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Tipos de Parto e Fisioterapia no Trabalho de Parto

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Tipos de Parto e Fisioterapia 
no Trabalho de Parto
PROF ANA EULINA ARAÚJO
Trabalho de Parto
“É o processo que conduz ao apagamento progressivo e 
dilatação da cérvix e da descida da parte que se apresenta com 
eventual expulsão do feto e dos outros produtos da concepção”
Ziegel & Cranley,1985
Idade Gestacional
PRÉ - TERMO = < 36 SEMANAS E 6 DIAS
TERMO PRECOCE DE 37 a 38 SEMANAS E 6 DIAS
TERMO COMPLETO DE 39 a 40 SEMANAS E 6 DIAS
TERMO TARDIO DE 41 a 41 SEMANAS E 6 DIAS
PÓS – TERMO (PÓS- DATISMO) DE 42 SEMANAS EM DIANTE
o À partir da 40ª semana = + Cuidados médicos! 
o Envelhecimento da placenta e troca de O2 e nutrientes
o Óbito do RN 
Fatores que Influenciam o curso do TP
o Paridade
o Contrações uterinas
o Apresentação fetal
o Posição
o Estado das membranas
o Diâmetros feto-pélvicos
o Músculos
o Estado emocional
Sinais Preditivos
o Descida do fundo do útero acompanhado de dores lombares
o Contrações irregulares e indolores
o Eliminação de muco pelos GE
o Encurtamento da cérvix com ligeira dilatação de 1-2cm
Diagnóstico
o Contrações dolorosas e rítmicas (no mínimo 2 em 10min, com 
duração de 50 a 60 segundos)
oApagamento e dilatação do colo
oFormação da bolsa das águas
oPerda do tampão mucoso
Fases do parto
Clinicamente:
1° fase ou fase de dilatação cervical
◦ Latente (“falso trabalho de parto”)
◦ Ativo (o feto molda-se pelos tecidos moles e estreito superior da pelve)
2° fase ou período expulsivo
3° fase ou nascimento da placenta
4° fase ou 1° hora após o parto
Primípara
Multípara
Anatomia da Cintura Pélvica
Conhecimento da 
Cinesiologia
Exercícios e posturas 
indicadas a partir da 
biomecânica
Arcabouço da Pelve
Pelve maior e menor (linha nominal ou borda pelvina)
◦ Proeminência do osso Sacro 
◦ Linhas arqueadas e pectíneas
◦ Margens superior da articulação da Sínfise Púbica
Plano Oblíquo
Contorno da linha terminal
Promontório da base do sacro
Linha arqueada
Linha pectínea do púbisSínfise púbica
Dimensões da Pelve
Diâmetro da pelve maior
1. 3 diâmetros principais:
1. Anteroposterior (conjugado anatômico – 11 cm aprox.)
2. Transverso (aprox. 13,5 cm)
3. Oblíquo (aprox. 12,5 cm)
Dimensões da pelve menor
Articulações da cintura pélvica
Articulações:
◦ Sacroilíaca (ASI)
◦ Sínfise Púbica
◦ Sacrococcígea
◦ Quadril
Biomecânica da pelve e quadril
Contranutação Nutação
Biomecânica da pelve e quadril
Retroversão pélvicaAnteroversão pélvica
Musculatura na antero e retroversão pélvica
Anteroversão Retroversão 
Extensores do quadril Extensores do quadril:
Glúteo máximo
Glúteo médio – fibras posteriores
Isquiotibiais 
Flexores do quadril:
Íliopsoas
Reto femoral
Tensor da fáscia lata
Flexores do tronco:
Reto do abdômen 
Oblíquos externo e interno do abdômen
Obturador interno Piriforme
Glúteo mínimo Quadrado lombar
Glúteo médio (fibras anteriores) Obturador interno
Gêmeos superior e inferior
Biomecânica da pelve e quadril
A – Tracionamento posterior do sacro pelos músculos posteriores do tronco e tracionamento anterior pelo isquio
pelos músculos posteriores da coxa na posição agachada
B – Movimentação do sacro e do ísquio na posição agachada
Causadores do TP
ENDÓCRINAS
MECÂNICAS
Controle 
endócrino 
materno e fetal
Estiramento da 
cérvix uterina
Tipos de Parto
PARTO
Normal
Eutócito
Natural
Na água
De cócoras
À fórceps
Distócito
Extrator à vácuo
Cesário Operatório
VAGINAL
Apresentações:
1. Cefálica
2. Pélvica
3. Sacral
4. Face
5. Outras
Atitudes:
1. Flexão
2. Extensão
Situação:
1. Paralela
2. Transversa
Apresentação/posicionamento fetal
• Ponto de referência do posicionamento fetopelvica nos quadrantes 
maternos (anterior, posterior e laterais E/D)
• Orientação do feto em relação as dimensões maternas (Planos De Lee)
Dimensões craniais do feto
Apresentação/posicionamento fetal
A
p
re
se
n
ta
çõ
es
 c
ef
ál
ic
as
Outras apresentações
Mecanismo do parto - Insinuação
Passagem dos ossos parietais (biparientais) pelo estreito da pelve com flexão e
assinclitismo (movimento de lateralidade cefálica) da cabeça fetal, completando-
se quando o mais saliente ponto da cabeça tangencia o diâmetro bi-isquiático
Mecanismo do parto – Decida e rotação interna
•Cabeça fetal desce pela pelve em rotação até o estreito inferior na posição transversa
•Coloca a fontanela posterior de encontro á região subpúbica
•AP fornece uma contrapressão que orienta a cabeça fetal
Mecanismo do parto – Extensão completa
•Fixa- se abaixo do púbis e realiza a extensão emergindo- se e exteriorizando- se 
pela vulva
•Retropulsão do cóccix – aumento o estreito inferior em aproximadamente 1 a 
1,5 cm
Mecanismo do parto –Rotação externa
•Retorno da cabeça exteriorizada a posição original
•Permite a passagem pelo estreito inferior e orientando o diâmetro biacromial da 
criança no sentido anteroposterior da pelve inferior materna
Mecanismo do parto –Desprendimento fetal final
•Saída dos ombros
•Primeiro anterior com flexão lateral de tronco e o posterior em seguida 
acompanhado pelo tronco e membros inferiores
Parto com fórceps
• Indicações fetais
• Sofrimento fetal
• Prolapso do cordão umbilical
• Ritmo cardíaco fetal irregular 
• Inferior a 100 bpm
• Acima de 160 bpm
• Desacelerações tardias do ritmo cardíaco fetal
• Presença de mecônio, nas apresentações cefálicas
Parto com fórceps
• Indicações maternas
• Sofrimento ou exaustão materna
• Doença materna (cardíaca, tuberculose, toxemia)
• Ausência do progresso do segundo período do trabalho de 
parto
Parto com fórceps
• Contraindicações
• Ausência de dilatação apropriada / Dilatação incompleta do 
colo
• Desproporção cefalopelvica acentuada
• Cabeça fetal não-insinuada
Parto com fórceps
Riscos neonatais
• Cefalematoma
• Fraturas cranianas
• Lesão cerebral e hemorragia intracraniana
• Depressão generalizada e asfixia
• Sequelas neurológicas tardias
• Paralisia facial
• Paralisia traqueal
• Contusões
• Compressão de cordão
• Óbito
Riscos maternos
• Lacerações
• Lesões vesicais, retais ou 
uterinas
• Hemorragias
• Infecções do trato urinário
• Atonia da bexiga
• Fratura de cóccix
Parto com Extrator a Vácuo
• Malmström, 1954
• Ventosa metálica de quatro tamanhos – 3, 4, 5 e 6 cm de diâmetro
• O médico decide a direção da tração, porém deve acompanhar os esforços 
expulsivos da paciente durante as contrações uterinas
• Indicações – as mesmas do uso do fórceps
Tração posterior Tração horizontal Tração anterior
Parto com Extrator a Vácuo
Contraindicações
• Absolutas
• Desproporção cefalopélvica
• Apresentação de face
• Apresentações pélvicas - Cabeça por último 
• Relativas
• Colo parcialmente dilatado (mínimo 4cm de dilatação)
• Criança prematura
• Anomalias congênitas (hidrocefalia)
• Feto morto
Cesária
• Indicações reais
• Prolapso de cordão, DPP, placenta prévia, apresentação córmica, herpes
genital com lesão ativa, DCP, distensão segmentar, FCF não
tranquilizadora, parada de progressão
• Situações que pode ser considerada
• Apresentação pélvica, duas ou mais cesáreas anteriores, HIV
Cesária
• Vertical 
• Transversa no segmento inferior uterino
• Pfannenstiel
• Cicatriz mais resistente 
• Incisão perpendicular
• Menor tensão látero-lateral
• sobre a cicatriz
• Dor pós operatória
Partograma
Avalia
o Batimentos Cardio-fetais (BCF)
o Integridade da bolsa das águas (rota ou 
íntegra)
o Características do líquido amniótico (claro 
ou com presença de mecônio)
o Dilatação do colo
o Descida da apresentação (plano de De Lee)
o Frequência das contrações
o Medicamentos
o Fluidos infundidos
Representação gráfica do TP
Partograma
Objetivo
o Acompanhar a evolução
o Documentar
o Diagnosticar alterações
o Indicar a tomada de condutas apropriadas para a correção das 
alterações
o Evitar intervenções desnecessárias
FASE ATIVA
FASE LATENTE
DILATAÇÃO
DESCIDA 
DA 
CABEÇA
4HRS
MÁX. 8HRS
Partograma
• Início da faseativa (mínimo de 03 cm de dilatação e contrações regulares – 2 a 3 em 10 min)
• Após o primeiro registro de dilatação, traça-se a LINHA DE ALERTA
• A LINHA DE AÇÃO é traçada imediatamente 4 horas após a linha de alerta
Partograma
BCF: – 30/30 min
• Membranas:
BI – bolsa integra 
BRA – Bolsa rota artificial 
BRE– Bolsa rota espontânea 
Bossa– 0, +/++++
• Liquido aminiótico: 
LCCG – líquido claro com grumos
LCSG – líquido claro sem grumos
MEC – mecônio (+/++++)
LS – líquido sanguinolento
Posturas para o parto
Padrões verticais e /ou caminhadas1° período do TP
2° período do TP
• Padrões verticais e /ou caminhadas
•Cadeira do parto
•Quatro apoios
•Decúbito lateral
Histórico
o Registros de parto na postura vertical
o Tribos primitivas (Englemann, 1883)
oPrincipais: cócoras, joelhos, quatro e genupeitoral
Histórico
o Cadeira ou banquinho de parto
oMeados do século XVII – invenção do fórceps – 2 irmãos
Chamberlain
Histórico
• François Mauriceau
• Condenou o uso de cadeiras de parto – preconizava o parto na cama em 
DD
• Fim do século XVIII – não mais cadeiras de parto
• Séculos XIX e XX – camas e mesas de parto – Hospitalização do Parto!!
Fisioterapia no Trabalho de Parto
Objetivos da Fisioterapia no TP
oFavorecer a assistência humanizada de acordo a progressão mecânica e 
fisiológica do TP
oPromover posturas durante o TP
oAuxiliar ao controle do padrão respiratório
oAtuar no manejo da dor 
Posturas e exercícios de mobilidade pélvica
oPercepção da dor diminuída – mecanismos sinápticos(nível espinhal)
oCaminhadas durante o 1°período – Usada durante todo o TP
oUso de bola suíça (birth ball)
oPropriocepção AP
oAlinhamento da coluna
oFacilitação de movimentos rítmicos
oComponente lúdico – facilita aceitação e incorporação com maior satisfação
Posturas para o 1°período do TP
o Contrações mais intensas e frequentes
o Evitar postura supina
o Permitir maior mobilidade
o Facilitar o trabalho uterino
o Posturas verticais 
◦ Contrações de maior intensidade e menor frequência
◦ Sensação dolorosa mais bem tolerada
◦ Força gravitacional
FRASER, SOKOL. Amniotomy and maternal position in labour. Clinical Obstetrics and Gynecology. V. 35 (3), 122-126, 1980; 
GUPTA, NICODEM. Maternal posture in labour. Eur. J. Obst. Gynecol and Reprod. Biology. V.92 (2), 320-325, 1998.
Posturas para o 1°período do TP
Posturas para o 1°período do TP
Objetivos dos movimentos
o Ajudar no mal posicionamento fetal
◦ OP, OT, assinclitismo
o Aumentar a descida fetal
◦ Alterando a forma e o tamanho da pelve
o Diminuir dor do parto
◦ Melhor cooperação da gestante
o Aumentar a participação ativa da gestante
◦ Diminui o estresse
Inclinações pélvicas
o Associado à postura de gatas
o Ajuda a rotação de OP para OA
o Diminui a pressão da cabeça fetal na art. Sacro-ilíaca
oDesvantagem
oSobrecarga nos joelhos e punhos
Inclinações pélvicas
oPostura de Quatro Apoios
Inclinações pélvicas
oPostura de Quatro Apoios
Inclinações pélvicas
oPostura de Joelhos com Inclinação Anterior de Tronco
Inclinações pélvicas
Posturas assimétricas dos MMII 
Posturas assimétricas dos MMII 
• O fêmur elevado funciona como uma alavanca na art. Quadril -
ísquio para fora
• Deve elevar o MI na direção do occípito
• Facilita rotação
• Reduz dor lombar
• Acelera o processo do trabalho de parto
• Desvantagens
•Necessário um acompanhante
•Não realizar em gestantes com problemas ortopédicos em MMII
Levantamento abdominal
• Alinha o eixo do feto com o eixo da 
entrada da pelve
•Melhora a posição fetal
•Melhora a eficiência das contrações
•Acelera o parto em multíparas
•Condições maternas
• Adomen em pêndulo
• Lesão prévia na lombar
• Diminuição do espaço ílio-costal
Estimulação labiríntica
oMovimentos rítmicos 
oPrincipalmente no 1° fase do TP – Pode ser utilizado em todo TP
oBalanço anteroposterior – detectação do movimento pelos receptores 
cinestésicos (labiríntico principalmente)
oLeve relaxamento – alteração do tônus, fruto da estimulação labirítmica e 
reflexos de “endireitamento postural”
oAtenuação da sensação dolorosa
Movimentos rítmicos 
o Uso de bolas e cavalinho ou cadeira de balanço
oAcalmam – estimulação labiríntica
oAlteram a relação entre feto, pelve e gravidade
oPromovem progresso no trabalho do parto
Movimentos rítmicos 
Bola suíçaDispositivo de balanço “cavalinho” Bola feijão
Postura de cócoras
Postura de cócoras modificadas
Postura Genupeitoral
Postura Decúbito Lateral
Postura Semissentada
Postura sentada
Posturas para o 2°período do TP
Posturas para o 2°período do TP
Postura 
Litotomia
Posturas para o 2°período do TP
o Mais utilizada
o Decúbito dorsal com a coluna elevada em um ângulo menor ou igual a 
30º
o Joelhos flexionados 
o Pés apoiados ou não nos estribos
o Impossibilita a mobilidade
o Peso mantido no sacro e cóccix
o Até 40º entre tronco e MMII – efeito compressivo nos aorto-caval
o Prolonga o período expulsivo
o Índices de episiotomia são mais altos
Posturas de McRobert’s
Posturas de McRobert’s
o Hiperflexão de quadris e joelhos
o Cabeça fetal abaixo do arco púbico
o Proporciona uma rotação posterior da pelve
o Retifica a lombar
o Move o púbis para cima
o Utilizada nas distocias de ombro
Posturas de quatro de Gaskin
oPode ser realizada em casos 
de distorcia de ombros 
oMulher em quatro apoios
oO nascimento pode ocorrer 
rapidamente (na próxima 
contração)
Decúbito Lateral Esquerdo
oMelhora da perfusão útero-
placentária
oAumenta a percepção maternal 
da vaginal
oMelhor controle do puxo
Decúbito Lateral
Decúbito Lateral
oO que a postura proporciona?
oPermite descanso
oNeutraliza a gravidade (períodos rápidos)
oAlivia pressão nas hemorróidas
oEvita pressão no sacro
oMelhora batimento cardíaco fetal (compressão de cordão ou hipotensão supina)
oPermite movimento posterior do sacro no 2º período
oFacilita rotação da variedade de posição OP
Decúbito Lateral
oQuando Usar?
oQuando hipotensão supina ocorrer
oQuando utilizar epidural
oNa DHEG
oQuando a mulher achar comfortável
oQuando a mulher sentir-se cansada
oNo 2º período, para aliviar hemorróidas
oQuando não usar?
oQuando precisa-se do efeito da gravidade
oQuando a gestante estiver nesta postura por mais de 1 hora sem progresso
oPor objeção da gestante ou aumento da dor
Postura de quatro apoios
Postura de quatro apoios
Quando Usar?
◦ Feto em OP
◦ Quando a gestante apresentar dor lombar
Quando não usar?
◦ Com a gestante muito cansada
◦ Presença de dor nos joelhos e pernas
◦ Presença de síndrome do túnel do carpo
Vantagens parto verticalizado
o Lei da gravidade de newton
o Ângulo de incidência do útero
o Ausência de compressão dos vasos
o Diminuição da duração do período expulsivo
o Melhores resultados ácido-básicos no feto
o Menor incidência de parto assistido
o Menor incidência de episiotomia
o Contração uterina mais forte e efetiva
o Menor compressão dos nervos pélvicos que derivam da parte inferior 
da coluna e sacro
o Liberdade de movimento articular pélvico
Postura semi sentada
Como?
o Tronco > 45º com a cama
O que a postura proporciona?
o Permite vantagem da gravidade
o Aumenta dimensões da entrada da pelve
o Melhora oxigenação do bebê
o Fácil de adotar
o Prejuízo no movimento do sacro e cóccix
Postura semi sentada
Postura semi sentada
Quando Usar?
o Preferência da gestante se o parto está com bom progresso
o Quando a gestante precisa descançar
o Quando está fazendo uso da epidural
o Melhor visão do períneo
Quando não usar?
o Com o feto em uma posição OP
o Na hipertensão
o Objeção da gestante e aumento da dor
Postura sentada
o Estimula a separação das tuberosidades isquiáticas 
o Aumento da pressão uterina
o Encurtamento do período expulsivo
o Desvantagens 
o Índice superior de hemorragia
o Edema vulvar mais severo
o Diminui a mobilidade
o Laceração de períneo
o Controvérsias na literatura
Postura sentada
Quando Usar?
o Preferência da gestante se o partoestá com bom progresso
o Quando a gestante precisa descançar
o Quando a gestante tem dor na lombar
o Quando há lentidão no progresso do trabalho de parto
Quando não usar?
o Com comprometimento da FCF nesta posição
o Objeção da gestante e aumento da dor
Postura sentada com inclinação anterior
Postura sentada com inclinação anterior
o Como?
o Sentada, tronco inclinado para frente e apoio dos MMSS
o O que a postura proporciona?
o Permite vantagem da gravidade
o É comfortável se com bom suporte
o Alivia dor na coluna
o Pode aumentar a rotação de OP (comparado com supino e semi-sentada)
o Alinha o feto com a pelve
o Aumenta o estreito superior
o Facilita o acesso para aplicação de massoterapia ou uso de compressas
Postura sentada com inclinação anterior
o Quando Usar?
o Quando a gestante tem dor na coluna
o Quando o progresso do trabalho de parto lentificou
o Quando ao usar a postura semi-sentada houver lentidão no processo do 
parto 
o Quando não usar?
o Se houver comprometimento da progressão do parto nesta postura
o Objeção da gestante e aumento da dor
Postura ereta com inclinação anterior
Postura ereta com inclinação anterior
oComo?
oO que a postura proporciona?
oPermite vantagem da gravidade
oPode promover flexão da cabeça fetal
oPode aumentar a rotação de OP, com combinação de movimentos de balanço
oContrações menos dolorosas e mais eficientes
oAlivia dor na lombar por redução da pressão da apresentação fetal no sacro
oMaior facilidade de manutenção
oPode aumentar o desejo de puxo no 2º período
Postura ereta com inclinação anterior
oQuando Usar?
oQuando o progresso do parto lentifica
oQuando as contrações perdem intensidade ou 
esparçam
oQuando a gestante apresenta dor lombar
oQuando não usar?
oQuando o nascimento estiver iminente
oObjeção da gestante e aumento da dor
Postura joelho com inclinação anterior
Postura joelho com inclinação anterior
Como? 
◦ Sentada na cama , cadeira ou banco
O que a postura proporciona?
◦ Permite vantagem da gravidade
◦ Melhor abertura da pelve (decúbito lateral, supino ou sentada)
◦ Alinha feto com a pelve
◦ Facilita o acesso para procedimentos na coluna
◦ Facilita movimentos da pelve
◦ Alivia a compressão de cordão
◦ Sobrecarrega os joelhos
Postura joelho com inclinação anterior
Quando Usar
◦ Feto em OP
◦ Quando a gestante apresentar dor lombar
◦ No uso de banheiras 
◦ Quando o feto está em um plano alto
◦ Alternância com outras posturas para controle da dor lombar
Quando não usar
◦ Com a gestante muito cansada
◦ Presença de dor nos joelhos e pernas
◦ Ausência de progressão do trabalho de parto
Postura ereta assimétrica
Postura ereta assimétrica
Como? 
◦ Sentada na cama , cadeira ou banco
O que a postura proporciona?
◦ Permite um alongamento dos adutores da perna elevada 
◦ Movimento lateral do ísquio – aumentando o estreito inferior
◦ Permite rotação fetal de OP
◦ Reduz dor coluna
◦ Permite vantagem da gravidade
Postura ereta assimétrica
Quando Usar?
◦ Quando a gestante apresentar dor lombar
◦ Quando desejar rotação
◦ Quando há suspeita de assinclitismo
Quando não usar?
◦ Com a gestante muito cansada
◦ Com aumento de dor
◦ Com uso de epidural
◦ Equilíbrio ou fraqueza de MMII
Postura cócoras
oA superfície da área do corte transversal do canal de parto pode 
aumentar em até 30%
oAlargamento do estreito inferior
oAumenta o diâmetro inter-tuberosidades
oFavorece retro-versão e nutação
oPressões uterinas mais intensas
o Melhores resultados ácido-básicos
oMenor necessidade do uso de fórceps
Postura cócoras
Vantagens
oPeríodo expulsivo mais curto
oMusculatura do períneo mais relaxada
oMenor laceração de períneo
oAumenta o desejo do puxo
oFacilita a descida fetal
oVantagem mecânica
oTronco exerce pressão no fundo uterino
Postura cócoras
Necessita de 
condicionamento 
muscular 
apropriado!!!!!!!!
Postura cócoras
oPressão do tronco no fundo uterino
oReduz o espaço para o feto girar em sinclitismo
oCompressão de vasos e nervos na área poplítea 
oFeto em plano alto e em assinclitismo
oQuando o feto não alcançar o nível das espinhas isquiáticas
oPor longos períodos – permitir mudança de posição a cada 2 contrações
NÃO USAR
Postura cócoras
Postura cócoras
o Alongamento de tríceps sural
o Contração excêntrica de adutores, 
quadríceps e dorsi-flexores
o Contração concêntrica de ísquios e 
abdutores
Postura cócoras com suporte
O que a postura proporciona?
o Permite vantagem da gravidade
o Alonga o tronco 
o Ajuda no reposicionamento do 
assinclitismo
o Permite mais espaço para 
renegociar o ângulo da cabeça na 
pelve
o Permite maior mobilidade nas 
articulações pélvicas
o Pode causar parestesia nos MMSS por 
uso prolongado
Postura cócoras com suporte
Quando Usar?
◦ Quando há maior necessidade de mobilidade das art. Pélvicas
◦ No 2º período
◦ Grande cabeça fetal
◦ Assinclitismo
◦ Variedade de posição OP ou OT
◦ Quando a descida não está ocorrendo
Quando não usar?
◦ Parto iminente
◦ Uso de epidural 
◦ Objeção da gestante e aumento de dor
Postura cócoras no colo
Postura cócoras no colo
O que a postura proporciona?
◦ Permite vantagem da gravidade
◦ Descanso entre as contrações
◦ Aumenta passivamente o estreito inferior
◦ Requer menos esforço expulsivo
◦ Relaxa o assoalho pélvico
◦ Facilita a descida no feto em OA
◦ Maior pressão do tronco no fundo uterino
◦ Menos efetiva em um feto com assinclitismo ou OP
Postura cócoras no colo
Quando Usar?
◦ Com problemas articulares de MMII
◦ Cansaço materno 
◦ Quando todas as outras posições foram realizadas
◦ Quando o 2º período parou 
Quando não usar?
◦ Com aumento de dor
◦ Com uso de epidural
◦ Impossibilidade de adoção da postura
Alívio da dor e relaxamento no 
Trabalho de Parto
Pressão pelvica
oDiminui o estreito superior 
oAumenta os diâmetros do estreito médio e 
inferior
oFacilita a rotação e descida
oRealizada durante 3 ou 4 contrações
oUtilizada no 2º período
oAtraso na descida
oSevera dor lombar
oMelhor efeito associado a postura de gatas
oNão utilizar com epidural
Dupla compressão pelvica
oPressão para o centro da pelve
oDurante a contração
o“Não facilita rotação” 
oAlivia a dor na lombar 
oMuda a forma da pelve
oReduz levemente o alongamento na 
sacro-ilíaca – tensão nos 
ligamentos
Pressão no joelho
o Pressão direta do joelho para a 
art. quadril
o Alteração da configuração da 
pelve com liberação da sacro-
ilíaca
o Não utilizar se houver problemas 
na art. do joelho
Contrapressão
o Pressão no sacro
o Pode utilizar uma bola de tênis
o Durante a contração
o A gestante orienta o local e a 
pressão
o Eficaz para aliviar a dor lombar
TENS
Massoterapia
Shiatsu
Massagem perineal
Outros recursos
oRelaxamento induzido
o Hipnose
o Acupuntura
o Duchas 
Parto com analgesia
oParto mais prolongado
o Diminui o reflexo de puxo
o Redução da eficiência dos esforços expulsivos 
oMenor atividade uterina
oAumento dos partos instrumentais
Respiração na 1° fase do TP
Objetivos da respiração
oManutenção adequada a gestante e o 
feto
oDiminuir a resposta fisiológica ao 
estresse 
oAumentar a capacidade de 
relaxamento físico e mental
oDiminuir ansiedade e controlar a dor
oDiminuir o uso de musculatura 
acessória da respiração
oFocar atenção e aumentar a 
concentração 
oInibir padrões respiratórios 
inadequados
oEvitar aumento da hiperventilação 
Respiração
oDeve-se evitar a hiperventilação
o Os ritmos e padrões ventilatórios são variados de acordo com os 
autores
o As estratégias de intervenção devem ser ensinadas nas classes pré-
natais
No período de Dilatação
oContraindicado respirações superficiais e rápidas
oIncentivar respiração lenta e profunda com ênfase na fase expiratória
oIncentivar fase expiratória prolongada associado a conscientização de 
relaxamento da cintura escapular
No período Expulsivo
oNão realizar respiração profunda
oIniciar o puxo quando a vontade for aumentandooNão necessariamente toda contração realizar o puxo
oRespirar entre os puxos – lenta – suspiro
oPodendo ser várias respirações
oEstimular o esforço com glote aberta
oNão estimular apnéia prolongada
“Um esforço com apnéia prolongada 
em torno de 7 segundos não apenas 
reduz o fluxo para a placenta, mas 
também diminui o conteúdo de O2 no 
sangue que alcança a placenta, 
traduzindo hipóxia fetal”
CALDEYRO-BARCIA, 1979
No período Expulsivo
oRealizar vários puxos durante a contração
oContra-indicado respiração “cachorrinho”
oNão há problema se ocorrer vocalizações durante o esforço
oGrunhidos, gemidos, arquejos e rugidos
oNão orientar: “força como fosse defecar”
Respiração Cachorrinho
oTotalmente CONTRA- INDICADA para qualquer período do 
parto
POR QUÊ?????
oRespiração superficial e rápida
oAumenta a perda de CO2
oLeva a alcalose respiratória (pH aumentado)
oDiminuição da ionização do cálcio – afetar a condutividade nervosa
oTontura, entorpecimento, formigamento extremidades, espasmo muscular, 
sudorese, palidez, ansiedade
oHemoglobina mais ávida pelo sangue alcalótico
oPeríodos de hiperventilação – leva à apnéia
Orientação para o Puxo
oInspirar além de CRF e aquém de CPT
oRealizar o freno-labial
oContração do transverso abdominal 
oUmbigo em direção à coluna 
oRetroversão pélvica
oconcomitante
oDiscreta inclinação da cabeça 
oComo se fosse olhar a vagina
Por que o Freno-Labial?
oMelhor controle da expiração
oAumento da CRF – recrutamento de unidades alveolares
oDistensão de alvéolos latentes
oMelhor distribuição da ventilação
oAumento da ventilação colateral : canais de Lambert e poros de Kohr
oManutenção da integridade dos condutos aéreos
oDesinsuflação pulmonar homogênea
oMantém P intra-brônquica
oFacilitação de trocas gasosas
oGeração de fluxo sem turbulência
Métodos psicoprofiláticos no TP
Enfoque: 
•Informações parto, pós-parto e amamentação
•técnica de relaxamento, respiração, postura no parto e massagem 
•Apoio companheiro
•Concentração ativa
Objetivos dos métodos psicoprofiláticos no TP
oConscientizar a tensão muscular
oPromover relaxamento da muscular musculatura tensa
oDiminuir os estímulos –a atividade das células nervosas
oProporcionar a participação ativa da gestante
Métodos psicoprofiláticos no TP
1º SISTEMA DE SINALIZAÇÃO
Órgãos sensoriais
2º SISTEMA DE SINALIZAÇÃO
Palavra escrita ou falada
Métodos psicoprofiláticos no TP
LINGUAGEM
oProcessos fisiológicos do parto
oSensação em cada período do parto
oParticipação ativa no parto
oComo atuar nos diferentes períodos do parto 
RESPIRAÇÃO
oModificação do ritmo respiratório
oContração uterina sinal de ação
ESFORÇO
oOrientação do puxo
Tipos de Parto e Fisioterapia 
no Trabalho de Parto
PROF ANA EULINA ARAÚJO

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