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Exercicios patologia 2

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1.Explique os corpúsculos encontrados na degeneração hialina.
Corpúsculo de Russel: Acúmulo de globulina no citoplasma celular. Reabsorção de gotas
Corpúsculo de Councilman - Rocha Lima: encontrados nos hepatócitos em hepatites virais resultantes da apoptose, ocorre a degeneração do nucléolo e a proteína decorrente da apoptose fica acumulada.
Corpúsculo de Mallory: Formado na cirrose hepática pode ser também causada por uma infecção virótica, onde se tem acúmulo de proteínas.
Corpúsculo de Negri: acúmulo protéico no neurônio.
2.Explique o motivo do acúmulo de lipídeos no tecido epitelial que podem ocorrer na degeneração.
A esteatose é o acúmulo de lipídeos no citoplasma de células que, usualmente, não os armazenam. Ocorre comumente no fígado, podendo também ser observada no epitélio dos túbulos renais, nas fibras musculares estriadas cardíacas e esqueléticas e no pâncreas. Deve-se a interferências no metabolismo dos ácidos graxos, envolvendo maior captação, síntese ou dificuldades em utilizá-los, transportá-los ou excretá-los. Pode ser causada por medicamentos, intoxicações, infecções, hipoxemia, diabetes mellitus, distúrbios metabólicos, obesidade, hiperlipidemia, desnutrição, alcoolismo, etc.
3.Quais são as características de uma necrose?
Características macroscópicas: Variam conforme o tipo morfológico da necrose.
Como características comuns, podemos ter: Diminuição da consistência e elasticidade (devido à lise dos constituintes celulares), verificados facilmente em órgãos parenquimatosos (ex.: fígado e pulmões) quando uma simples compressão digital determina a perfuração da cápsula ou mesmo nas alças intestinais, que quando suspendidas se rompem não suportando seu próprio peso.
Alterações na coloração e aspecto geral: aumento da palidez e opacidade, determinando uma coloração mais brancacenta ou acinzentada, típica da necrose de coagulação, vista nos infartos brancos ou isquêmicos.
Escurecimento do órgão, quando este por ocasião da necrose estiver repleto de sangue - típica da necrose edematosa e hemorrágica, vista nos infartos vermelhos ou hemorrágicos.
Liquefação do tecido necrótico - típica da necrose Coliquativa ou Liquefativa, vista nas malácias do SNC e nas necroses supurativas na região central de abscessos, determinando a cavidade neoformada onde se alojará o pus.
Formação de massa brancacenta ou amarelada, pastosa, friável, lembrando à caseína do queijo - típica da necrose Caseosa ou de caseificação, vista no centro dos granulomas causados pelo Mycobacterium tuberculosis e suas variedades na tuberculose.
Formação de massa gomosa, compacta, "emborrachada" ou fluida, lembrando à "goma arábica" - típica da necrose Gomosa, vista no centro dos granulomas vascularizados causados pelo Treponema palidum, na sífilis ou Lues tardia.
Formação de pequenas massas esbranquiçadas, lembrando à "parafina derretida" em tecidos ricos em lípides - típica da necrose Enzimática das Gorduras, vista no omento e tecido pancreático, nas pancreatites agudas e no tecido adiposo das glândulas mamarias.
Características microscópicas: Variam conforme o tipo morfológico da necrose.
Só constatáveis quando o organismo como um todo sobrevive, e após 3 a 8 horas da cessação dos processos metabólicos e atividades vitais. ("Necrofanerose").
Alterações nucleares:
Cariopicnose (gr. "Picnos" = espessamento): Redução de volume e aumento da basofilia, com homogeneização do núcleo (Contração nuclear + condensação da cromatina);
Cariorrexe (gr. "Rhexes" = Ruptura): Ruptura em vários fragmentos, com distribuição irregular da cromatina, acúmulo de grumos em torno da carioteca e posterior desintegração em grupos amorfos com perda dos limites nucleares.
Cariólise ou cromatólise (gr. "lysis" = dissolução): Dissolução da cromatina por hidrólise dos ácidos nucleícos gerando hipoacidez e redução da basofilia nuclear.
Ausência de núcleos: Conseqüência da cariólise total.
Alterações citoplasmáticas:
Aumento da acidofilia citoplasmática: devido ao desacoplamento ribossômico (Diminuição de RNA no citosol), ao aumento de acido láctico no citosol, e à desnaturação de cadeias peptídicas com incremento de cargas negativas.
Granulação citoplasmática: devido a tumefação e posterior ruptura de organelas (principalmente mitocôndrias e REL).
Homogeneização citoplasmática: com a lise das organelas e coagulação das proteínas forma-se uma massa opaca e acidófila, vista principalmente nas necroses coagulativas.
Ruptura da membrana celular: com liberação do material intracelular, formando uma massa indistinta eosinofílica homogênea, vista principalmente nas necroses de caseificação.
Alterações da célula como um todo:
Desaparecimento dos limites celulares, dificultando a individualização da célula, devido às alterações da membrana celular.
Perda de coloração diferencial (devido à diminuição da basofilia nuclear);
Desaparecimento das células como estruturas, podendo, no entanto ocorrer:
Destruição completa das células e arcabouço tissular, produzindo espaços vazios (em algumas formas de necrose coliquativa), ou uma massa homogênea eosinofílica indistinta (nas necroses de caseificação).
Preservação do arcabouço tissular, permitindo ainda o reconhecimento histológico do órgão, apesar da necrose (nas necroses de coagulação).
Características ultraestruturais:
Alterações citoplasmáticas:
Degranulação, tumefação e posterior precipitação de fosfato de Cálcio na membrana interna das mitocôndrias, marcando o "ponto de não retorno".
Desacoplamento ribossômico no RER e dissociação dos polissomos, marcando a parada na síntese protéica e liberação/ativação de enzimas líticas.
Ruptura e coalescência dos cromossomos (condensação da cromatina) marcando a parada na replicação e síntese de RNAs.
04-Explique os tipos de necrose estudados.
Necrose de coagulação: os tecidos apresentam maior firmeza, são de coloração acinzentada, apresentam-se opacos, turvos e secos, com aspecto da albumina coagulada. Há pouca retração e, até o contrário, os tecidos se incham. É causada por isquemia local.
Necrose de liquefação: este tipo aparece em tecidos ricos em lipídio e pobres em albuminas coaguláveis, como é o caso do sistema nervoso central, ou surge nos tecidos que, embora possuam níveis elevados de albumina, sofrem fusão por ação de bactérias ou por ação de proteases de leucócitos. Pode ser observada em abscessos e no sistema nervoso central, assim como em algumas neoplasias malignas.
Necrose caseosa ou de caseificação (do latim caseum = queijo): o material necrosado adquire um aspecto de queijo, como indica a própria etimologia da palavra. As áreas de caseificação apresentam-se macroscopicamente como massas circunscritas, amarelas, secas e friáveis. Microscopicamente, há total ou quase total desaparecimento dos núcleos. Esse tipo de necrose aparece na tuberculose, em neoplasias malignas e em alguns tipos de infarto.
Necrose fibrinóide: neste tipo, o tecido adquire um aspecto hialino, acidofilico, semelhante à fibrina. É o substrato das denominadas colagenases, onde estão incluídas as doenças de hipersensibilidade e as da auto-agressão. Entre elas encontram-se: a febre reumática, a artrite reumatóide, a periartrite nodosa, o lúpus eritematoso disseminado, a trombocitopenai e a hipertensão maligna.
Necrose gangrenosa: é provocada por isquemia ou pela ação de microrganismos. Pode ser úmida ou seca, dependendo da quantidade de água existente. A forma seca ocorre quando há perdas de líquidos por evaporação, insuficiência de afluxo de líquidos nutrientes, ou quando os tecidos sofrem a ação de determinadas substâncias químicas. Os tecidos apresentam-se secos, duros, escuros e apergaminhados (como as múmias). A forma úmida está associada com a proliferação de germes da gangrena, devido à presença de líquidos nutridores nos tecidos. Exalam um odor pútrido; frequentemente há a formação de bolhas gasosas.
Necrose enzimática: este tipo ocorre quando há liberação de enzimas nos tecidos. A forma mais observada é a do tipo gordurosa, especialmente no pâncreas, quando há liberação de lipases, responsáveispor desintegrar a gordura neutra dos adipócitos desse órgão.
Necrose hemorrágica: ocorre quando há a presença de hemorragia no órgão necrosado.
05-Explique a diferença entre necrose e apoptose.
Necrose sempre a uma causa patológica e apoptose, pode ser de causa patológica ou fisiológica.
06 -Explique como o corpo reconhece os corpos apoptóticos.
Numa fase inicial da apoptose, ocorre a produção de enzimas necessárias ao processo, não havendo alterações conformacionais da célula. Posteriormente, ocorre uma diminuição de volume celular, com afastamento da célula apoptótica das células envolventes por perda dos complexos de junção e especializações da membrana. Simultaneamente, dá-se a destruição do citoesqueleto e a condensação da cromatina, a qual é, posteriormente, cindida em fragmentos nucleossómicos por acção de endonucleases. Por fim, ocorre fragmentação da célula em corpos apoptóticos que rapidamente são fagocitados por células vizinhas.
07- Explique a importância da BCL no processo de apoptose.
Elas atuam neutralizando aquelas proteínas antiapoptóticas ao se ligarem a elas. Por um mecanismo pouco entendido, a ligação e a inibição permitem o agregamento de Bax e Bak na superfície da mitocôndria, a qual dispara a liberação de proteinas mitocondriais intermembranas que induzem a apoptose.
08 Explique os dois tipos de vias pró-apoptoticas (mitocondrial e do receptor de morte).
Receptores da morte presentes na superfície celular, que são ativados em resposta ao acoplamento de ligantes específicos. A maioria identificada dos receptores da morte é membro da superfamília de receptores para o fator de necrose tumoral (FNT) e é caracterizada por apresentar porção extracelular rica em cisteína e uma região citoplasmática, chamada cadeia da morte ("death domain"), essencial para transdução intracelular do sinal de morte.
A apoptose pode também ser deflagrada por sinais de estresse intracelular que resultem em disfunção mitocondrial, tais como lesão do DNA (via gene p53), alterações nas vias metabólicas (aumento do cálcio intracelular, redução do pH, estresse oxidativo), drogas, toxinas ou privação dos fatores de crescimento. Na presença de sinais de estresse intracelular ocorre a translocação de proteínas pró-apoptóticas (Bax, Bid, etc) do citosol para a mitocôndria. Essas proteínas são membros da família de proteínas Bcl-2 que exercem importante função reguladora da apoptose.
09- Quais são as causas mais prováveis do envelhecimento celular? Explique-as.
Teoria genética de envelhecimento: Muitos pesquisadores acreditam em que a causa do envelhecimento celular se encontra na genética. Como o desenvolvimento do organismo, desde sua fecundação até sua maturidade sexual, é controlado pelo material genético, então é muito provável que as mudanças causadas pelo envelhecimento também sejam.
Teoria telomérica do envelhecimento: Os extremos dos cromossomos normais são constituídos por estruturas denominadas telômeros, que desempenham um importante papel no seu comportamento, como impedir a união entre os cromossomos. Os telômeros compõem-se de seqüências curtas de nucleotídeos, repetidas centenas de vezes em leveduras e vários milhares de vezes em vertebrados. Nos cromossomos humanos, a sequência é [5´- TTAGGG- 3´], formando um segmento de DNA de aproximadamente 10 Kb no extremo do cromossomo. A fita complementar, rica em C, termina um pouco antes da fita rica em G, de modo que a última forma uma fita terminal mono catenária no extremo do cromossomo. Como a síntese de DNA avança somente na direção 5´ → 3´e depende de um iniciador, a síntese de DNA, no extremo do cromossomo, é interrompida. A duplicação cromossômica normal produz um progressivo encurtamento dos telômeros, até que, depois de um número de divisões celulares, os cromossomos se tornam instáveis e a célula morre. Mesmo assim, há uma pequena porcentagem de células sobreviventes com capacidade de restaurar o comprimento dos seus telômeros mediante o mecanismo recombinante. Leva-se em consideração a hipótese do comprimento dos telômeros ser a responsável pelo aumento de divisões que uma célula possa sofrer.
Teoria do entrelaçamento cruzado: Essa teoria se fundamenta em alterações moleculares que ocorrem devido à idade em moléculas que estão localizadas dentro de compartimentos extracelulares e intracelulares. Sustenta também que essas mudanças ocorrem quando duas ou mais moléculas se unem covalentemente. O entrelaçamento em moléculas como, por exemplo, as de colágeno pode diminuir a solubidade, a elasticidade e a permeabilidade, podendo, dessa forma, aumentar a viscosidade no compartimento extracelular e impedir processos metabólicos críticos como a liberação de hormônios. Acredita-se em que esse entrelaçamento é o primeiro acontecimento molecular que conduz a maioria das mudanças para o processo de envelhecimento celular.
Teoria imunológica do envelhecimento: Essa teoria se baseia em dois pontos básicos. O primeiro apoia-se no fato de que, à medida que os indivíduos se vão tornando mais velhos, a capacidade do sistema imunológico de base celular e humoral diminui tanto de forma quantitativa quanto qualitativa. É nessa etapa da vida que o sistema imunocompetente se depara com sua maior deficiência, apresentando logo em seguida sua decadência. Para o segundo fator, à medida que as respostas imunológicas vão diminuindo, as manifestações autoimunes têm um aumento gradativo com o avançar da idade, sendo tal sistema cada vez menos eficiente em distinguir entre os elementos próprios e os elementos estranhos ao organismo, resultando um aumento significativo das doenças autoimunes.
Teoria dos radicais livres: O envelhecimento ocorre na maioria dos casos devido a reações, tais como exposição das células e de suas organelas a radiações ionizantes, reações não-enzimáticas e também de reações enzimáticas que proporcionam a redução de O2 e de água, com consequente produção de espécies reativas ao oxigênio ou também chamados de radicais livres.
Os radicais livres são moléculas que possuem um elétron ímpar a mais, estando esse desemparelhado em sua órbita externa e que geralmente se deriva do oxigênio. São formados na mitocôndria geralmente durante a produção de energia a partir de glicose e O2 e neutralizados imediatamente pelas enzimas contidas no interior dessas. Para uma ótima atividade de tais enzimas, há necessidade da presença de diversos minerais como ferro e manganês. Quando ocorre uma deficiência significativa desses minerais, há um aumento no número de radicais livres que podem sair do interior da mitocôndria e atingir a corrente sanguínea e as células. Os radicais livres atuam no processo de envelhecimento, pois atingem direta e constantemente células e tecidos, os quais possuem ação acumulativa.
10-	Qual a importância do telomero e da telomerase no processo de envelhecimento celular.
Os telômeros são, fundamentais no controle da divisão celular e vão sendo encurtados ao longo da vida até perderem sua funcionalidade. O resultado desse processo é o envelhecimento, pois células com telômeros curtos acabam morrendo ou ficam mais vulneráveis a instabilidades genéticas.
Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak pesquisaram os telômeros e descobriram que a enzima telomerase pode proteger os cromossomos do envelhecimento - pode fazer com que eles regenerem os telômeros e, assim, prolongar a vida deles.
11-Explique o funcionamento dos genes supressores de tumor no envelhecimento celular.
Genes supressores do tumor são genes normais que retardam a divisão celular, reparam erros do DNA ou indicam quando as células devem morrer (processo conhecido como apoptose ou morte celular programada). Quando os genes supressores do tumor não funcionam corretamente, as células podem se desenvolver fora de controle, o que pode levar ao câncer. Um gene supressor de tumor é como o pedal de freio em um carro. Normalmente impede que a célula se divida rapidamente, assim como um freio impede que um carro ande muito rápido. Quando algo dá errado com o gene, como uma mutação,a divisão celular pode sair de controle.
12-Explique a importância das sirtuinas no processo de envelhecimento.
Sirtuinas são a classe de enzimas responsáveis por retardar o aparecimento de doenças relacionadas ao envelhecimento .A partir de um mecanismo de retroalimentação, mantem as celular vivas por mais tempo.

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