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AULA 01 - ECTOPARASITAS IXODÍDEOS

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ECTOPARASITAS 
IXODÍDEOS 
Também conhecidos como “carrapatos 
duros” os Ixodídeos são ectoparasitas 
obrigatórios que se alimentam de 
sangue e podem sobreviver por grandes 
períodos sem se alimentar dependendo 
da fase do animal. São responsáveis por 
causar prejuízos à saúde dos animais 
domésticos através do pastejo 
sanguíneo, sendo capazes de transmitir 
uma variedade de patógenos como 
vírus, bactérias e protozoários. 
Das 930 espécies de carrapatos 
existentes no mundo, 722 deles são 
Ixodídeos. Desses 930, 80% são 
exclusivos de animais silvestres. No 
Brasil existem 74 espécies distribuídas 
em nove gêneros dos quais os Ixodídeos 
de maior importância são: Amblyomme, 
Ixodes, Haemaphysalis, Rhipicephalus e 
Dermacentor. 
TAXONOMIA 
 
MORFOLOGIA 
As larvas possuem 3 pares de patas, 
enquanto as ninfas e os adultos possuem 
4 pares de patas. Machos e fêmeas são 
diferenciados pelo seu escudo na parte 
dorsal do seu corpo. 
 
 
Quanto à anatomia em si, os carrapatos 
são identificados da seguinte forma: 
 
O hipostômio, é todo serrilhado e, junto 
com as quelíceras, perfuram a pele do 
hospedeiro. Por isso é importante que 
na hora de retirar esses carrapatos seja 
feito em um movimento de rotação a 
fim de evitar que o hipostômio continue 
na pele do animal e cause alguma 
inflamação. 
 
O primeiro par de patas possui um 
órgão sensorial (órgão de Haller) que 
possui quimiorreceptores e 
termorreceptores que auxiliam a 
localizar o hospedeiro. 
CICLO BIOLÓGICO 
Após a postura dos ovos, estes irão 
crescer e se tornarem larvas, depois se 
tornam ninfas e finalmente adultos. 
Diferenciam-se em macho e fêmea, se 
reproduzem e a fêmea põe os ovos, 
reiniciando o ciclo. 
 
Possuem dois tipos de ciclo biológico: 
O monoxeno acontece em um único 
hospedeiro, ou seja, os ovos presentes 
no ambiente (folhagens, solo, etc) de 
alguma forma chegam ao corpo do 
animal aonde irão crescer até se 
tornarem adultos e se reproduzirem. Já 
o trioxeno acontece em 3 hospedeiros, 
não necessitando ser um hospedeiro de 
espécie diferente. Dessa forma as 
fêmeas soltam os ovos no solo que se 
tornam larvas e esperam um 
hospedeiro para que possa subir nele 
para se alimentar e cair novamente no 
solo aonde se tornarão ninfas. Uma 
vez no solo, as ninfas sobem 
novamente no hospedeiro, se 
alimentam e caem no solo mais uma 
vez a fim de mudar de fase (viram 
adultas). Agora adultas, sobem uma 
ultima vez no hospedeiro, se 
reproduzem e a fêmea ingurgitada de 
ovos cai no solo e libera milhares de 
ovos. 
 
ESPÉCIES DE CARRAPATOS 
> Rhipicephalus (boophilus) microplus 
Conhecido popularmente como 
carrapato do boi, infesta principalmente 
os bovídeos, mas pode ser encontrado 
em outros hospedeiros domésticos e 
silvestres. Possui um ciclo monoxeno e 
excepcionalmente ataca o homem, 
podendo transmitir babesiose e 
anaplasmose. 
O controle desses carrapatos é feito 
através do uso de carrapaticidas (banho 
de imersão, aspersão ou spray, 
injetáveis), mudança de vegetação 
(drenagem, calagem e gradagem do 
solo), limpeza com cortes de pastos e 
rotação e queima de pastagem. 
 
> Dermacentor nitens 
Mais conhecido como “carrapato de 
orelha dos equinos”, também possui um 
ciclo monoxeno e é de importância 
apenas para equídeos em geral. Seus 
locais preferidos de pastejo são o 
pavilhão auricular e o divertículo nasal, 
e podem causar supuração e miíases, 
além de infecções secundárias, sendo 
um dos principais vetores da babesiose 
em equinos. O controle é feito com 
carrapaticidas de uso tópico no pavilhão 
auricular e divertículo nasal ou com 
medicamentos injetáveis. 
 
> Rhipicephalus sanguineus 
Conhecido com “carrapato vermelho do 
cão” possui um ciclo trioxeno e é 
encontrado principalmente em cães, 
mas também em outros mamíferos e até 
em aves. Muito comum em ambientes 
domiciliares, pois podem escalar muros 
e paredes. Por possuir uma 
multiplicação alta é de difícil controle e 
pode levar a casos de erliquiose e 
babesiose. 
O controle é feito a partir de banhos 
carrapaticidas nos cães e através de 
medicamentos injetáveis, repetindo-se o 
tratamento 2 a 3 vezes com intervalos 
de 14 dias. Além disso, devem-se 
aplicar acaricidas nas paredes, piso e 
teto do local em que o animal vive, bem 
como manter uma boa higiene e 
isolamento dos cães e limpeza dos 
canis. 
 
> Amblyomma cajennense e A. 
sculptum 
Conhecido como carrapato estrela ou 
carrapato de cavalo, parasita a maioria 
dos animais domésticos além do ser 
humano, mas principalmente equinos e 
animais silvestres. Pode transmitir 
vários agentes patogênicos que levam à 
Febre maculosa no homem (Rickettsia 
rickettsi) e à babesiose equina. 
Sobre a morfologia, o palpo e o 
hipostômio são mais longos quando 
comparado ao Rhipicephalus. O escudo 
geralmente é mais ornamentado e tem a 
presença de festões. A base do 
gnatossoma possui formas variadas. 
O controle é feito a partir de banhos 
carrapaticidas nos animais e através de 
medicamentos injetáveis, repetindo-se o 
tratamento 2 a 3 vezes com intervalos 
de 14 dias. Além disso, devem-se 
aplicar acaricidas nas paredes, piso e 
teto do local em que o animal vive, bem 
como manter uma boa higiene e 
isolamento dos animais acometidos.

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