Testes Discriminativos

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Testes Discriminativos
Entendendo um dos métodos da Análise Sensorial.
Testes Discriminativos
▪ Pode ser chamados de testes analíticos:
– Avalia-se o efeito através da discriminação simples.
▪ Verificar se as amostras são iguais ou diferentes;
▪ São aplicados em diversas situações na IA:
– Controle de Qualidade;
– Pesquisa e Desenvolvimento de Novos.
▪ São subdivididos em:
– Teste de Diferença;
– Teste de Sensibilidade.
Testes Discriminativos
1. Testes de Diferença
▪ Comparação pareada;
▪ Triangular;
▪ Duo-trio; 
▪ Comparação múltipla;
▪ Ordenação;
▪ A ou não – A; e
▪ Dois em cinco.
2. Testes de Sensibilidade
▪ Limites;
▪ Estímulo constante; e
▪ Diluição.
Teste de Hipóteses 
Teste de Hipóteses 
▪ Erro Tipo I ou alfa (α):
– Probabilidade de rejeitar sendo verdadeiro H0;
– Maioria dos testes estatísticos tentam minimizá-lo.
▪ Erro Tipo II ou beta (β):
– Probabilidade de aceitar sendo falso H0;
– Minimizá-lo em testes de similaridade (não perceba diferenças significativas).
Teste de Hipóteses 
▪ Os erros tipo I e tipo II são inversamente proporcionais:
– Maior Erro Tipo I = Menor Erro Tipo II
– Menor Erro Tipo I = Maior Erro Tipo II
Teste de Hipóteses 
▪ Potência ou poder de um teste:
– Probabilidade de rejeitar o falso H0:
• Decisão correta.
– Depende:
• Valor de α;
• Nº avaliadores;
• Magnitude da diferença entre as 2 amostras.
– É exemplificado, como:
• 𝑃 = 1 − β
– Atenção:
• Nº de provadores maior e potência do teste maximizada = Teste de similaridade.
Proporção de discriminadores (Pd)
▪ Na análise sensorial = testa-se as chances de acertar ao acaso.;
▪ Avaliadores discriminadores:
– Aqueles que acertaram a resposta correta pela percepção da diferença e não pelo 
acaso.
Teste Triangular
▪ Objetivo: verificar se existe diferença 
perceptível entre 2 amostras através da 
comparação de três amostras;
▪ Pode-se identificar a amostra diferente 
ou a amostra com maior intensidade de 
algum atributo;
▪ As amostras devem ser servidas em 
todas as combinações possíveis:
– AAB / ABA / BAA / BBA / BAB / ABB.
▪ Pode ser usado para avaliar:
– Mudanças no processamento ou ingredientes;
– Embalagem ou condições de estocagem.
Exercício 1 – Teste Triangular
▪ Uma empresa está testando uma nova embalagem para suco de
laranja e deseja saber se a nova embalagem provoca alteração na
cor do produto, após 1 mês de armazenamento.
– Objetivo do teste: determinar se a interação da embalagem com o suco de
laranja causa alteração perceptível na cor do produto;
– Seleção de amostras: embalar o suco do mesmo lote em embalagem nova
(A) e na embalagem normal (B). Armazenar por 1 mês.
Exercício 1 – Teste Triangular
▪ Análise dos resultados:
– Nºtotal de respostas: 30;
– Nº de respostas indicando a resposta correta (amostra
da embalagem nova como diferente): 13;
– Na Tabela 5.1 observa-se que para 30 julgadores
▪ 15 respostas corretas a nível de 5% de significância;
▪ 1% são necessários 17 respostas.
– Conclusão: Não houve diferença significativa (α= 5%) na
cor entre as amostras acondicionadas na embalagem
nova e na usual, após 1 mês de armazenamento.
Exercício 2 – Teste Triangular
▪ Uma fábrica de refrigerantes esta testando 2 tipos de adoçantes. A
soma dos resultados corretos foi de 22 em teste aplicado em 30
provadores.
– Objetivo do teste: determinar se os adoçantes testados possuem percepções iguais ou
diferentes em relação ao sabor do refrigerante;
– Seleção de amostras: o refrigerante com o adoçante (A) e o outro refrigerante com
adoçante (B), ambos do mesmo lote (só mudou o adoçante utilizado).
Exercício 2 – Teste Triangular
▪ Análise dos resultados:
– Nºtotal de respostas: 30;
– Nº de respostas indicando a resposta correta
(refrigerante com o adoçante B): 22;
– Na Tabela 5.1 observa-se que para 30 julgadores
▪ 15 respostas corretas a nível de 5% de significância;
▪ 1% são necessários 17 respostas.
– Conclusão: Houve diferença significativa (α= 5%) entre a
percepção de sabor dos refrigerantes.
Teste Duo-Trio
▪ Objetivo: verificar se existe diferença significativa entre
duas amostras que receberam tratamentos diferentes;
▪ Preferido quando amostras possuem grande impacto
sensorial, pois requer menor nº de avaliações
comparativas;
▪ Há duas formas do teste duo-trio:
- Referência constante: mesma amostra é sempre
considerada como referência;
• Indicada p/ equipes bem treinada e de amostra de
referência bem conhecida.
- Referência balanceada: no qual ambas as amostras
são usadas aleatoriamente como referência;
• Indicada p/ equipes pouco treinadas ou ambas as
amostras são desconhecidas.
Exercício 1 – Teste Duo-Trio
▪ Uma empresa está testando substituir 30% da farinha de trigo por farinha de
yacon no bolo de chocolate, porém não quer que as características sensoriais
do bolo de chocolate se alterem.
– Objetivo do teste: determinar se a utilização da farinha de yacon causará
alguma alteração perceptível no bolo de chocolate;
– Seleção de amostras: preparar amostras em planta piloto com a
formulação usual (A) e substituindo pela farinha de yacon, alternativa (B).
Exercício 1 – Teste Duo-Trio
▪ Análise dos resultados:
– Nºtotal de respostas: 30;
– Nº de respostas indicando a amostra igual ao padrão
corretamente: 10;
– Na Tabela 5.2 observa-se que para 30 julgadores:
▪ 24 respostas corretas a nível de 1% de significância.
– Conclusão: a farinha de trigo deve ser substituída pela farinha
de yacon, no percentual de 30%, pois não foi percebida uma
diferença sensorial significativa, ao nível de 0,1% ( ≤ 0,001)
entre as duas amostras.
Exercício 2 – Teste Duo-Trio
▪ Um pastifício deseja alterar o fornecedor de farinha e para isso
precisa verificar se haverá mudanças na qualidade dos seus
produtos. Ele aplicou o teste duo-trio para 40 provadores.
– Objetivo do teste: verificar se os há alterações no sabores dos produtos com a mudança de
farinha;
– Seleção de amostras: a amostra (A) é com a farinha do antigo fornecedor antigo e a (B) e
com a farinha do novo fornecedor.
Exercício 2 – Teste Duo-Trio
▪ Análise dos resultados:
– Nºtotal de respostas: 40;
– Nº de respostas indicando a resposta correta: 23;
– Na Tabela 5.2 observa-se que para 40 julgadores
▪ 26 respostas corretas a nível de 5% de significância;
▪ 1% são necessários 28 respostas.
– Conclusão: Não houve diferença significativa (α= 5%) na
percepção de sabores dos produtos, então pode trocar
de fornecedor.
Teste Comparação Pareada
▪ Objetivo: identificar se uma amostra apresenta 
certo atributo sensorial em maior intensidade 
que a outra amostra;
▪ Nesse teste há duas variações:
– Teste de simples diferença: : quando o teste foca na 
diferença da intensidade de um atributo;
– Teste de preferência pareada: quando o teste passa 
a focar a preferência ao invés da diferença.
▪ Servir em ordem balanceada;
▪ Pode ser usado para avaliar:
– Determinar se existem diferenças entre duas 
amostras quanto a um atributo sensorial;
– Estabelecer se existe preferência entre duas 
amostras; 
– Selecionar e treinar julgadores.
Exercício 1 – Teste Comparação Pareada
▪ Análise dos resultados:
▪ Nºtotal de respostas: 30;
▪ Nº de respostas indicando a resposta correta (vinagre mais ácido): 15;
▪ Na Tabela observa-se que para 40 julgadores:
– 20 respostas corretas a nível de 5% de significância.
▪ Conclusão: Não houve diferença significativa (α= 5%) na intensidade do sabor
ácido dos vinagres, logo pode comercializar o vinagre com o novo
processamento.
Teste de Ordenação
▪ Objetivo: comparar diversas amostras ao 
mesmo tempo com relação a um 
determinado atributo e verificar se estas 
amostras diferem entre si;
▪ Nºmínimo 15 julgadores. Mas, para testes 
com consumidores, 100 ou mais julgadores;
▪ Servir em ordem balanceada.
Exercício 1 – Teste de Ordenação
▪ O teste de ordenação foi aplicado para avaliar o grau de influência da gordura na qualidade
de textura da torrada integral. A torrada de textura mais crocante era ordenada em 1º lugar eo de textura menos crocante em último. O teste foi realizado por 15 julgadores. As amostras
estão apresentadas na tabela 5.4 abaixo.
Exercício 1 – Teste de Ordenação
▪ Análise dos resultados:
– A diferença crítica entre os totais de
ordenação em relação a 5% é de 13:
• A-B = 25-22 = 3 não diferem entre si;
• A-C = 25-43 = 18 (considerar em módulo, ou
seja, positivo); diferem entre si a 5% de
significância;
• B-C = 22-43 = 21 (considerar em módulo, ou
seja, positivo); diferem entre si a 5%
significância.
− Conclusão: as torradas com 6% e 8% de
gordura não apresentaram diferença
significativa na crocância, porém a torrada
com 10% de gordura foi considerada a de
maior crocância em relação às demais, em
nível de significância de 5%.
Teste A ou não A
▪ Objetivo: deve ser aplicado para avaliar amostras 
que apresentem variações de aparência ou de 
gosto remanescente;
▪ Principio do teste: uma série de amostras 
provenientes de dois produtos (“A” ou “não A”, e 
é apresentada para identificação das amostras 
“A”. Assim determina-se a discriminação 
comparando as identificações corretas com as 
incorretas, usando o teste X2;
▪ Necessita treinar de 10 a 50 julgadores com as 
amostras “A“ e “não A“ utilizando de 20 a 50 
apresentações de cada amostra em estudo;
▪ O nº de amostras permitido no teste é 
determinado pelo grau de fadiga física e/ou 
mental que produz nos provadores.
Teste 2 em 5
▪ Objetivo: são apresentadas ao provador cinco amostras 
codificadas, duas de um tipo e as restantes três de outro tipo. 
Ao provador é pedido que as divida em dois grupos distintos; 
▪ Vantagem: admitir pequenas diferenças no mesmo tipo de 
amostra;
▪ Desvantagem a fadiga sensorial;
▪ É recomendada: 
– Nº de provadores disponíveis é reduzido (cerca de 10);
– Pretende detectar uma diferença de um modo mais económico do que 
utilizando outros testes (esta prova é mais eficiente do ponto de vista 
estatístico).
▪ É usada principalmente para avaliar diferenças visuais, 
auditivas e tácteis;
▪ Nº de provadores é <20 a ordem de apresentação das 
amostras deve ser aleatória, mas ≥20 permutações distintas.