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Atividade Projeto Integrado

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Projeto Integrado 2018.2
Nome
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Violência Simbólica: Relação aluno-aluno
Professora (nome da professora)
São Paulo, SP
2018
Universidade Cidade de São Paulo
Trabalho solicitado por todas as 
Disciplinas, orientado pela Prof. 
(NOME DA PROFESSORA). 
Referente ao 4º Semestre do curso 
De Pedagogia – Licenciatura.
NOME
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São Paulo
2018
Introdução
O conceito de violência simbólica foi criado pelo pensador francês Pierre Bourdieu para descrever o processo pelo qual a classe que domina economicamente impõe sua cultura aos dominados. Bourdieu, juntamente com o sociólogo Jean-Claude Passeron, partem do princípio de que a cultura, ou o sistema simbólico, é arbitrária, uma vez que não se assenta numa realidade dada como natural.  
A violência simbólica se funda na fabricação contínua de crenças no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se posicionar no espaço social seguindo critérios e padrões do discurso dominante. O sistema simbólico de uma determinada cultura é uma construção social e sua manutenção é fundamental para a perpetuação de uma determinada sociedade, através da interiorização da cultura por todos os membros da mesma. A violência simbólica expressa-se na imposição "legítima" e dissimulada, com a interiorização da cultura dominante, reproduzindo as relações do mundo do trabalho. O dominado não se opõe ao seu opressor, já que não se percebe como vítima deste processo: ao contrário, o oprimido considera a situação natural e inevitável.
A violência simbólica nas escolas ocorre de várias maneiras, uma delas é a relação aluno-aluno que muitas vezes passa despercebido aos olhos do docente ou até mesmo da vítima pelo fato de ser simbólico, ou seja, é uma violência representativa por gestos, símbolos, olhares.... Isso acontece pelo padrão que a sociedade impõe fisicamente. 
E para acabar ou diminuir com a violência no contexto escolar é primordial a conscientização dos alunos quanto aos danos que ela traz à vida de todos e foi através dessa reflexão que propomos uma atividade para diminuir a violência simbólica nas escolas.
Atividade
Podemos apontar, diante do processo histórico, que a violência é um fato humano e social e como construção social tem solução ou pelo menos diminuição num patamar menos epidêmico. Então foi proposto uma atividade para evitar ou diminuir esse tipo de violência entre aluno – aluno.
A atividade proposta consiste em reunir em um espaço, crianças que tenham afetividade uma com a outra, seja dentro ou fora da sala de aula ou até mesmo fora da escola. No dia 25/10 aplicamos a atividade dentro de uma sala da igreja com a crianças que frequentam a mesma, que teve duração de quase 5 minutos. Distribuímos as fotos do rosto das crianças que foram impressos, cada criança ficando com uma foto do colega, então terão que para a foto e pensar em tudo de ruim que já falou, pensou, ou demonstrou para aquele colega, ou até mesmo para outro presente aquele ambiente, feito isso foi pedido para que amassassem a foto, logo depois desamassar e foi perguntado:
- A foto está igual como estava antes de ser amassada?
- Como está a foto depois de amassada?
- Porque ela não está igual?
Depois dessas perguntas foi iniciado uma explicação sobre o que aconteceu com a foto, e porque depois de desamassa-la ela não está como antes e como essa ação pode afetar o colega. 
“Do jeito que a foto ficou é como o colega se sente por dentro depois de ouvir ou ver pessoas falando ou demostrando atitudes ruins contra ele e muita das vezes machucamos os colegas sem perceber e como consequência disso ele não vai ser a mesma pessoa que era antes, porque aquilo machucou ele emocionalmente. É a mesma coisa se eu pegar duas maças iguais por fara e falar coisas maravilhosa para uma, elogia-la, falar o quanto ela é bonita e brilhante, já para a outra maça fala coisas ruins, como ela é feia, sem brilho, sem cor.... E ao partir as duas, a maça que foi elogiada estará bonita por dentro e a outra estará diferente e estragada, é isso que acontece com o colega quando ele é machucado, xingado, quando deixam ele de lado, quando praticam bullying com ele, tudo isso deixa o seu colega mal. ”
As responsáveis por aplicar essa atividade foi a (nome) e (nome), as funções foram variadas entre as duas, pois as vezes uma filma e a outra explicava e visse versa. O único material necessário foram as fotos impressas de cada uma das crianças. 
Optamos por usar a abordagem pessoal que caracteriza um tipo de aproximação entre as pessoas, normalmente, a abordagem é o modo como determinada pessoa se aproxima de outra.
Conclusão
Assim como nos mais diversos setores da sociedade, dentro do contexto escolar temos presentes diversas representações de violência, que costumam caracterizar-se das mais diferentes formas, a nível proporcional e por considerarmos indiretamente a responsável por constituir todas as demais, a violência simbólica pelo bullying merece receber o destaque.
A violência pelo bullying se manifesta na falta de tolerância e empatia aos diferentes. Quando somamos as escolas mal estruturadas, falta de representações, exclusão social em um ambiente aonde não vem sendo praticado o estimulo a interação, os resultados costumam aparecer em diferentes faces. Responsável por realizar consequências emocionais imprevisíveis, a violência simbólica acaba sendo ignorada por todos ao seu redor quando merecia ser tratado com seriedade. É a concorrência pela estima do mais forte sobre o mais fraco que pretende ver o outro fora do jogo das influências também causadas pelo padrão que a sociedade impõe.
Portanto, priorizamos a violência simbólica pelo fato dela ser mais “sutil” e por conta disso muitas vezes acaba sendo despercebida.
Reflexão
Com essa atividade temos como objetivo conscientizar a criança da violência não só simbólica, mas de diversas outras e mostrar as consequências que as atitudes negativas podem causar, deixando marcas em uma pessoa que ela terá que carregar para o resto da vida. 
No início da aplicação da atividade as crianças não estavam muito concentradas, então foi um pouco difícil de faze-las prestarem atenção. No primeiro momento não conseguimos sensibilizar os alunos para fazer a atividade, observamos muita angustia e ódio neles pela pessoa que estava na foto, tanto que um deles perguntou se poderia rasgar a foto. 
Então podemos afirmar que não foi fácil atingir nosso objetivo mesmo depois que pedimos para eles amassarem, a forma de como eles fizeram esse ato nos preocupou e naquele momento vimos o quão importante aquela atividade poderia ser para eles, o tanto que afetaria a todos, pois quando pedimos para desamassar a foto, eles ainda não sabiam o objetivo da atividade, então quando a pergunta foi feita eles responderam de forma óbvia, sendo que naquele momento acreditávamos que o objetivo teria sido alcançado, mas apenas uma criança soube do que se tratava e depois disso todos concordaram com a fala dela e deram outras opções do que o próximo poderia sentir ao sofrer violência simbólica, naquele momento ficamos aliviada de ver os resultados funcionando.
Observamos também na hora em que a atividade finalizou e entramos com uma breve explicação, foi naquele momento em que conseguimos sensibilizar e conscientiza-los das consequências que a violência simbólica pode causar numa pessoa, que nem as desculpas é capaz de curar aquele sentimento que fica na pessoa após sofre essa violência.
No primeiro semestre de 2018 iniciamos nosso primeiro projeto integrado, utilizamos o livro do filme Extraordinário para tratar do assunto violência simbólica: relação aluno – aluno, e como atividade propomos algumas soluções em relação ao que acontecia no filme (que tinha acontecimentos semelhantes ao nosso tema). Como era nosso primeiro projeto ficamos um pouco perdidas no nosso objetivo.
Para essa 2º fase do projeto integrado que tem como objetivo colocar em pratica nossa proposta, tivemos a oportunidade de mudar a atividade que tínhamosproposto na 1º fase, pois chegamos à conclusão de que não era uma atividade de muito impacto para tratar do nosso tema. Então nos reunimos para fazer algumas pesquisas sobre o tema e propusemos uma nova atividade.
Com o resultado da aplicação dessa nova atividade, o grupo ficou muito satisfeito com o impacto que essa atividade causou, por mais que nosso objetivo demorou para ser atingido, conseguimos observar nas feições, nos comportamentos, nas falas das crianças uma certa mudança.
Referências
MEC – Portal do Professor. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19933
Miranda, Luciano (2005). Pierre Bourdieu e o campo da comunicação: por uma teoria da comunicação praxiológica. Porto Alegre, RS: EDIPUCRS. p. 86.
Recanto das Letras – A Escola Como Violência Simbólica. Disponível em:
https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-educacao/2931881
Wikipédia – Violência Simbólica. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_simb%C3%B3lica

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