy kPa20590cos41590sin 2 6201030 3 – Os resultados de dois ensaios triaxiais CD realizados com uma argila saturada são os seguintes: Corpo de prova I: 1 = 68,9 kPa 1-3 = 170,3 kPa Corpo de prova II: 1 = 103,4 kPa 1-3 = 231,0 kPa Determinar os parâmetros de resistência ao cisalhamento. Solução: Corpo de prova I: 3 = 3’ =68,9 kPa(na ruptura) 1’ = 1 = 68,9 + 170,3 = 239,2 kPa Corpo de prova II: 3 = 3’ =103,4 kPa(na ruptura) 1’ = 1 = 103,4 + 231,0 = 334,4 kPa 14.8 27.9° 68.9 103.4 239.2 334.4 Solução analítica: 2 c 180°-2 2 45tan2 2 45tan231 c Corpo de prova I: 2 45tan2 2 45tan9,682,239 2 c Corpo de prova II: 2 45tan2 2 45tan4,1034,334 2 c Resolvendo: = 27,9o c = 14,8 kPa 4 – Sobre um material cuja resistência ao cisalhamento em termos de tensões efetivas era s = ’ tan 27o (kPa), foi realizado um ensaio CU (adensado-rápido; consolidado não drenado) com 3 = 200kPa. Neste ensaio, a ruptura ocorreu com 1 = 420 kPa. Determinar a pressão neutra no corpo de prova: a) no início do carregamento axial b) no momento da ruptura Solução gráfica: 200 Ø'=27° 420 67.7 Solução analítica: 3 = 200kPa; 1 = 420 kPa axial)tocarregamendoinício(no0 ruptura)damomentono(7,673,132200' 3,352' 3,132' 220''663,2 220200420'' '663,2 2 2745tan' 2 45tan'' 33 1 3 33 3131 3 2 3 2 31 u kPau kPa kPa kPa kPa 5 – Os parâmetros de resistência, em termos de tensões efetivas, de uma argila totalmente saturada são c’ = 15 kN/m2 e ’ = 29. Tendo sido realizado um ensaio não-adensado e não-drenado (UU) com uma amostra desta argila, para uma tensão confinante de 100 kPa, a diferença de tensões principais na ruptura foi de 170 kPa. Qual era o valor da pressão neutra no corpo-de-prova no momento da ruptura? 4 Solução gráfica: 11'33' 36.7kPa 100.0kPa 270.0kPa 15.0kPa 29° 6 – A figura a seguir mostra o perfil de um solo onde se pretende construir um edifício. Para um elemento de solo localizado a uma profundidade de 3 m, sob o centro da edificação, determinar o incremento de tensão efetiva vertical que causará a ruptura deste elemento de solo. Sabe-se que o incremento de tensão efetiva horizontal é igual a 10% do incremento da tensão efetiva vertical e que o coeficiente de empuxo em repouso (K0) é igual a 0,5. Passo 1: Determinar as tensões efetivas iniciais (assumir que a camada superior está saturada): kPaozo 4,3528,9)219()117()( ' 1 ' A tensão horizontal é dada por: kPaK ozooox 7,174,355,0)()()( '' 3 ' Passo 2: Determinar o incremento de tensão efetiva na direção vertical (1’) que fará com que o solo atinja a ruptura: 3 30sin1 30sin1 'sin1 'sin1 )( )( ' 3 ' 1 ruptura ruptura ' 1 ' 1 ' 1 )()( oruptura ' 1 ' 3 ' 3 1,0)()( oruptura Resultando kPa o o 28,253 1,07,17 4,35 1,0)( )( ' 1' 1 ' 1 ' 1 ' 3 ' 1 ' 1 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1 – Para cada um dos elementos de solo, abaixo esquematizados, determinar: a) círculo de Mohr de tensões; b) os planos principais maior e menor; c) a máxima tensão de cisalhamento 2 – As tensões = 100 kPa e = 26 kPa atuam num plano vertical que passa por um ponto crítico em um solo. No plano horizontal, = 0. Qual é a orientação dos planos principais em relação à horizontal e quais são as tensões neles atuantes? 3 – Num determinado ponto de um sólido, 1 = 900 kPa (na direção horizontal) e 3 = 200 kPa. Determine as tensões num plano inclinado de 15 em relação ao plano principal menor. 4 – O estado de tensões em um ponto é caracterizado por v = 140 kPa; v = 20 kPa e h = 70 kPa. a) Qual é a orientação dos planos principais e quais são as tensõesque neles atuam? b) Se o material é uma areia fofa (' = 28) essa solicitação o levará à ruptura? Explicar. 5 – Com uma amostra de solo arenoso foram realizados ensaios de cisalhamento direto que forneceram os seguintes resultados: Ensaio n (kPa) (kPa) 1 200 120 2 300 175 3 500 290 Com a mesma amostra deseja-se realizar um ensaio de compressão triaxial com 3=250 kPa. Determinar: a) a envoltória de resistência do solo; b) as tensões no instante da ruptura para o ensaio triaxial; c) a tensão principal maior neste instante. 6 – Num ensaio de compressão triaxial adensado rápido romperam-se dois corpos de prova com tensões confinantes de 200 e 400 kPa. As tensões no instante de ruptura foram: CP 3 (kPa) 1 (kPa) u (kPa) 01 200 350 140 02 400 700 280 Calcular: a) a envoltória de tensões totais, s=f(); b) a envoltória de tensões efetivas, s=f(’); c) as tensões no plano de ruptura para o corpo de prova 2. 7 –Para ensaios triaxiais do tipo CU (adensado e não drenado), com corpos de prova provenientes de amostra do tipo argila normalmente adensada, foram obtidos os 350 kPa 100 kPa 100 kPa 100 kPa 400 kPa 100 kPa 200 kPa 100 kPa 30° 2 .0 m 1 .0 m sat = 19 kN/m3 ’ = 30 = 17 kN/m3 NA 5 resultados contidos na tabela abaixo. Estimar a envoltória de resistência em termos de tensões totais e efetivas. Qual o ângulo de ruptura do corpo de prova em relação à horizontal? CP 3 (kPa) Desviatória (1-3) (kPa) u (kPa) 1 100 200 20 2 150 300 30 3 200 400 50 4 250 500 60 Obs: u é a pressão neutra na ruptura. 8 – Os resultados a seguir foram obtidos na ruptura em uma série de ensaios triaxiais adensados – não drenados –em corpos de prova de uma argila completamente saturada. Determinar os valores dos parâmetros de resistência ao cisalhamento (ângulo de atrito efetivo e coesão efetiva). Se um corpo de prova do mesmo solo fosse adensado sob uma pressão confinante de 250 kPa e a diferença das tensões principais aplicada com a pressão confinante mudasse para 350 kPa, qual seria o valor esperado para a diferença das tensões principais na ruptura? CP 3 (kPa) Desviatória (1-3) (kPa) u (kPa) 1 150 103 82 2 300 202 169 3 450 305 252 4 600 410 331 9 – Uma argila saturada normalmente adensada tem resistência não drenada igual a 100 kPa. Em condições drenadas, o ângulo de atrito é de 30º. Se a argila rompe numa condição não drenada, quais serão as tensões principais efetivas no instante da ruptura? 10 –Os seguintes resultados foram obtidos em um ensaio CU com uma argila saturada; em que 3c'= 300 kPa: ε(%) 0 0,5 1 2 4 5 7 10 (1-3) kPa 0 65 140 238 310 322 359 400 u (kPa) 0 52 105 155 172 174 180 175 Esquematize as trajetórias de tensões totais e efetivas. O que se pode dizer dessa argila? 11 –Dois corpos de prova idênticos de uma areia foram submetidos a um ensaio de compressão triaxial drenado (CD) e forneceram os seguintes resultados: CP 3'(kPa) (1 - 3)máx. (kPa) 1 100 380 2 300 1320 Determinar a envoltória de resistência desse solo e as tensões no plano de ruptura para os dois corpos de prova. 12 – Determinar a trajetória de tensões para o corpo de prova de solo normalmente adensado, cuja curva tensão- deformação está representada abaixo, com as respectivas leituras de pressões neutras. Determinar também a envoltória de resistência do solo. 13 –Um corpo de prova de areia foi adensado isotropicamente com 100 kPa. Esquematize as trajetórias de tensões (ensaios CD, p', q) para os seguintes casos: a) h = cte.; v é aumentado para 180 kPa; b) v = cte.; h é diminuído para 25 kPa; c) h e v são aumentados para 200 kPa; d) v = cte. e h é aumentado para 250 kPa; e) h = cte.; v é diminuído para 15 kPa. Se o ângulo de atrito é 30, o que se pode dizer desses estados de tensão? 14 –Uma amostra de areia foi cisalhada (condições drenadas) em extensão lateral (ou compressão por descarregamento lateral: σv = cte e σh decresce). Inicialmente ela foi adensada anisotropicamente com σ3 = 100 e σ1 = 140 kPa. Sabendo que ' = 30º, determine: a) círculos de Mohr após adensamento e na ruptura; b) trajetória de tensões; c) a equação da linha Kf 15 –Uma argila saturada tem as seguintes resistências Rc = 350 kPa(compressão simples) s = 100 + ' tan25o kPa (drenado) Caso se aumente a tensão normal num determinado plano para 300kPa, qual será a resistência disponível nesse plano nas seguintes condições: a) imediatamente após o acréscimo de tensão; b) após um longo período de tempo 16 –Para um ensaio de cisalhamento direto em areia seca, é fornecido o seguinte: ● Tamanho do corpo de prova: 50 mm × 50 mm × 25 mm (altura) ● Tensão normal: 192 kN/m² ● Resistência ao cisalhamento no momento da ruptura: 120 kN/m² Determinar: a)O ângulo de atrito do material ensaiado; b) Para uma tensão normal de 200 kN/m², qual força de cisalhamento é necessária para provocar a ruptura do corpo de prova? 0 50 100 150 200 250 300 D ife re nç a Te ns õe s Pr in c. (k Pa ) 0 2 4 6 8 10 12 14 Deformação (%) Tensões Pressão Neutra Tensão confinante: 200 kPa 6
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