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1 1. Mulher, 53 anos, queixa-se de tosse produtiva há 9 meses com escarro amarelado. Teve perda de 3 kg nesse período e alguns episódios de febre vespertina não aferida. Há 2 dias, apresenta expectoração com estrias de sangue. Teve tuberculose tratada há 9 anos. Nega tabagismo. Exame físico: bom estado geral; eupneica; sem linfonodos periféricos palpáveis; descorada +/4+; ausculta pulmonar e cardíaca normais; abdome e membros sem alterações. Qual é o diagnóstico mais provável? a) Infecção fúngica. b) Pneumonia bacteriana. c) Neoplasia pulmonar. d) Tromboembolismo 2. Mulher, 22a, previamente hígida, procura unidade de pronto atendimento com queixa de tosse há um mês, com expectoração em moderada quantidade, de início amarelada mas que se tornou hemoptoica há uma semana, acompanhada de dor em aperto no lado esquerdo do tórax desde o início do quadro. Nega outras queixas. Exame físico: regular estado geral, T= 37,9°C; FC= 96 bpm; FR= 22 irpm; PA= 110 x 90 mmHg; oximetria em ar ambiente = 95%. Pulmões: roncos difusos e estertores subcrepitantes e crepitantes em campos médio e inferior esquerdo. DEPOIS DE REALIZADO O RADIOGRAMA DE TÓRAX, A CONDUTA É: a) Coletar três amostras de escarro para pesquisa de bacilo álcool-ácido resistente. b) Tomografia computadorizada de tórax. c) Realizar sorologia para paracoccidioidomicose. d) Iniciar antibioticoterapia para cobertura de germes de flora mista 3. Diagnosticado caso de tuberculose pulmonar bacilífera, conforme instruções do Ministério da Saúde, procede-se a busca dos contatos. Com relação aos contatos assintomáticos adultos ou adolescentes, deve- se realizar: a) Prova tuberculínica que, se acima de 5 mm, realizar RX de tórax que, se normal, tratar como infecção latente (ILTB). b) RX de tórax que, se alterado, realizar tratamento de infecção latente (ILTB). c) Prova tuberculínica que, se abaixo de 5 mm, repetir após 8 semanas. Se houver conversão, tratamento de tuberculose. d) Prova tuberculínica e RX de tórax para todos os contatos, se negativos, dar alta. e) RX de tórax que, se estiver normal, repetir em 8 semanas. Mantendo- se normal, dar alta 4. Um menino de 3 anos, contato de tuberculose bacilífera, está assintomático, apresenta radiografia de tórax normal e Prova Tuberculínica (PT) de 7 mm. Das alternativas abaixo, qual a conduta mais apropriada? a) Iniciar esquema tríplice (rifampicina, isoniazida e etambutol). b) Repetir PT em 8 semanas para verificar se ela se positivará. c) Solicitar aspirado gástrico para pesquisa de bacilo de Koch. d) Iniciar isoniazida 5. Qual o antídoto da intoxicação por isoniazida? a) Vitamina B1. b) Vitamina B6. c) Vitamina B12. d) Ácido fólico 2 6. Paciente de 43 anos foi atendido em pronto-socorro, onde foi diagnosticado tuberculose pulmonar bacilífera. O paciente apresentava-se em bom estado geral. O melhor acompanhamento para o paciente é: a) Ambulatorial, na UBS mais próxima de sua residência ou trabalho, por ser de mais fácil acesso para o paciente e seus comunicantes. b) Hospitalar, na Santa Casa de Misericórdia, até negativar a baciloscopia de escarro, para controlar a disseminação da doença e facilitar as avaliações médicas. c) Ambulatorial, na UBS com especialidades, mesmo que resida em outro bairro, para possibilitar o acompanhamento com pneumologista, visando uma melhor avaliação pulmonar. d) Ambulatorial, na UBS com equipe de PSF, mesmo que resida em outro bairro, para viabilizar o tratamento supervisionado, que deve ser realizado pela equipe desse programa 7. Assinale a assertiva CORRETA em relação à Tuberculose (TB) na criança: a) O exame de escarro é o método de escolha para a confirmação diagnóstica. b) A presença de adenomegalias peri-hilares e/ou paratraqueais excluem o diagnóstico de TB pulmonar, devendo-se investigar carcinoma broncogênico. c) Na prática clínica, o diagnóstico geralmente é feito considerando-se o quadro clínico e radiológico, o contato com bacilífero, o teste tuberculínico e o estado nutricional (escore de pontos) d) O tratamento em crianças é feito com dose dobrada, devido sua baixa absorção intestinal e alta filtração glomerular. e) Apesar do diagnóstico inicial não incluir o isolamento do agente por baciloscopia, o tratamento só deve ser iniciado após o resultado positivo da cultura 8. Caso você seja o médico assistente de um paciente com suspeita de tuberculose deve notificar a doença às autoridades sanitárias: a) Somente após a confirmação diagnóstica, pois nenhum caso suspeito deve ser notificado antes da confirmação laboratorial. b) Somente após a confirmação diagnóstica. c) Se o atendimento tiver ocorrido na rede pública. d) Somente se houver associação com SIDA. e) Mesmo antes da confirmação diagnóstica 9. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), nove milhões de pessoas contraíram a bactéria causadora da tuberculose em 2013. Dessas, 1,5 milhão morreram em decorrência da doença, sendo que aproximadamente 95% dessas mortes ocorreram em países menos desenvolvidos. Sobre a tuberculose pulmonar, é INCORRETO dizer que: a) O tratamento desta doença é desenvolvido sob regime ambulatorial, diretamente observado (TDO). b) O teste de Mantoux é indicado para auxiliar no diagnóstico da tuberculose em crianças. c) O exame prioritário para os casos suspeitos da doença é o RX de tórax. d) A principal ação de saúde pública que realmente pode interromper a cadeia de transmissão é a identificação dos doentes, por meio da busca ativa do sintomático respiratório para o diagnóstico e tratamento precoce. e) O tratamento da doença é feito com 4 (quatro) drogas diferentes: pirazinamida, isoniazida, rifampicina e etambutol. Durante 2 meses, o paciente toma os 4 (quatro) medicamentos e a partir do 3omês toma somente 2 (dois) medicamentos 3 10. Paula, 25 anos, trinta e oito semanas de gestação, vem à consulta preocupada, porque mora em companhia de seu pai, que há vinte dias foi diagnosticado com tuberculose pulmonar. Assinale a conduta imediata correta em relação ao RN: a) Vacinar ao nascer para proteção imediata. b) Isoniazida por três meses e fazer a prova tuberculínica após. c) Iniciar esquema tríplice ao nascer e vacinar após seis meses. d) Isoniazida por seis meses. e) Manter o RN isolado por trinta dias e vacinar em seguida 11. Em relação à tuberculose extrapulmonar, considere as seguintes afirmativas: I. A tuberculose pleural é a forma mais comum em indivíduos HIV soronegativos; ocorre mais em jovens e pode apresentar-se clinicamente simulando pneumonia bacteriana aguda; II. A tuberculose ganglionar periférica é a forma mais frequente em pacientes HIV soropositivos em crianças, sendo mais comum abaixo dos 40 anos; III. A tuberculose óssea é mais comum em idosos, sendo rara em crianças, e tem como quadro clínico a tríade dor lombar, dor à palpação e sudorese noturna. Está/estão CORRETA(S) a(s) afirmativa(s): a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III 12. Paciente de 38 anos, em tratamento de HIV com síndrome da imunodeficiência em tratamento antirretroviral adequado busca a unidade de saúde devido a um quadro de tosse secretora, emagrecimento e febre noturna. Realizado baciloscopia com resultado positivo. A respeito do tratamento da tuberculose em paciente com HIV o esquema recomendado pelo Ministério da Saúde é: a) Fase de ataque de 2 meses com rifampicina, isoniazida, pirazinamida, seguidos da fase de manutenção com mais 4 meses de rifampicina e isoniazida. b) Fase de ataque de 2 meses com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, seguidos da fase de manutenção com mais 7 meses de rifampicina e isoniazida. c) Fase de ataque de 2 meses com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, seguidos da fase de manutenção com mais 4 meses rifampicinae isoniazida. d) Fase de ataque de 2 meses com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, seguidos da fase de manutenção com mais 4 meses rifabutina e etambutol. e) Fase de ataque de 2 meses com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, seguidos da fase de manutenção com mais 4 meses de rifabutina e isoniazida 4 13. Em relação ao tratamento da infecção latente em comunicantes de casos de tuberculose pulmonar, é CORRETO afirmar que: a) Deve ser instituído em todos os comunicantes; a droga de escolha é a isoniazida e o tempo de tratamento é de três meses. b) Deve ser instituído em menores de 13 anos sem antecedente de vacina BCG; a droga de escolha é a rifampicina e o tempo de tratamento é de seis meses. c) Não deve ser instituído em adultos independentemente do resultado da prova tuberculínica. d) Poderá ser instituída em comunicantes na dependência do resultado da prova tuberculínica; a droga de escolha é a isoniazida e o tempo de tratamento é 270 doses que deverão ser tomadas de 9 a 12 meses 14. Em relação à vacina BCG, podemos afirmar que: a) Pode ser feita em qualquer idade, mesmo em crianças HIV positivo sintomáticas e filhos de mães HIV positivo, b) A via de administração é subcutânea e a evolução da reação vacinal ocorre em até 6 meses não sendo recomendado revacinação na ausência de cicatriz após os seis meses. c) É uma vacina atenuada do Mycobacterium bovis que destina-se a prevenir as formas graves de tuberculose e cuja aplicação deve ser feita ainda na maternidade. d) Os contactantes intradomiciliares de portadores de hanseníase devem receber mais duas doses da vacina BCG se menores de um ano de idade e com esquema vacinal comprovadamente completo. 15. A respeito de prevenção e tratamento das doenças infecciosas, julgue o item a seguir: A tuberculose peritoneal se manifesta mais frequentemente em pessoas idosas, do sexo feminino, provenientes de áreas endêmicas para essa doença e portadoras de HIV. Os pacientes com tuberculose que apresentam quadro de obstrução intestinal devem ser tratados com laparotomia exploradora, sendo importante, nesses casos, realizar enterectomia dos segmentos isolados estenosados. a) CERTO. b) ERRADO 16. Um homem com 30 anos de idade, morador de rua há 5 anos, é trazido pelo agente comunitário de saúde para atendimento no consultório de rua. Apresenta emagrecimento não quantificado, sudorese noturna e tosse produtiva há pelo menos 2 meses. Não sabe informar a ocorrência de febre e tem histórico de três abandonos prévios de tratamento para tuberculose. Nessa situação, qual conduta deve ser adotada? a) Encaminhar o paciente para acolhimento em albergue ou abrigo e reiniciar esquema básico para tuberculose, com administração supervisionada diária da medicação, em razão da alta probabilidade de doença em atividade. b) Referenciar o paciente para internação hospitalar para investigação diagnóstica, devido à situação de vulnerabilidade social; caso o resultado de cultura de micobactéria com teste de sensibilidade seja positivo, iniciar o esquema de tratamento. c) Encaminhar o paciente para acolhimento em albergue ou abrigo e realizar investigação ambulatorial de tuberculose multirresistente, além de aguardar o resultado da cultura de micobactéria e do teste de sensibilidade para definição do esquema de tratamento. d) Referenciar o paciente para internação hospitalar por 2 meses, no mínimo; caso a baciloscopia seja positiva, reiniciar o esquema básico para tuberculose até obter resultado de cultura de micobactéria com teste de sensibilidade e, se for evidenciada resistência, modificar o esquema. 5 17. As drogas usadas no tratamento da tuberculose podem ocasionar efeitos adversos maiores associados ao tratamento. O Sr. Carlos, paciente em tratamento, procura a UBS com hipoacusia, vertigem e nistagmo. Qual é a droga que pode ocasionar esses efeitos adversos e qual conduta deve ser adotada? a) A droga é a isoniazida e a conduta será suspender a isoniazida e reintroduzi-la após a resolução do quadro. b) A droga é o etambutol e a conduta será suspender o etambutol e reiniciar esquema especial sem a referida medicação. c) A droga é a rifampicina e a conduta será suspender a rifampicina e reintroduzi-la após a resolução do quadro. d) A droga é a estreptomicina e a conduta será suspender a estreptomicina e reiniciar esquema especial sem a referida medicação GABARITO 1) A 6) A 11) D 16) D 2) A 7) C 12) C 17) D 3) A 8) E 13) D 4) D 9) C 14) C* 5) B 10) B 15) B A questão 14, retirada da prova de residência médica do Amazonas, é do ano de 2016. Nesse período, a recomendação era revacinar – após 6 meses - pacientes que não tinham desenvolvido cicatriz vacinal. Em 2020, porém, as recomendações são diferentes. Seguindo as orientações da OMS, tanto o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atualizaram essa conduta, não sendo mais necessária a revacinação.
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