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DIREITO EMPRESARIAL I - 2ºB - Prof. Vivian

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DIREITO EMPRESARIAL I – 2º B
Empresário:
Escrituração do empresário: para que seja possível apurar os resultados da empresa. Utiliza pelo contador
Exceções: MEI; pequeno empresário (ME); quando não houver profissional de contabilidade no local do empresário
Livro obrigatório: livro diário (balancete diário)
Livros obrigatórios especiais: leis especificas que trazem algumas obrigatoriedades. Ex: lei das S.A (lei 6404/75) – livro de registro de ações, em caso específico
Livros facultativos: estoque, etc
Contabilista: técnico em contabilidade. Contador: formado em curso superior. Se tiverem registrado no CRC, pode contratar qualquer um dos dois
Esses livros (escrituração) fazem prova no poder judiciário, autêntica (fé pública), se forem autentificados na junta comercial
Regra geral: os livros são sigilosos
Exceção: 
-art. 1191, cc: juiz pode pedir apresentação integral dos livros – sucessão (empresário ou de um socio), comunhão (regime de bens do casamento) ou sociedade, administração ou gesta a conta de outrem, ou em caso de falência
-ss1: nas medidas cautelares, para deles se extrair o que interessa a questão. Necessita da participação do empresário
-art. 1193, cc: autoridade fazendárias
Art. 1192, cc: recusa na apresentação – apreensão judicial e confissão tácita (no caso do ss1, art. 1191) 
Regra geral: possibilidade da perda dos livros – informar a junta comercial, apresentando os documentos comprobatórios (B.O), informação em jornais de grande circulação, em até 48 horas. Se requisitarem os livros e tiver feito, não terá as consequências
Estabelecimento empresarial: art. 1142, cc
Conceito: complexo de bens do empresário. Bem material: imóveis, automóvel, moveis, etc. Bem imaterial: crédito, propriedade industrial (marca, patentes, etc)
Alienação (venda)/usufruto/arrendamento de todo o complexo de bens:
-averbação do contrato na junta comercial
-publicação do contrato na imprensa oficial
-fazer o pagamento de todas as dívidas, ou pedir o consentimento dos credores (expresso ou tácito – falta de resposta em 30 dias)
Responsabilidade pelo pagamento de dívidas anteriores à alienação:
-o adquirente responde pelas dívidas anteriores, se contabilizadas
-o alienante continua solidariamente responsável por até 1 ano:
--vencidas: o prazo corre da publicação
--vincendas: o prazo corre do vencimento
Art. 1146, cc
O alienante não pode fazer concorrência direta ao adquirente por 5 anos. É uma regra flexível: o adquirente não pode abrir mão, ou pode aumentar o prazo
Regra geral: o adquirente se sub-roga nos contratos do alienante. Exceção: contratos de caráter pessoal, caso em que o contrato pode ser rescindido em até 90 dias
Regra geral: ocorre a cessão dos créditos do alienante para o adquirente. Contudo, se o devedor pagar de boa-fé ao alienante, não responde por isso
Boa fama – aviamento: sobrevalor, mais-valia
Ponto empresarial: local em que o empresário exerce a atividade. Pode ser negociado
-ponto próprio/imóvel próprio
-ponto locado – lei de locações 8245/91
--ação renovatória: ação que o empresário/locatário requer a renovação compulsória do seu contrato de locação destinada ao comercio
Requisitos para ação/material: cumulativos. Art. 51, lei 8245:
-contrato escrito e por tempo determinado
-somar ou ter um contrato de no mínimo 5 anos
-esteja exercendo a mesma empresa (atividade econômica) por no mínimo 3 anos
Requisitos para a inicial: art. 71 (para inicial/formal): provas das condições do art. 51; prova do cumprimento do contrato em vigor; condições da renovação (valor do aluguel); prova da fiança; prova da sucessão
Possibilidade de defesa do locador/proprietário do imóvel:
-obras no imóvel (requeridas pelo poder publica, ou aquelas que valorizem o imóvel)
-utilização do imóvel pelo locador, ou para transferência de um comercio para o seu imóvel, mas que não seja do mesmo ramo (mesma empresa)
-proposta de terceiro, mais vantajosa
Locação em shopping center:
Art. 54, lei das locações. O shopping é um empreendimento voltado à locação
Despesas que não podem ser cobradas dos lojistas: aquelas que se vinculem à estrutura do empreendimento
Despesas que podem ser cobradas:
-luvas (valor fixo para ingressar no empreendimento). Se for franquia também paga para o dono da marca
-aluguel (fixo + percentual sobre as vendas do lojista – 4 a 10%) – apresentação dos livros empresariais para o dono
-publicidade e promoções
-despesas comuns (agua, luz, segurança, limpeza)
-13º aluguel
Clausula de raio: concorrência entre lojas da mesma marca de dentro e de fora do shopping. O raio pode ser de no mínimo 2,5km
Horário de atendimento: é fixado pelo dono do empreendimento. Se o lojista fechar pode pagar multa ao dono
Ponto: não precisa ser fixo. Lojas ancora (famosas) – conseguem negociar pontos fixos. Lojas satélite (menos famosas) – podem ser movidas por interesse do dono
Built to suit: construído/feito sob medida
Art. 54-A, lei das locações
Montadora de veículo – indústria – GM empresário
Investidor – locador. Locatário – aluguel
Propriedade industrial:
Propriedade intelectual: sistema criado para garantir a propriedade ou exclusividade resultante da atividade intelectual nos campos industriais, científicos, literários e artísticos
Tipos de proteção – propriedade intelectual:
-direito autoral: lei 9610/98
-direito de propriedade industrial: lei 9279/96 (LPI)
Patente: invenção e modelo de utilidade
Marca; desenho industrial; indicações geográficas: indicação de procedência e denominação de origem; concorrência desleal
Outros tipos de proteção:
-software – lei 9609/98 - derivada do direito autoral
-proteção de cultivares – lei 9456/97
-proteção à topografia de circuitos integrados (mask Works) – lei 11484/07
Direito autoral: le 9610/98 – art. 966, p.ú, cc (profissionais liberais). Médico, advogado, literária, música (letra e melodia), obras artísticas, etc
Atividades personalíssimas:
-direito de autor: o autor da obra é que faz jus:
--ao direito material sobre a obra: de lucrar sobre a obra. Prazo de proteção: até 70 anos após a morte do autor
--ao direito moral sobre a obra: de ser reconhecido como autor. Prazo de proteção: infinito
-direitos conexos: são direitos de pessoas que tem uma conexão com a obra – tradução, editor, intérprete de música, produtor, gravadora, etc
--ao direito material sobre a obra: de lucrar sobre a obra
--ao direito moral sobre a obra: de ser reconhecido como participante
Não é necessário o registro para que o autor/conexo tenha os direitos. A partir da publicação o autor faz jus aos direitos. Mas é recomendado que se tenha uma prova da autoria e o registro poderia fazer essa prova
Ex: cartório, biblioteca nacional (literárias), escola de belas artes (artísticas), INPI (instituto nacional da propriedade industrial), correio (carta registrada), e-mails e mensagens (desde que faça ata notarial no cartório)
Propriedade industrial: lei 9279/96 – pessoas do “caput” do art. 966, cc
Vários bens: patente (tecnologia) – até 20 anos, marcas (símbolos usados pelo empresário), desenho industrial (design), etc
-direitos materiais: são aqueles mais importantes
-direito morais: são menos significativos
É obrigatório o registro para que os criadores façam jus aos direitos. Os registros e depósitos são feitos no INPI (instituto nacional da propriedade industrial). Os prazos são bem menores
Patente: título de propriedade temporária sobre uma:
-invenção – criação de produtos e processos de fabricação
-modelo de utilidade – aperfeiçoamento de produtos e processos já existentes
Propriedade intelectual: sistema criado para garantir a propriedade ou exclusividade resultante da atividade intelectual nos campos industrial, científico, literário e artístico
Tipos de proteção - propriedade intelectual:
-direito autoral – lei 9610/98
-direito de propriedade industrial – lei 9279/96
Patente:
Título de propriedade temporária: sobre uma invenção (P.I) ou modelo de utilidade (M.U), outorgados pelo estado aos inventores ou empresas, que passam a possuir direito exclusivos sobre a criação.
Tipos de patentes:
1- patente de
invenção: criação. Descreve tecnologia nova (técnica ligada à ciência)
-invenção X descoberta (não gera patente. Já existe e apenas descobriram)
-materialização de uma ideia
-solução técnica de uso industrial
-produz um efeito técnico novo em uma determinada área tecnológica
2- patente de modelo de utilidade: descreve objeto. 
-forma ou estrutura ou sua combinação que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em usa fabricação
-aplicação na área de mecânica
Requisitos: 
1- novidade: tanto na patente de invenção (P.I) e patente de modelo de utilidade (M.U). Art. 11, LPI
Critério absoluto. Não pode estar no estado da técnica
Perde quando o objeto se torna acessível ao público: em qualquer parte do mundo; por qualquer forma de divulgação – escrita, oral ou uso; antes do deposito do pedido da patente
Exceção da novidade: art. 12, LPI – se o próprio inventor publicar a invenção, tem 12 meses para ainda sim requerer a patente – período de graça
Os 12 meses também valem se quiser protocolar pedido em outro pais
2- atividade inventiva: P.I. Art. 13, lei 9279/96 (LPI)
Para um técnico no assunto, não decorre de maneira evidente ou obvia de proteção
Aquele com mediana experiencia e conhecimento
-ato inventivo: M.U. Art. 14, LPI
3- aplicação industrial: P.I e M.U
Art. 15, LPI
Objeto for passível ou capaz de ser fabricado ou utilizado em qualquer tipo/gênero de indústria
Inclusive nas indústrias agrícolas e extrativas e nas de produtos manufaturados ou naturais
P.I: criação
M.U: adaptação
Regras gerais: tanto para PI quanto para UM
-não se considera invenção nem modelo de utilidade: art. 10, LPI
-não são patenteáveis: art. 18, LPI
-prazo de vigência da patente: art. 40, LPI
--patente de invenção: 20 anos a partir da data de deposito e pelo menos 10 anos de vigência após a concessão
--patente de modelo de utilidade: 15 anos a partir da data de deposito, pelo menos 7 anos de vigência após a concessão
Benefícios: 
Monopólio
Durante o prazo de vigência da patente, o titular tem o direito de excluir terceiros, sem sua previa autorização, de atos relativos à matéria protegida, tais como fabricação, comercialização, importação, uso, venda, etc (INPI)
Amortização do capital investido
Tempo para aprimoramento da invenção visando a inovação: 18 meses
Maior poder de negociação
Marketing empresarial
Contrapartida: obrigatoriedade de revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente à sociedade
Deposito no brasil: 
Site no INPI
Documento de deposito
Pagamento das taxas
Extinção da patente: art. 78:
-pela expiração do prazo de vigência
-pela renúncia de seu titular, ressalvado o direito de terceiros
-pela caducidade. Não utilização – 5 anos
 -pela falta de pagamento da retribuição anual, nos prazos previstos no art. 84, ss2 e art. 87
-pela inobservância do disposto no art. 217
Procuração
Negociação: 
Contrato de cessão: venda – deve ser averbado no INPI, para trocar o titular da patente. Art. 58, lei da propriedade industrial
Contrato de licença: locação – INPI. Empresário não perde a titularidade, apenas permite que outros participem
-voluntaria: as partes negociam. Royalties: art. 61
-compulsória: caso não esteja usando, o poder público pode obrigar a licenciar. Art. 68 e seguintes
--utilização abusiva
--se em 3 anos não houver exploração ou não aceitação no mercado
--dependência de uma patente em relação a outra
--emergência nacional ou interesse publico
Se continuar sem usar, pode ocorrer a extinção
Deposito no exterior: a proteção da patente é restrita. Pode utilizar fora do local da patente. A pessoa ira registrar aonde tem capacidade de administrar
Deve observar:
-convenção da união de paris (CUP). Tem uma vantagem. Abre o prazo de 12 meses da primeira publicação (período de graça). Se fizer em outros pais deve traduzir
-tratado de cooperação em matéria de patentes (PCT)
--fase internacional. Faz primeiro protocolo no órgão internacional – ONPI
--fase nacional. 2 anos - parecer
Marca: sinal que o empresário irá criar. Pode ser uma figura ou palavra
Conceito: sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais. Art. 122, lpi
Não é permitido: sinais sonoros, olfativos, gustativos e táteis. Limites técnico-burocrático
Características básicas:
-requerida por pessoa física ou jurídica que exerça atividade compatível com o produto ou serviço vinculado à marca
-não enganosa
-não incidente em nenhuma proibição legal – art. 124, lpi
Natureza das marcas: art. 123, i, lpi – usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa
-marca de produto: iphone, omo, sucrilhos
-marca de serviço: gol, Itaú, unicwb
Pode ter a mesma marca para coisas diferentes
-marca de certificação: art. 123, ii, lpi – usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada. Ex: inmetro
-marca coletiva: art. 123, iii, lpi – usada para identificar produtos ou serviços providos de membros de uma determinada entidade
Requerentes: art. 128, ss1, ss2 e ss3, lpi
Apresentação das marcas: 
-nominativa: constituída por uma ou mais palavras no sentido amplo do alfabeto romano, compreendendo também, os neologismos e as combinações de letras e/ou algarismos romanos e/ou arábicos
-figurativa: constituída por desenho, imagem, figura ou qualquer forma estilizada de letra e número, isoladamente, bem como ideogramas de línguas tais como o japonês, chinês, hebraico, etc
-mista: constituída pela combinação de elementos nominativos, cuja grafia se apresente de forma estilizado
-tridimensional: constituída pela forma plástica (entende-se por configuração ou a conformação física) de produto ou de embalagem, cuja forma tenha capacidade distintiva em si mesma e esteja dissociada de qualquer efeito técnico
Princípios:
-especialidade: o registro vale para a classificação de produto ou serviço declarado no pedido de registro
Exceção: art. 125, lpi. Marca de alto renome; para marcas registradas no brasil a lei assegura proteção especial em todos os ramos de atividade
-territorialidade: o registro vale para comercialização em todo o território nacional
Exceção: art. 126, lpi. Marca notoriamente conhecida; assegura proteção especial em seu ramo de atividade independentemente de estar previamente depositada ou registrada no brasil
-atributividade: o uso exclusivo é adquirido pelo registro
Exceção: art. 129, ss1, lpi – direito de usuário anterior há pelo menos 6 meses
Vigência da marca: art. 133, lpi – 10 anos de concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivos
Podem se opor em até 60 dias da publicação
-prioridade unionista: prevista na CUP e no art. 127, lpi, permite que a data de prioridade do pedido no brasil passe a ser a mesma do pedido/registro estrangeiro, desde que atendidas condições legais
Requerimento em até 6 meses da data do primeiro deposito em pais signatário da CUP
-extinção ou perda dos direitos: art. 142, lpi
--expiração do prazo de vigência
--renúncia (total ou parcial)
--caducidade, quando (art. 143, lpi)
O uso da marca não tiver iniciado após 5 anos da concessão do registro
O uso da marca tiver sido interrompido por mais de 5 anos consecutivos
--falta de procurador qualificado e domiciliado no pais
Distintividade (inpi):
-sinais não distintivos – irregistraveis: sinais formados por termos, expressões ou imagens que identificam o próprio produto ou serviço ou que são utilizados, no mercado, para descrever suas características
Também são considerados sinais não distintivos aqueles que, peça própria constituição, não são capazes de serem percebidos como marca pelo público alvo
-sinais sugestivos/evocativos – marca fraca: formados por elementos nominativos ou figurativos que sugerem ou aludem a característica dos produtos ou serviços sem, entretanto, os descreverem diretamente. Embora guardem alguma proximidade conceitual com elementos descritivos, não possuem relação imediata com os bens ou serviços
que visam assinalar, sendo, portanto, passiveis de registro
-sinais arbitrários – meio forte/meio fraco: sinais cujo significado não possui relação conceitual com os produtos ou serviços que visam assinalar
-fantasiosos – marca forte: sinais formados sem qualquer significado intrínseco, ou seja, não retirados do vernáculo
Proibições: art. 124
Desenho industrial:
Conceito: forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fábrica ao industrial – art. 95, lpi
Requisitos:
-aspecto ornamental: descartados os aspectos técnicos e funcionais
-novidade. Art. 96 – o desenho industrial é considerado novo quando não compreendido no estado da técnica
Ss1, ss2 e ss3
-originalidade. Art. 97 – o desenho industrial é considerado original quando dele resulte uma configuração visual distintiva, em relação a outros aspectos anteriores
-fabricação industrial. Art. 98 – não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico
Vigência:
Prazo de proteção: art. 108
-alternativa para o tempo – marca. Tridimensional.
Extinção: art. 119
Desenho industrial não registrável: art. 100, lpi
Art. 106
Art. 111
Indicação geográfica: art. 176 e seguintes, lei 9279
Art. 178, lpi – precisa de prova pericial
Crime contra a propriedade industrial – art. 183 e seguintes, lpi
Dos crimes contra as marcas: art. 189, art. 190 (pirataria)
Dos crimes cometidos por meio de marca, título de estabelecimento e sinal de propaganda: art. 191
Concorrencial desleal: art. 195
Trade dress: proteção dada ao conjunto visual do empresário, através do qual um produto, serviço ou estabelecimento comercial é apresentado aos consumidores, tornando-se característico de determinada empresa
Concorrência desleal X concorrencial ilícita:
-desleal: lei 9279/96 – lei da propriedade industrial
Empresário contra empresário
Ocorre na vara civil
-ilícita: 12529/11 – lei antitruste. Atos de infração à ordem econômica 
-lei 8078/90 – código de defesa do consumidor – produtividade abusiva e/ou enganosa. Pode unir o desleal e a ilícita com o consumidor
A concorrência desleal na era tecnológica:
-aumento exponencial de atos desleais através de diferentes meios
-sofisticação técnica
-dificuldade de comprovação e reparação
-necessidade de preparação das empresas para evitarem ou mitigarem os efeitos do ilícito
Cybersquatting e typosquatting (registros indevidos de nomes de domínio):
-proteção equivalente à da marca
-princípio first come, first served
-resolução 2008/008 do comitê gestor da internet no brasil – art. 1, p.ú
Link patrocinado: formato de anúncio publicitário veiculado na internet, sendo uma publicidade paga sob uma forma de uma hiper ligação com determinada palavra-chave que é exibida nos resultados de pesquisa em páginas
Marco civil da internet – lei 12965/14
-neutralidade de rede
-proteção de dados
-identificação de usuários que praticam ilícitos na internet
-a questão da competência para julgar ações relativas a atos praticados na internet
Plagio na internet: copiar do concorrente/coisas criadas por outras pessoas – art. 184, cp. Ss1 e ss3
Título de crédito:
Legislação
-convenção de Genebra: 1930 – uniformidade legislativa
Decreto 57595/66 – lei uniforme do cheque
Decreto 57663/66 – lei uniforme da letra de cambio e nota promissória
Lei 5474/68 – lei da duplicata (brasileiro)
-lei 7357/85 – lei do cheque – tentativa de uniformizar
Se tiver lacuna na lei de 85, vai para o decreto
As 4 são especiais
-código civil de 2002 – regras gerais
Se houver conflito, vale a lei especial, mesmo que seja mais nova
Conceito: título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. Art. 887 a 926, cc
Art. 888 – rigor cambiaria
A não atenção aos requisitos mínimos simplesmente retira o documento do âmbito jurídico específico das normas cambiarias, remetendo-o para o plano das relações jurídicas reguladas pelo direito comum
Princípios:
-cartularidade: cartula – documento representativo do título
Informações do título: art. 889, cc
-obrigatórios: data de emissão, direitos que confere a assinatura do emitente – assinatura falsa – equipara-se a ausência de assinatura, não constituindo assim, uma exceção pessoal do devedor, mas sim um vício formal do TC
-facultativos: ss1 e ss2 – data do vencimento, local (domicílio do emitente)
O documento deve ser original. Exceção: art. 8, lei 9492/97 e ss3 do art. 889, cc
Divergência causada pelo avanço tecnológico. Ex: duplicata virtual – boleto (forma de pagamento)
-autonomia: autonomia quanto a relação jurídica que lhe deu causa. Característica que permite a circulação do título
Ex: contrato de compra e venda de automóvel
Inoponibilidade das exceções ao terceiro de boa-fé:
—só pode opor exceção em relação a pessoa que participa da relação contratual
—terceiro de má-fé
—art. 17, decreto 57663/66 e art. 916, cc
Abstração:
—não depende de nenhum outro documento para que o titular exerça o direito creditício, basta a apresentação do título
—cessa a prestação do título de crédito
-letaralidade: só e considerado o que estiver escrito no título de crédito. Direitos, acessórios, limitações.
Exceção: art. 320 - a quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. 
Regra especial para títulos de crédito com partes em branco: os títulos de crédito podem ser emitidos e circular validamente, em branco, ou incompleto
Quem assina o título de crédito em branco ou incompleto outorga ao portador mandato para o seu oportuno preenchimento (art. 3, decreto 2044/08 e sum 387/stf)
A cambial emitida ou aceita com omissões ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. 
Classificação dos títulos de crédito:
-ao portador (art. 904, cc) ou nominativos - indicam o beneficiário (art. 921, cc). 
-abstratos ou causais:
Abstratos: desvinculados - autonomia plena. Ex: cheque, nota promissória. 
Causais: impróprios ou imperfeitos. Vinculado. Ex: duplicata - emitida diante de uma compra e venda que lhe de origem. 
-próprios ou impróprios:
Próprio: verdadeira operação de crédito - permitir o pagamento no futuro. Ex: letra de câmbio, duplicata e nota promissória. 
Impróprio: pagamento de imediato. Ex: cheque. 
-vinculados e livres:
Vinculados: forma obedece a padrões. Ex: cheque 
Livres: não segue uma forma padrão. Ex: nota promissória. 
Endosso: 
Conceito: assinatura que apõe o proprietário (credor) do título (endossante), em seu verso ou anverso, transferindo-o a terceiro (endossario). 
O endossante assume a responsabilidade pelo pagamento do título. 
Requisitos:
—assinatura do endossante no próprio título. 
—não pode haver condição e não pode ser parcial. 
—não há limitação no endosso, nem no cheque. 
Exige-se a tradição do título, para que a transferência se consuma (art. 910, ss2, cc). 
O art. 914, cc não revogou disposição da lei especial sobre a responsabilidade do endossante pelo pagamento do título. Vale o art. 15, decreto 57663/66. 
-modalidades:
Endosso em branco: não identifica o beneficiário. Circula ao portador. Basta a assinatura do endossante, se for feito no verso do título - art. 898. Pode haver outros endossos em branco. 
Endosso em preto: identifica a quem se está transferindo o direito ao crédito. Presente a cláusula de transmissão: “pague-se a fulano”. 
Pode fazer novo endosso em preto. 
Pode completar o endosso, transformando-o em preto. 
-endosso-mandato: substitui o contrato de mandato. O endossante continua titular o direito ao crédito. O endossatário apenas exerce os atos necessários ao recebimento do crédito, repassando-o posteriormente ao endossante. 
Desnecessidade de contrato de mandato (procuração). 
-endosso-caução: o endossante transfere ao endossatário o título como
forma de garantir o pagamento de outra obrigação.  
Títulos de crédito em espécie:
Cheque:
Conceito: ordem de pagamento à vista, sacado contra um banco ou instituição financeira assemelhada, para que a pessoa indicada, ou ao seu portador, quantia previamente depositada pelo emitente da ordem. 
Partes no título de crédito:
-emitente/sacador: aquele que vai emitir o cheque. Quem assina/dá a ordem. 
-sacado: quem paga. 
-tomador: quem recebe o valor designado no cheque. 
Requisitos: art. 1, lei 7357/85. 
Modalidades:
-cheque visado: art. 7, lei do cheque. Sacado lança visto, certificação ou outra declaração equivalente, datada e por quantia igual a indicada no título, e assina. Deverá reservar a quantia lançada no cheque. 
-cheque administrativo ou bancário: emitido pelo próprio sacado. Art. 9 - o cheque pode ser emitido. III- contra o próprio branco sacador, desde que não ao portador. 
—cruzado: art. 44, lei do cheque. Cruzado geral e especial. Somente quem tiver com o nome poderá sacar, direto na conta. 
—pós-datado: criado pela prática empresarial. Pré-datado. 
Prazos para apresentação:
-cheque na mesma praça: 30 dias. 
-cheque de outra praça: 60 dias. 
O cheque ainda pode ser apresentada ao sacado após o período para a apresentação, para fins de liquidação, até o vencimento do prazo para a execução do título, ou seja, 6 meses do término do prazo para apresentação (art. 35, p.ú, lei do cheque). 
Sustação do cheque: emite o cheque e diz que não quer mais que o banco pague. 
-revogação ou contraordem: art. 35 - só pode ser feita pelo emitente, correntista do banco. Pode ser feita de forma imotivada. 
-oposição: art. 36 -  feita quando ocorreu furto/roubo ou extravio. Deve fazer B.O. Tem eficácia imediata. 
Cheque sem provisão de fundos: pode ser apresentado novamente - não necessita de protesto posterior. 
Protesto: constitui precisamente um ato oficial e público que comprova a exigência do cumprimento daquelas obrigações cambiarias, constituindo-se em prova plena. A certidão do protesto lavrado pelo oficial público é de fato, em princípio, inquestionável. 
-protesto facultativo: vida apenas constituir em mora o devedor. Sua função é simplesmente probatória. Não é requisito para acionar o devedor principal e seus avalistas; sua obrigação para com o pagamento se apura diretamente da cartula, condicionada apenas ao vencimento da data aprazada, sem que tenha ocorrido o pagamento correspondente. 
-protesto necessário: para efeitos cambiários, o protesto se torna necessário para conservar determinados direitos do credor, conforme estabelecido pela lei uniforme (arts. 25, 44, 53, al. 2, 56, al. 2, 60, 66 e 68, al. 2). Visa a vinculação dos coobrigados, cuja responsabilidade de pagamento não é direta, mas decorrente da inadimplência do devedor principal e de seus avalistas. 
Não cabe ao tabelião investigar a concorrência de prescrição ou caducidade do título, restringindo-se a sua observação a existência de vícios formais na cartula. 
O registro do protesto ocorre em 3 dias úteis a contar da intimação do devedor, caso não ocorra o pagamento. 
Execução do cheque: art. 59, lei do cheque. 
-ação cambial - prazo: 6 meses após a expiração do prazo de apresentação. 
Art. 47. 
Súmula 600, stf. 
-exceção: caso a conta-depósito tivesse fundos durante o prazo de apresentação e esses deixaram de existir por ato não imputável ao emitente, tem-se a decadência do direito de execução do credor - art. 47, ss3, lc. 
Ação de regresso - prazo: 6 meses, contados do pagamento. 
Ação de enriquecimento ilícito (ação de conhecimento) - prazo: 2 anos, contados da prescrição da ação cambial - art. 61, lei de cheque. 
Ação de conhecimento (ação monitória) - prazo: 5 anos - Súmula 503, stj. Começa a contar da data de emissão estampará na cartula. 
Sanções pela emissão de cheque sem fundos:
-penal: o estelionato na emissão de cheque sem fundos somente se demonstrado o dolo por parte do emitente e de prejuízo ao credor. 
-administrativa: 
1- inscrição no CCF (cadastro de emitentes de cheques sem fundos) - ocorre na segunda apresentação do cheque. 
2- o pagamento da taxa do serviço de compensação de cheques e outros papéis. Sccop. 
Exclusão do CCF (RES. 2989/00 BACEN): a) automaticamente, após 5 anos da inclusão; b) a pedido do sacado ou por iniciativa do executante se comandada a inclusão por erro comprovado, sem ônus para o cliente; c) a pedido do sacado desde que o cliente comprove a regularização do débito; d) por determinação do BACEN.
RESP 251.713 BA – Devolução de cheque em razão de redução do limite de crédito sem o aviso prévio ao correntista caracteriza a responsabilidade do sacado.
RESP 47.335 SP – Responsabilidade da Instituição Financeira pela abertura de conta corrente com documentos falsos para com quem recebeu o cheque.
Nota promissória:
Conceito: promessa pura e simples de pagamento, pela qual seu emitente se obriga a pagar ao seu beneficiário ou a sua ordem determinada quantia em dinheiro. 
Requisitos: art. 75, lei uniforme. 
-denominação “nota promissória”. 
-promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada. 
-nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga. 
-indicação da data em que é passada. 
-assinatura do emitente. 
-indicação do vencimento. 
-lugar do pagamento da nota. 
Regras gerais: 
Pode ser vinculada a um contrato se estiver expressamente previsto no título - súmula 258, stj: a nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. 
-falência do devedor - antecipação do vencimento. 
-prazo para apresentação: 1 ano. 
-prazo da ação executiva (cambial): 3 anos. Corre do vencimento. 
-prazo para a ação de conhecimento: 5 anos. 
LETRA DE CÂMBIO:
Conceito: ordem de pagamento que determinada pessoa passa a outra, perante a qual detém crédito, para que pague, a um terceiro, a soma em dinheiro nela indicada
Aceite: É o ato formal segundo o qual o sacado se obriga a efetuar, no vencimento, o pagamento da ordem que lhe é dada.
- Garantia do pagamento da letra de câmbio.
- Reconhecimento do pagamento.
- Assinatura do sacado no título (ou procurador).
- Apresentação para aceite:
Aceita: Torna-se o principal devedor e os demais coobrigados desvinculam-se da responsabilidade.
Recusa: Vencimento antecipado e protesto do sacador e dos endossantes.
- Com aceite tem melhores condições de circulação.
Requisitos: 
- A denominação "Letra de Câmbio" inserida em seu texto;
- A quantia em dinheiro que deve ser paga de forma clara e precisa. Se porventura houver divergência entre a indicação numérica e a alfabética da importância a pagar, prevalecerá a segunda;
- O nome de quem deve pagar (sacado);
- O nome da pessoa a quem deve ser paga (beneficiário ou tomador);
- Data de emissão da letra de câmbio;
- A assinatura do sacador.
Prazos para apresentação:
- 1 ano a partir da emissão do título, se não houver data estipulada.
- O sacado não pode reter a letra.
- Prazo de respiro: o sacado pode pedir prazo de 24 horas para restituição.
- Se não apresenta na data do vencimento, perde o direito de exigir o pagamento dos coobrigados.
O Protesto na Letra de câmbio pode ser tirado em três hipóteses diferentes (art. 21, Lei 9492/97):
- Protesto por falta de pagamento (art. 20 do Dec. 2044/1908): primeiro dia útil seguinte ao do vencimento;
- Protesto por falta de aceite (arts. 24, 25 e 44, todos da Lei Uniforme): Deve ser realizado nos prazos fixados para o aceite.
- Falta de devolução – ocorre quando o sacado retira a letra de câmbio e não a devolve no prazo legal.
Prescrição:
- A ação contra o aceitante prescreve em três anos a contar do vencimento.
- A ação do portador contra os endossantes e contra o sacador prescreve em um ano, a contar da data do protesto feito em tempo útil, ou da data do vencimento, quando se tratar de letra com cláusula “sem despesas”.
- As ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador prescrevem em seis meses a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio tenha sido acionado.
- Ação
monitória – 5 anos.
EXERCÍCIOS
1. O aceite é essencial para a letra de câmbio, sem o qual tal título de crédito não se caracteriza. b) Errado.
2. Sobre a letra de câmbio é CORRETO afirmar que: e) se for emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
DUPLICATA:
Conceito: é um título de crédito emitido pelo vendedor de determinada mercadoria ou pelo prestador de um certo serviço (sacador) a um comprador, em que há promessa de pagamento da quantia correspondente à fatura de mercadorias vendidas a prazo.
Requisitos:
- Expressão “Duplicata”. 
- Data da emissão (igual à da fatura).
- Os números da fatura e da duplicata.
- Data de vencimento (dia certo ou à vista).
- Nome e domicílio do vendedor (sacador).
- Nome, domicílio e CPF do comprador (sacado).
- Importância a pagar (algarismo e por extenso).
- Local de pagamento.
- Declaração de concordância.
- Assinatura do sacador.
Regras Gerais:
- 30 dias seguintes à emissão remete a duplicata ao sacado:
- À vista: pagamento.
- A prazo: aceita e devolve (10 dias).
- Recusa:
- Avaria ou não recebimento da mercadoria.
- Vícios, defeitos e diferenças na qualidade e quantidade.
- Divergências no prazo de entrega e no preço.
- Aceite ordinário:
- Constitui o título de crédito.
- Aceite presumido:
- Recebida a mercadoria sem manifestação formal de recusa.
- Inutilizado ou restituído sem assinatura.
- Tendência de ser a regra: duplicata virtual.
- Protesto: falta de aceite, devolução ou falta de pagamento.
- Prazo: 30 dias após o vencimento.
- Retenção pelo devedor: dados do Livro de Registro de Duplicatas.
- Duplicata virtual: também se opera por indicação dos dados.
- Triplicata:
- “segunda via” da duplicata.
- A Lei permite apenas em caso de perda ou extravio.
Execução:
- Aceite ordinário: sem protesto.
- Aceite presumido: protesto e comprovante de recebimento de mercadorias.
Prescrição:
- 3 anos do vencimento contra o sacado e seu avalista.
- 1 ano, contado do protesto, contra o endossante e seus avalistas.
- 1 ano, contado do pagamento, para direito de regresso.

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