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DIREITO EMPRESARIAL I - 1ºB - Prof. Vivian

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DIREITO EMPRESARIAL I
Resumo histórico:
Fase subjetiva:
As primeiras normas de direito empresarial surgiram na idade média (época dos feudos – burguesia)
Conhecida como fase subjetiva, pois tem a ver com o sujeito (mercadores)
Feudos eram os castelos da idade média. O senhor feudal cuidava da área, em que ocorriam feiras comercializadas pelos agricultores. É onde surge o comercio propriamente dito
Troca de mercadoria por mercadoria, ou mercadoria por dinheiro
Deveria ter uma licença dada pelo senhor feudal para trabalhar
Existia uma corporação de ofício, criada para fazer gestão de certas atividades. Para entrar nesta corporação precisava ser membro da família que já estava dentro
Deveria ter uma matrícula na corporação de ofício para trabalhar nela
Existiam normas (não escritas), que tinham a ver com os usos e costumes da época
Quem aplicava as normas eram os tribunais consulares, que estavam dentro da corporação de ofício
Existiam muitos produtos perecíveis, não tão industriais, sendo um comercio restrito
Em 1500 começou um comercio internacional, pois questionavam que apenas quem era matriculado poderia estar no comercio
Fase objetiva:
No brasil esta fase durou até 2002
Existiam normas escritas, sendo o primeiro código de direito empresarial o código napoleônico, formado na França, em 1807
Este código surgiu pois havia uma necessidade de homogeneização entre as normas
Existiam estudos a respeito das codificações 
A codificação francesa inspirou legislações de outros países (como Itália, etc)
As corporações de ofício perderam força, sendo tomadas pela burguesia. O código de napoleão passou a considerar como comerciantes quem exercesse atos de comercio, deixando de lado a matrícula como requisito
Atos de comercio: previsto no art. 632, código de napoleão. Não existia uma ideia clara do que era
Conceito de atos de comercio: é todo ato que realiza ou facilita uma intervenção na troca (autor italiano Rocco)
No brasil em 1807, ainda era colônia de Portugal
A norma portuguesa era a lei da boa razão (1822)
O brasil passou a adotar a lei da boa razão para também gerir o comercio brasileiro
Em 1822 é declarada a independência do brasil, mas continuaram a usar as normas portuguesas
Em 1850, o brasil editou a primeira legislação sobre comercio, chamada de código comercial
Art. 4, código comercial: ninguém é reputado comerciante para efeito de gozar da proteção que este código liberaliza em favor do comercio, sem que se tenha matriculado em algum dos tribunais do comercio do império, e faça da mercancia profissão habitual
Para ser considerado comerciante no brasil: deve ter matrícula em algum dos tribunais do comercio do império e fazer da mercancia profissão habitual
Art. 19, do regulamento 737, de 1850, regula a mercancia: 
Ss1: a compra e venda ou troca de efeitos moveis ou semoventes (animais), para revender por grosso ou retalho, na mesma espécie ou manufaturados, ou alugar seu uso
Ss2: as operações de câmbio, banco e corretagem
Ss3: as empresas de fabricas, de comissões de deposito, de expedição, consignação e transportes de mercadorias, de espetáculos públicos
Ss4: os seguros, fretamento, riscos, e quaisquer contratos relativos ao comercio marítimo
Ss5: a armação e expedição de navios
Excluídas da consideração de atividade empresaria: atividades agrarias, atividade imobiliária e atividade de prestação de serviços (todas sendo consideradas atividades civis)
No brasil eram duas legislações separadas, sendo o código comercial e o código civil
Por conta da lei 4068/62, as construtoras passaram a ser comerciais, mas as imobiliárias seguem civis
Pelo art. 2, ss1, lei 4404/76, as sociedades anônimas (S.A) eram consideradas como comerciantes, pois eram grandes empreendimentos
Fase da teoria da empresa:
Surgiu com o código civil de 2002
Revogaram parte do código comercial, com exceção do comercio marítimo
Inspirado no CC italiano (1942), que fez a unificação do direito privado, pegando todas as normas e colocando no mesmo corpo legislativo
Italianos juntaram as 2 principais leis do direito privado: direito civil e direito empresarial (agora também o direito trabalhista)
Brasil resolveu fazer o mesmo, incluindo o direito empresarial no CC, mudando o conceito de comerciante, mudando para os TJ’s, varas, STJ e STF, não existindo mais os tribunais de comercio
Nesta mudança, para matricular o empresário, não existia mais a obrigatoriedade de registro, não sendo mais comerciante e sim empresário
Para que seja considerado empresário, deve exercer a empresa, que tem como foco principal a atividade exercida
Empresa é a atividade exercida pelo empresário
Para que seja empresa, deve exercer atividade de comercio, prestação de serviço, atividade de cambio
Art. 966, cc: “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. P.ú. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.”
Autonomia do direito empresarial:
Didática: tem disciplinas próprias
Formal: leis próprias
Substancial ou jurídica: princípios próprios, logica própria de pensar a disciplina
Características do direito empresarial:
-cosmopolitismo: influência de vários povos/culturas
-onerosidade: empresários visam ao lucro
-informalismo: flexibilidade, para que as dinâmicas de mercado possam ser negociadas de forma rápida, etc
-fragmentarismo: tem várias leis que versam sobre o direito empresarial (CC/02 + leis)
Fontes do direitos empresarial: origem – fundamento legal
-primarias: 
CC e código comercial (comercio marítimo)
Tratados internacionais
Regulamentos e decretos
-secundarias:
Lei civil
Usos e costumes. Built to suit (contrato na lei de locações)
Jurisprudência
Analogia
Princípios gerais do direito
Conceito de empresário: art. 966, cc
Critérios cumulativos:
1-exerce a atividade – sujeito de direitos e obrigações
2-exerce profissionalmente atividade econômica – faz da atividade a profissão (obtém lucro), de forma habitual
3-atividade econômica – onerosamente, visa o lucro 
4-de maneira organizada – fatores de produção (matéria-prima, capital, trabalho). Pode ser feita de forma que não precisa estar presente todos os dias
5-produção (indústria, artesanal, rural) ou circulação (comercio) de bens (moveis, imóveis, semoventes) ou serviços (educação, transporte, financeiros)
O consumidor está na outra ponta do negócio
Art. 967, cc: “É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.” – na formalidade, deve estar inscrito no registro publico de empresas mercantis, antes do início da atividade
Art. 966, p.ú – não são empresários: profissão intelectual (personalíssima – ligada à pessoa física/talento) de natureza cientifica (jurídica, médico, engenheiro), literária (escritores) ou artística (músico, artista plástico)
São considerados os profissionais liberais/autônomos – direito civil – recibo
Profissional liberal – clientes (freguesia)
Código civil – responsabilidade civil
Exceção: salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa
Exceção da exceção: advogados (EOAB – art. 15: “Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral.”), diz que os advogados não farão empresa, e sim estarão no âmbito da atividade civil
Conceito de empresa: 3 últimos itens – atividade econômica, de maneira organizada, para produção ou circulação de bens ou serviços
Espécies de empresários:
-MEI: microempreendedor individual – empresário/profissional liberal
Administra sozinho e pode contratar apenas 1 funcionário
Receita bruta anual: 81.000,00 (6,750/mês)
-EI: empresário individual
-EIRELI: empresa individual de responsabilidade limitada. Não responde com o patrimônio pessoal
-sociedade:
a sociedade que é o empresário, os sócios não
Empresário: junta – receita federal (CNPJ)
Profissional liberal: OAB, CRM – cartório (quando é uma sociedade de pessoas) ou na prefeitura – receita federal (CNPJ)
CNPJ independe do regime jurídico que está atuando
Empresário – consumidor: no CDC, existe a responsabilidade objetiva. Não precisa provar culpa
Quando é profissional liberal, quem deve provar é o cliente. Responsabilidade subjetiva. Consumidor precisa demonstrar culpa do ofensor para ser ressarcido
Princípios do direito empresarial:
-princípio da liberdade de iniciativa: art. 170, caput, cf: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:.”
Deriva do capitalismo (estado social)
Tripé que sustenta a ordem econômica: estado, empresário e pessoas físicas
Todos são livres para produzir o que quiserem
Direito de se estabelecer como empresário
Crise em determinados setores, negligenciando por não dar muito lucro
-limites: intervenção do estado. Para sanar as crises e fazer gestão do sistema econômica. Através de empresa, lei ou políticas publicas
Deve ser lícito, ter registro, autorização, fiscalização do estado nas atividades econômicas (agências reguladoras), CADA
-desdobramentos do princípio da liberdade de iniciativa:
Imprescindibilidade da empresa privada
Obtenção de lucro. Incentivo
Proteção jurídica ao investimento privado. Proíbe a estatização das atividades
Geração de postos de trabalho e tributos. De forma lícita e eficiente
-princípio da liberdade de concorrência: art. 170, IV, cf: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: IV - livre concorrência.”
Não pode impedir concorrente
Visa a redução dos preços para os consumidores e aumento da qualidade dos serviços
Concorrência desleal: crime agir desta forma. Estado vai coibir
Premio aos melhores empresários. Menor preço + maior qualidade
Empresário que não se adequa aos produtos de qualidade, é melhor que saia do mercado e de lugar as empresários mais eficientes
-princípio da função social da empresa: art. 170, iii, cf: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: III - função social da propriedade.”
Visa a redução dos preços para os consumidores
Concorrência desleal
Prêmio ao melhores empresários
Art. 5, xxiii e art. 170, iii, cf. Constituição diz função social da propriedade, mas utiliza para empresas também
Atividades externas. A ideia é que o empresário gere efeitos para fora dele, que devem ser positivos, chamado de externalidades
Negativa: gera empreso, mas faz corrupção. Retira ele do mercado para colocar outro no lugar, que não gere negativas
Compliance: comprimento das leis pelos empresários. Seja pessoa particular, ou o estado.
Todos os setores são responsabilidade do empresário. Deve estabelecer medidas para que todos que estão dentro cumpram as leis
Faz treinamentos, estabelece regras internas, etc. Ideia de treinar e ensinar as pessoas sobre o cumprimento das normas (cartilhas, código de conduta, etc)
“A empresa cumpre a função ao gerar emprego, tributos e riqueza, ao contribuir para o desenvolvimento econômico, social e cultural da comunidade em que atua, de sua região ou do pais, ao adotar praticas empresariais sustentáveis visando a proteção do meio ambiente e ao respeitar o direito dos consumidores, desde que com estrita obediência as leis a que se encontra sujeita.”
-princípio da liberdade de associação: art. 5, XVII: “XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.” e XX: “XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado.”, cf
Tem a ver com as espécies de empresário, pode exercer a atividade sem se associar, sendo MEI, EI e EIRELI. Se quiser se associar, monta uma sociedade
Pode escolher se quer e com quem quer se associar
As pessoas podem se unir para concretização de seus objetivos empresariais, por prazo determinado ou indeterminado (mais comum)
O desligamento depende de algumas condições, que ocorre quando há prazo indeterminado, podendo ser desligamento total, ou uma pessoa que quer sair e os outros querem continuar
Condições:
-socio que vai sair não pode deixar dívidas
-deve ter cumprido todas as obrigações
-depende das condições financeiras da sociedade
-ficará responsável pelas obrigações societárias por 1 ano
Se houver brigas, tem condições para separar
-princípio da preservação da empresa: 
Proteção da atividade econômica, e não do empresário. Atividade continua
Exemplos:
-dissolução parcial da sociedade empresaria
-desconsideração da personalidade jurídica – art. 50, cpc: “A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.”
-recuperação da empresa – lei 11101/05. Plano de 1 ano
Falência: se não consegue se recuperar, juiz ira tirar do mercado
-princípio da autonomia patrimonial do empresário:
Pode ser MEI, EI, EIRELI e Sociedade empresaria (em nome coletivo, em comandita simples, em comandita por ações, sociedade limitada – LTDA – unipessoal, apenas 1 pessoa, ou sociedade anônima – SA – em regra são 2 pessoas)
Separação do patrimônio do empresário e da pessoa física. Não pode confundir patrimônio, quando compra coisas pessoais no nome da empresa, comete confusão patrimonial. Serve para proteger o patrimônio particular dos empresários
Dependendo da espécie de empresário, a separação do patrimônio pode ser mais forte
Se for MEI ou EI, a separação é mais fraca
Se for sociedade em nome coletivo, comandita simples e comandita por ações também são fracas
EIRELI, sociedade limitada e sociedade anônima são fortes
Para que o credor passa para o outro lado e pegue o patrimônio pessoal, deve ter um motivo muito condizente
Se houver desconsideração jurídica o credor esta autorizado a confiscar os bens
Muro forte: chama de responsabilidade limitada
Muro fraco: chama de responsabilidade ilimitada. Não tem um limite forte
Responsabilidade subsidiaria do patrimônio pessoal: quando tem dívida da empresa, deve esgotar o patrimônio empresarial primeiro. Se não for suficiente, vai para o patrimônio pessoal
Benefício de ordem: se o credor resolver executar o bem particular antes do patrimônio empresarial, usa como benefício. Serve para o muro fraco e forte
-princípio da inerência do risco:
O risco é inerente a qualquer atividade empresarial
Quando escolhe uma área, deve ter conhecimento dos riscos
É um feixe de contratos. Se não sabe, deve ter advogado
Empresário não é vulnerável. MEI e EPP podem ser vulneráveis pelo CDC
Espécies de empresários:
-MEI – microempreendedor individual: lei 123/06 (lei das microempresas e empresas de pequeno porte)
Receita bruta anual deve ser de até 81.000,00
Recolhimento de impostos em guia única e valor fixo – DAS (documento de arrecadação simplificado). Cerca de 50,00 por mês. Não precisa contratar contador
Registro simplificado (site portal do empreendedor – SEBRAE)
Órgãos governamentais – capacitação
Desvantagem: só pode ter 1 empregado – salário mínimo
Responsabilidade ilimitada
Ex: Jorge Alcantara – MEI
-EI – empresário individual: CC a partir do art. 966
Responsabilidade ilimitada
Não tem limite de faturamento
Regra geral: contratar contador – recolher o imposto de acordo com o faturamento
Registro na junta comercial “registro público das empresas mercantis”
Não tem limite de empregados
Pode fazer filial, sucursal, agência
-rural: pode ou não se registrar na junta comercial, como empresário. Pode escolher se registrar no INCRA
-ME (microempresa): receita bruta anual até 360.000,00
-EPP (empresa de pequeno porte): receita bruta anual entre 360.000,00 e 4.800.000,00. Art. 3, lei 123/06: “Para os
efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966, cc, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:.”
Vantagens:
--tributarias: simples nacional tributário – imposto único
--licitação
--trabalhista (ex: cartão ponto)
--créditos governamentais (ex: subvenção econômica “fundo perdido”)
Ex: maria Gonçalves – EI-ME/EI-EPP
-EIRELI (2012) – empresa individual de responsabilidade limitada:
Responsabilidade limitada
CC a partir do art. 980-A: “A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.”
Registro na junto comercial – deve comprovar o capital inicial (deve estar pago – integralizado), de no mínimo 100 vezes o maior salário mínimo nacional (1.045,00)
Só pode fazer 1 EIRELI
-ME (microempresa): receita bruta anual até 360.000,00
-EPP (empresa de pequeno porte): receita bruta anual entre 360.000,00 e 4.800.000,00. Art. 3, lei 123/06
Vantagens:
--tributarias: simples nacional tributário – imposto único
--licitação
--trabalhista (ex: cartão ponto)
--créditos governamentais (ex: subvenção econômica “fundo perdido”)
Ex: José de Souza comercio de bebidas – EIRELI-ME/EIRELI-EPP
-sociedades empresarias: CC a partir do art. 981: “Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.”
Regra geral: mais de uma pessoa – obrigar-se reciprocamente: fazer um documento que prova a obrigação (contrato social ou estatuto social)
Exceção (sociedades formadas por 1 pessoa):
-sociedade limitada unipessoal
-subsidiaria integral (só cabe nas sociedades anônimas). Ex: BB seguros, transpetro
-quando havia uma sociedade de 2 ou mais pessoas e 1 dos sócios ficou sozinho: LTDA (180 dias para encontrar novos sócios) ou S.A (1 ano para encontrar novos sócios)
Em nome coletivo: contrato – a partir do art. 1039, cc:” Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.” – responsabilidade ilimitada
Em comandita simples: contrato – a partir do art. 1045, cc: ”Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.” – responsabilidade ilimitada para os sócios administradores; os demais sócios tem responsabilidade limitada
Limitada – LTDA: contrato – a partir do art. 1052, cc: “Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.” – limitada unipessoal – todos os sócios têm responsabilidade limitada
-ME (microempresa): receita bruta anual até 360.000,00
-EPP (empresa de pequeno porte): receita bruta anual entre 360.000,00 e 4.800.000,00. Art. 3, lei 123/06
Vantagens:
--tributarias: simples nacional tributário – imposto único
--licitação
--trabalhista (ex: cartão ponto)
--créditos governamentais (ex: subvenção econômica “fundo perdido”)
Ex: José de Souza comercio de bebidas – EIRELI-ME/EIRELI-EPP
Em comandita por ações: estatuto –a partir do art. 1090, cc: “A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação.” e lei 6404/76 – sistema híbrido de responsabilidade igual a comanditados simples
Anônima: S.A ou Cia/companhia ou sociedade por ações: estatuto – a partir do art. 1088, cc: “Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir.” e lei 6404/76 – todos os sócios têm responsabilidade limitada
Sociedade simples/civil: das pessoas que exercem atividade intelectual
-registro é no cartório/órgão de classe
-todos os sócios têm responsabilidade ilimitada
Ex: IBCEMP – sociedade simples (consultoria empresarial e treinamento). São 5 sócios – sociedade simples limitada – ME ou EPP
Requisitos para o registro dos empresários:
1- pessoa física não pode ser incapaz. Deve ter capacidade para os atos da vida civil. Art. 972: “Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.”, art. 3: “São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos.”, art. 4: “São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV - os pródigos.” e art. 5, cc: “A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.”
-incapacidade absoluta: menor de 16 anos – representante
-incapacidade relativa: entre 16 e 18 anos; ébrios habituais e viciados em tóxicos; aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; pródigos – assistente
Exceções:
-os incapazes podem ser sócios de sociedades empresarias, desde que não sejam sócios administradores; devem ser representados ou assistidos. Capital social (investimento) deve estar totalmente integralizado (pago) – art. 974, ss3, cc: “O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; II – o capital social deve ser totalmente integralizado; III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.”
-do menor entre 16 e 18 anos emancipado – art. 5, cc
-quando o incapaz herda uma atividade antes exercida pelos pais ou pelo autor de herança, desde que representado ou assistido, que é quem assina – art. 974, caput, cc: “Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.”
-quando a incapacidade for posterior ao exercício da empresa. Juiz nomeia um assistente – art. 974, cc
2- a pessoa física não pode ser impedida por lei – art. 972, cc: “Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.”
-funcionários públicos federais – art. 117, X, lei 8112/90: “Ao servidor é proibido: X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;”
-militares – art. 29, lei 6880/80: “Ao militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.”
-falidos – art. 102, lei 11101/05: “O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações.”
-auxiliares do empresário – art. 1169, cc: “O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.” (contador, representante comercial, gerente, etc)
Exceção:
participar como socio não administrador de sociedade empresaria (LTDA – cotas, sócios quotista. S.A – ações, sócio acionista. Em comanditas – comandatário, socio não administrador)
3- situações especiais (impedimentos):
Art. 975, cc: “Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.”
-cônjuges casados: só podem contratar sociedade entre si ou terceiros, dependendo do regime de bens. Há impedimento para os casados pelo regime de comunhão universal de bens e separação obrigatório – art. 977, cc: “Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.”
--comunhão universal de bens: todo patrimônio dividido em 50% para cada um dos cônjuges
--comunhão parcial de bens: só se comunicam os bens adquiridos posteriormente a união. 50% para cada
--separação total de bens: nenhum dos bens se comunicam
--participação final nos aquestos: separação total de bens, mas o cônjuge pode herdas bens do falecido
--separação obrigatória de bens: o cônjuge possui alguma peculiaridade, obrigatório regime de separação total. Ex: idoso, incapaz (vulnerabilidade)
4- estrangeiros: restrições – ex: art. 222, cf: “A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.”  e art. 1134, cc: “A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira.”
5- nome empresarial: aquilo que aparece na nota fiscal
-firma: MEI, EI, sociedade em nome coletivo, em comandita simples
Todos tem responsabilidade ilimitada
Elementos: obrigatórios – nome da pessoa física e espécie de empresário. Facultativos – objeto, empresa (atividade)
Ex: Marcos Barros e Alexandre Martins LTDA ME. Vivian Amaro MEI
-denominação: sociedade anônima (S.A, companhia, cia, sociedade por ações)
Responsabilidade limitada
Elementos: obrigatórios – nome inventado, uma expressão e a espécie de empresário. Facultativos – objeto, empresa (atividade)
Ex: Kalunga comercio indústria grafita LTDA. TAG comercio de livros LTDA
Exceções: EIRELI, sociedade limitada (unipessoal), comanditado por ações – podem escolher firma ou denominação
Princípios:
-novidade: nome empresarial deve ser novo na circunscrição da junta comercial (dentro do estado). Da 3 opções de nomes
-veracidade: nome empresarial deve ser formado por elementos verídicos. Se um dos sócios sai, deve sair do nome empresarial, fazendo alteração na junta
Nome empresarial é diferente de marca. A marca é registrado no INPI (instituto nacional da propriedade indústria)
Nome empresarial não é alienável. Se for repassar para outra pessoa, não pode repassar o nome empresarial
Quem adquire o estabelecimento empresarial pode usar o nome do empresário anterior com o termo “sucessor de ...”
Art. 1155, cc: “Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.”
Expressão companhia – cia:
-firma: quando tem muitos sócios e quer abreviar o nome. Quer dizer que o socio não é único
Ex: Amaro & Cia – LTDA – ME
-denominação das sociedades anônimas: a expressão companhia ou cia é sinônima de espécie da empresário e deve vir na frente
Ex: cia brasileira de distribuição
Quando usa firma por empresários que tem reponsabilidade ilimitada (em nome coletivo, em comandita simples, comandita por ações) quem figura na firma tem responsabilidade solidaria e ilimitada. Não tem direito ao benefício de ordem – art. 1157, cc: “A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.”
Ex: 10 sócios – em nome coletivo: amaro, silva & cia
Sociedade em comandita simples: 2 classes de socio – comandatários (resp. limitada) e comanditados (resp. ilimitada) – 6 sócios comanditários e 6 sócios comanditados (A,S,M...)
Amaro & Cia – comandita simples
Usa o patrimônio dos comanditados, somente os de resp. ilimitada
Registro do empresário – requisitos: art. 968, cc “A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha: I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade; III - o capital; IV - o objeto e a sede da empresa.”
-capital social: valor investido
--MEI: não precisa declarar
--EIRELI: precisa provar o capital, deve ser de no mínimo 100 salários mínimos
--demais empresários: declaram o capital
--sociedade: contrato/estatuto, também devem declarar, mas devem dizer o quanto cada empresário investiu. Deve dividir o capital entre os sócios
Ex: capital social da sociedade: 20.000 – será dividido em: João 10.000 e marta 10.000 (50% cada. Tem poder igual)
Joao 15.000 e marta 5.000 (quem investe mais tem mais poder)
-objeto: atividade – empresa
--MEI: lista de atividades permitidas. Pode escolher 1
--demais empresários: prevista pela receita federal – CNAE (cadastro nacional de atividades econômicas). Pode atuar de forma ampla, deve colocar todas as atividades por conta dos impostos
-sede – endereço jurídico: não corresponde, necessariamente, ao local do exercício da empresa. Verificar com a prefeitura – alvará de funcionamento
-registro – local:
--MEI: portal do empreendedor
--demais empresários: junta comercial

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