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Semiologia Cutânea e Descrição das lesões de pele

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Prof. Luis Izabelly Alvares 
1 
 
Semiologia Cutânea e Lesões de Pele 
DESCRIÇÃO DAS LESÕES CUTÂNEAS: 
 
- “Para lermos as palavras, precisamos reconhecer as letras. Para lermos a pele, 
precisamos reconhecer as lesões cutâneas.” (Wolff and Johnsson) 
- “Aquele que estuda as doenças da pele e não estuda as lesões elementares, 
nunca aprenderá dermatologia” (Siemens) 
- Camada córnea é a mais externa da pele, funciona como proteção a 
microrganismos, agentes físicos, produtos químicos. 
INTRODUÇÃO: 
- Dermatologia é o campo da medicina que estuda as patologias da pele e dos 
anexos cutâneos (glândulas, folículos pilosos e as unhas). 
- A pele é o maior órgão do corpo. 
- A pele e os anexos cutâneos são fundamentais para exercer as funções de 
proteção, manutenção da homeostase e transmissão do estímulo sensitivo. 
 
- O diagnóstico e o tratamento das doenças na dermatologia requerem que o 
médico reconheça os tipos de lesões. 
- Importante na comunicação entre os médicos (dermatologistas e não 
dermatologistas). 
- Uma linguagem padrão na qual todos compreendem em qualquer lugar do 
mundo. 
Prof. Luis Izabelly Alvares 
2 
 
- Objetivo: transformar em palavras a lesão cutânea que estamos analisando. 
- Descrever: tipo da lesão, cor, limites, consistência, forma e distribuição. 
MORFOLOGIA DAS LESÕES: 
1. Alterações primárias: a forma mais característica da lesão (descrevem tamanho, 
topografia e conteúdo). 
- Mácula: lesão circunscrita SEM alteração do relevo. Há apenas alteração da cor. É 
menor do que 1cm. 
 
 
 
 
 
 
- Mancha: lesão circunscrita SEM alteração do relevo. Há apenas alteração da cor. 
É maior do que 1cm. 
 
 
- Pápula: lesão elevada. Menor do que 1cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Placa: lesão elevada, maior do que 1cm. 
 
 
 
 
 
 
- Nódulo: lesão palpável. Menor do que 3cm. Geralmente está mais no subcutâneo 
do que na superfície. 
 
 
 
 
 
Prof. Luis Izabelly Alvares 
3 
 
- Tumor: lesão palpável, maior do que 3cm. Geralmente está mais no subcutâneo 
do que na superfície. 
 
 
- Vesícula: lesão elevada com conteúdo líquido, menor do que 1cm. O conteúdo 
pode ser seroso, purulento ou hemorrágico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Pústula: lesão elevada com conteúdo purulento, menor do que 1cm. 
 
 
- Bolha: lesão elevada com conteúdo líquido, maior do que 1cm. O conteúdo pode 
ser seroso, purulento ou hemorrágico. A bolha pode ser tensa ou flácida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1ª imagem: bolha tensa. Dificilmente o paciente vai chegar ao exame com bolha 
flácida (extremamente frágil, rompe com facilidade). Conteúdo seroso. Bolha 
tensa normalmente aparece nos penfigoides. 
 2ª imagem: bolha flácida. 
- Urtica: elevação transitória da pele devido ao edema na derme. Geralmente 
acompanhada de palidez na superfície. 
 
Prof. Luis Izabelly Alvares 
4 
 
 Principal grânulo do mastócito é a histamina, na urticaria ocorre uma degradação 
excessiva de mastócitos. 
2. Alterações secundárias: refletem alterações devido a fatores externos ou devido 
ao tempo. 
- Crosta: material que seca na superfície da lesão. Pode ser serosa, hemorrágica ou 
melicérica (pus). 
 
 Figura: crosta melicérica (cor de mel, amarelada). Conteúdo purulento que secou. 
O diagnóstico é impetigo (infecção bacteriana). 
 No fim da descrição da lesão, precisa falar a região anatômica que se encontra a 
lesão. 
 
 Figura: crosta hemática. Líquido: sangue. 
- Escama: acúmulo de queratina (estrato córneo) devido ao aumento da taxa de 
proliferação da epiderme e/ou redução da taxa de descamação. 
 A lesão começa a descamar pq aumenta a taxa de proliferação da epiderme, 
aumentando a quantidade de queratina (lesão fica esbranquiçada por conta da 
alta taxa de queratina). É comum em psoríase. 
 
 Descrição: placa, coloração eritematosa, alteração secundária é descamação 
(placa eritematosa descamativa). É bom falar o tipo de descamação. Nesse caso 
é uma descamação bem densa. 
 
 Descrição: mácula (<1cm) eritematosa, com padrão de descamação em colarete 
(ao redor da lesão). 
Prof. Luis Izabelly Alvares 
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 Quando o indivíduo tiver múltiplas lesões em colarete, principalmente no tronco, 
ele pode ter roséola (viral). 
- Fissura: ruptura linear na pele. Geralmente ocorre em regiões pouco resistentes ao 
estiramento (região plantar e palmar). 
 
- Erosão ou exulceração: é a perda parcial da epiderme. 
 
 Erosão ou exulceração é a perda parcial da epiderme (não confundir com 
descamação. Na descamação ocorre aumento da proliferação da epiderme e 
aumento da produção de queratina). 
- Úlcera: perda total da epiderme e parcial ou total da derme. 
 Úlcera é a perda total da epiderme. Erosão e exulceração (sinônimos) é a perda 
parcial, mais superficial. A úlcera é mais profunda. É a perda total da epiderme E 
parcial ou total da derme. A pele está em sofrimento, está morrendo. 
 
 1ª imagem: o fundo da úlcera é secretivo, na imagem vemos bem úmido (tem 
apenas tecido de granulação, não pus. O pus tem coloração diferente). Esse tipo 
de úlcera aparece em pacientes com doença como Crohn e retocolite ulcerativa. 
Diagnóstico é pioderma gangrenoso. 
 2ª imagem: fundo limpo, menos secretivo. Diagnóstico descritivo: leishmaniose 
cutânea (úlcera de bauru, causado pelo mosquito palha). 
- Atrofia: adelgaçamento da pele. Área de depressão na pele. a pele fica mais 
fininha, com aspecto de papel de cigarro. Mostra o envelhecimento da pele (falta 
de colágeno). A pele fica mais flácida, principalmente, quando há muita 
exposição ao sol. 
 
 
 
 
Prof. Luis Izabelly Alvares 
6 
 
Liquenificação: acentuação das linhas e sulcos da pele, geralmente devido ao ato de 
coçar. A liquenificação aparece muito nos eczemas (dermatite atópica etc.). 
 
COLORAÇÃO DAS LESÕES: 
- Eritematosas: coloração mais rósea da lesão cutânea. Ele diz que tem 
vasodilatação, aumento do fluxo e um processo inflamatório. 
- Púrpuricas/violáceas: ocorre extravasamento de hemácias, ocorreu um dano na 
parede do vaso sanguíneo e as hemácias foram para o interstício. Vai aparecer 
muito nas doenças hematológicas e reumatológicas (ex.: vasculites). 
- Enegrecidas: indica necrose. 
- Acastanhadas: deposito de melanina na pele (substância que dá o tom da pele). 
O deposito de melanina deixa a lesão hipercrômica. 
- Alaranjadas: deposito de gordura na pele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Se ficarmos em dúvida se é eritematosa ou purpúrica, podemos 
fazer exame simples (diascopia), que é exercer de uma pressão com 
uma lâmina de vidro transparente ou qualquer material transparente 
e observar que tipo de coloração que aparece. Na eritematosa, a 
região pressionada fica pálida. Já na purpúrica, não tem alteração 
pq a hemácia já extravasou. 
Descrição: placa eritematosa, bem delimitada, com 
descamação discreta (alteração secundária). 
Descrição: lesão purpúrica. 
Prof. Luis Izabelly Alvares 
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CONFIGURAÇÃO (FORMA) DAS LESÕES: 
- Circular/ovalar. 
- Linear. 
- Anelar/anular/policíclica/figurada: a periferia é diferente do centro da lesão. A 
periferia costuma ter borda com eritema mais intenso do que o centro. O fungo faz 
lesão anular pq ele começa no centro e vai para as bordas. 
- Numular: em forma de nuvem. 
- Em alvo: 
⤷ Alvo típico (como o da imagem): que aparecem 3 zonas - central eritematosa, 
uma intermediária normocrômica ou hipocrômica e uma periférica com 
eritema. Acontece principalmente no eritema multiforme (manifestação 
reacional pós herpético. Paciente comumente apresente quadro de herpes 
simples, oral, e dias depois apresenta lesão em alvo típico). 
⤷ Alvo atípico: só apresenta 2 zonas (não tem zona intermediária, branquinha). 
- Serpiginosa: trajetos irregulares. 
- Reticulada/rendilhada: em aspecto de rede. Eritema AB Igne (não sabem mto 
bem a fisiopatologia, mas está relacionado a exposição excessiva a fontes de 
calor próxima ao abdome, antigamenteachavam relacionado com fogão/forno 
a lenha, hoje pode estar associado ao notebook no colo). Muitas vezes é 
irreversível o caso de AB Igne. 
Descrição: lesão enegrecida. 
 
Descrição: Melasma, que é causado pela radiação UV do sol 
e comum na gestação. 
Descrição: xantelasma (comum na região palpebral), pode 
indicar dislipidemia. 
Prof. Luis Izabelly Alvares 
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 Lesão arciforme: ainda não fechou a lesão (tipo, o contorno é meio abertinho). 
 
 
 
 
 
 
 
Descrição: configuração linear. Pápulas eritematosas com 
configuração linear. 
Diagnóstico: líquen estriado. É uma dermatose inflamatória. 
Descrição: lesão primária é placa. Placa eritematosa anular 
(bordas mais eritematosas qd comparadas com o centro) e 
descamação discreta nas bordas da lesão. São múltiplas 
lesões no abdome, flancos e virilha. 
Descrição: lesões em alvo. É caracterizada por um centro 
eritematoso violáceo e uma periferia com eritema, além de 
uma região intermediária normocrômica (alvo típico). 
 
Descrição: lesão numular (formato de nuvem/moeda) - 
manifestação da dermatite atópica, principalmente qd 
aparece os eczemas na região dos membros inferiores. 
 
Descrição: lesão Serpiginosa causada pela larva migrans 
cutâneo. 
 
Descrição: lesão com aspecto rendilhado/reticulado 
(formato de rede). 
Prof. Luis Izabelly Alvares 
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DISTRIBUIÇÃO DAS LESÕES: 
- Solitária/única. 
- Localizada. 
- Disseminada. 
- Simétrica/assimétrica. 
- Área fotoexposta/não fotoexposta: áreas fotoexpostas, não passou protetor e 
queimou. 
- Áreas intertriginosas. 
- Acral. 
- Periorificial. 
- Zosteriforme/dermátomo. 
- Linfangítica ou esporotricóide: distribuição no trajeto dos vasos linfáticos. 
- Folicular x não folicular: existem pústulas dos dois tipos e dizem qual tipo de 
doença tem. 
- Áreas extensoras x áreas flexoras: psoríase ocupa áreas extensoras e a dermatite 
atópica, áreas flexoras. 
 
 
 
ORDEM DA DESCRIÇÃO DE LESÕES: 
1. Lesão elementar primária. 
2. Cor. 
3. Alterações secundárias. 
4. Forma e configuração. 
5. Distribuição das lesões. 
6. Localização anatômica. 
ANAMNESE NA DERMATOLOGIA: 
- Tempo. 
- Localização. 
- Fatores de piora. 
- Fatores de melhora. 
- Sintoma predominante. 
- Evolução da lesão. 
Descrição: dermatite atópica em áreas flexoras. 
 
Descrição: distribuição zosteriforme (causado pela varicela 
zoster), fica latente em gânglio dorsal de algum nervo 
espinhal e aí esse vírus reativa e volta (faz trajeto retrogrado 
do nervo até a pele) e causa a manifestação cutânea. 
Descrição: distribuição esporotricóide/Linfangítica. Doença 
do jardineiro (se machuca com os espinhos da planta, aí o 
fungo fica inoculado e se manifesta pelos vasos linfáticos). 
 
Prof. Luis Izabelly Alvares 
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- História familiar. 
- História ocupacional. 
- Exposição solar. 
 
 As vezes acabamos fazendo a anamnese depois, pq é mais fácil você ver a lesão 
e depois conseguir direcionar o interrogatório para o paciente, pois muitas vezes o 
paciente não consegue descrever com riqueza os detalhes (no caso de fazer a 
anamnese antes e depois o exame). 
 Temos que perguntar quando iniciou o quadro, se desaparece e volta, se 
permanece, onde iniciou, se foi pra outros lugares, se tem fator de piora 
(alimento/medicamento que ingere e piora – precisa perguntar TODOS os 
medicamentos que o paciente usa, os prescritos e não prescritos – inclusive 
suplemento), fatores de melhora, sintoma predominante, se coça (prurido), dor, 
ardência, se diminuiu a sensibilidade (hanseníase diminui a sensibilidade), evolução 
da lesão (pápula que evoluiu para vesícula, ou eritematosa que evoluiu para 
acrômica), história familiar (câncer de pele), história ocupacional (se trabalhou 
mto tempo exposto ao sol ou trabalha em algum cargo que tem exposição a 
produto químico) e histórico da exposição solar. 
 
 
 
Descrição: lesão primária (placa), coloração placa 
eritematosa descamativa com crosta hemática, região 
frontal, nasal etc.), assimétrica, pega trajeto de nervo (região 
oftálmica do N. oftálmico), ou seja, dermátomo. É um herpes 
zoster oftálmico. Há descamação discreta. 
Diagnóstico: herpes zoster oftálmico. 
 
Descrição: lesão não palpável. Múltiplas máculas 
eritematovioláceas, estão disseminadas no tronco, membros 
superiores (estão confluindo por conta da grande 
quantidade e tão se tornando uma mancha, mas são 
essencialmente máculas). Não tem alteração secundária. 
 
 
Descrição: placa (lesão palpável maior que 1cm), 
eritematosa, descamativa (descamação 
espessa/abundante), bem delimitada, em área extensora 
(cotovelo). 
Diagnóstico: psoríase.

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