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JUSTIFICATIVAS ED SEMÂNTICA

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ED - ESTUDOS DISCIPLINARES – EXERCÍCIOS – 2020/2 
SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA 
 
 
1) A semântica lexical estuda o significado das palavras e sua relação com outros 
níveis linguísticos: outras palavras e sentenças. Com base nessa perspectiva, em 
que consiste a relação semântico-lexical nas ocorrências a seguir? 
I A direção da escola contratou um novo professor de Ciências. O biólogo teve 
formação superior na UFPR. 
II A prefeitura decretou estado de emergência na região em função da seca. A 
época das cheias está prevista para janeiro. 
III O garoto entrou na loja acompanhado da mãe, mas a mulher não conseguiu 
conter a irreverência do filho. 
Assinale a alternativa que enuncia a correlação correta: 
a) I polissemia II sinonímia III antonímia 
b) I sinonímia II antonímia III hiperonímia 
c) I hiponímia II paronomásia III polissemia 
d) I sinonímia II antonímia III polissemia 
e) I antonímia II polissemia III paronomásia 
 
Justifique: A alternativa b está correta, pois as respectivas afirmações i, ii e iii 
referem-se às relações de sinonímia, antonímia e hiperonímia. 
 
2) Assinale a afirmativa que não diz respeito à semântica formal: 
Para a semântica formal 
a) a língua é um sistema regrado. 
b) a interpretação das mensagens linguísticas é referencial. 
c) a condição de verdade das sentenças é desconsiderada. 
d) a língua não é um sistema fechado ao assumir estruturas linguísticas 
relacionadas a estruturas extralinguísticas. 
e) as estruturas linguísticas relacionam-se com algo exterior à linguagem. 
 
Justifique: A semântica formal considera a noção de verdade referente ao que 
está sendo representado no enunciado. 
 
3) Leia o anúncio abaixo: 
Reflorestar as margens dos rios Pinheiros e Tietê, arborizar praças, ruas e escolas, 
criar novos parques, melhorar a qualidade do ar e da vida das pessoas, aumentar a 
consciência ecológica dos adultos e das futuras gerações. (...) Logo, logo você vai ver 
o Pomar em cada canto da cidade. Projeto Pomar. Concreto aqui, só os resultados 
(adaptado de IstoÉ, 19/9/2001). 
Considerando o contexto deste anúncio, o tipo de efeito de sentido que ocorre na 
expressão “deixa no ar” também se verifica em 
a) reflorestar as margens dos rios Pinheiros e Tietê. 
b) melhorar a qualidade do ar. 
c) consciência ecológica dos adultos e das futuras gerações. 
d) em cada canto da cidade. 
e) concreto aqui, só os resultados. 
 
Justifique: A palavra concreto é ambígua, pois pode se referir à cimento, 
construção e no caso do anúncio como objetivos alcançados. 
 
4) O anúncio a seguir foi produzido como “brincadeira” e disponibilizado no site 
<www.desencannes.com.br>, que valoriza ideias criativas. 
 
Leia as seguintes análises do anúncio: 
I O anúncio brinca com a expressão popular “bom para burro”, dando um duplo 
sentido a ela. 
II Implicitamente, brinca-se com a expressão “pai dos burros”, que se refere 
popularmente aos dicionários. 
III Na expressão “bom para burro”, observa-se a aliteração. 
Está correto o afirmado em 
a) I, II e III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) I e III. 
e) II, somente. 
 
Justifique: A alternativa A está correta, pois a expressão utilizada no anúncio 
apresenta duplo sentido (I), retoma um ditado popular (II) e faz uso de aliteração 
(repetição de fonema) (III). 
 
5) O texto é o início da composição Viola Enluarada, de Marcos Valle e Paulo Sergio 
Valle: 
A mão que toca um violão Se 
for preciso faz a guerra, Mata 
o mundo, fere a terra. 
A voz que canta uma canção Se 
for preciso canta um hino, 
Louva a morte. 
Das possíveis figuras encontradas no trecho, duas são fundamentais para o sentido do 
texto. São elas: 
a) metáfora e anáfora. 
b) símile e antítese. 
c) metonímia e antítese. 
d) ironia e metáfora. 
e) prosopopeia e ironia. 
 
Justifique: No poema Viola Enluara, temos a construção das ideias por meio das 
metonímias, que estabelecem relações de oposição. 
 
 
 
 
6) Leia o texto abaixo. 
S. Paulo, 13-XI-42 
Murilo 
São 23 horas e estou honestissimamente em casa, imagine! Mas é doença que me 
prende, irmão pequeno. Tomei com uma gripe na semana passada, depois, 
desensarado, com uma chuva, domingo último, e o resultado foi uma sinusitezinha 
infernal que me inutilizou mais esta semana toda. E eu com tanto trabalho! Faz quinze 
dias que não faço nada, com o desânimo de após gripe, uma moleza invencível, e as 
dores e tratamento atrozes. Nesta noitinha de hoje me senti mais animado e andei 
trabalhandinho por aí. (...) 
Quanto a suas reservas a palavras do poema que lhe mandei, gostei da sua habilidade 
em pegar todos os casos “propositais”. Sim senhor, seu poeta, você até está ficando 
escritor e estilista. Você tem toda a razão de não gostar do “nariz furão”, de 
“comichona”, etc. Mas lhe juro que o gosto consciente aí é da gente não gostar 
sensitivamente. As palavras são postas de propósito pra não gostar, devido à elevação 
declamatória do coral que precisa ser um bocado bárbara, brutal, insatisfatória e 
lancinante. Carece botar um pouco de insatisfação no prazer estético, não deixar a 
coisa muito bem-feitinha.(...) De todas as palavras que você recusou só uma continua 
me desagradando “lar fechadinho”, em que o carinhoso do diminutivo é um 
desfalecimento no grandioso do coral. Mário de Andrade, Cartas a Murilo Miranda. 
 
“... estou honestissimamente em casa, imagine! Mas é doença que me prende, irmão 
pequeno.” 
No trecho anterior, o termo grifado indica que o autor da carta pretende 
a) revelar a acentuada sinceridade com que se dirige ao leitor. 
b) descrever o lugar onde é obrigado a ficar em razão da doença. 
c) demarcar o tempo em que permanece impossibilitado de sair. 
d) usar a doença como pretexto para sua voluntária inatividade. 
e) enfatizar sua forçada resignação com a permanência em casa. 
 
Justifique: A alternativa E está correta, pois o sufixo "mente" aparece com a 
intenção de intensificar aquilo que está sendo dito, ou seja, ele deseja mostrar 
que está de fato em casa. 
 
 
7) Leia atentamente o poema abaixo: 
 
Na primeira noite eles se aproximam e colhem uma flor do nosso jardim. 
E não dizemos nada. 
Na segunda noite, já não se escondem: 
Pisam as flores, Matam 
nosso cão 
E não dizemos nada. 
Até que um dia 
O mais frágil deles entra sozinho em nossa casa. 
Rouba-nos a luz, e, 
Conhecendo nosso medo, 
Arranca-nos a voz da garganta. 
E porque não dissemos nada, 
Já não podemos dizer nada. 
Eduardo Alves da Costa 
 
Assinale a alternativa incorreta: 
a) O tema gira em torno da necessidade de reagir contra tudo o que agride a 
condição humana. 
b) O poema estrutura-se em torno da posição autoritarismo versus passividade. 
c) Revela-se uma progressão de ações degradantes, que conduzem ao 
aniquilamento do indivíduo. 
d) Não há marcas linguísticas que situem o poema num tempo e espaço 
determinados e, por isso, pode-se atribuir ao poema um caráter universal. 
e) Apesar da linguagem metafórica e poética, dificilmente se pode aproximar 
seu conteúdo da oposição opressor versus oprimido. 
 
Justifique: A alternativa E está incorreta pois, ao contrário do que se diz, é 
possível aproximar opressor e oprimido, uma vez que eles são 
interdependentes. A relação de um só existe por conta do outro. 
 
8) Leia atentamente o poema abaixo: Na primeira noite eles 
se aproximam e colhem uma flor do nosso jardim. 
E não dizemos nada. 
Na segunda noite, já não se escondem: 
Pisam as flores, 
Matam nosso cão E 
não dizemos nada. 
Até que um dia 
O mais frágil deles entra sozinho em nossa casa. 
Rouba-nos a luz, e, 
Conhecendo nosso medo, 
Arranca-nos a voz da garganta. 
E porque não dissemos nada, Já 
não podemos dizer nada. 
Eduardo Alves da Costa 
 
Considere as seguintes análises do poema: 
I A mensagem do poema é construída por metáforas. 
II A gradação dasações contra o indivíduo é importante para a construção da 
mensagem do poema contra a passividade. 
III Por trabalhar a linguagem conotativa, o poema afasta-se das questões da 
opressão cotidiana. 
Está correto o afirmado em 
a) I, II e III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) I e III. 
e) II, somente. 
 
Justifique: A alternativa B está correta, pois o I e o II se relacionam na construção 
do texto. A partir das metáforas e da gradação das ações, o autor nos leva até 
seu objetivo final, que é expor a opressão. 
 
 
 
 
9) Leia o trecho de Josias de Souza, publicado na Folha de S. Paulo em 14 de 
Novembro de 1995: 
O parlamentar é um “trabalhador” privilegiado. Costuma pegar pesado apenas às 
quartas e quintas. 
É o único a dispor de final de semana com cinco dias. E estão pedindo aumento. 
Justo. 
Muito justo. 
Justíssimo. 
Considere as seguintes análises do trecho acima: 
I As aspas usadas na palavra “trabalhador” são uma marca de ironia. 
II A gradação no final do texto, referente aos graus do adjetivo “justo”, ratifica o teor 
irônico. 
III O termo “parlamentar”, embora no singular, representa a categoria dos deputados. 
Está correto o afirmado em 
a) I, II e III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) I e III. 
e) II, somente. 
Justifique: A alternativa A está correta, pois na primeira instância indica, de fato, 
uma ironia, que nesse caso seria que o parlamentar não trabalha muito, apenas 
às quartas e quintas, ou seja, não é um trabalhador comum, bem como, ocorre a 
gradação para intensificar a noção de justiça e o uso da categoria para 
generalizar os trabalhadores (deputados). 
 
10) Leia a tirinha abaixo: 
 
Considere as seguintes análises da tirinha: 
I O personagem que está na calçada interpretou o sentido literal da fala do 
motorista, não considerando o que ficou subentendido no contexto. 
II O gesto com o dedo no primeiro quadrinho indica que o personagem 
considerou entendida a mensagem do motorista. 
III De acordo com a Pragmática, que não considera as condições de produção do 
enunciado, o personagem interpretou corretamente a fala do motorista. 
Está correto o afirmado em 
a) I, II e III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) I e III. 
e) II, somente. 
 Justifique: a alternativa B está correta, visto que o personagem entendeu que 
“bater” seria o ato de colisão. 
 
11) O texto é de Barbara Virgínia: 
Poder pode... mas não deve! 
... falar de um único assunto, ou sobre coisas que não interessam às outras pessoas. 
(...) 
... insistir em falar na beleza de pessoas ausentes, na riqueza das casas de outras 
pessoas. Saber falar 
Saber conversar... saber ouvir 
É importante falar-se num tom natural, mas sempre nos observando. É errado 
construírem-se mal as frases. Ex: Você tem visto a Antônia? "Vi ela hoje". 
(...) Nunca se deve dizer: "Hoje vou oferecer uma janta"; o certo é um jantar. 
É importante saber ouvir e falar. 
O manual de etiqueta acima afirma que não se "deve insistir em falar na beleza de 
pessoas ausentes ou na riqueza das casas de outras pessoas". Nessa recomendação, 
fica evidente uma característica semântico-pragmática de certas enunciações. 
O conceito que explica essa característica é o de 
a) IMPLÍCITO, que não deve ser procurado no nível do enunciado, como um 
prolongamento do nível explícito, mas como uma condição de existência 
do ato de enunciação. 
b) INTERCOMPREENSÃO, que é a capacidade de os falantes compreenderem 
enunciados emitidos por outros falantes que pertencem à mesma comunidade; 
define a área de extensão de uma língua, de um dialeto ou de um falar. 
c) AMBIGUIDADE, que pode ser léxica quando uma palavra tem vários sentidos 
no mesmo contexto linguístico; ou sintática, quando uma construção é 
suscetível de várias interpretações. 
d) REFERÊNCIA, que é a relação que há entre as palavras e as coisas (seus 
referentes): as palavras não "significam" nem "denominam" as coisas, mas se 
referem às coisas. 
e) SINONÍMIA, que numa interpretação estrita é a relação semântica entre dois 
termos que têm o mesmo sentido. 
 
Justifique: A alternativa A está correta, pois o implícito está dentro do 
subentendido, ou seja, cabe ao ouvinte entender o que não foi dito a partir do 
que foi explicitado. 
 
 
O poema é de João Cabral de Melo Neto, do livro Serial. 
Falo somente com o que falo: com as mesmas vinte 
palavras girando ao redor do sol 
que as limpa do que não é faca: 
de toda uma crosta viscosa, 
resto de janta abaianada, que 
fica na lâmina e cega seu gosto 
da cicatriz clara. 
Falo somente do que falo: do seco 
e de suas paisagens, Nordestes, 
debaixo de um sol ali do mais 
quente vinagre: que reduz tudo ao 
espinhaço, cresta o simplesmente 
folhagem, folha prolixa, folharada, 
onde possa esconder-se na fraude. 
Falo somente por quem falo: 
por quem existe nesses climas 
condicionados pelo sol, pelo 
gavião e outras rapinas: e 
onde estão os solos inertes de 
tantas condições caatinga em 
que só cabe cultivar o que é 
sinônimo da míngua. 
Falo somente para quem falo: 
quem padece sono de morto e 
precisa um despertador acre, 
como o sol sobre o olho: que é 
quando o sol é estridente, a 
contrapelo, imperioso, e bate 
nas pálpebras como se bate 
numa porta a socos. 
 
12) (ENEM). Nas quatro primeiras estrofes do poema, João Cabral utiliza um sistema 
de figuração no qual 
a) "crosta viscosa" e "resto de janta abaianada" conotam uma fala inteiramente 
oposta à que se representa em "espinhaço". 
b) "lâmina" e "cicatriz clara" representam o modo de ação e a consequência da 
fala representada em "simplesmente folhagem". 
c) o efeito sinestésico que está em "cega/ seu gosto de cicatriz clara" 
acentua as múltiplas características da fala representada por 
"espinhaço". 
d) "um sol do mais quente vinagre" expressa condição favorável para a expansão 
de uma retórica "onde possa esconder-se a fraude". 
e) "as mesmas vinte palavras" referem-se à precariedade de expressão do 
discurso a que aludem "folha prolixa" e "folharada". 
 
Justifique: A alternativa C está correta, pois a interpretação do texto é possível 
pelo efeito sinestésico de mexer com todos os sentidos. 
 
13) A imagem é da primeira página do jornal Meia Hora, noticiando com ironia que o 
jogador Adriano não fora convocado para disputar a Copa do Mundo de 2010. 
 
 
 A manchete diz que Adriano vai à Copa, mas o letreiro do ônibus desfaz o primeiro 
entendimento e revela que Copa é Copacabana, e não a de futebol. A esse fenômeno 
semântico ocorrido com a palavra Copa, damos o nome de: 
a) polissemia 
b) homonímia 
c) paronímia 
d) antonímia 
e) sinonímia 
 
Justifique: A alternativa B está correta, pois o significante "Copa" refere-se aos 
significados "copa de futebol" e "Copacabana". 
 
 
14) Reconheça, dentre as frases abaixo, aquela que contém, no par sublinhado, um 
exemplo de polissemia: 
a) O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. 
b) Os verdadeiros versos não são para embalar, mas para abalar. 
c) A roupa de quem está no xadrez não devia ser listrada, mas xadrez. 
d) Parto de onde for para fazer o parto do meu amor. 
e) A alma de outrem é outro universo. 
 
Justifique: A palavra xadrez é polissêmica, pois indica dois significados: a cela de 
uma prisão e o jogo de xadrez. 
 
 
15) Um relatório da Associação Nacional de Jornais (ANJ) revelou que, nos últimos 
doze meses, foram registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de 
imprensa. Destes, dezesseis são decorrentes de sentença judicial – em geral, 
proferida por juízes de primeira instância. 
Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo destacado se refere a a) 
relatórios. 
b) jornais. 
c) meses. 
d) casos. 
e) atentados. 
 
Justifique: o pronome Destes indica de modo catafórico os casos de violação à 
liberdade. 
 
16) Seu raciocínio baseia-se, contudo,numa falsa comparação. Primeiramente, porque 
a alocação de novos recursos nada tem a ver, em princípio, com o impacto 
tecnológico. O avanço deste não acarreta necessariamente impacto positivo 
daquela. 
Na frase final, os pronomes demonstrativos exercem função 
a) anafórica e catafórica, respectivamente. 
b) catafórica e anafórica, respectivamente. 
c) dêitica, ambos. 
d) anafórica, ambos. 
e) catafórica, ambos. 
 
Justifique: Na frase final, o uso dos pronomes “deste” e “daquela” referem-se de 
modo anafórico a alocação de recursos e impacto tecnológico. 
 
 
 
17) O texto a seguir foi retirado de um site de relacionamento social. 
"Quer uma mulher que faça 
todas as suas fantasias? 
Arrume uma costureira de 
escola de samba" 
Com base nos estudos semânticos lexicais, o leitor verifica sobre a palavra “fantasia”? 
I A palavra fantasia é polissêmica, remetendo ao contexto carnavalesco e ao contexto 
sexual. 
II A ambiguidade de sentido da palavra é retirada ao ler a frase final (na parte 
inferior do quadro), relacionando a palavra ao mundo do carnaval. 
III A palavra é monossêmica, pois seu significado remete à mulher responsável 
pelas produções de roupas de carnaval. 
a) I, somente. 
b) II, somente. 
c) III, somente. 
d) I e II. 
e) II e III. 
 
Justifique: A alternativa D está correta, pois a palavra “fantasia” pode indicar 
diferentes significados dependendo do contexto. 
 
 
18) Leia as duas manchetes sobre a cantora Marina Lima: 
A – Marina lima o baixo astral” B - 
B – “Marina linda” linda 
 
Qual dos comentários a seguir analisa corretamente as relações de sentido entre as 
duas frases que fazem uso do nome da cantora? 
a) Há identidade fono-ortográfica nas duas chamadas como elemento gerador de 
ambiguidade. 
b) Há homonímia na primeira matéria e paronímia na segunda, ambas pela 
associação com o sobrenome da cantora. 
c) Há polissemia no sobrenome da cantora, gerando o recurso ortográfico 
empregado nas duas matérias. 
d) Há valores de referenciação nas palavras “lima” e “linda” usadas por 
pressuposição nas chamadas. 
e) Há inferência nas duas chamadas, mas só na segunda há um componente 
implícito que justifica a informação. 
 
Justifique: A alternativa B está correta, pois exemplifica a homonímia perfeita 
(lima = grafia e pronúncia) e a paronímia (lima e linda) 
 
 
 
 
 
 
 
 
19) Searle apresenta uma nova visão sobre a força ilocucionária, distinguindo-a em 
cinco categorias que são: 
Assertivos ou representativos - mostram a crença do locutor quanto à verdade de uma 
proposição: afirmar, asseverar, dizer; 
Diretivos - tem como objetivo fazer com que o ouvinte a faça algo: ordenar, pedir, 
mandar; 
Compromissivo ou comissivos - comprometem o locutor com uma ação futura: 
prometer, garantir; 
Expressivos – esses expressam os sentimentos como: desculpar, agradecer, dar boas 
vindas; 
Declarativos - produzem uma situação externa nova: batizar, demitir, condenar. 
(MARCONDES, 2005, p. 23). 
 
Entre as proposições a seguir, qual delas é compromissiva? 
a) Amanhã vamos ao cinema. 
b) O teu cabelo é bonito. 
c) Declaro-vos casados. 
d) Me traz um sanduíche. 
e) O casting correu muito bem. 
 
Justifique: A alternativa A está correta, pois da intenção de que há um 
compromisso agendado através do advérbio "amanhã", que indica futuro. 
 
20) Em uma cena de batizado católico 
I o batismo só ocorre quando o padre pronuncia a frase: “eu te batizo”. 
II quando o padre diz “eu o batizo” não é verdadeiro nem falso, simplesmente ocorre a 
ação (ato) de batizar. 
III “Eu te batizo” é uma declaração performativa, pois ao dizê-la o padre faz algo, 
uma performance (atuação), a qual ocorre quando a declaração é pronunciada. 
Está correto o afirmado em 
a) I, somente. 
b) II, somente. 
c) III, somente. 
d) II e III. 
e) I, II e III. 
 
Justifique: A alternativa E está correta pois refere-se à performance por meio dos 
atos de fala.

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