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ARTIGO - EDUCAÇÃO INCLUSIVA_ANDRADE-ELENILTON_S

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Santos - SP 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDRADE, Elenilton Santos. 
Licenciado em História 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA 
 
FORMAÇÃO INCLUSIVA DOCENTE 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 
 
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 4 
 
3 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 6 
 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 7 
 
 
 3 
1 INTRODUÇÃO 
A educação inclusiva é um dos temas mais debatidos nas escolas 
de ensino regular. Ela se constitui de um verdadeiro desafio para o corpo docente 
que ainda carece de capacitação e preparo para lidar com essa realidade cada dia 
mais constante. 
A Constituição Brasileira de 1988 em seus artigos 205, 206 e 208, 
determina a igualdade de acesso e condições para a permanência do aluno no 
ambiente escolar visando também aqueles portadores de necessidades 
educacionais especiais. 
Os processos de aprendizagem devem ser baseados em relações 
mediadoras das bases do conhecimento, através de propostas (ações, linguagens, 
dispositivos, representações) que visem potencializar a capacidade interativa das 
pessoas (VYGOTSKY, 1997). 
A formação continuada do corpo docente é imprescindível para que 
a educação inclusiva seja uma rotina diária no ambiente educacional, sempre com o 
objetivo de preparar o discente para exercer sua cidadania e sua capacidade para 
atuar no mercado de trabalho. 
Nesse artigo, serão apresentadas bases teóricas que reforçam a 
ideia de que a formação inclusiva é um item essencial para a capacitação docente, 
afim de suprir as exigências da Constituição Federal e assegurar aos alunos seu 
pleno desenvolvimento sem desigualdades. 
 
 
 
 4 
2 DESENVOLVIMENTO 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
 
Os artigos acima, determinam que a educação é dever do Estado e 
um direito de todos, independentemente de sua condição. O espaço educacional é 
um dos principais locais para a formação do cidadão e permitir o acesso a todos se 
faz indispensável. 
Durante muito tempo, os alunos portadores de necessidades 
educacionais especiais eram vistos como alunos “problemas”, com mal 
comportamento e tidos como “burros” pelos professores. Tal realidade dificultava a 
inclusão desses alunos nos processos de ensino-aprendizagem, uma vez que o 
corpo docente não estava preparado para entender a realidade desse aluno e incluí-
lo nas práticas educacionais. Por isso, eram comuns as salas dos alunos tidos como 
“fortes” e a dos “fracos”. Tais rótulos não levavam em consideração uma série de 
fatores determinantes para o bom desempenho escolar dos alunos. 
Segundo Bourdieu (1999), sociólogo francês, os estudantes são 
diferentes em vários contextos, desde sociais a culturais. Enxergá-los como uma 
massa homogênea constitui-se um erro. 
Há uma deficiência de muitos docentes no que diz respeito aos 
processos inclusivos educacionais e constitui um dos grandes obstáculos para 
obtermos de fato uma educação inclusiva efetiva. Segundo Alves (2009): 
“...o importante não é só capacitar o professor, mas também toda 
equipe de funcionários desta escola, já que o indivíduo não estará 
apenas dentro de sala de aula. [...] Alguém tem por obrigação 
treinar estes profissionais. Não adiante cobrar sem dar subsídios 
suficientes para uma boa adaptação deste indivíduo na escola. 
Esta preparação, com todos os profissionais serve para promover 
 5 
o progresso no sentido do estabelecimento de escolas inclusivas” 
(ALVES, 2009, p.45,46). 
Muitos professores costumam ter as mesmas queixas: “Não sei lidar 
com alunos desse tipo...” ou: “Como dar aula para os alunos “normais” e ao mesmo 
tempo dar atenção para os que possuem necessidades especiais sem atrasar a 
minha matéria? ” 
Muito se cobra da equipe docente para que o processo inclusivo seja 
de fato realizado com sucesso. No entanto, não basta apenas depositar toda a 
responsabilidade sobre o docente. A educação inclusiva é um conjunto de fatores 
determinantes para seu sucesso. Incluir não é apenas inserir o discente portador de 
necessidades educacionais especiais em um meio escolar regular, mas oferecer 
condições para sua total adaptação. Segundo GOTTI (2002): 
“Incluir não significa simplesmente colocar o estudante junto com 
outros ditos normais, mas reestruturar o sistema educacional para 
que as crianças especiais sejam atendidas nas suas 
especificidades e peculiaridades (GOTTI, 2002, p. 9). 
O mais importante em todo o processo de inclusão é ter em mente 
que as práticas pedagógicas devem ser planejadas levando em consideração todos 
os elementos necessários para seu êxito. E para isso, preparar a equipe docente 
com capacitação contínua define-se em um dos pilares do sucesso dessa iniciativa. 
A constante atualização, por meio de palestras, seminários e cursos sobre o assunto 
irá proporcionar ao corpo docente um melhor preparo para acolher e adaptar-se a 
essa nova realidade que encontramos no dia-dia. 
 
. 
 
 6 
3 CONCLUSÃO 
No processo de inclusão educacional, o papel do docente é 
imprescindível. Estar cada vez mais integrado com essa realidade irá facilitar sua 
adaptação a esse novo cenário cada vez mais constante. 
O papel da equipe pedagógica (assistentes de coordenação, direção 
e coordenadores) também é crucial para uma efetiva inclusão do aluno portador de 
necessidade educacional especial. Ignorar que esse cenário irá se tornar uma 
constante na vida educacional é ir contra o próprio processo educacional em si. 
Quando analisamos que algumas instituições de ensino passam por 
dificuldades na adaptação do processo de educação inclusiva, muitas vezes vemos 
que tais problemas são ensejados por uma falta de preparo e capacitação da equipe 
docente, falta de orientação e treinamento para lidar com as diversas situações que 
o processo em si pode oferecer. Tal ausência de preparo pode levar a conflitos e 
problemas em sala de aula entre os alunos e pais, que exigem da instituição de 
ensino as competências necessárias para estarem mediando tais situações. 
Por isso as escolas devem oferecer à sua equipe pedagógica a 
estrutura necessária para possamos assim diminuir e erradicar de vez as 
desigualdades nos processos de ensino-aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
REFERÊNCIAS 
MIRANDA, T. G.; Galvão Filho, T. A. (Org.) O professor e a educação inclusiva: 
formação, práticas e lugares. Salvador: EDUFBA, 491 p., 2012. 
ALVES F. Inclusão: muitos olhares, vários caminhos e um grande desafio. Rio de 
Janeiro, WAK EDITORA, 2009. 
GOTTI, M. de O. Fórum: Surdos e ouvintes juntos. In Revista Nova Escola, ano 
XVII, nº 152, p. 09.

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