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Organização Prof.ª Dr.ª Sandra de Fátima Barboza Ferreira Presidente Comissão Organizadora Prof.ª Msc. Ariane Cristina Ramello de Carvalho (UFG) Prof.ª Dr.ª Alessandra Oliveira Machado Vieira (UFG) Prof.ª Dr.ª Mara Rúbia Camargo Alves Orsini (UFG) Pro.ª Dr.ª Sandra de Fátima Barboza Ferreira (UFG Comissão Científica Prof.ª Msc. Ariane Cristina Ramello de Carvalho (UFG) Prof.ª Dr.ª Alessandra Oliveira Machado Vieira (UFG) Prof.ª Dr.ª Mara Rúbia Camargo Alves Orsini (UFG) Prof.ª Dr.ª Marilúcia Pereira Lago (UFG) Pro.ª Dr.ª Sandra de Fátima Barboza Ferreira (UFG) Comissão Administrativa AJFERREIRA (coordenador) Comissão de Apoio Andreza Mariz da Silva Arthur Barboza Ferreira Bárbara Naves dos Santos Bárbara Monielle Pinto Cerqueira Elcimar do Amaral Bosco Geórgia Dias Ida Celine Gonçalves Santos Késsia Gonçalves Guilarducci Nayara Ruben Calaça Di Menezes Pedro Henrique Barcelos Pedro Henrique Neves Ricardo Alves de Oliveira Thaís Martins Sousa Avaliação de Pôsteres Alexandre Castelo Branco Herenio Otília Monteiro Loth Anais - Revisão Arthur Barboza Ferreira/ Elcimar do Amaral Bosco Comissão Executiva Nivia Barboza Ferreira Priscilla Trovo Apresentação A Psicologia da saúde é um termo amplo que congrega diferentes práticas do profissional psicólogo no contexto amplo de oferta de serviços de saúde, desde a atenção básica até os níveis de alta complexidade. Essa transversalidade atende ao princípio de integralidade preconizado pela Lei 8.080/90, que rege o sistema público e suplementar de saúde. Constitucionalmente, a Saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Pensá-la de forma ampla, universal e integral constitui um desafio que envolve gestão de políticas públicas e compromisso das agências formadoras de profissionais, no sentido de promover a convergência de modelos baseados na atenção biopsicossocial e intersetorial envolvendo múltiplos campos do conhecimento. Cordialmente, Bom congresso a todos! Sandra de Fátima Barboza Ferreira Presidente RESUMOS I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 5 SOFRIMENTO PSÍQUICO NA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Costa, Fernanda Sousa1 Oliveira,Virgínia Célia de Barros2 Sousa, Ivone Félix de3 Costa Neto, Sebastião Benício da4 Resumo: A Qualidade de vida no trabalho no contexto do trabalhador leva-o a situações de competição que pode desencadear em sofrimento psíquico para o trabalhador. Esta pesquisa tem como objetivo levantar os estudos desenvolvidos no período de 2012-2015, nas plataformas Scielo, Capes, BIREME, com os temas “qualidade de vida do trabalhador” e “sofrimento psíquico, por meio de uma Revisão integrativa para responder a questão norteadora “O que foi produzido na literatura sobre sofrimento psíquico e QVT entre os anos de 2012 – 2015?”. Desenvolveu-se um instrumento para a coleta das informações atendendo os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos para responder a questão norteadora. Verificou-se que dos artigos que foram encontrados que tratam os temas “QVT e Sofrimento Psíquico” 62,5% foram encontrados na plataforma BIREME, 25% na Capes e 12,5% na Scielo. Os dados evidenciam a insatisfação do trabalhador dentro da organização, e consequentemente é um indicador de sofrimento psíquico, em específico a ansiedade. Poucos foram os estudos encontrados sobre os temas pesquisados. Em um contexto que se discute e se percebe a necessidade de entender estes fenômenos, faz-se necessário realizar pesquisas que desvendem as diferentes relações que entre qualidade de vida do trabalhador e sofrimento psíquico. Palavras-chave: Sofrimento Psíquico; Qualidade de Vida do Trabalhador; Revisão integrativa 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: fefasousacosta@gmail.com 2 Centro de Referência do Trabalhador do Estado de Goiás. E-mail: vcbo01@hotmail.com 3 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: ivonefelixsousa@gmail.com 4 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: sebastiaobenicio@gmail.com mailto:fefasousacosta@gmail.com mailto:vcbo01@hotmail.com mailto:ivonefelixsousa@gmail.com mailto:sebastiaobenicio@gmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 6 SÍNDROME DE BURNOUT E O ASSÉDIO MORAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Cole, Larissa1 Oliveira,Virgínia Célia de Barros 2 Lucio, Ligia Lais de Jesus3 Sousa, Ivone Félix de4 Costa Neto, Sebastião Benício da5 Resumo: A atualmente vem se discutindo no meio científico sobre as prováveis razões do adoecimento mental do trabalhador, especificamente em relação ao desenvolvimento da síndrome de burnout em um contexto de trabalho que ocorrem casos de assédio moral no trabalho. Este estudo, por meio de uma revisão integrativa teve como objetivo realizar buscas de artigos publicados na plataforma Capes, brasileiros, publicados nos últimos dois anos, sobre os temas assédio moral e síndrome de burnout. Como pergunta norteadora tem-se ‘Existem estudos publicados que correlacionam burnout e assédio moral no trabalho?’. Verificou-se que dos artigos encontrados, três se referem ao assédio moral, enquanto dois, à síndrome de burnout. Não foram encontrados artigos que contemplem os dois temas juntos. Ambos os temas discutem a ocorrência em ambiente universitário e, portanto, observou-se que é necessário que desenvolvam estudos que possibilitem entender esta relação entre burnout e assédio moral no trabalho. Com os estudos encontrados é possível apontar que o assédio moral e a síndrome de burnout são observados e discutidos em diversos ambientes: organizacional, hospitalar e, em novas discussões, universitário, mas de forma separada e não relacionada. Palavras-chave: Assédio Moral; Síndrome de burnout; Revisão integrativa 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: cissacolle@gmail.com 2 Centro de Referência do Trabalhador do Estado de Goiás. E-mail: vcbo01@hotmail.com 3 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: ligialays2@hotmail.com 4 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: ivonefelixsousa@gmail.com 5 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: sebastiaobenicio@gmail.com mailto:cissacolle@gmail.com mailto:vcbo01@hotmail.com mailto:ligialays2@hotmail.com mailto:ivonefelixsousa@gmail.com mailto:sebastiaobenicio@gmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 7 GAROTA EXEMPLAR: A ANÁLISE PSICOJURIDICA DE AMY DUNNE E SEUS ATOS Carvalho, Gabriel Pereira1 Dourado, Hannah Duarte2 Resumo: O aclamado e indicado ao Oscar Garota Exemplar tem como trama Amy Dunne (Rosamund Pike) que desaparece no dia do seu aniversário de casamento, deixando o marido Nick (Ben Affleck) em apuros. Ele começa a agir descontroladamente, abusando das mentiras, e se torna o suspeito número um da polícia. Com o apoio da sua irmã gêmea, Margo (Carrie Coon), Nick tenta provar a sua inocência e, ao mesmo tempo, procura descobrir o que aconteceu com Amy. A pesquisa teve como objetivo analisar o comportamento de Amy Dunne, que tenta incriminar o seu marido após descobrir que o mesmo a trai, e enquanto tenta alcançar o sua intenção, comete uma série de crimes que incluem, mas não se limitam, a fingir-se vítima de estupro para justificar um assassinato como legítima defesa, além de atos moralmente reprováveis, como roubar osêmen do marido para manter o casamento através de uma gravidez; o que, em verdade, indica um padrão repetitivo de comportamento, já que Amy já havia incriminado falsamente outras pessoas antes, inclusive um ex-namorado, também por estupro, e isso, por sua vez, sugere a presença de algum transtorno. A metodologia para este trabalho foi a pesquisa bibliográfica em manuais de psicologia, psiquiatria, doutrinas de direito penal, além do próprio Código Penal. Doutrinariamente falando, Amy Dunne se encaixa nos critérios diagnósticos, mesmo com suas peculiaridades, para um diagnóstico no Transtorno de Personalidade Narcisista e Transtorno de Personalidade Antissocial, ambos transtornos que não tornariam Amy inimputável dos seus variados crimes de acordo com o Direito Penal vigente no Brasil. Palavras-chave: psicologia jurídica, psiquiatria jurídica, direito penal 1 UFG. E-mail: gabrielpereirac@hotmail.com 2 UFG. E-mail: hannahduartedourado@live.com mailto:gabrielpereirac@hotmail.com mailto:hannahduartedourado@live.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 8 SINTOMAS PSICOSSOMÁTICOS E OS ASPECTOS DA VIDA NO TRABALHO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Marisa Kamenach das Graças 1 Virginia Célia de Barros Oliveira2 Danniella Davidson Castro 3 Ivone Félix de Sousa 4 Sebastião da Costa Benício Neto5 Resumo: Trabalho é tema de debate dentro das organizações e academias. Busca-se por meio deste estudo levantar as contribuições dos estudos referentes a estes construtos nas plataformas Scielo, Capes e Birem entre os anos de 2012-2015. Este trabalho tem como metodologia uma revisão integrativa realizada nas plataformas Scielo, Capes e Bireme, retirando artigos publicados entre os anos de 2012-2015, buscando artigos relacionados a saúde de trabalhadores de hospitais de atendimento secundário e terciário. Foram encontrados resultados apontando o controle estabelecendo uma forte relação nas alterações do estado de saúde psíquica dos trabalhadores. No entanto, percebe-se a necessidade de aprofundar em reflexões sobre estes fenômenos, desenvolvendo pesquisas junto a sociedade trabalhadora, de forma a entender estes construtos e suas relações com o trabalhador possibilitando planejamentos organizacionais e desenvolvimento de políticas públicas que priorizem a vida do trabalhador saudável. Palavras-chave: Vida no trabalho; Sintomas psicossomáticos; Revisão integrativa 1Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Email: kamenachmarisa@gmail.com 2Centro de Referência do Trabalhador do Estado de Goiás. Email: vcbo01@hotmail.com 3Centro de Referência do Trabalhador do Estado de Goiás. Email: vcbo01@hotmail.com 4Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Email: ivonefelixsousa@gmail.com 5Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Email: sebastiaobenicio@gmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 9 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DO PACIENTE CANDIDATO A CIRURGIA BARIÁTRICA Tartuce, Luciana Mayra Gusmão1 Resumo: A obesidade é uma doença crônica, que envolve fatores sociais, comportamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e genéticos. Caracteriza-se pelo acúmulo de gordura corporal resultante do desequilíbrio energético prolongado, que pode ser causado pelo excesso de consumo de calorias e/ou inatividade física. É uma doença global, de prevalência progressiva, com proporções epidêmicas, representando um dos mais graves problemas de saúde pública da sociedade contemporânea. Segundo a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), quase 60% dos brasileiros estão acima do peso, cerca de 82 milhões de pessoas apresentaram o IMC igual ou maior do que 25 (sobrepeso ou obesidade). Objetivo: Estabelecer protocolo de avaliação psicológica do paciente candidato a cirurgia bariátrica em um hospital escola de referência em Goiás, visando sistematizar o processo de acompanhamento de tratamento. Método: este protocolo foi elaborado com base na Portaria nº 424, de 19 de março de 2013; na literatura, segundo a identificação dos pontos comuns a todos os protocolos de avaliação psicológica; além da prática clínica da psicóloga responsável pelo serviço de psicologia do ambulatório de cirurgia bariátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. Resultados: Total de oito sessões divididas em entrevista individual, aplicação de testes psicológicos, entrevista devolutiva, preparação psicológica para cirurgia e entrevista familiar. O protocolo de avaliação psicológica para cirurgia bariátrica contempla os seguintes aspectos: viabilizar e facilitar o processo de conscientização do indivíduo portador de obesidade mórbida da existência de fatores psicológicos que favorecem o surgimento e a manutenção da obesidade, bem como outros que podem comprometer o sucesso do tratamento cirúrgico; oferecer aos dos portadores de obesidade mórbida e a seus familiares informações sobre o tratamento cirúrgico e suas implicações psicológicas. Conclusão: este trabalho contribui com a Psicologia, dado que procura, de maneira mais completa possível, critérios para a avaliação psicológica para cirurgia bariátrica, norteando a atuação psicológica clínica baseada em evidência. Palavras-chave: protocolo, avaliação psicológica, obesidade, cirurgia bariátrica. 1 Hospital das Clínicas/ UFG. E-mail: lumaryg@gmail.com mailto:lumaryg@gmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 10 GRUPO COM MÃES DE BEBÊS INTERNADOS EM UMA UTI NEONATAL – RELATO DE EXPERIÊNCIA Barcellos, Alline Silva Pimentel1 Porto, Joana D´Arc Silvério2 Resumo: O bebê que nasce prematuro ou doente e necessita de assistência especializada, causa impacto em toda família. O bebê “real” não corresponde ao bebê imaginário, idealizado durante a gestação, principalmente para a mãe, e isso pode ser devastador, tornando um desafio para as mães à adaptação ao novo papel. Na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo), a separação que é imposta pelo tratamento e equipamentos impede o contato e dificulta o vínculo mãe-bebê (Souza, 2015; Santos, 2015). Objetivo: relatar a experiência de acolhimento psicológico com o grupo de mães de bebês internados em uma UTI Neo de uma maternidade privada. Metodologia: O acolhimento das mães foi realizado em uma sala preparada para o atendimento em grupo, ao lado da UTI Neo, durante a espera para a ordenha. Foram utilizadas técnicas de dinâmica de grupo que promoveu o autoconhecimento, relaxamento e elaboração de emoções não saudáveis. Resultados: Neste grupo, as mães trocaram experiências, receberam apoio psicológico e vivenciaram as emoções. O acolhimento proporcionou às mães uma visão social e comunitária do momento de sofrimento vivenciado por elas, estimulando o vínculo saudável mãe-bebê. Além da intervenção nos casos de ansiedade, houve a possibilidade de identificar casos de depressão pós-parto. Conclusão: A experiência profissional com o grupo de mães foi extremamente válida, pois elas tiveram a possibilidade de elaboração dos conflitos emocionais, como a ansiedade, medo, angústia e o sentimento de culpa. Observarmos pelos seus relatos a importância da humanização da equipe de saúde que trabalha em uma UTI Neo. Palavras-Chave: Unidade de Terapia Intensiva, Neonatal, Mães, Grupo1 Especialista em Psicopatologia Clínica e em Psicologia da Saúde e Hospital - Maternidade Amparo. E-mail: allinepim@hotmail.com 2 Mestre em Ciências da Saúde - Hospital das Clínicas-UFG. E-mail: portojoana@hotmail.com mailto:allinepim@hotmail.com mailto:portojoana@hotmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 11 O ESTABELECIMENTO DO APEGO E SUA RELAÇÃO NA CRIANÇA EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO Pinheiro, Sabrina Oliveira1 Magalhães, Andréa Batista2 Cecílio, Thais Bruno3 Lopes, Graziele Teles4 Gramacho, Patrícia Marinho5 Resumo: Durante o tratamento oncológico infantil a criança e sua mãe passa por diversos períodos de internações, sendo necessário que ambas estabeleçam um relacionamento com a equipe de saúde. No entanto, nem sempre a construção dessa relação ocorre de maneira fácil, principalmente por parte da criança que constrói à sua maneira de se relacionar com o meio, a partir do estabelecimento do apego estabelecido na primeira infância com a mãe. A partir disso, o estudo teve como objetivo compreender como o vínculo estabelecido com a mãe e como o mesmo poderia influenciar na relação com a equipe durante intervenções necessárias para o tratamento oncológico. O estudo foi realizado com duas crianças de 6 anos acompanhadas por suas mães. A coleta de dados ocorreu através da observação da criança e da sua mãe durante o primeiro período de internação, da realização de uma entrevista de anamnese com a mãe. É um estudo qualitativo descritivo, usando a técnica de Bardin (2009) para análise do discurso. Através da coleta de dados, pode se perceber que, para a criança diante de uma situação de crise, faz-se necessário o apego com a figura materna para desenvolver maneiras de lidar com a situação, no entanto com os dados obtidos foi observado que dependendo do tipo de apego 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: sahpinheiro@hotmail.com 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: andreavidda@gmail.com 3 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: thaiscecilio2@gmail.com 4 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: grazi_teles@hotmail.com 5 Associação de Combate ao Câncer de Goiás. E-mail: patgramacho@live.com mailto:sahpinheiro@hotmail.com mailto:andreavidda@gmail.com mailto:thaiscecilio2@gmail.com mailto:grazi_teles@hotmail.com mailto:patgramacho@live.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 12 estabelecido, a criança enfrentou com mais dificuldade a formação de uma relação com a equipe e adaptação ao tratamento oncológico, sendo observado um desgaste maior para ambos os envolvidos. Palavras-chave: Psicologia, Psicooncologia, Pediatria, Teoria do Apego. PREVALÊNCIA DE ESTRESSE DURANTE A FORMAÇÃO DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE PSICOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG Carneiro, Aldione Maria1 Castro, Valquíria Alves de2 Leite, Carla Ferreira3 Resumo: No contexto universitário há diversos fatores que são considerados como estressores, e quando não recebida à devida atenção, acarreta complicações diversas ao indivíduo, sendo assim, Lipp (2000), Evangelista, Hortense, Sousa (2004) o compreende como uma resposta do organismo, de forma fisiológica, psicológica e comportamental do indivíduo perante a uma situação que exija a capacidade de ajustamento em função das pressões interna e externa. Isso indica que vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento do estresse ao longo do processo de formação dos acadêmicos e, como consequência prejudicar o seu rendimento, e sua qualidade de vida. Nessa perspectiva, foi realizada uma pesquisa descritivo-quantitativa cujos objetivos foram verificar a prevalência de estresse em acadêmicos do 1º, 5º e 9º período do curso de psicologia do Centro Universitário Unirg, assim como averiguar os sintomas apresentados pelos acadêmicos, a fase do estresse em que se encontram, além disso, descrever as fontes estressoras apontadas pelos estudantes, e relacionar a incidência de estresse e as suas fontes entre os acadêmicos e respectivos períodos cursados. A amostra foi constituída de 32 acadêmicos, distribuídos entre os períodos mencionados. Os instrumentos utilizados foram o Inventário de Sintomas de Stress para Adulto de Lipp (ISSL), e um Questionário de Levantamento das Fontes Estressoras. Os dados obtidos apontaram para uma prevalência de estresse com destaque nos acadêmicos do 5º período onde apresentaram sintomas físicos tanto na fase de resistência quanto na fase de quase exaustão, com uma predominância dos sintomas psicológicos. Diante da realidade exposta, percebe-se a necessidade de implantação de alternativas para auxiliar na prevenção e manejo do estresse, a fim de possibilitar condições necessárias para um melhor desempenho acadêmico, e proporcionar uma melhora na qualidade de vida. Palavras-chave: Estresse; Estresse em acadêmico; Fontes estressoras. I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 13 ______________________________ 1. Psicólogo, Graduado pelo Centro Universitário Unirg, email: aldiony@hotmail.com 2. Psicóloga, Graduada pelo Centro Universitário Unirg, email: quiriacastro@hotmail.com 3. Psicóloga, Especialista em Neuropsicologia pela PUC/GO, email: carlaleitepsi@hotmail.com ESPIRITUALIDADE COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO PSICOLÓGICO DE PACIENTES CRÔNICOS Cruz, Letícia Goulart1 Costa Neto, Sebastião Benício da2 Resumo: Pessoas com enfermidades crônicas, usualmente, passam a conviver, com diversos eventos estressores e que demandam respostas adaptativas. Dentre tais respostas, as de natureza espiritual e/ou religiosas podem estar presentes em distintas fases da evolução da doença e do tratamento, sendo elemento na reabilitação da condição de saúde. Objetivo: analisar e compreender a manifestação de indicadores de coping religioso usados por pessoas com doenças crônicas; avaliar o perfil sociodemográfico dos participantes e investigar a manifestação do coping religioso em suas dimensões positivas e negativas correlacionados com os dados sociodemográficos. Metodologia: Participaram quarenta pacientes crônicos, internados na Clínica Médica do Hospital das Clínicas – UFG, entre 16 e 78 anos. Foram aplicados questionários sociodemográficos e Escala de Coping Religioso-Espiritual (CRE). Resultados: Espera-se que o coping religioso positivo seja maior que o negativo. Conclusão: A partir dos dados coletados, infere-se que o coping religioso positivo foi de extrema importância para maioria dos participantes do estudo enfrentarem determinado estressor. Ao mesmo tempo, o coping negativo também esteve presente, apesar de menor intensidade. Palavras-chave: Estratégia de Enfrentamento; Religiosidade; Doença Crônica 1 Pontifícia Universidade de Goiás. E-mail: leticiagoulartc@gmail.com 2 Pontifícia Universidade de Goiás. E-mail: sebasstiaobenicio@gmail.com mailto:aldiony@hotmail.com mailto:quiriacastro@hotmail.com mailto:carlaleitepsi@hotmail.com mailto:leticiagoulartc@gmail.com mailto:sebasstiaobenicio@gmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 14 QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS Andrada, Isabella Martins de1 Costa Neto, Sebastião Benício2 Introdução: A percepção da Qualidade de Vida de pacientesem Cuidados Paliativos tem sido um tema de interesse para a área da Psicologia, enquanto ciência e profissão, inclusive decorrente do grande e crescente número de enfermos com doenças crônico-degenerativas e o aumento de sua sobrevida. Objetivo: Identificar, descrever e compreender os fatores relacionados à percepção da Qualidade de Vida de pacientes em Cuidados Paliativos. Metodologia: Participaram cinco pacientes em Cuidados Paliativos da Clínica Médica do Hospital das Clínicas - Universidade Federal de Goiás, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 60 anos, de diferentes diagnósticos clínicos. Foram aplicados os questionários com dados sociodemográficos, além das escalas Paliative Outcome Scale e EORTC C30 e entrevistas semiestruturadas com os participantes. Os roteiros foram elaborados a partir dos estudos bibliográficos. Durante a análise das entrevistas foram realizadas transcrições e releituras minuciosas do texto, com o intuito de identificar os indicadores que atendiam os objetivos do estudo. Resultados: Espera-se que hajam aspectos relacionados à Qualidade de Vida e bem- estar nos pacientes em Cuidados Paliativos. Conclusões: Infere-se que a maioria dos pacientes em Cuidados Paliativos consegue obter Qualidade de Vida, tendo em vista a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor. Palavras-chave: Qualidade de Vida; Cuidados Paliativos; Psicologia da Saúde 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: bellandradapsi@gmail.com 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás e Universidade Federal de Goiás. E-mail: sebastiaobenicio@gmail.com mailto:bellandradapsi@gmail.com mailto:sebastiaobenicio@gmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 15 AVALIAÇÃO DO PROCESSO DESENVOLVIMENTAL E SOCIOAFETIVO DE UMA CRIANÇA PORTADORA DE ANEMIA FALCIFORME Ferraz, Samantha Avanço1 Costa Neto, Sebastião Benício da2 Introdução: O estudo do processo desenvolvimental e socioafetivo de pacientes com Anemia Falciforme (AF) destaca-se como um tema relevante para intervenção e para pesquisa, que tem possibilitado a psicologia da saúde contribuir com a área da saúde, bem como no tratamento de pacientes portadores de AF. Estes, por sua vez, compõem uma população propensa a problemas emocionais e psiquiátricos, que juntamente com mudanças de aspectos ecológicos, abarcam uma defasagem no exercício de habilidades sociais, as quais podem ser um foco terapêutico. Objetivos: Proporcionar a inerência da teoria ecológica do desenvolvimento humano juntamente com a terapia breve focal acerca da psicologia da saúde, ao passo que se visa acompanhar e analisar uma criança que se mostra tendo dificuldades em exercer habilidades sociais. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo descritivo longitudinal, por intermédio de encontros semanais ocorridos em atendimento ambulatorial no HC-UFG, tendo como participantes uma criança portadora de AF, sexo masculino, dez anos de idade e sua responsável legal, sexo feminino, 64 anos, que vêm sendo sujeitos a um treinamento de habilidades sociais. Resultados: Devido ainda se encontrar em andamento, o curso do estudo infere resultados preliminares ao constatar o prejuízo nas habilidades sociais em um portador de AF e ao indicar a contribuição de um acompanhamento psicológico permeado pelo treinamento de tais habilidades. Conclusão: Nota-se até então, que o estudo do processo desenvolvimental e socioafetivo incorporado à intervenção psicológica, vem permitindo uma melhora dos comportamentos disfuncionais e a promoção da qualidade de vida dos participantes. Palavras-chave: Psicologia da Saúde; Habilidades Sociais; Anemia Falciforme 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: samferraz@hotmail.com 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás e Universidade Federal de Goiás. E-mail: sebastiaobenicio@gmail.com mailto:samferraz@hotmail.com mailto:sebastiaobenicio@gmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 16 SOFRIMENTO PSÍQUICO NA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Costa, Fernanda Sousa1 Sousa, Ivone Félix de2 Costa Neto, Sebastião Benício da3 Resumo: A Qualidade de vida no trabalho no contexto do trabalhador leva-o a situações de competição que pode desencadear em sofrimento psíquico para o trabalhador. Esta pesquisa tem como objetivo levantar os estudos desenvolvidos no período de 2012-2015, nas plataformas Scielo, Capes, Birene, com os temas “qualidade de vida do trabalhador” e “sofrimento psíquico, por meio de uma Revisão integrativa para responder a questão norteadora “O que foi produzido na literatura sobre sofrimento psíquico e QVT entre os anos de 2012 – 2015?”. Desenvolveu- se um instrumento para a coleta das informações atendendo os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos para responder a questão norteadora. Verificou-se que dos artigos que foram encontrados que tratam os temas “QVT e Sofrimento Psíquico” 62,5% foram encontrados na plataforma Birene, 25% na Capes e 12,5% na Scielo. Os dados evidenciam a insatisfação do trabalhador dentro da organização, e consequentemente é um indicador de sofrimento psíquico, em específico a ansiedade. Poucos foram os estudos encontrados sobre os temas pesquisados. Em um contexto que se discute e se percebe a necessidade de entender estes fenômenos, faz-se necessário realizar pesquisas que desvendem as diferentes relações que entre qualidade de vida do trabalhador e sofrimento psíquico. Palavras-chave: Sofrimento Psíquico; Qualidade de Vida do Trabalhador; Revisão integrativa 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: fefasousacosta@gmail.com 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: ivonefelixsousa@gmail.com 3 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: sebastiaobenicio@gmail.com mailto:fefasousacosta@gmail.com mailto:ivonefelixsousa@gmail.com mailto:sebastiaobenicio@gmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 17 PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM: A DOR QUE FERE É A DOR QUE CUIDA Cecílio, Thais Bruno1 Magalhães, Andrea Batista2 Teles, Graziele Lopes3 Gramacho, Patrícia Marinho4 Pinheiro, Sabrina Oliveira5 Resumo: Profissionais que trabalham em Oncologia Pediátrica lidam com uma série de situações difíceis. As exigências do preparo técnico da equipe de enfermagem somam-se as de relacionamento e convívio com a criança, criando no perfil profissional profundas emoções as quais nem sempre tem o preparo adequado para enfrentar. É comum utilizar o “coping” para definir habilidades desenvolvidas pelo indivíduo para o domínio de situações de estresse e adaptação a essas situações. O objetivo deste estudo foi verificar como as 14 técnicas de enfermagem da Pediatria do Hospital Araújo Jorge lidam com a expressão de dor das crianças durante os procedimentos técnicos por elas realizados, através da aplicação do Inventário de Estratégias de Coping (Folkman e Lazarus) que englobam pensamentos e ações que as pessoas usam para lidar com demandas internas ou externas de um evento estressante específico. Como resultado, obteve-se que estratégias de enfrentamento como confronto(0,64), afastamento(1,20), autocontrole(1,48), suporte social(1,45) e aceitação de responsabilidade(1,26) são pouco usadas pelas técnicas. Já estratégias como fuga- esquiva(1,62), resolução de problema(2,08) e reavaliação positiva(2,26) são bastanteusadas. Nota-se que a reavaliação positiva(2,26) é a mais usada delas e o confronto(0,64) o menos. Observa-se ainda que mesmo utilizando-se de fuga-esquiva em bastante quantidade, elas também usam a estratégia de resolução de problema, duas formas antagônicas de lidar com a situação. Por fim todos os tipos de estratégia descritos no inventário são utilizados mesmo que em pouca quantidade, ou seja, nenhuma estratégia obteve score 0, assim como nenhuma delas atingiu o máximo de quantidade utilizada, score 3. Palavras-chave: técnicas;procedimentos;coping; enfermagem. 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: thaiscecilio2@gmail.com 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: andreavidda@gmail.com 3 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: grazi_teles@hotmail.com 4 ACCG – Hospital Araújo Jorge. E-mail: patgramacho@live.com 5 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: sahpinheiro@hotmail.com mailto:thaiscecilio2@gmail.com mailto:andreavidda@gmail.com mailto:grazi_teles@hotmail.com mailto:patgramacho@live.com mailto:sahpinheiro@hotmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 18 ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM REABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO INFANTO-JUVENIL Porto, Joana D´Arc Silvério1 Oliveira, Virgínia Célia de Barros2 Abdala, Thereza Cristina Rodrigues3 Medeiros, Ivany Fabiano4 Balbino, Débora da Silva5 Costa, Camila Luiza Rodrigues6 Resumo: No Brasil 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência. A assistência multiprofissional em saúde contribui de forma distinta no processo de reabilitação e readaptação na vida dos pacientes infanto-juvenis. O objetivo foi apresentar a atuação da equipe multiprofissional de um centro de referência em reabilitação e readaptação no estado de Goiás. A equipe é formada por profissionais das áreas da fisioterapia, musicoterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia. As atividades são desenvolvidas na maior parte em grupo, permeando a reabilitação física, cognitiva, atividades de vida diária e prática, estimulação precoce e apoio psicológico ao paciente e seu cuidador. Os atendimentos são voltados para que pacientes e familiares tenham possibilidade de enfrentamento da deficiência, compartilhem semelhanças e diferenças sobre suas experiências, adéquem às mudanças na rotina, consigam vivenciar o processo de luto, e também de suas conquistas, com aceitação e valorização de seus pontos positivos, estabelecerem limites e conscientização de suas possibilidades, promovendo estratégias para melhor qualidade de vida. Assim, a proposta da equipe multiprofissional refere-se a um processo global e integral em reabilitação voltado para o aprimoramento neuropsicomotor de cada paciente respeitando sua individualidade. O maior desafio ainda é a inclusão social, a equipe e os familiares encontram entraves na readaptação do paciente no contexto social voltado para agregar valores e potencialidades individuais na inserção comunitária, na escola e até mesmo no convívio familiar. Palavras-chave: reabilitação, readaptação, infanto-juvenil 1 Joana D´Arc Silvério Porto - Universidade Federal de Goiás. Email: portojoana@hotmail.com 2 Virgínia Célia de Barros Oliveira – Centro de Reabilitação e Readaptação Dr Henrique Santillo/CRER vcbo01@hotmail.com 3Thereza Cristina Rodrigues Abdala– Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo/CRER 4 4Ivany Fabiano Medeiros– Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo/CRER 5 Débora da Silva Balbino– Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo/CRER 6 Camila Luiza Rodrigues Costa– Centro de Reabilitação e Readaptação Dr Henrique Santillo/CRER mailto:portojoana@hotmail.com mailto:vcbo01@hotmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 19 O IMPACTO DA DOENÇA CRÔNICA NA INFÂNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVA NOS ATENDIMENTOS EM UM AMBULATÓRIO DE FIBROSE CÍSTICA Sinimbu, Jane Andrade1 Resumo: Fibrose Cística é um distúrbio genético autossômico recessivo, que pode afetar principalmente os pulmões, pâncreas, fígado e intestino. Os sintomas acontecem porque ocorre no organismo um transporte anormal de cloreto e sódio através da membrana celular, deixando a secreção mais espessa. É uma das doenças raras mais comuns, e tem sintomas que podem ser facilmente confundidos com outras doenças. Seus principais sintomas são dificuldades na respiração, tosse crônica, infecções nasais, dificuldades no crescimento, entre outros. Por tratar- se de uma doença crônica ainda sem cura, impacta de maneira significativa as várias dimensões da vida do paciente e de sua família. Podendo ser diagnosticada no teste do pezinho, a rotina hospitalar se torna frequente, tanto para consultas, quanto as internações para tratar os sintomas agravados. A abordagem atual da doença exige uma intervenção multidisciplinar a fim de levar o paciente a uma adesão plena do tratamento, visando uma melhor qualidade de vida. Sendo assim no Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Goiás o ambulatório pediátrico para atendimento da criança e do adolescente com Fibrose Cística conta com uma equipe composta por Médicos Pneumologistas Pediátrica, Médicos Gastropediatra, Enfermeiros, Assistente Sociais, Nutricionista, Fisioterapeuta e Psicólogos. O ambulatório ocorre às terças feiras e o paciente é acompanhando por todos esses profissionais de saúde: que checam a evolução do tratamento e suas repercussões na dinâmica de vida da criança e de sua família. Um dos grandes desafios desse trabalho é garantir ao paciente acesso a melhor assistência possível e ajudá-los no enfrentamento das limitações que surgem no decorrer de seu desenvolvimento. Palavras-chave:Fibrose Cística, Equipe Multidisciplinar, Adesão 1 Hospital das Clínicas / UFG. I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 20 ANÁLISE DOS RECURSOS PARA O ESTABELECIMENTO DE RELAÇÕES INTERPESSOAIS SAUDÁVEIS EM UMA POPULAÇÃO CARCERÁRIA Herenio, Alexandre Castelo Branco Loth, Otília Aída Monteiro Ferro, Daniela Vieira Lima, Danilo Pereira Batista, Agmar César Elias Introdução: A qualidade das relações interpessoais está diretamente ligada a disposições comportamentais do indivíduo, como o fato de ter expectativas positivas sobre o outro, habilidades para o manejo dos relacionamentos e interesse/disposição para estar em uma relação com outra pessoa. Considerando-se as relações existentes entre características de personalidade e a disposição para a reincidência criminal, este estudo tem por objetivo avaliar a dinâmica relacional de indivíduos encarcerados que cumprem pena em regime fechado e encontram-se em processo de progressão de pena. Metodologia: Foram analisados 35 protocolos do teste de Rorschach, de indivíduos em privação de liberdade que realizaram o Exame Criminológico no ano de 2016. Conclusões: Os resultados indicam que a maior parte dos indivíduos avaliados possuem uma personalidade imatura e incompetente para lidar com as interações interpessoais. A população avaliada apresentou mais déficits relacionais do que a maioria das pessoas. Discute-se a importância deste dado, levando-se em conta a estreita relação existente entre as habilidades relacionais e o bem-estar subjetivo (BES), e a importância deste para o desenvolvimento saudável do indivíduo e de sua comunidade. Outra discussão levantadadurante o estudo diz respeito a uma possível relação existente entre o nível de BES e a possibilidade de reincidência ou de reinserção social do indivíduo. Isto porque, baseado em dados da literatura, hipotetiza-se que altos níveis de BES possam favorecer o envolvimento do indivíduo em um projeto de vida, o que aumentaria as chances de sua ressocialização e, consequentemente, diminuiria a probabilidade de reincidência. Palavras-chave: Encarceramento, Relacionamento interpessoais; Reincidência criminal. I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 21 AS CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA PARA O DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE Bosco, Elcimar do Amaral1 Resumo: O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) se caracteriza, de acordo com o DSM 5, por elevados níveis de impulsividade, agressividade, um senso de identidade instável e dificuldades elevadas no campo sócio-afetivo. Nesse contexto, a avaliação neuropsicológica pode ser de grande importância para o diagnóstico e intervenção no campo da neuropsicologia – uma vez que tal tipo de avaliação permite observar déficits específicos no autocontrole, nos níveis de impulsividade, ansiedade, e, até mesmo, no rastreio de habilidades sociais disfuncionais. Esse trabalho trata-se, do ponto de vista metodológico, de uma investigação bibliográfica que se vale, portanto, do estudo de artigos e livros já publicados sobre o tema. O objetivo é analisar três áreas específicas que, geralmente, se encontram prejudicadas no TPB. São elas, a saber, os níveis elevados de impulsividade, dificuldade na atenção concentrada, e problemas com as funções executivas (notadamente a flexibilidade mental e o planejamento). Em especial, procura-se alertar para a necessidade de observar tais prejuízos à luz dos aspectos emocionais: os altos níveis de ansiedade difusa provocam uma instabilidade nos poucos recursos que o paciente borderline possuiu para resolver, efetivamente, demandas cotidianas. O aspecto instável desses pacientes é um desafio para a avaliação neuropsicológica dos transtornos de personalidade; isso, pois, dificulta a seleção de instrumentos sensíveis às reais condições observadas no TPB. Finalmente, conclui-se que a avaliação neuropsicológica pode auxiliar o clínico no diagnóstico assertivo do TPB, desde que os fatores emocionais não sejam negligenciados ou postos em segundo plano durante o processo. Isso, pois, a avaliação neuropsicológica dos transtornos de personalidade depende, em grande medida, da compreensão de como fatores emocionais interagem com habilidades neurocognitivas especificas. Palavras-chave: Transtorno de Personalidade Borderline, Avaliação Neuropsicológica, Ansiedade, Funções Executivas. 1 Graduando em Psicologia pela Universidade Federal de Goiás. E-mail: elcimar_bosco@hotmail.com mailto:elcimar_bosco@hotmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 22 DESORDENS RELACIONADAS AO ABUSO DE ÁLCOOL NA GESTAÇÃO: REVISÃO DE LITERATURA NO PUBMED NO BIÊNIO 2015-2016 Ferreira, Sandra de Fátima Barboza1 Resumo: As desordens relacionadas a exposição pré-natal ao álcool são nomeadas Espectro de Desordens Fetais Alcoólicas (EDFA) e incluem a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) – que abrange os Defeitos Congênitos Relacionados ao Álcool (DCRA) e os Transtornos do Neurodesenvolvimento Relacionados ao Álcool (TNRA). Os prejuízos causados no feto por essa exposição são conhecidos incluindo alterações físicas, cognitivas e comportamentais com repercussão na aprendizagem escolar e adaptação social. O objetivo deste estudo foi levantar os principais temas adjacentes ao EDFA no biênio 2015/2016 na base de dados científicos PUBMED. Como metodologia optou-se por utilizar o descritor “Fetal Alcohol Spectrum Disorders”. Em seguida, aplicaram-se os filtros do biênio 2015/2016, review e, por fim, free full text. Como resultados a busca pelo descritor EDFA apontou um total de 4145 itens. A aplicação dos filtros apontou para um conjunto de 12 itens. Esses foram consultados e organizados em quatro categorias: 1) aspectos epigenéticos, abordados em seis dos 12 artigos; 2) diretrizes diagnósticas e de tratamento, enfatizadas em dois artigos; 3) aspectos fisiopatológicos, destacados em dois artigos e 4) aspectos epidemiológicos e em comunidades indígenas, destacados em dois artigos. Discute-se que, embora amplamente estudada, essa condição ainda comparece volumosamente na maior base de dados da área médica indicando que, apesar de conhecida, o EDFA carece de políticas públicas preventivas, assistenciais e reabilitadoras. O papel do psicólogo nos grupos de gestantes, na assistência pós-natal e no rastreio de transtornos do neurodesenvolvimento constitui elemento importante da organização de política de saúde mental na atenção básica e de alta complexidade. Palavras-chave: Álcool; Síndrome Alcoólica Fetal; Desordens fetais alcoólicas 1Universidade Federal de Goiás sandrabarbozaf@gmail.com RESUMOS EXTENDIDOS I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 24 DIAGNÓSTICO DE MANIFESTAÇÕES PSICOSSOMÁTICAS E AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE Magalhães, Andréa Batista1 Oliveira,Virgínia Célia de Barros2 Mendes, Francielle Rodrigues de Almeida3 Sousa, Ivone Félix de4 Costa Neto, Sebastião Benício5 Resumo: Analisaram-se neste estudo os índices de qualidade de vida e manifestações psicossomáticas em trabalhadores na área da saúde. É um estudo quantitativo. Participaram deste estudo, 126 trabalhadores do Estado de Goiás atuando em um hospital público de atendimento de urgência, sem distinção de cargo ou função. Os dados foram coletados por meio Escala de Medidas para Qualidade de Vida no Trabalho, Maslach Burnout Inventory-General Survey (MBI-GS), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Desesperança de Beck (BHS) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI) e um questionário para avaliar sexo e regime de contrato de trabalho. Os dados foram analisados por meio de análises descritivas utilizando SPSS-18. Observou-se que 51% dos trabalhadores percebem que a qualidade de vida no trabalho apresenta-se de média a baixa. Observou-se que 20% dos trabalhadores percebem ansiedade entre moderada e grave, 99,15% sentem desesperança em nível moderado e 22,94% apresentam depressão moderada. Os resultados sinalizaram necessidade de desenvolver estratégias que possibilitem melhorar a qualidade de vida no trabalho e controlem o adoecimento deste grupo pesquisado. É necessário voltar o olhar para os cuidadores de pessoas adoecidas, pois o adoecimento destas pode comprometer o atendimento hospitalar. Palavras-chave: Qualidade de Vida; Manifestações Psicossomáticas; Adoecimento Ocupacional 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: andreavidda@gmail.com 2 Centro de Referência do Trabalhador do Estado de Goiás. E-mail: vcbo01@hotmail.com 3 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. E-mail: francielleflexibase@gmail.com 4 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Email: ivonefelixsousa@gmail.com 5 Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Email: sebastiaobenicio@gmail.com mailto:andreavidda@gmail.com mailto:vcbo01@hotmail.com mailto:francielleflexibase@gmail.com mailto:ivonefelixsousa@gmail.com mailto:sebastiaobenicio@gmail.com I CongressoGoiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 25 1 Introdução A Organização Internacional do Trabalho (2013) estimou que 2,34 milhões de pessoas morrem todos os anos por causa de acidentes e doenças relacionados com o trabalho. Deste número 2,02 milhões (86,3%) vem a óbito por doenças profissionais sinalizando a necessidade de diagnosticar e comprovar a urgência de ações de saúde para este público. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) descreve a violência no trabalho como um dos principais riscos para o mundo do trabalho, constituindo-se, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), como um grave problema de saúde pública mundial, que afeta a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). A ansiedade impulsiona a pessoa a resolver a situação, aumentando o grau de vigília e sua capacidade de ação; é natural do ser humano, adaptativa e necessária para a autopreservação. Mas ela pode se tornar patológica quando atrapalha o indivíduo, trazendo prejuízo ao bem-estar e ao desempenho, impedindo-o de enfrentar situações ameaçadoras (APA, 2000). Estudos apontam que a saúde ocupacional contribui para o bem-estar dos profissionais (REBOUÇAS; LEGAY; ABELHA, 2007). No entanto, garantir essa saúde é uma tarefa complexa, pois os fenômenos do sofrimento psíquico são subjetivos, não só pela própria característica dos distúrbios psíquicos, mas pela dificuldade inerente a associação da subjetividade desses fenômenos (REBOUÇAS; LEGAY; ABELHA, 2007). A falta de qualidade de vida no trabalho pode afetar a saúde mental dos trabalhadores (RAMOS; SOUZA; PIRES; GONÇALVES, 2011) e, nos últimos anos, então as empresas estão desenvolvendo mecanismos de mediação, para garantir uma boa QVT, no entanto, tem aumentado o número de distúrbios mentais dos trabalhadores, afetando o custo e o rendimento das organizações. Assim, o que se percebe, é que as empresas buscam formas de melhorar a QVT, no entanto, o interesse destas organizações está mais voltado para a qualidade da produtividade do que pelo bem-estar dos profissionais (FERREIRA, 2011). O contexto do trabalho pode trazer prazer e sofrimento dos profissionais, em específico àqueles que lidam com a atenção básica a saúde (ABS) por nesses serviços existirem desafios, com demandas de profissionais humanizados de escuta, acolhimento, e que prestem serviços a partir da singularidade de cada paciente. Ao mesmo tempo, estes trabalhadores têm essa própria carência frente sua saúde com o trabalho. Estes I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 26 profissionais são mais vulneráveis ao sofrimento psíquico, pois muitas vezes existe uma escassez de recursos ou tecnologia para a resolução de problema o que ocasiona a desvalorização do trabalhador frente aos seus esforços, o que pode levar ao sentimento de inutilidade, angústia, indignação. Como cita Lacnman (2004), algumas formas de sofrimento, angústia de não ser capaz de atender as exigências, medo das agressões de cliente, entre os demais (MAISSIAT; LAUTERT; TAVARES, 2015). O sofrimento destes profissionais pode ser validado pela vivência do esgotamento, o qual se dá pela percepção de estresse, insatisfação, frustação, insegurança ou medo. O sofrimento pode favorecer a doença psíquica. A saúde do trabalhador é vislumbrada por meio da dinâmica das relações humanas no trabalho, que tanto pode gerar vivências de prazer quanto de sofrimento (MAISSIAT; LAUTERT; TAVARES, 2015). Neste contexto levanta-se neste estudo o nível de burnout, ansiedade, desesperança e depressão em profissionais que atuam na área da saúde em hospital público de Goiânia. 2 Método A presente pesquisa é recorte de um estudo maior que tem como título ‘Qualidade de vida, sofrimento psíquico e manifestações psicossomáticas do trabalhador’, que foi inserido na Plataforma Brasil com o número CAAE: 44034815.5.0000.0037 e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da PUC Goiás com o Parecer Nº 1.246.875, respeitando as normas estabelecidas pela resolução 466/12. Participaram desta pesquisa 126 trabalhadores de um hospital público no Estado de Goiás. Dentre eles, 71,3% do sexo feminino e 28,7% do sexo masculino. Destes trabalhadores 52,5% trabalham em regime de trabalho celetistas e 46,7% estatuários. Os instrumentos utilizados foram: Escala de Medidas para Qualidade de Vida no Trabalho, Maslach Burnout Inventory-General Survey (MBI-GS), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Desesperança de Beck (BHS) e Inventário de Depressão de Beck (BDI). A Escala de Medidas para Qualidade de Vida no Trabalho, construída e validada por Macedo, Silva e Sousa (2012) e para este estudo foi realizada a análise fatorial dos componentes principais, obtendo uma escala unifatirial e com consistência interna que apresentou confiabilidade para os resultados, obtendo um α=0,72. O Inventário de Ansiedade Beck, de Desesperança e de Depressão de Beck são I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 27 escalas de autorrelato para quantificar a intensidade de sintomas de ansiedade e de depressão. Estas escalas fazem parte do Inventário de Beck e é um instrumento validado para a população brasileira (WERLANG; BOTEGA, 2004). O MBI-GS é uma escala que possibilita mensurar os três níveis de burnout (exaustão emocional, cinismo e ineficácia). Todos os instrumentos de medidas aqui utilizados apresentaram níveis de precisão e consistência interna que possibilitam obter fidedignidade e validade dos dados aqui apresentados para esta população pesquisada. 3 Resultados e Discussões Ao levantar os dados referentes a síndrome de burnout em suas três dimensões, observou-se que 27,3% a dos trabalhadores apresentam exaustão emocional em nível alto, 25% apresentam características do cinismo e 45% percebem-se ineficazes (figura 1). Estes dados apresentam-se preocupantes, pois estes trabalhadores estão sentindo que não podem dar mais de si mesmos em nível afetivo, esgotados em sua energia e seus recursos emocionais, com dificuldade de estabelecer relações intra e interpessoais e percebendo- se ineficaz (SOUSA, 2009). Figura 1. Gráfico representativo dos níveis de exaustão emocional, cinismo e ineficácia em profissionais da área da saúde de um hospital do Estado de Goiás Estes dados apresentam-se preocupantes, pois estes trabalhadores estão sentindo que não podem dar mais de si mesmos em nível afetivo, esgotados em sua energia e seus recursos emocionais, com dificuldade de estabelecer relações intra e interpessoais e percebendo-se ineficaz (SOUSA, 2009). BAIXO MÉDIO ALTO 43,0 29,8 27,3 44,6 30,4 25,024,8 30,1 45,1 EXAUSTÃO EMOCIONAL CINISMO INEFICÁCIA I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 28 Figura 2. Gráfico representativo dos níveis de ansiedade, desesperança e depressão em profissionais da área da saúde de um hospital do Estado de Goiás Ao analisar os dados referentes ao nível de ansiedade, desesperança e depressão nos trabalhadores pesquisados, observou-se que 20% dos trabalhadores percebem ansiedade entre moderada e grave, 99,15% sentem desesperança em nível moderado e 22,94% apresentam depressão moderada (figura 2). No entanto, observou-se que 3% dos respondentes não responderam as questões referentes à ansiedade e 1,84% sobre a depressão, dados que são indicativos de receio em se comprometer. Figura 1. Gráfico representativo dos níveis de qualidade de vida no trabalho em profissionais da área da saúde deum hospital do Estado de Goiás Estes dados expressam a violência vivenciada por estes trabalhadores da área da saúde e aponta riscos para o mundo do trabalho conforme descreveu a Organização Mundial de Saúde (OMS) referindo-se a esta situação como um grave problema de saúde pública mundial da população. 4 Conclusão Os resultados apresentados neste estudo sinalizaram a necessidade de desenvolver estratégias que possibilitem melhorar a qualidade de vida no trabalho e que controlem o adoecimento deste grupo pesquisado. É necessário voltar o olhar para MINIMO LEVE MODERADO GRAVE 53,64 26,36 11,82 8,180,00 0,85 99,15 0,00 69,72 22,94 5,50 0,00 ANSIEDADE DESESPERANÇA DEPRESSÃO 26% 25% 49% Qualidade de Vida no Trabalho BAIXA MÉDIA ALTA I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 29 os cuidadores de pessoas adoecidas, pois o adoecimento destas pode comprometer também o atendimento hospitalar. Referências [1] AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Practice Guidelines for the treatment of Major Depressive Disorders, second edition, 2000. [2] FERREIRA, M. C. A ergonomia da atividade pode promover a qualidade de vida no trabalho? Reflexões de natureza metodológica. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 11, 8-20, 2011. [3] MAISSIAT, G.S.; LAUTERT, L.; PAI, D.D.; TAVARES, J.P. Contexto de trabalho, prazer e sofrimento na atenção básica em saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem, 36(2), 42-49, 2015. [4] RAMOS, E.L.; SOUZA, N.V.D.; PIRES, A.S.; GONÇALVES, F.G.A. A qualidade de vida no trabalho: dimensões e repercussões na saúde do trabalhador de enfermagem de terapia intensiva. Ciência da enfermagem em tempos de interdisciplinaridade, pp 2568-2572, 2011, junho, 19/22. [5] REBOUÇAS, D.; LEGAY, L, F.; ABELHA, L. Satisfação com o trabalho e impacto causado nos profissionais de serviço de saúde mental. Rev Saúde Pública, pp. 244- 250, 2007. [6] SOUSA, I. F.; MENDONCA, H. Burnout em professores universitários: impacto de percepções de justiça e comprometimento afetivo. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, v. 25, n. 4, p. 499-508, dez. 2009. [7] WERLANG, B.S.G.; BOTEGA, N.J.(Org.). Comportamento Suicida. Porto Alegre: Artmed, 2004. I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 30 A APLICAÇÃO DO H.T.P. EM PACIENTES ADULTOS: UM ESTUDO DE CASO Bosco, Elcimar do Amaral1 Orsini, Mara Rubia2 Palavras-chave: H.T.P., Casa, Árvore, Pessoa, Luto. 1 Introdução O objetivo deste trabalho foi apresentar as contribuições da aplicação do H.T.P. para a compreensão do funcionamento psicodinâmico de uma paciente de 20 anos de idade. A paciente buscou ajuda em uma clínica escola, e se submeteu ao processo de psicodiagnóstico. A sua principal queixa dizia respeito a perda da vontade de realizar as atividades de rotina, e à presença de uma intensa tristeza que a tomava várias vezes ao dia, aparentemente sem motivo. Essa situação começara após a morte do irmão mais novo, de apenas quinze anos de idade. A época do atendimento já faziam dois anos do falecimento do irmão. O processo de avaliação psicológica foi composto por uma bateria de testes pré- selecionados. O trabalho irá focar no desempenho da paciente, especificamente no desenho da Casa-Árvore-Pessoa (H.T.P.); tendo como objetivo maior a compreensão do funcionamento psicodinâmico da paciente e a forma com a qual ela percebe e seu relacionamento com sua família. Assim, o que se pretendeu foi ilustrar como a utilização dessa ferramenta pode contribuir para a obtenção de informações clínicas relevantes. Os outros testes que compuseram a bateria de testagem não serão mencionados. A leitura das informações obtidas no H.T.P. foi realizada, principalmente, a partir de autores como Buck (2003), Hammer (1981) e Cunha (2000). É importante frisar que a leitura aqui proposta não esgota as possibilidades interpretativas dos desenhos. 1 Graduando em Psicologia pela Universidade Federal de Goiás. E-mail: elcimar_bosco@hotmail.com 2 Professora Adjunto II da Universidade Federal de Goiás, na área de Psicodiagnóstico e Avaliação Psicológica. E- mail: psico.ufg@gmail.com mailto:elcimar_bosco@hotmail.com mailto:psico.ufg@gmail.com I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 31 2 Método Consistiu na aplicação do H.T.P. Segundo Buck (2003), o H.T.P. se apresenta, antes de mais nada, como uma ferramenta clínica essencial para compreender como o sujeito percebe a “sua individualidade em relação aos outros e ao ambiente do lar.” (p. 1). A partir dos desenhos da casa, da árvore e da pessoa é possibilitado ao paciente projetar elementos específicos de sua personalidade, e de áreas ou situações conflitivas na mesma. Assim, o profissional é capaz não apenas de identificar conflitos que afetam negativamente o sujeito, como, também, fortalecer o vínculo paciente-terapeuta. O H.T.P. é indicado para pacientes acima dos oito anos de idade. O teste é dividido em duas etapas: a etapa acromática e a etapa cromática, ambas seguidas por um inquérito verbal. Para a aplicação do teste, utilizam-se três folhas em branco para a cada etapa. Solicita-se que o paciente desenhe, em cada uma delas, uma casa, uma árvore e uma pessoa, necessariamente nessa ordem. As folhas devem ser entregues, uma de cada vez, a primeira, referente à casa, com a “dimensão maior horizontalmente” (CUNHA, 2000, p.519) voltada para o sujeito e, as outras duas folhas devem ser entregues com a dimensão vertical voltada para o sujeito. O inquérito verbal realizado após os desenhos pode ser feito seguindo um roteiro pré-estabelecido, conforme apresentado por Buck (2003), ou de forma mais aberta, como sugere Cunha (2000). Esta última maneira de realizar o inquérito é especialmente utilizada caso o paciente tenha algum tipo de dificuldade para se envolver nas projeções. Nesse tipo de situação, sugere-se que o paciente fale abertamente sobre a casa, a árvore e a pessoa que desenhou ou mesmo que conte uma história sobre esses elementos (BUCK, 2003; CUNHA, 2000). 3 Resultados e Discussão A paciente estava com 20 anos de idade quando solicitou o atendimento. Na época, ela era estudante e estava desempregada. No dia da primeira consulta, chegou quinze minutos adiantada, usando roupas simples e cabelo preso. A queixa principal dizia respeito à perda de vontade de realizar atividades de rotina, como, por exemplo, estudar, ou, em algumas ocasiões mais extremas, até mesmo de “sair da cama”. Sentia uma angústia que a acometia subitamente desde o falecimento I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 32 de seu irmão mais novo, de 15 anos, ocasionado por um câncer. Dizia-se ansiosa e incapaz de realizar suas atividades diárias porque “estava extremamente mal”. Nesses períodos, queixava-se de grande mau humor, não conseguia falar com ninguém e passava o tempo todo se lembrando dos dias que estivera com o irmão internado em um hospital. Esses aspectos da história de vida irão atravessar toda produção da paciente no H.T.P. Os elementos essenciais da casa e da árvore estavam presentes, tanto nos desenhos cromáticos, quanto nos acromáticos. A saber, esses elementos são: telhado, parede, portas e janelas para a casa; e troncos, galhos e copa para a árvore. No desenho da pessoa, no entanto, uma observação foi feita. O desenho da pessoa acromática, em formato de“palito” e pobre em detalhes, contrasta com um desenho cromático muito melhor elaborado. A impressão geral passada pela sua produção foi de uma pessoa infantilizada, regredida. Isso se percebe pelas formas simples e estereotipadas dos desenhos. Tanto nos desenhos acromáticos quanto nos cromáticos, essa impressão se repete. Apesar dos elementos essenciais de cada desenho estarem presentes, há uma pobreza em detalhes, principalmente no desenho acromático. A paciente, durante o desenvolvimento dos desenhos acromáticos, desenhava apenas aquilo que lhe era solicitado, sendo que a linha de base e o sol só foram desenhados ao final do inquérito. Já nos desenhos cromáticos, a paciente se adiantou, desenhando mais detalhes, e falando para o aplicador que, como sabia que teria que desenhar a linha de base e o sol, já os desenharia antes de ser solicitado. As cores escolhidas no desenho cromático foram predominantemente frias, com presença marcante da combinação de azul e marrom. Não foi percebido nenhuma característica bizarra nos desenhos. Com relação às posições dos desenhos na folha, a paciente utilizou, predominantemente, o quadrante superior esquerdo. Essa maneira de posicionar os desenhos, geralmente acontece em pessoas que estão fixadas em algum ponto específico de seu passado (BUCK, 2003). O tamanho dos desenhos também foi significativo para a analisar a dimensão dessa regressão. Os desenhos acromáticos ocuparam apenas o quadrante esquerdo superior. Já os desenhos cromáticos, ocuparam a toda extensão do quadrante superior da folha (exceção feita ao desenho da casa cromática, que ocupa a folha inteira). A preferência por desenhar nesses quadrantes pode apontar para a fixação da paciente na morte do irmão, da qual ainda não se recuperou. I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 33 Outras considerações relevantes apareceram quando se pensou nos detalhes específicos de cada desenho. No desenho da casa, por exemplo, a paciente reforçou bastante as linhas verticais, tanto durante o tempo do desenho propriamente dito, quanto durante o inquérito, o que pode significar que seu ego estaria tentando manter sua integridade em vistas de um processo de desintegração eminente (CUNHA, 2000). Considerou-se que essa desintegração estivesse relacionada às consequências do luto que, dois anos depois, ainda não fora completamente elaborado. Segundo Cunha (2000) e Buck (2003), foi importante, ainda, se atentar para o fato de que o desenho da casa pode promover projeções relacionadas ao ambiente familiar passado, presente ou, ainda, idealizado. Percebeu-se, no desenho da casa acromática, uma mistura de projeções relacionadas à situação passada e à situação presente. A casa acromática representada pela paciente foi identificada como a casa da avó falecida. O aspecto da dualidade aparece principalmente no desenho do fogão à lenha (representado como uma chaminé). Esta pode ser representativa de um ambiente caloroso e aconchegante (CUNHA, 2000), descrição que está de acordo com a caracterização da casa da avó fornecida pela paciente. Porém, a existência de fumaça saindo da chaminé pode indicar a presença de conflitos. Com relação ao desenho da árvore, Cunha (2000) aponta que este “representa o crescimento [...], pode revelar sentimentos do sujeito em várias fases de seu desenvolvimento, simbolizado pela progressão da raiz até a copa.” (p.522). Nesse sentido, o desenho da paciente, tendo em vista os galhos cortados, pode ser lido como o desenho de alguém que estava caminhando com um desenvolvimento normal até que abruptamente alguma coisa cortou esse desenvolvimento. O reforço nos traços somente nos lugares em que os galhos foram cortados sugere tentativa do ego de se manter equilibrado e íntegro frente a uma situação traumática (BUCK, 2003). O que parece estar relacionado com o esforço da paciente em elaborar a dor perda traumática e precoce do irmão. Esforço este que, aparentemente, tem se revelado ineficaz, aja vista o longo tempo de um luto não elaborado: dois anos. Foi no desenho da pessoa, no entanto, que percebeu-se as particularidades mais marcantes desse caso. O desenho da pessoa acromática em formato de “palito” contrastou com um desenho cromático muito mais elaborado. Segundo Hammer (1981a), é possível que o desenho da figura humana contenha elementos de uma imagem corporal idealizada. I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 34 O nível de regressão do desenho (que se encontra quase todo no quadrante superior esquerdo), e a sua forma geral, marcada pela estereotipia das formas, podem indicar que essa representação da pessoa como um “palito”, uma pessoa magra, seja uma expressão infantilizada de um corpo idealizado pela paciente. O desenho da pessoa cromática fora o desenho em que a paciente se mostrou mais regredida, cantarolando enquanto o fazia, inclinando-se pra frente durante o inquérito e conversando com voz de criança. A paciente identificou a pessoa do desenho como sendo ela mesma aos 10 anos de idade. As projeções evocadas foram referentes a uma lembrança do pai, um episódio em que ambos passeavam em parque ou uma praça (o local não foi bem especificado), e ela usava um vestido vermelho que gostava muito. 4 Conclusão Em síntese, a paciente apresentou uma produção bem organizada. Percebeu-se uma fuga para fantasia em detrimento da realidade – representada, principalmente, pela posição dos desenhos na folha – para tentar amenizar o sofrimento psíquico causado pela perda do irmão mais novo. A paciente demonstrou resiliência para lidar com os problemas que afetam seu ambiente familiar. Em termos de personalidade, pode-se notar uma personalidade estruturada de maneira normal, mas fortemente afetada pela perda do irmão e as consequências da vivência do luto. A aplicação de um teste projetivo como o H.T.P., em casos como o dessa paciente, permite ao clínico ter uma dimensão de como essa perda se estrutura em âmbito inconsciente. Os desenhos da casa, da árvore e da pessoa suscitam as mais diversas associações que apontam para a forma com que o sujeito se estrutura psiquicamente, e como o mesmo sente suas relações com o ambiente ao seu redor. Conforme observado durante essa aplicação, uma quantidade significativa de dados pode ser levantada com o H.T.P. Mesmo em uma situação de testagem – em que as informações sobre o paciente costumam ser escassas, e o tempo que se passa com o sujeito é bem mais curto que em uma terapia – foi possível, com o auxílio do teste projetivo adequado, reunir informações relevantes sobre o funcionamento psíquico de uma pessoa. Tendo tudo isso em vista, o H.T.P. se apresenta ao clínico como uma ferramenta cuja atualidade e eficácia podem se comprovar pela própria experiência clínica. I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 35 Referências [1] BUCK, Jonh N. H-T-P: casa-árvore-pessoa, técnica projetiva de desenho: manual e guia de interpretação. São Paulo: Vetor, 2003. [2] FREITAS, Neli Klix; CUNHA, Jurema Alcides. Desenho da Casa, Árvore e Pessoa. In.: CUNHA, Jurema Alcides (Org.). Psicodiagnóstico V. 5 eds., Porto Alegre: Artmed, p. 519 – 527, 2000. [3] HAMMER, Emanuel F. A técnica projetiva da casa-árvore-pessoa: interpretação do conteúdo. In.: HAMMER, Emanuel F. (Org.). Aplicações Clínicas dos Desenhos Projetivos. Rio de Janeiro: Ed. Interamericana, p. 121 – 153, 1981a. [4] HAMMER, Emanuel F. O H.T.P. Cromático, uma técnica mais profunda de sondagem da personalidade. In.: HAMMER, Emanuel F. (Org.). Aplicações Clínicas dosDesenhos Projetivos. Rio de Janeiro: Ed. Interamericana, p. 154 – 177, 1981b. I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 36 EXECUTIVE DYSFUNCTION IN OLD AGE BIPOLAR DEPRESSION Caixeta, Leonardo1 Soares, Vânia Lúcia Dias2 Vieira, Renata Teles3 Soares, Cândida Dias4 Ferreira, Sandra Barboza5 Aversi-Ferreira, Tales Alexandre6 Caixeta, Victor7 Abstract Background: Little is known about the cognitive signature of bipolar disorder (BD) in elderly brains. The neuropsychological features of depressive elderly with early-onset BD are largely unknown. This issue is relevant because cognitive impairment can produce an additional impact on the already compromised functionality of elderly with BD. The aim of this study is to assess executive functions in the depressive phase of elderly outpatients with early-onset BD.Methods: Forty nine elderly outpatients with early-onset BD were assessed with several neuropsychological tests for executive function in the depressive phase of the disorder.Results: Executive dysfunction is very common in old age bipolar depression.Thirteen patients (26.5%) had a pseudodementia presentation. The worst performances were observed in the following tests: Trail Making B, Stroop Test 3, Backwards Digit Span and Wisconsin Card Sorting Test.Conclusions: Executive dynfunction profile in elderly BD is complex and heterogeneous, but most cases dysplay difficulties in working memory, inhibitory control, mental flexibility, and information processing speed. The performance of elderly with bipolar depression in executive assessment can be divided into two main categories: 1) Single EF domain impairment; and 2) Multiple EF domain impairment with or without a pseudodementia syndrome. Executive dysfunction in old age bipolar depression may be explained by lack of 1 Bipolar Disorder Unit, Hospital das Clínicas,School of Medicine, Federal University of Goiás (UFG), Brazil. Unit of Neuropsychiatry, Neuropsychology and Behavior Neurology (UNCO), Federal University of Goiás (UFG), Brazil. 2 Unit of Neuropsychiatry, Neuropsychology and Behavior Neurology (UNCO), Federal University of Goiás (UFG), Brazil. 3 Unit of Neuropsychiatry, Neuropsychology and Behavior Neurology (UNCO), Federal University of Goiás (UFG), Brazil. 4 Unit of Neuropsychiatry, Neuropsychology and Behavior Neurology (UNCO), Federal University of Goiás (UFG), Brazil. 5 Unit of Neuropsychiatry, Neuropsychology and Behavior Neurology (UNCO), Federal University of Goiás (UFG), Brazil. 6 Bipolar Disorder Unit, Hospital das Clínicas,School of Medicine, Federal University of Goiás (UFG), Brazil. 7 Federal University of Tocantins, Palmas, Brazil. System Emotional Science, School of Medicine and Pharmaceutical Sciences, University of Toyama, Japan. I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 37 sufficient mental energy to run those cognitive processes that require larger amounts of effort to be performed. Keywords: aging; bipolar disorder; elderly; executive dysfunction; neuropsychology. Introduction Bipolar disorder (BD) in the elderly is a growing public health concern and a major cause of disability (Sajatovic et al., 2015)1. Despite considerable knowledge accumulated in recent decades pointing to the presence of cognitive impairment in bipolar disorder (Tsitsipa and Fountoulakis, 2015)2, few consistent data exist on the neuropsychology of old age patients with BD. Studies with very selective samples and multiple age groups suggest that higher age in BD is associated with greater neurocognitive deficits (Kessler et al., 2013)3. Some authors state that elderly patients with BD have significant cognitive disabilities and that BD with late onset is associated with more severe cognitive impairment than early-onset BD (Schouws et al., 2007, 2009)4,5, but all these studies were done in euthymic BD. There is a lack of knowledge especially in relation to the neuropsychology of bipolar depression in late life (Rise et al., 2016)6. Little is known about the cognitive signature of BD in elderly brains. This issue is relevant because cognitive impairment can produce an additional impact on the already compromised functionality of elderly with BD (Rise et al., 2016)6. Besides that, the identification of specific cognitive profiles in BD can perhaps help differentiate subgroups and pave the way to the identification of possible endophenotypes (Volkert et al., 2016)7. Finally, a comprehensive mapping of cognitive domains impaired in BD can add some insights into the physiopathology of the disorder and the many mechanisms by which cognitive symptoms may relate to behavior alterations. For instance, in the young adult it is known that cognitive deficits in BD are directly related to the daily losses presented by these patients in social adaptation or even in suicide behavior (Malloy Diniz et al., 2009)8. Among the most disputed issues in contemporary cognitive neuropsychiatry is the deterioration of executive functions (EF) and the neurocircuitry disruption that support http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Fountoulakis%20KN%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=26628905 I Congresso Goiano de Psicologia da Saúde I Simpósio de Avaliação Psicológica I Simpósio de Psicologia Jurídica Goiânia – 20, 21 e 22 de outubro de 2016 38 these disabilities. Executive functions impact affective-emotional, motivational and social skills. Executive dysfunction may represent an important contributor to the cognitive, functional and social impairments usually observed in adults (Tsitsipa and Fountoulakis, 2015)2 and elderly (Schouws et al., 2009)5 with BD.The aim of this study is to assess executive functions in the depressive phase of elderly outpatients with early-onset BD. Materials and Methods Participants We have selected 49 consecutive elderly outpatients diagnosed by the same senior psychiatrist (LC) as a bipolar disorder according to DSM-V criteria, from the BD program in a university hospital (Hospital das Clínicas at the Federal University of Goiás) in Central Brazil, from August 2013 to August 2015.All subjects provided written informed consent, as required by the ethical committee of Federal University of Goiás. Inclusion criteria were: age 60–90 years old; the onset of BD prior to the age of 40 years (definition of 'early-onset' BD); any ethnicity; Portuguese speaking Brazilian outpatients; followed at least during one year in our service with serial (monthly) psychiatric assessment in order to rule out primary dementia cases. We have included any degree of cognitive and functional impairment. We have excluded from our search elderly bipolar patients who began their disease late in life (BD type VI), since this subtype has a strong association with neurological disease and structural damage to the brain (Ng et al., 2008)9, which could interfere in the neuropsychological performance. According to international recommendations (Burdick and Ketter, 2015)10, it was excluded subjects taking high-dose anticholinergics, topiramate, clozapine, tricyclics, benzodiazepines, psychostimulants, and those who had electroconvulsive therapy within past six months. Medication titration could not be done in the week of neuropsychological assessment. Patients with general clinical conditions which could impact cognitive performance were also not included in our sample: delirium, untreated hypothyroidism, severe anemia, AIDS,
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