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Hidráulica de condutos livres Aula 1 Profª Juliana Otomo email: julianaotomo@uni9.pro.br NOME: JULIANA IKEBE OTOMO IDADE: 36 ANOS DOCENTE NA UNINOVE DESDE 2016 ▪ Pós doutorado em tecnologia ambiental pela Universidade Federal do ABC e Glasgow Caledonian University, 2017 - Avaliação de micropoluentes em sedimento da represa Billings e sua influência sobre a biota local Mestrado e Doutorado em Ciências Ambientais pela Universidade de São Paulo, 2010 e 2015 - Determinação de disruptores endócrinos nas águas destinadas ao abastecimento público na região do Rio Paraíba do Sul, SP. - Contribuição antrópica na qualidade das águas da Represa do Guarapiranga. Um estudo sobre interferentes endócrinos. Engenheira ambiental pela Faculdades Oswaldo Cruz, 2007 - Avaliação da utilização de agrotóxicos na agricultura brasileira e sua influência sobre as águas de abastecimento público. SOBRE A PROFESSORA ❖ As aulas continuarão de forma remota ❖ Utilizar gestor de aulas (sala do futuro) ❖ Fazer avaliação ao final de cada aula ❖ Sempre utilizar o e-mail da UNINOVE ❖ Atividades no Google Forms ❖ Envio de e-mail => Assunto: Hidráulica 5 atividades via Google Forms As aulas serão disponibilizadas no APPA Material adicional será colocado no Arquivo de apoio Participação nas aulas AS AVALIAÇÕES *Pode sofrer alterações ao longo do semestre. AV 1 ○ 5 atividades AV 2* ○ 5 atividades ▪ PORTO, R. M.. Hidráulica Básica. 4ª Ed. São Carlos: Edusp, 2004. ▪ AZEVEDO NETO, J. M. Manual de Hidráulica. 8ª ed. Edgar Blücher, 2000 ▪ BAPTISTA, M. Fundamentos de Engenharia Hidráulica. 4ª ed. Ufmg. INTRODUÇÃO À DISCIPLINA • Hidráulica = grego hydor (água) + aulos (tubo, condução) => significando condução de água. • Por definição, hidráulica é o estudo do equilíbrio e comportamento da água e de outros líquidos, quer em repouso, quer em movimento; • Hidráulica Geral: estuda as leis teóricas da Mecânica aplicadas ao repouso e ao movimento dos fluidos ideais, ou seja, líquidos sem coesão, viscosidade e elasticidade. • Hidráulica Aplicada: aplica os princípios e leis estudadas na Hidráulica Teórica nos diferentes ramos da técnica. INTRODUÇÃO À DISCIPLINA I) Urbana: a. Sistemas de abastecimento de água; b. Sistema de esgotamento sanitário; c. Sistemas de drenagem pluvial; d. Canais; II) Agrícola: a. Sistemas de drenagem; b. Sistema de irrigação; c. Sistemas de água potável e esgotos; INTRODUÇÃO À DISCIPLINA III) Instalações prediais: a. Industriais; b. Comerciais; c. Residenciais; d. Públicas; IV) Lazer e paisagismo V) Estradas (drenagem) VI) Controle de Enchentes e Inundações; VII) Geração de energia VIII) Navegação e obras marítimas e fluviais A Hidráulica esteve presente ao longo de praticamente toda a história da humanidade, em função da necessidade essencial da água para a vida humana. De fato, tendo em vista que a água distribui-se de forma irregular, no tempo e no espaço, torna-se necessário o seu transporte dos locais onde está disponível até os locais onde o seu uso é necessário (BAPTISTA & LARA, 2003). UM POUCO DE HISTÓRIA UM POUCO DE HISTÓRIA ▪ Na Antiguidade o principal meio de sobrevivência era a agricultura e a caça; ▪ Naturalmente as pessoas se instalavam em regiões férteis próximas aos rios; ▪ O que tornavam essas regiões férteis eram as cheias dos rios e o húmus depositado após a água baixar. ▪ As primeiras obras hidráulicas giravam em torno da agricultura: ➢Canais ➢Valas ➢Diques ➢Muros de contenção Fonte: http://feitodehistoria.blogspot.com.br/2010/04/as-civilizacoes-que-desenvolveram-se-no.html www.taringa.net http://www.tudoconstrucao.com/muro-de-arrimo-o-que-e-para-que-serve/ UM POUCO DE HISTÓRIA http://feitodehistoria.blogspot.com.br/2010/04/as-civilizacoes-que-desenvolveram-se-no.html http://www.taringa.net/ http://www.tudoconstrucao.com/muro-de-arrimo-o-que-e-para-que-serve/ ➢Antigo Egito – Rio Nilo ▪ Possibilitou a instalação as margens do rio; ▪ épocas de cheias depositavam húmus na terra, tornando-as férteis; ▪ Construção de reservatórios de água e canais de irrigação; Fonte: http://egypt.union.edu/ PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES ➢Mesopotâmia: Rios Tigre e Eufrates ▪ as primeiras obras tiveram o objetivo de amenizar o efeito das inundações além da produção agrícola; ▪ O rei da Babilônia desenvolveu o sistema de irrigação em grande escala com a construção de uma rede de canais de irrigação que também eram utilizados para navegação. Fonte: http://escola.britannica.com.br/assembly/183492/A-Mesopotamia-era- uma-antiga-regiao-entre-os-rios-Tigre PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES ▪ A Índia também se desenvolveu e contribuiu muito com suas experiências em obras hidráulicas de canais e sistemas de irrigação; ▪ Barragens de terra foram construídas para conduzir água até as lavouras, porém foram insuficientes para reter a água ocasionando alagamento de grande áreas e epidemia de malária. PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES ▪ Ocorrências como estas trouxeram um maior conhecimento sobre a hidráulica dos rios; ▪ De modo geral, no decorrer da história, o desenvolvimento e declínio das populações esteve relacionado à produção agrícola consequentes dos sucessos e insucessos da irrigação; ▪ Afirmando a importância da água na vida dos seres humanos. ▪ Estão presentes em importantes obras de engenharia na área de saneamento e drenagem urbana, irrigação, hidroeletricidade, navegação e conservação do meio ambiente. HIDRELÉTRICAS PORTOS Canal de drenagem na Paraíba Canalização do Rio Pinheiros Fonte: http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20130824161919&cat=politica&keys =canal-frango-patos-inaugurado-nesta-segunda Fonte: http://www.emae.sp.gov.br/chromo/canais/pinheiros.htm http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20130824161919&cat=politica&keys=canal-frango-patos-inaugurado-nesta-segunda Fonte: http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20130824161919&cat=politica&keys =canal-frango-patos-inaugurado-nesta-segunda Fonte: http://www.emae.sp.gov.br/chromo/canais/pinheiros.htm Canalização do Córrego Uberaba (abaixo da Av dos Bandeirantes) http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20130824161919&cat=politica&keys=canal-frango-patos-inaugurado-nesta-segunda ▪ Principal característica: pressão atm; ▪ Podem ser tanto abertos quanto fechados; ▪ Escoamento ocorre por gravidade. Pa Pa Pa P > Pa DEFINIÇÃO ▪ Naturais: cursos d’água existentes na natureza. ▪ Ex: pequenas correntes, córregos, rios, estuários e etc; COM RELAÇÃO A SUA FORMAÇÃO ▪ Artificiais: podem ser de seção aberta ou fechada, construídos pelo homem. ▪ Ex: canais de irrigação, navegação, aquedutos, galerias e etc. COM RELAÇÃO A SUA FORMAÇÃO ▪ Drenagem tem como função o escoamento do excesso de água por meio de fossos, valas e tubos; ▪ Projetados em rodovias, zona rural e urbana; Fatores que determinam a eficiência do sistema de drenagem urbana: ▪ Políticas públicas ineficazes; ▪ Mal dimensionamento; ▪ Ocupação irregular; ▪ Falta de conscientização. ▪ Impermeabilização + Desmatamento; Assoreamento que diminui a capacidade na condução do excesso de água; Resulta em inundações ▪ A macrodrenagem corresponde à rede de drenagem natural, pré-existente à urbanização, constituída por rios e córregos; ▪ Podem receber obras que a modificam e complementam, tais como canalizações, barragens, diques e outras; ▪ Abrangem canais e galerias de grandes dimensões (D > 1,5m). ▪ Por micro drenagem pode-se entender o sistema de condutos construídos destinados a receber e conduzir as águas das chuvas vindas das construções, lotes, ruas, praças, etc; ▪ Em uma área urbana, a micro drenagem é essencialmente definida pelo traçado das ruas; ▪ Abrange sistemas de pequenas a médias dimensões. ▪ São associado as formas geométricas que conhecemos: ▪ Retangular, triangular, circular, semicircular e trapezoidal ▪ Seção molhada(A) - parte da seção transversal que é ocupada pelo líquido. y y Profundidade (y): É a altura da lâmina da água do fundo do canal até a superfície y ▪ Seção molhada (A) - parte da seção transversal que é ocupada pelo líquido. y y y Área molhada (Am): é a área que a água ocupa dentro do canal. A equação para calcular a Área molhada vai depender do formato que a água adquire dentro do canal b b Am Am Am 𝐴𝑚 = 𝑏 × 𝑦 𝐴𝑚 = 𝐷2 8 × 𝜃 − sen 𝜃 𝐴𝑚 = 𝑏 + 𝑧 × 𝑦 × 𝑦 1 Z ▪ Seção molhada (A) - parte da seção transversal que é ocupada pelo líquido. Perímetro molhado (Pm): comprimento relativo ao contato do líquido com o conduto, ou seja, o contorno do canal que é molhado pela água. y y y b b Pm Pm Pm 1 Z 𝑃𝑚 = 𝑏 + 2 × 𝑦 𝑃𝑚 = 𝜃 × 𝐷 8 𝑃𝑚 = 𝑏 + 2 × 𝑦 × 1 + 𝑧 2 ▪ Seção molhada (A) - parte da seção transversal que é ocupada pelo líquido. Largura Superficial (B) - largura da superfície em contato com a atmosfera; y y y b b B B B 1 Z 𝐵 = 𝑏 𝐵 = 𝐷 sen 𝜃 8 𝐵 = 𝑏 + 2 × 𝑧 × 𝑦 ▪ Relações entre os parâmetros hidráulicos da seção molhada ▪ Raio hidráulico (Rh) - relação entre a área molhada e perímetro molhado; 𝑅ℎ = 𝐴𝑚 𝑃𝑚 ▪ Profundidade Hidráulica (H) - relação entre a área molhada e a largura superficial. 𝐻𝑚 = 𝐴𝑚 𝐵 COM RELAÇÃO AO TEMPO Permanente Variado Gradual Brusco Uniforme VariávelOU ▪ Não há variação das características de escoamento (velocidade constante); ▪ Os parâmetros de uma seção molhada (y, Am e Pm) são constantes; ▪ A quantidade de água que sai seja igual a que entra; ▪ A vazão e a profundidade do liquido em qualquer seção não variam com o tempo, durante o período de interesse. ESCOAMENTO PERMANENTE y1 y2 t1 t2 y1 = y2 ▪ Há variação das características de escoamento (velocidade depende do tempo); ▪ Os parâmetros de uma seção molhada (y, Am e Pm) variam em relação ao tempo; ESCOAMENTO NÃO PERMANENTE y1 y2 t1 t2 y1 ≠ y2 ▪ A velocidade e a profundidade da água são constantes ao longo do conduto, ou seja, a velocidade é constante em qualquer ponto ao longo do escoamento, para um determinado tempo. ▪ Este regime só pode ser estabelecido em canais uniformes muito longos em trechos distantes de suas extremidades. ESCOAMENTO PERMANENTE UNIFORME y1 y2 y1 = y2 ▪ Caracteriza-se pela variação da vazão (velocidade) e da profundidade do liquido ao longo da extensão do canal. ▪ As trajetórias das partículas são curvas e a declividade das superfícies é variável ao longo do canal. ▪ É o regime que prevalece em canais de geometria não uniforme, tais como os cursos d’água naturais, sendo também frequente em canais de geometria uniforme. ESCOAMENTO PERMANENTE NÃO UNIFORME y1 ≠ y2 Seção Área molhada (Am) Perímetro molhado (Pm) Raio Hidráulico (Rh) Largura da superfície (B) Profundidade média (Hm) 𝑦 ∙ 𝑏 + 𝑧𝑦 𝑏 + 2𝑦 ∙ 𝑧2 + 1 𝐴𝑚 𝑃𝑚 𝑏 + 2𝑧𝑦 𝐴𝑚 𝐵 𝑧𝑦2 2𝑦 ∙ 𝑧2 + 1 𝐴𝑚 𝑃𝑚 = 𝑧y 2 𝑧2 + 1 2𝑧𝑦 𝐴𝑚 𝐵 = 𝑦 2 𝑏𝑦 𝑏 + 2𝑦 𝐴𝑚 𝑃𝑚 𝑏 𝑏𝑦 𝑏 = 𝑦 Seção Área molhada (Am) Perímetro molhado (Pm) Raio Hidráulico (Rh) Largura da superfície (B) Profundidade média (Hm) 𝐷2 8 𝜃 − sen𝜃 𝜃 = 2𝑐𝑜𝑠−1 1 − 2 𝑦 𝐷 𝜃𝐷 2 𝐴𝑚 𝑃𝑚 𝐷 8 sen 𝜃 2 𝐷 8 𝜃 − sen 𝜃 sen 𝜃 2 𝜋𝐷2 8 𝜋𝐷 2 𝐴𝑚 𝑃𝑚 = 𝑦 2 𝐷 = 2𝑦 𝜋𝐷 8 D Exemplos Calcule: •Área molhada; •Perímetro molhado; •Raio hidráulico; = 6,0 m = 2,45 m 𝑃𝑚 = 𝑏 + 2𝑦 𝐴𝑚 = 6 ∙ 2,45 = 14,7 𝑚2 𝑃𝑚 = 6 + 2 ∙ 2,45 = 10,9 𝑚 𝑅ℎ = 14,7 10,9 = 1,35 𝑚 Exemplos 6,0 m 4,0 m 12,0 m Z Z Z.yZ.y y Calcule: • Área molhada; • Perímetro molhado; • Raio hidráulico; 𝐴𝑚 = 6 + 0,75 ∙ 4 ∙ 4 = 36 𝑚2 𝑧 ∙ 𝑦 = 3 𝑧 ∙ 4 = 3 𝑧 = 3 4 = 0,75 𝑃𝑚 = 6 + 2 ∙ 4 0,752 + 1 = 16 𝑚 𝑅ℎ = 36 𝑚2 16 𝑚 = 2,25 𝑚 Calcule: •Área molhada; •Perímetro molhado; •Raio hidráulico; Digite a equação aqui. 0,3 m . 90⁰ Zy Exemplos 𝑍 = tan 45° = 1 𝐴𝑚 = 1 ∙ 0,32 = 0,09 𝑚2 𝑃𝑚 = 2 ∙ 0,3 12 + 1 = 0,85 𝑚 𝑅ℎ = 0,09 0,85 = 0,11 𝑚 Calcule (colocar calculadora em radianos): • Área molhada; • Perímetro molhado; • Raio hidráulico; • sendo: Ө 1,5 m 1,15 m Exemplos 𝜃 = 2𝑐𝑜𝑠−1 ∙ 1 − 2 1,15 1,5 = 4,27 𝑟𝑎𝑑 𝐴𝑚 = 1,52 8 4,27 − sin 4,27 = 1,45𝑚2 𝑃𝑚 = 4,27 ∙ 1,5 2 = 3,20 𝑚 𝑅ℎ = 1,45 3,20 = 0,45 𝑚
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