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ANÁLISE DA ONDA DE CHEIA GERADA PELO ROMPIMENTO HIPOTÉTICO DA BARRAGEM DO CAMORIM. APS-IV Disciplina: Saneamento Ambiental II (ACE- 2020) Professor Dario Prata Alunos: André Mendonça e Leonardo Tavares 1 OBJETIVO Esse trabalho tem como objetivo caracterizar a problemática referente à barragem do Açude do Camorim e propor possíveis soluções. INTRODUÇÃO Fonte: Iracema Franco (2006). 2 JUSTIFICATIVA A área integra o Parque Estadual da Pedra Branca, unidade de conservação ambiental criada em 1974 pela Lei Estadual nº 2.377, sob a tutela do Instituto Estadual do Ambiente. A vegetação ao longo dos mananciais também está protegida pelo código florestal, Lei Federal 4.771 de 1965. No nível Estadual também incide sobre estas áreas o tombamento da Serra do Mar/Mata Atlântica, ato do Governador do Estado de 1991. Contida na Reserva Biológica do Pau da Fome. INTRODUÇÃO 3 LOCALIZAÇÃO Caracterização da Área de estudo Fonte: INEA (2020). 4 https://docs.google.com/document/d/1rvJUCTadxu982PFIG9IFXNGpvodyPJ3QpGVVZ2UO66o/edit#heading=h.mobxm2q04xoa 5 Problemática A estrutura da barragem do açude do Camorim tem risco eminente de rompimento, devido a sua degradação. Tal evento acarretaria em um desastre de grande proporções, gerando movimento de massa, liberação do volume de água e carregamento de detritos. No parque existe uma fauna que depende do açude, onde há muitas espécies ameaçadas de extinção Dados do reservatório: - Volume do reservatório 210.000 m³ - Capacidade de armazenamento 2.400.000 m³ - Profundidade 18 m 6 Aplicação dos Softwares O equacionamento da presente pesquisa foi realizada em três Fases: 1. Processamento de dados utilizando o software ArcMap e o HEC-GeoRAS; 1. Simulação da onda de cheia utilizando o software HEC-RAS; 1. Simulação utilizando o Google Earth. 7 Tratamento dos dados 8 Modelagem hidráulica com o HEC-RAS e geração do arquivo de exportação para o ArcGis. Tabela coeficiente de Manning Inserindo o Coeficientes de Manning 9Fonte: adaptado de CHOW, 1959 Edição das seções transversais 10 Interpolação das seções Edição da Estrutura da barragem 11 Manual básico Hec-Ras da ANA 12 Equacionamento da Ruptura da Barragem tc: Tempo de concentração, em min; L (Comprimento do talvegue em km) = 1,57 km ΔH (Desnível máximo da bacia em m) = (739 - 446) = 293 m tc = 85,2*(1,57³/293)^(0,385) = 16,1 min 13 Cálculo da Vazão de Pico Aplicando o Método Racional imáx = intensidade de chuva máxima (mm/h); Tr (Tempo de retorno considerado, anos) = 25 anos; tc (tempo de concentração, minutos) = 16,1 min; “K”,”a”,”b” e “c” = constantes que dependem de cada região Imáx = 126,82 mm/h Qmáx (vazão máxima no ponto de concentração, m³/s); C (Coeficiente de “run off” - tabelado) = 0,15; imáx (intensidade de chuva, mm/h) = 126,82 mm/h; A = (Área de contribuição, ha) = 256 ha Q = (0,15*126,82*256)/360 = 13,53 m³/s 14Fonte: Plúvio 2.1 (2020) Cenários de ruptura Simulação do rompimento da barragem utilizando o HEC-RAS 15 16 Observação: Devido a baixa precisão dos dados utilizado para simulação da onda de cheia o HEC-RAS apresentou problema no momento da simulação da propagação da onda de cheia. Sendo assim, é necessário obter dados mais precisos da região para que o software consiga processar a simulação. Perfil de declividade do Rio Camorim no trecho. Erro na simulação da propagação da onda. 17 Passo a Passo para a Geração de Manchas da ruptura da barragem Metodologia Simplificada (Marcio Bomfim - ANA) 1. Cálculo empírico da extensão do rio a ser modelada. 2. Verificação da adequação do limite determinado analisando a ocupação e a geomorfologia do vale a jusante da barragem. 3. Cálculo da vazão máxima associada à ruptura da barragem. 4. Cálculo das vazões de pico em cada uma das seções transversais ao longo do vale 5. Comparação da vazão amortecida em cada seção transversal ao longo do vale com a vazão máxima do vertedouro para interrupção da modelagem no ponto onde os danos devidos à ruptura sejam menores que o dano devido à cheia de projeto do extravasor 6. Obtenção da altimetria de pontos ao longo das seções transversais utilizando o ArcMap 7. Cálculo hidráulico para estimativa do nível máximo da onda de ruptura em cada uma das seções transversais. 8. Criação da superfície envoltória da onda de ruptura. 9. Obtenção do polígono para classificação de DPA. 10. Eventual adoção de correções para adequação às condições locais. 18 Discussões e considerações Segundo Marcio Bonfim (2017), especialista em geoprocessamento da ANA, para um estudo de rompimento de barragem é necessário: ● Projeto “como construído” da estrutura da barragem. ● Batimetria do reservatório. ● Modelo Digital de Terreno da região a jusante da barragem (acurácia vertical de 0,5m ou melhor). ● Série histórica hidrometeorológica no local da barragem. • ● Rugosidades das superfícies a jusante. ● Detalhes das estruturas como pontes, bueiros, etc. Porém a realidade é: ● Pouca disponibilidade de dados construtivos das barragens ● MDE disponível não é de terreno, mas de superfície – SRTM ● Incerteza na altimétrico do MDE. ● Batimetria dos reservatórios inexistentes ou antigas. ● Séries históricas hidrometeorológicas em locais distantes sem estudos de regionalização. ● Rugosidades das superfícies a jusante não disponíveis. ● Detalhes das estruturas como pontes, bueiros, etc. ausentes. 19 • Espaçamento das seções transversais; • Tempo computacional; • Valores de coeficientes de manning; • Vazões pequenas como condição inicial; • Variações abruptas no talvegue. INSTABILIDADES NO MODELO Em simulações para o regime de escoamento não permanente são comuns os problemas com instabilidade no modelo. A seguir os principais fatores que interferem na estabilidade: 20 Conclusões Verificou-se que o software HEC-RAS apesar de ser bastante utilizado para modelagem desse tipo de situação em determinadas situações como a do presente trabalho pode ser um alternativa desvantajosa, visto que o programa precisa ser alimentado com muito dados que não se tem o resultado ou de difícil acesso. Sendo assim, recomenda-se que para locais onde há pouca informação e dados sejam realizadas visitas técnicas com o objetivo de realização de um levantamento detalhado para que se obtenha bons resultado através do software e também pelo método simplificado sugerido pela ANA (BOMFIM, 2017). O trabalho desenvolvido foi realizado com o intuito de identificar os pontos críticos provocados pela hipotética ruptura da barragem do Rio Camorim e simular a sua onda de cheia. Apesar do resultado da pesquisa não ter sido satisfatório, o estudo se mostrou de fundamental importância para a compreensão da complexidade dos cálculos e desafios realizados para que se consiga realizar um simulação de propagação de onda devido aos diversos fatores que têm influência no resultado final, sendo necessário trabalhar sempre com os dados mais próximos da realidade. 21 Bibliografia O GLOBO. Detonada, barragem do açude do Camorim pode se romper e acarretar desastre. Disponível em: Deteriorada, barragem do Açude do Camorim pode se romper e acarretar desastre. Acesso: 13/07/2020. INEA. Informativo sobre a represa de Camorim. Fev/2020. Disponível em: REPRESA DO CAMORIM. Acesso: 12/07/2020. INEA. Trilhas: Parque Estadual da Pedra Branca/Instituto Estadual do Ambiente/ Organizado por André Ilha, Patrícia Figueiredo de Castro, Alexandre Marau Pedroso, Aline Schneider – Rio de Janeiro: INEA, 2013. Disponível em: Untitled . Acesso em: 14/07/2020. INEPAC. Patrimônio Cultural Bens Tombados. Represa e Açude do Camorim, s/d. Diponível em: INEPAC. Acesso em: 11/07/2020. INEPAC. Inventário de Identificação dos Reservatórios da CEDAE. Disponível em: Instituto Estadual do Patrimônio Cultural Inventário de Identificação dos Reservatórios da CEDAE. Acesso: 14/07/2020. KUHLKAMP, Jonas de Freitas.ANÁLISE DO EFEITO EM CASCATA DA PROPAGAÇÃO DA ONDA DE CHEIA GERADA PELO ROMPIMENTO HIPOTÉTICO DE UMA DAS BARRAGENS EXISTENTES NO RIO IRANI-SC. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/171380/Relat%c3%b3rio%20TCC%20II.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 12/07/2020. Gonçalves, Jaime André Vieira. Caracterização do Coeficiente de Rugosidade e seu Efeito no Escoamento em Canais Naturais Simulação e modelação (à escala) no laboratório de hidráulica. Dissertação de Mestrado de Engenharia Civil. Universidade da Madeira 2016. Disponível em: Caracterização do Coeficiente de Rugosidade e seu Efeito no Escoamento em Canais Naturais Simulação e modelação (à escala. Acesso em: 15/08/2020. TUCCI, C.E.M. Hidrologia Ciência e Aplicação. 2 Edição Porto Alegre: Ed. Universidade/ UFRGS ABRH, 2001. Tassi, Rutinéia; Collischonn Walter; Notas de Aula de Hidrologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014. BOMFIM, Marcio. Geração de Manchas para Classificação de Barragens Quanto ao Dano Potencial Associado - Metodologia Simplificada. Agência Nacional de Águas 19 e 20 de outubro de 2017. Disponível em: Modelo de Apresentação de PowerPoint . Acesso em: 19/08/2020. 22 https://oglobo.globo.com/rio/bairros/deteriorada-barragem-do-acude-do-camorim-pode-se-romper-acarretar-desastre-24137675 http://www.inea.rj.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/informativo_camorim_n001.pdf http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwew/mdi2/~edisp/inea0026328.pdf http://www.inepac.rj.gov.br/index.php/bens_tombados/detalhar/372 http://www.inepac.rj.gov.br/application/assets/img/site/21_ficha_camorim.pdf https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/171380/Relat%c3%b3rio%20TCC%20II.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/1542/1/MestradoJaimeGon%C3%A7alves.pdf http://www.snisb.gov.br/portal/snisb/downloads/capacitacao/Arquivos_Cursos/apresentacoes-do-curso-de-mancha-dpa/geracao-de-manchas-de-dpa-metodologia-simplificada.pdf
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