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Saúde do Trabalhador Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Esp. Erika Gambeti de Santana Revisão Textual: Profa. Ms. Fátima Furlan Doenças Relacionadas ao Trabalho • Adoecimento Ocupacional • Averiguação da relação entre trabalho e saúde • DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho • LER – Lesões por Esforços Repetitivos • PAIR – Perda Auditiva Induzida por Ruído • Intoxicação por meio do chumbo • Dermatoses Ocupacionais • Pneumoconioses · Apresentar conceitos das patologias OBJETIVO DE APRENDIZADO Título da Unidade Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Doenças Relacionadas ao Trabalho Doenças ligadas ao desenvolvimento de atividades laborais São compartilhados com os trabalhadores e com os que não trabalham as formas que fazem com que adoeçam e morram devido ao estilo de vida, da idade, do sexo, do perfil genético e de fatores de risco de natureza ambiental ao quais todos estão expostos. Porém, doenças e acidentes são apresentados pelos funcionários que já exerceram ou exercem as atividades que geram estes riscos e também que já estiveram nos locais de exposição devido aos serviços prestados. O resultado da articulação entre os fatores de risco aos quais uma comunidade fica exposta é o perfil de fatalidades como o adoecimento e morte dos funcionários. Acrescidos daqueles aos quais se expõem ao local de trabalho, tem sido qualificado em três grupos os agravos direcionados ao trabalho, que podem ser vistos abaixo: Trabalho como causa necessária Trabalho como fator contribui- tivo, mas não necessário Trabalho como provocador de um distúrbio latente, ou agravador de uma doença • Intoxicação por chumbo • Silicose • Doenças pro�ssionais legalmente reconhecidas • Doenças coronarianas • Doenças do aparelho locomotor • Câncer • Varizes dos membros inferiores • Bronquite crônica • Dermatide de contato alergico • Asma • Doenças mentais Figura 1 Primeiro grupo, tratando do trabalho como causa necessária, as patologias que são encontradas quando o trabalho é uma condição necessária. As patologias decorrentes quando o trabalho é uma condição são encontradas raramente fora das situações de exposição não ocupacional. Segundo grupo, encontram-se patologias comuns, distribuídas amplamente na comunidade, porém se tornam mais frequentes ou surgem mais precocemente em funções de determinadas condições no local de trabalho. No caso do terceiro grupo, o trabalho é que provoca o distúrbio agravador ou latente da doença ou do distúrbio preexistente. Basicamente podemos dizer que os fatores de risco de segurança e saúde dos trabalhadores podem ter uma classificação dividida em cinco grupos, como mostrados a seguir: 8 9 Físicos Químicos Biológicos PsicossociaisErgonômicos Mecânicos Acidentais Figura 2 Investigando as ligações entre trabalho e saúde Existem muitos métodos de averiguação da relação saúde e trabalho. Destacamos os estudos epidemiológicos, a ergonomia, a toxicologia e a higiene industrial. Entretanto, vamos enfatizar nesta parte mais especificamente aquelas de mais fácil acesso ao profissional da atenção básica. A anamnese ocupacional é o método mais simples e de uso universal para investigar entre condições: saúde, doença e trabalho. Ela será definida através de um conjunto de informações tendo por principais objetivos a detecção e esclarecimentos de alterações de saúde do paciente com o trabalho que realiza ou realizou, sendo colhidas pelos colaboradores específicos da saúde junto ao paciente. A anamnese ocupacional é constituída pelos objetivos a seguir: identificar os riscos a saúde expostas no trabalho, nos hábitos do paciente e no meio ambiente, identificar os riscos a saúde no meio ambiente, identificar as alterações na saúde e as relações nos riscos detectados e o nível que está o estado de saúde/doença, fornecer informações para o tratamento correto, fornecer informações que permitam ao paciente o acesso aos benefícios da Previdência Privada, fornecer informações que possam auxiliar na produção cientifica e nas ações de vigilância a saúde. 9 UNIDADE Doenças Relacionadas ao Trabalho Importante! A anamnese ocupacional tem que procurar responder as seguintes questões: O que o trabalhador exerce? Com qual produto trabalha? Com o que é feito? (Quais as ferramentas, matérias-primas e instrumentos empregados?) Como é feito? (Quais os segmentos do corpo, os movimentos e grupos musculares demandados para realização da tarefa? Quais são as posturas exigidas no trabalho? Quanto que é produzido? Em quanto tempo? Qual a jornada de trabalho? Quantas horas extras? Tem férias regularmente? Existem estratégias para proteger a saúde no trabalho? Quais equipamentos de proteção coletiva? Quais equipamentos de proteção individual? São realizados exames periódicos de saúde? Quais exames são realizados? Tem acesso aos resultados desses exames? Já apresentou acidentes ou doenças decorrentes do trabalho? Alguns colegas de trabalho tiveram alguma alteração de saúde parecida com a sua? No seu trabalho identi�ca algum risco a saúde? Onde faz? (Onde é e como é seu ambiente de trabalho?). Como São as instalações? Quais as condições de conforto? (existem sanitários, refeitórios e áreas de descanso adequadas?). Com quem trabalha? (Como é a relação com os chefes? Quantas pessoas compõem a equipe de trabalho? Como é a relação entre elas?). Figura 3 Importante! Diversas vezes, trabalhadores enfrentam fatores de risco em suas atividades que são responsáveis pelas alterações de saúde descobertas na consulta, exigindo para esclarecimento relatórios dos serviços exercidos no passado. Cânceres e algumas patologias pulmonares relacionadas com o serviço prestado constituem exemplos típicos, a patologia pode se apresentar clinicamente após o colaborador ter deixado o emprego no qual se expôs ao risco. A Anamnese ocupacional embora seja uma realização fácil no dia a dia, não é sempre suficiente para o esclarecimento de uma possível relação à patologia com 10 11 o trabalho. Por isso colocam como prioridade a inspeção do ambiente de trabalho, pela complexidade das atividades ou pelas poucas informações passadas.Faz-se necessário a exigência de uma inspeção no ambiente de trabalho também para os casos em que os profissionais realizem suas tarefas em ambientes domiciliares, por mais que o processo de trabalho seja bem compreendido pelo paciente, pelos outros trabalhadores e por seus familiares. No primeiro caso, criar um componente fundamentalmente rotineiro antecipando a vigilância necessária à saúde dos colaboradores, não ocorrendo de forma imediata ou subordinada a constatação de agravos à saúde no trabalho. Através dessa inspeção rotineira, busca-se constatar a existência de condições de risco a saúde e a vida dos colaboradores e situações de não conformidade nas legislações de proteção à saúde do trabalhador. Principalmente quando o trabalho acontece no ambiente domiciliar, a inspeção constitui uma oportunidade para a implantação de atividades educativas e recreativas junto a trabalhadores, empregadores e familiares. Em extremas situações, pode-se chamar a vigilância sanitária do município, que terá o poder de punir empregadores negligentes que não cumprem os códigos sanitários das legislações trabalhistas. O ministério público do trabalho possui instrumentos dentro das leis para “fazer cumprir a lei” por parte dos empregadores em caso de risco coletivo. Cabe aqui mencionar que os auditores, fiscais do ministério do trabalho, também podem fazer as inspeções, tendo como instrumento Legal a Legislação Trabalhista, as chamadas Normas Regulamentadoras, sendo que o descumprimento pode ocasionar notificação e estabelecimento de prazos para que seja cumprida na data. As inspeções rotineiras dos locais de trabalho podem ter como ponto de inicio um cadastro de atividades no local de equipe, sendo realizado pelo ACS. No território da equipe, a realização do cadastro visa inventariar as atitudes econômicas realizadas, sem esquecer do espaço domiciliar, com ênfase as com potencial de gerar riscos à saúde dos colaboradores e seus familiares. Deve ser sistemática a realização do cadastro, não podendo estar subordinada a identificação de casos de adoecimento no trabalho, ao contrário, deve ser um método que informa ações de vigilância ao ambiente e problemas. A constatação de fatores de risco deve dar origem a ações de natureza educativa voltada para colaboradores e empregadores e de vigilância em saúde dos trabalhadores. A necessidade de conhecer mais a fundo o processo de trabalho é outra situação motivadora de inspeções, acrescentando informações obtidas pela realização de uma anamnese ocupacional. Quanto a não conformidade das condições de trabalho às normas de proteção à saúde no trabalho e no meio ambiente será promovido a busca ativa de casos de patologia e acidentes relacionados ao trabalho e apuração de denúncias de qualquer pessoa envolvida ou da própria comunidade. Com finalidades práticas e formas genéricas, os riscos à saúde presentes nos locais de trabalho estão classificados em cinco grupos de fatores de risco, com condições ou conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar efeito contrário. 11 UNIDADE Doenças Relacionadas ao Trabalho É fundamental para a definição da existência dos fatores de riscos de acidentes o reconhecimento de situações que ajudem para que aconteçam em algum processo de trabalho. Imediatamente após a certificação, deverá ser feita a verificação da probabilidade de que o dano ocorra e sua gravidade. No meio das inspeções nos locais de trabalho, busca-se ainda verificar se a empresa está cumprindo as normas de segurança e saúde no trabalho, definidas nas legislações. Tanto os trabalhadores quanto os empregadores devem ser orientados sobre a necessidade de adaptar o trabalho ao bem-estar, à segurança e à saúde de todos e não apenas focar no cumprimento das legislações, onde o conteúdo não é capaz de compreender a complexidade do ambiente ocupacional e das novas tendências tecnológicas, nos novos riscos e nas novas formas de organizar os trabalhos. Veja a seguir como os riscos se dividem: · Riscos físicos: Pressões anormais, vibrações, ruídos, radiações ionizantes, não ionizantes e temperaturas. · Riscos Químicos: substâncias e agentes químicos sob a forma de gases líquidos, vapores, nevoas, fumos, poeiras, neblinas e fibras. · Riscos Biológicos: Fungos, protozoários, bactérias, vírus e parasitas e todos outros tipos. · Riscos por conta da organização do trabalho: longas jornadas de trabalhos, trabalho penoso, rodízio de turnos ou trabalho noturno, ritmo intenso de trabalho, monotonias, demandas excessivas de produtividade, responsabilidade excessiva, relações de trabalhos autoritários, equipamentos, falhas nos treinamentos e na supervisão de trabalhadores, máquinas ou mobiliários inadequados, más condições de ventilação e conforto, exigências de posturas e posições desconfortáveis. · Riscos de Acidentes e mecânicos: Limpeza e organização geral do ambiente, máquina com proteção, inadequação em arranjo físico, identificação de produtos químicos, Máquinas e áreas perigosas com sinalização, instalações elétricas com proteção e outros casos que podem gerar acidentes de trabalho. Mediante os cinco grupos discriminados acima, observamos que quando é feita a inspeção dos locais de trabalho, uma verificação qualitativa da existência de fatores de risco é realizada. A verificação não é difícil. Porém, a mensuração da real exposição a esses riscos pode ser necessária para termos uma noção precisa dos impactos sobre a saúde dos colaboradores e da observância, ou não, pelo empregador dos parâmetros legais. Constitui numa etapa seguinte a verificação quantitativa, sendo mais complexa, pois envolve o método de medição por instrumentos de manuseio especializado. O comportamento diante de um caso de doença relacionada ao trabalho não é uma novidade para os colaboradores das equipes de Saúde da Família. Os trabalhadores já vêm realizando esses procedimentos no dia a dia, porém nem sempre conscientes da importância e das repercussões do adoecimento no trabalho no cenário de saúde do país. A atenção de qualidade ao colaborador vitimas de doenças ou acidentes pertinentes ao trabalho prescinde da implementação de 12 13 algumas condutas. Podemos destacar que entre as condutas possíveis e necessárias, frente a um caso de acidente ou adoecimento no trabalho, são: · Em relação à origem e mecanismos de seu adoecimento, informar e orientar formas de prevenção e tratamento que existem, medidas que devem ser tomadas para evitar agravamento de sua patologia ou surgimentos de novos casos. · Exames complementares necessários devem ser solicitados para esclarecimento do caso. · Realizar verificação da existência de outros trabalhadores expostos, inspeção ao local de trabalho para verificação da existência de riscos, esclarecimento diagnóstico e atividades educativas. · Quando for necessário, para mais esclarecimento do diagnóstico, solicitar Interconsulta de especialistas. · Informar ao colaborador sobre seus direitos previdenciários e trabalhistas. · Quando há gravidade, o nível de dificuldade da investigação diagnóstica ou o que os especialistas de terapias especificas exigirem. · Encaminhar e diagnosticar o tratamento quando necessário incluindo medicamentos, reabilitação física, cirurgia, acompanhamento neurológico. · Sempre que for necessário, emitir relatórios e atestados de afastamento da exposição de risco. · Afastar do trabalho quando for medida terapêutica indicada pelo médico, ou seja, o único jeito de evitar a exposição de risco que gere o agravamento da situação. O profissional deve fornecer os atestados médicos com pareceres que justifiquem tecnicamente essa licença à empresa e ao órgão da previdência social, quando for preciso. · Para os trabalhadores que possuem carteira assinada, em caso de doenças e acidentes relacionados ao trabalho deverá emitir um comunicado de acidente do trabalho (CAT). A CAT deverá ser emitida pelo empregador, determina assima legislação. No caso dele se recusar, poderá também o trabalhador da saúde, o próprio colaborador adoentado, o sindicato, seus familiares ou uma autoridade pública fazer a notificação. Independente da CAT ser emitida por uma dessas pessoas ou órgão é dever ético do médico, caso seja solicitado pelo paciente, preencher o campo discriminado por diagnóstico. · Em caso de confirmação de agravamento relacionado ao trabalho de notificação compulsória, deve ser notificado o SINAN. · Quando existir sindicato do ramo do trabalhador, notificá-lo imediatamente. Uma das atribuições do sindicato junto aos empregadores é negociar melhoras das condições no trabalho. Para que isso aconteça todos os problemas de saúde dos trabalhadores devem ser informados para que providências sejam tomadas. 13 UNIDADE Doenças Relacionadas ao Trabalho · Não deixar de orientar sobre a reabilitação profissional. Eles ocorrem quando o tratamento é finalizado e verifica-se que não poderá continuar na atividade que gerou a patologia, ou perda parcial do desempenho para o serviço. Isso para as situações em que não existam invalidez e outras doenças que o impeçam de exercer outras atividades. Esse processo de reabilitação profissional é o processo de adquirir novas habilidades e competências para que assim possa retomar sua vida profissional em outro tipo de serviço. Os trabalhadores que forem filiados ao INSS têm direito ao benefício previsto em lei, mas são oferecidas atividades de requalificação em outras organizações da sociedade. · Executar atividades educativas voltadas para os trabalhadores. Como verificamos, trata-se de uma extensa lista de ações, porém não completa. Situações e realidades específicas de seu território indicam a necessidade de tomar outras medidas que não foram citadas neste texto. Apesar de no dia a dia presenciarmos situações bastante diferentes, quando há constatação de agravos relacionados ao trabalho, temos um kit básico de ações que deverão ser colocadas em prática. Como não podemos falar de cada um deles, iremos dar ênfase a partir de agora nos que mais presenciamos em nosso meio. DORT – Distúrbio osteomusculares relacionado ao trabalho e LER – Lesões por esforços repetitivos Na sua prática cotidiana qual é o grupo de patologia mais comum? Podemos dizer com grande chance de acerto que as doenças que mais nos deparamos no dia a dia são: diabetes, hipertensão arterial, osteomusculares, infecções respiratórias e doenças neurológicas. As dores em membros superiores, artralgias e lombalgias são queixas mais comuns no cotidiano dos hospitais e uma boa parte delas são agravadas ou provocadas pelo trabalho. Quando estamos falando sobre as doenças relacionadas ao trabalho mais notificadas no Brasil, estamos nos referindo ao DORT/LER. Reúnem-se sob essas denominações uns grandes grupos de quadros clínicos que acometem normalmente a região cervical, escapular e membros superiores. Tornou-se mais frequente esse grupo de distúrbios a partir dos anos 1980, quando passaram a ocorrer de forma epidêmica, principalmente nas áreas de digitação e entrada eletrônica de dados (caixa de banco e supermercado), colaboradores de cozinha industrial, frigorifico, abatedouros, conservação e limpeza, em linha de montagem na indústria, eletrônica e vários outros serviços que contêm determinadas características dos locais de trabalho e organização, as quais fortemente determinam o risco de surgimento desses eventos. Destaca-se que entre os atores de risco os mais descritos são: atividade com uso repetitivo dos membros superiores, ritmos intensos de trabalho, inexistência ou insuficiência de 14 15 pausa para descanso, ferramentas inadequadas, jornadas prolongadas de trabalho, atividade penosa de exigência de trabalho em posições não fisiológicas, móveis inadequados, exposição ao frio, vibração, trabalho em situação de forte pressão por produtividade etc. A DORT/LER na maioria dos casos tem como vítimas mulheres, representando 70%. Isso ocorre por normalmente mulheres serem destinadas aos trabalhos repetitivos e também serem oneradas a duplas jornadas (trabalho e serviços domésticos), onde são penosas e repetitivas as atividades. As doenças de compreensão nervosa (síndrome do túnel do carpo e do desfiladeiro torácico) são as mais comuns. Muito comuns também são as manifestações músculo-tendinosos e dentro desta categoria se destacam a tendinite do ombro, dos flexores e extensores, a dor miofascial, a cérvico-braquialgia, as epocondilites e também as dores crônicas dos membros superiores. Nesses casos, a evolução quase sempre é insidiosa e provoca dor. Sendo de fraca intensidade no inicio, mas depois é caracterizada por sensação de peso, que se agrava mediante exposição prolongada, podendo passar para fases mais avançadas que impedem o desempenho das atividades diárias, com perdas de força muscular, formigamentos e dormências, edemas, contraturas musculares, nódulos, hipotrofias e alterações de temperatura locais. As queixas de manifestações tendinosas, compressivas e musculares são diagnósticos eminentes clínicos, achados através dos exames físicos e também por colhimento de elementos após inspeção do local de trabalho. A realização de exame especializado de neurologia e ortopedia pode contribuir com a definição do diagnóstico e também exames complementares como ultrassom, radiografia, tomografia e ressonância magnética. Para o tratamento muitas vezes é exigido o afastamento das atividades de risco e do trabalho, sendo mais efetivo quando é descoberto de forma precoce, sendo utilizados também analgésicos, relaxantes musculares, antidepressivos, anti- inflamatórios que aumentam o limiar de dor. Muitas vezes acaba sendo necessário um tratamento com fisioterapia tendo como função a recuperação da força muscular e manutenção da amplitude de movimentos. Podemos constatar em alguns casos alterações comportamentais que decorrem de insônia, frustração por conta da incapacidade das atividades diárias, dor crônica, insegurança por ter sensação de invalidez, tendo a necessidade de um acompanhamento de profissionais da área de saúde mental. Para alguns casos, pode ser indicada cirurgia, como nos casos que abrangem tendinite do ombro e rompimento de tendões ou até mesmo compressões mais graves. Para controlar situações como descritas, se faz necessário possíveis mudanças na organização do ambiente de trabalho, novos ritmos, mudanças nas jornadas, adaptação de mobiliário e equipamentos para a prevenção das DORT/LER. 15 UNIDADE Doenças Relacionadas ao Trabalho Intoxicação por meio do chumbo Na crosta terrestre que está amplamente destruída, encontramos uma quantidade abundante de chumbo, podendo ser encontrado livre ou associado a outros elementos, exercendo funções fisiológicas no organismo. A estimativa é que este metal seja utilizado em mais de 200 processos industriais, sendo destacado nos acumuladores elétricos. Estão relatando no Brasil, além dos casos das baterias automotivas, a presença em projéteis de chumbo que podem intoxicar os organismos. Outras formas de intoxicação também atingem os trabalhadores que exercem suas atividades nas indústrias de plástico, nas empresas que utilizam o chumbo para lapidação de pedras, na aprendizagem e instrução de tiro, na redução de minérios ricos, nos trabalhos com radiadores de carros, na fundição de sucatas e também nas soldas a base de chumbo. Se o chumbo for absorvido, distribuído e excretado ele não sofre metabolização ao estar em contato com o organismo. A contaminação pode ocorrer através da inalação de poeiras e fumos, mas para a visão ocupacional o mais preocupante é a ingestão. O chumbo é absorvido pela inalação na maioria das vezes. Podemos dizer que a ingestão é por volta de 16% apenas no caso dos adultos, já nas crianças em 50%. Quando é absorvido é diretamente distribuído para o sangue, onde sua meia-vida é de trinta e sete dias. No caso dos tecidos moles sua meia-vidaé de quarenta dias e de vinte e sete anos no caso dos ossos. A via urinária é sua via preferida de eliminação. O chumbo compromete vários sistemas fisiológicos. Sendo os mais sensíveis hematopoiéticos, sistema central nervoso, renal, cardiovascular, gastrintestinal, reprodutor e músculo esquelético. Nos casos individuais existem variações significativas. Os adultos podem ter sintomas que se manifestaram apenas por meio de concentrações sanguíneas de chumbo a partir de 25 μg/dL. De acordo com maior concentração é que se têm os sintomas e gravidade maiores. Os primeiros sintomas são bem leves e não se sabe ao certo o que são, mas são referentes ao sistema nervoso, através de problemas com sono, dificuldade de concentração, fadiga, irritação, alguns problemas gástricos como cólicas, diarreia, náusea, podendo trazer dores nos membros inferiores. De forma insidiosa é que as manifestações clínicas evoluem, sendo que muitas vezes é apresentada a partir de evidências laboratorial inequívoca exposição assintomática. Algumas mudanças cognitivas do humor podem ser causadas devido à nefropatia com gota e também da insuficiência renal crônica, essas mudanças podem ser bem graves. Em alguns casos mais raros é possível ter intoxicações agudas mesmo com exposições curtas e intensas. No caso dos quadros agudos, esses acontecem por conta de intoxicações crônicas e trazem uma encefalopatia aguda e neuropatia periférica grave, trazendo a paralisia dos músculos que são fortemente atingidos. Estes também podem trazer dores abdominais difusas e intensas, acompanhadas de ausência de leucocitose, febre, hipertensão arterial e constipação intestinal. O Ministério da Saúde recomenda que 16 17 seja utilizado um diagnóstico laboratorial para medir a dosagem de chumbo no sangue para os trabalhadores que são expostos ao Chumbo Metálico, sendo seu limite de normalidade 40 μg/dL, onde o limite é de 60 μg/dL, é permitido pela IBPM, mesmo sabendo que os valores abaixo de 60 já causam alterações fisiológicas. São utilizados dosagem de indicadores que surtem efeitos biológicos, revelando alteração orgânica que resulta da ação indireta ou direta do chumbo na síntese do heme, onde a dosagem do ácido delta aminolevulínico na urina (ALA-u) é o mais utilizado, a dosagem eleva-se quando a plumbemia é a partir de 40 μg. Até 4,5 mg/g é o valor de referência de creatinina e de BMP 10 mg/g para creatinina. O afastamento do metal faz parte do tratamento indicado para as intoxicações assim como a hidratação oral. O medicamento mais utilizado é o uso das drogas quelantes, sendo que o acido etilenodiaminotetracético (EDTA) é o mais conhecido na forma de cálcio ou cálcico-versenato. A substituição do chumbo por agentes menos tóxicos, enclausuramento das operações e instalação de sistemas exautores são as formas de prevenção da intoxicação. Caso essas medidas não sejam apresentadas logo, é importante que se faça o uso de EPI’ s adequados como máscaras de filtro químico, uniformes e luvas que devem ser lavados pela empresa, para que não acarrete contaminação no ambiente domiciliar. É importante que a limpeza seja realizada por via úmida, que seja feita a deposição de rejeitos que contenham chumbo, que não sejam consumidas comidas e bebidas nos locais contaminados, desenvolvendo assim boas práticas por parte da empresa e dos trabalhadores. Se faz primordial que empresas deste gênero tenham um sistema de informação e conscientização para os trabalhadores sob a exposição e os riscos decorrentes dela. Embora sejam mais frequentes as intoxicações por chumbo e por metais pesados, essas não são as únicas. No Brasil, sem dúvida, o maior índice de intoxicações é por meio dos agrotóxicos, principalmente nas zonas rurais. É de grande ocorrência no país a intoxicação por pesticidas ou agrotóxicos, sendo essa abrangente a um conjunto de manifestações variáveis, de acordo com as características químicas do agente. De acordo com Brasil (2001), podemos considerar como agrotóxicos: produtos ou componentes classificados como químicos, biológicos e físicos que causam danos aos organismos dos seres vivos e estão presentes em diversas áreas principalmente nas agrícolas, como na proteção das florestas implantadas e nativas e em todos os processos que estão envolvidos e que podem alterar a flora e a fauna, sem esquecer dos processos de estimulação, inibidores, dessecantes e também de desfolhantes. Os produtos utilizados são escolhidos pelo tipo de praga ou doença, podendo ser fungicidas, herbicidas, acaricidas, bacteriostáticos, moluscidas, nematicidas ou raticidas. Os produtos por conta de sua toxidade são classificados em quatro classes, de acordo com o grau de toxidade: 17 UNIDADE Doenças Relacionadas ao Trabalho Classe 1 Nas embalagens têm tarja vermelha, são extremamente tóxicos; Classe 2 Nas embalagens têm tarja amarela, sendo altamente tóxicos; Classe 3 Nas embalagens têm tarja azul, são medianamente tóxicos; Classe 4 Nas embalagens têm tarja verde, sendo eles pouco tóxicos. Figura 4 Os trabalhadores que realizam trabalhos com produção e distribuição de agrotóxicos e também preparo e aplicação dos inseticidas para ambientes urbanos, combate de endemias e também a população que vive em áreas contíguas as aplicações de agrotóxicos estão expostos ao risco de intoxicação e podem ser contaminados por essas substâncias. Os organofosforados, carbamatos, piretroides e organoclorados são os grupos mais importantes para a classificação química. Os maiores números de intoxicações ocupacionais são de responsabilidade dos carbamatos e organofosforados, pois ambos podem ser absorvidos por inalação e vias dérmica e digestiva, trazendo em seu quadro clínico, sialorreia, miose, sudorese, hipersecreção, tosse, brônquica, cólicas, diarreias, fasciculações musculares, hipertensão, ataxia, convulsões, choque cardiorrespiratório e confusão mental, podendo levar à morte. Os carbamatos mesmo tendo um quadro clínico bem parecido, são relativamente mais leves do que os organofosforados. Devido a grande toxidade os inseticidas clorados possuem restrições legais quanto ao uso, pois causam degradação de longa permanecia no ambiente, podem ser cumulativos no tecido adiposo humano e também causam efeitos carcinogênicos nos animais. Atuam no comprometimento da transmissão dos impulsos nervosos e podem causar alterações no comportamento sensório e de equilíbrio, podendo também atuar no centro respiratório. Estes podem ser eliminados através do leite materno e da urina, sendo eles absorvidos por digestão, via dérmica ou inalação. Podem ser manifestadas as intoxicações agudas através de sintomas respiratórios (tosse, rinorreia, rouquidão), ataxia, cefaleia intensa, alterações do equilíbrio, fraqueza e também gastrintestinais (vômitos, cólicas, diarreias, náuseas). No caso das exposições serem crônicas, pode causar fraqueza muscular, cefaleia, dermatoses, perda de peso e anorexia. 18 19 Nas dedetizações de prédios públicos e residências, são vastamente utilizados os inseticidas piretroides, por conta de possuir baixos índices de toxidade e concentração de produtos industrializados, com isso são raras as chances de intoxicação aguda. Esses podem ser absorvidos através das vias cutâneas, digestivas e inalatórias. Podem desencadear uma dermatite alérgica ou uma asma por serem hipersensibilizantes. Podem causar também formigamento e dormência nas pálpebras e lábios, irritações conjuntivas etc. Convulsões, perda de consciência e opistótomo são provocadas por longas exposições. Para tratar das intoxicações é necessário que se tenha o afastamento da exposição e tratamento com medicações, sendo preciso suporte para o caso de intoxicações agudas. No caso dos agrotóxicos, não causam efeitos graves sobre a pele mesmo sendo absorvidos pelas vias cutâneas. Esta, por sua vez não apresenta apenas a entrada para diversas substâncias, mas também é bem sensível a muitos agentes agressores quechegam até o trabalhador por meio dos ambientes de trabalho, causando assim dermatoses. Perda de audição induzida pelo ruído – PAIR Normalmente, quando saímos de ambientes com muito barulho, boates e trios elétricos e vamos para ambientes silenciosos, sentimos um zumbido no ouvido ou uma sensação de irritação e dor de cabeça. No caso das empresas não são diferentes os sintomas aos barulhos, mas isso ocorre durante um período de 8 horas ou mais, durante anos. Hoje podemos dizer que essa sensação de desconforto pode até trazer danos à audição, mas é devido à exposição crônica a ruídos durante anos que ocorre a perda progressiva da audição da pessoa em questão. Um dos riscos à saúde mais presentes no ambiente de trabalho é a exposição ao ruído, principalmente nos industriais. Sendo o ruído o maior causador de perda auditiva em adultos, pois o trabalho é uma fonte de exposição importante a esse agente. A PAIR – Perda de Audição induzida pelo Ruído é resultante da lesão irreversível e permanente das células ciliares que estão presentes no ouvido interno, sendo sua natureza neurossensorial. Esse quadro é quase sempre oligossintomático e insidioso, manifestado de inicio por meio de frequências mais altas e agudas que vão acima de 3.000 Hertz e estão mais presentes nos ambientes industriais. Pode ser estabilizada com o afastamento da exposição e raramente são profundas. Os trabalhadores podem queixar-se de zumbidos nos ouvidos além da redução de audição, eles representam um terço dos trabalhadores que sofrem com o PAIR. Podemos detectar através da audiometria tonal a perda de audição induzida pelo ruído, esta deve ser realizada uma vez ao ano nos trabalhadores que ficam expostos. O isolamento e enclausuramento das operações ruidosas e das máquinas é uma das formas principais de prevenção nestes casos, outras que podem ser consideradas são: manutenção das máquinas e substituição por equipamentos menos barulhentos. Até que sejam implantadas essas prevenções, é importante que sejam utilizados os equipamentos de proteção individual (EPIs). 19 UNIDADE Doenças Relacionadas ao Trabalho Esta exposição aguda a ruídos (PAIR) pode gerar um trauma acústico. As explosões, que são ruídos intensos, podem causar perfuração do tímpano, desarticulação dos ossículos e surdez de condução, e o indivíduo pode se recuperar parcial ou totalmente. Apresentam efeitos extra-auditivos à exposição crônica ao ruído, como irritabilidade, alterações de sono, hipertensão arterial, taquicardia e outros. Importante! Os marteleiros, trabalhadores da construção civil, metalúrgicas, gráficas, siderúrgicas, mineração, indústrias têxteis, lavanderias industriais e aeroportos, estão mais expostos ao risco de perda auditiva induzida. Você Sabia? Devemos levar em consideração a exposição aos produtos químicos como solventes, monóxido de carbono e metais pesados, que também podem levar a lesões no ouvido e perda de audição. O chumbo é o metal que mais se destaca quanto à exposição ocupacional no Brasil. Pneumoconioses São classificadas como doenças respiratórias ocupacionais, conhecida e notificada no território brasileiro, mais precisamente em Minas Gerais, onde os números registrados são bem significativos. O organismo reage à presença de poeiras fibrogênicas, causando assim fibroses intersticiais pulmonares. A silicose é a mais comum e é decorrente da inalação de partículas menores a 10 μ de sílica livre presentes no ambiente de trabalho. Os trabalhadores que desenvolvem trabalhos na mineração, extração e beneficiamento de quartzito, de britas e granito, lapidação de pedras, indústria cerâmica, produção de abrasivos e refratários, jateamento de areia e em outras atividades estão mais expostos ao risco de silicose. Esta doença se manifesta radiologicamente depois de muitos períodos de exposição sendo insidiosa. No inicio, são constatadas queixas clínicas principalmente dispneia aos esforços. É possível diagnosticar com radiografia de tórax, segundo a OIT, nos casos positivos são apresentadas lesões nodulares intersticiais. Nos casos onde haja dúvida é solicitado ao paciente uma tomografia axial computadorizada e em alguns casos específicos biópsia pulmonar. Normalmente, são tardias as alterações funcionais, por isso é utilizada a espirometria para que uma melhor avaliação da incapacidade provocada pela doença e não com finalidades diagnósticas. É bom saber que a silicose pode agravar casos de doenças pulmonares já existentes e crônicos, principalmente nos casos de doenças como: as causadas pelo tabagismo, câncer de pulmão, tuberculose, infecções pulmonares, insuficiência cardíaca e outras. É importante deixar claro que não existe um tratamento eficaz, com isso, mesmo que a exposição seja cessada, a doença poderá evoluir. Devem ser afastados da poeira sílica urgentemente os pacientes que tiverem diagnóstico confirmado. A asbestose é uma pneumoconioses que se destaca, pois é decorrente da inalação das fibras de amianto ou asbesto. É muito parecida com a silicose diagnosticamente, 20 21 e se manifesta radiologicamente pela fibrose intersticial irregular e nas bases dos pulmões. No Brasil, o amianto ainda é utilizado, apesar de ter sido banido de mais de 40 países, com isso ainda temos trabalhadores que ficam expostos na mineração, nas indústrias de cimento, lonas plásticas, nas tecelagens de fibras e outras. Além dessa asbestose, o amianto pode também causar o derrame pleural benigno e é carcinogênico, podendo causar câncer de pulmão e mesotelioma de pleura. Há no Brasil fortes movimentos para que seu uso seja banido. A asbestose também possui um diagnóstico radiológico, portanto precisa dos mesmos cuidados e procedimentos que na silicose. Para as pneumoconioses não existem tratamentos de cura, com isso a melhor maneira de lidar com elas é com a prevenção. Dentro dessa prevenção temos a umidificação dos processos, mecanização e isolamento dos exaustores que geram poeira. Caso não sejam possíveis essas providências ou enquanto elas estão sendo providenciadas, é importante que se proteja os trabalhadores com máscaras de filtro adequadas. Sem esquecer que o uso dos produtos que são carcinogênicos como o amianto deve ser banido. Dermatoses Ocupacionais As dermatoses ocupacionais podem ser compreendidas como alterações na pele que pioram por conta do tipo de exposição no trabalho. Em boa parte, os agentes químicos são os responsáveis por essas dermatoses, pois sensibilizam a pele e irritam. Dermatites fazem parte dessas dermatoses e são as mais frequentes sendo bem mais representativas do que as outras doenças de pele. As alergias possuem um percentual bem mais baixo dentro das dermatites. O tratamento para este caso é o afastamento em relação ao agente causal da exposição. Os agentes biológicos, fungos, bactérias, insetos e leveduras são os causadores destas dermatoses de trabalho e também os agentes físicos como umidade, eletricidade, calor, frio, radiações, vibrações e outros. As ditodermatoses são mais comuns, os trabalhadores são atingidos pelo contato com os vegetais, dentre eles as madeiras, sendo mais comum aos marceneiros, jardineiros e carpinteiros. No caso das dotodermatoses, essas ocorrem por conta da exposição ao sol, quando existe o contato com substâncias como caju, embu, manga, limão, cajá que são fotossensíveis e também drogas como a prometazina que levam a alteração de cor da pele. A partir das queixas de trabalho, exames clínicos, histórico ocupacional e resultados de teste epicutâneos podem diagnosticar casos dessas doenças de dermatose por sensibilização. O tratamento para melhora das lesões exige que seja detectado o agente causal ou o suspeito sendo isso muitas vezes suficiente para que não ocorram mais lesões. Esse tratamento pode também muitas vezes exigir o uso de medicamentos específicos como corticoides orais e tópicos, solução de permanganato, anti-histamícos e outros. No país, temos expressivas ocorrências dedermatoses ocupacionais. As pneumoconioses também são muito frequentes dentre as doenças do trabalho, como, por exemplo, a silicose que é bem expressiva. 21 UNIDADE Doenças Relacionadas ao Trabalho Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Identificação de Fatores de Riscos Ocupacionais no Processo de Abate de Bovinos https://goo.gl/mS4vVM Principais Doenças Ocupacionais https://goo.gl/QpGNfx Doenças Ocupacionais por Agentes Físicos https://goo.gl/yn1dXN Leitura Doenças Relacionadas ao Trabalho Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde. https://goo.gl/w5sd1m Agentes Químicos, Doenças Ocupacionais e Uso de Respiradores https://goo.gl/wCZcvh Segurança do Trabalho https://goo.gl/VqDFA0 Agentes Físicos https://goo.gl/nyKDC8 Lista das Doenças Profissionais https://goo.gl/TUD6mz 22 23 Referências AZEVEDO, M. A. D. (1995). Da psicologia organizacional à psicologia do trabalho. Cadernos de Psicologia, 3 (4): 67-71. BASTOS, A. V. B. (2003). 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