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Enterobius vermicularis - Enterobíase

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Enterobius vermicularis
Maria Cecília Carvalho da Cova – 006 – Parasitologia – 31/08/2020 – Aula 2
Introdução
Esse verme está associado a questões higiênicas sanitárias e os grupos mais acometidos são crianças em idade escolar e idosos. 
Esse parasita está em todos os continentes e pode atingir todas as classes sociais, já que não estão diretamente ligados a questões de saneamento básico e, sim, de higiene. 
Localização
Esse verme adulto fica localizado na região do ceco. As fêmeas, quando acasalam na região cecal, vão até a região perianal para pôr os ovos, ou seja, não depositam no intestino. 
Hospedeiro
Os humanos são os únicos hospedeiros desse parasita e ele possui um ciclo monoxêmico, portanto, a infecção ocorre diretamente por contato. 
Contágio e transmissão
O contágio vai ocorrer através da ingestão de ovos de Enterobius vermicularis e a transmissão será através das fezes. 
Essa infecção pode ser do tipo heteroinfecção – quando ocorre por ingestão de ovos de outra pessoa. E, pode ser, também, por autoinfecção externa (oral) ou interna (retal). Na oral, a pessoa infectada ingere seus próprios ovos; já na retal (menos comum), esses ovos que foram depositados na região perianal podem eclodir e gerar germes adultos.
Esses ovos podem estar na mão, no alimento, no lençol, peças íntimas. 
Formas de vida
Esse parasita pode existir sob duas formas de vida: adulto ou ovos. 
O ovo de Enterobius vermicularis é muito característico, já que possui uma região mais reta e uma região com uma curvatura – forma de D. 
A fêmea adulta é maior que o macho e, quando gravídica, tende a ficar ainda maior. 
Adulto
A forma adulta do verme fica na porção cecal do intestino grosso e as fêmeas migram para a região perianal e/ou perineal para depositar seus ovos. 
Normalmente nesse ambiente, eles se nutrem de bactérias e matérias orgânicas, dessa forma, esse parasita tem, basicamente, uma ação espoliativa. 
Quando a fêmea migra para a região perianal para fazer a ovipostura, a presença dela e dos ovos, causa prurido. Caso haja uma coceira intensa, pode causar lesões e, como consequência, podem ocorrer infecções secundárias – infecção bacteriana. É importante pensar que o trato intestinal tem uma microbiota rica, dessa forma, a medida em que as fezes saem e essa criança coça a região, sem fazer uma higiene adequada, pode haver a propagação de uma infecção bacteriana secundária à uma infecção parasitária. 
Ovo
Esses ovos são normalmente depositados no período da noite e, normalmente, ficam aderidos na região úmida da região perianal. 
Ciclo de vida
O ovo ingerido passa pelo estômago e vai eclodir, normalmente, no intestino delgado e as larvas vão migrar para a região cecal. Machos e fêmeas adultos, com maturidade sexual vão acasalar e a fêmea grávida vai para a região perianal. Nessa região ela libera seus ovos que podem ou não sair nas fezes, isso depende da higienização. 
Quando os ovos são colocados na região perianal, a principal forma de transmissão é o contato direto. 
OBS: não tem-se a garantia que em um exame de fezes serão encontrados ovos, já que eles não são postos no intestino, mas, sim, na região perianal. 
Sintomatologia e patogenia
O sintoma mais comum é o prurido na região perianal pela presença de ovos e, até mesmo, da fêmea. 
	Como consequência do deslocamento do parasita para a vagina, por exemplo, pode ter uma vaginite, por conta de uma resposta inflamatória local. Não será uma infecção oxiúrica, mas sim ectópica. Além disso, seguindo essa mesma lógica, pode ter uma uretrite.
O homem também pode ter uma uretrite ao fazer sexo anal sem preservativo, fazendo com que esses enteróbios estejam, agora, localizados na uretra e, assim, causando um processo infeccioso. 
Diagnóstico
Para diagnosticar Enterobius vermicularis o método mais utilizado é o de Graham (ou fita gomada), onde é colocado um adesivo na região anal do indivíduo e, depois, essa fica é devolvida para a lâmina que será analisada em laboratório para a busca de ovos ou do parasita. 
O exame parasitológico de fezes não é o mais indicado, como já mencionado. 
Caso haja uma uretrite e tenha uma relação com o parasita, é feita uma coleta de urina, já que a infecção é ectópica. É importante que essa urina seja a primeira do dia, já que, pela própria passagem da urina, esses vermes serão removidos. 
Tratamento
Normalmente é utilizado o Pomoato de Pirantel e o Mebendazol (o Pomoato de Pirvíneo já foi utilizado, mas hoje em dia não é mais tão utilizado). 
Profilaxia
Dentre as medidas tem-se a troca e limpeza de roupas; higiene das mãos; tratamento dos doentes, família, instituição (é recomendado que todos façam uso da medicação); limpeza dos banheiros; educação sobre higiene. 
No caso de infecções secundárias, como a vaginite, muitas das vezes, é preciso fazer o uso de um corticoide local, de uma antibioticoterapia, assim como o uso de medicamento para eliminar os vermes.

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