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FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA Epidemiologia • Áreas livres • Áreas estáveis • Áreas instáveis Vetor presente o ano todo Rebanho está sob constante desafio Casos clínicos isolados Doença: 1) Queda de resistência individual 2) Hiperparasitismo 3) Excesso de antiparasitários 4) Introdução de cepas heterólogas Vetor não está presente o ano inteiro Animais passam um período do ano sem contato com carrapato Oscilação do nível de anticorpos circulantes Surtos são frequentes Não tem o vetor Inexistência de condições ambientais Não existe Babesia e Anaplasma (?) Pré-disposição a surtos ✓ Flutuação na população de carrapatos ✓ Medidas artificiais de controle ✓ Variações climáticas ✓ Introdução de bovinos susceptíveis em áreas enzoóticas ✓ Introdução de cepas heterólogas Imunidade ➢ Exposição aos agentes nas primeiras semanas de vida ➢ Exposição constante aos agentes transmissores ➢ Imunidade específica para cada agente ➢ Imunidade colostral Patogenia Anaplasma → movimenta-se entre os eritrócitos evitando lesar a membrana celular; remoção do agente ocorre por fagocitose do eritrócito infectado Babesia → destruição das hemácias (anemia), formação de trombos de hemácias – estase circulatória no cérebro, rins e musculatura o Vasodilatação, edema, choque o Obs.: Babesiose cerebral – B. bovis Sinais clinicos ❖ Babesiose o Hipertermia (40°C) o Anemia o Icterícia o Hemoglobinúria o Apatia generalizada o Constipação, aborto, queda na produção o Andar em círculo, convulsão e morte ❖ Anaplasmose o Hipertermia (40°C) o Anemia progressiva o Grave icterícia o Apatia o Aborto o Diferenciação – ausência de hemoglobinúria e não há congestão da massa encefálica Tratamento ❑ O prognóstico depende da rapidez no diagnóstico e imediata aplicação do medicamento ❑ Anaplasma sp. o Tetraciclinas ou quinolonas ❑ Babesia spp. ruminantes FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS o Aceturato de diminazeno ❑ Anaplasma sp. + Babesia spp. o Tetraciclinas + aceturato de diminazeno o Quinolonas + aceturato de diminazeno o Imidocarb ❑ Terapia de suporte Tripanossomose bovina Trypanosoma vivax Seção Salivaria Hospedeiros: ruminantes Vetores: tabanídeos e Stomoxys sp. Ciclo biológico Vetor pica o hospedeiro contaminado Multiplicação Circulação sanguínea → tripomastigotas Doença o Febre, perda de peso, anemia, síndrome hemorrágica (sistema gastrintestinal e mucosas), efeitos sobre a fertilidade (abortos) Profilaxia Tratamento – Isometamidium (Vivedium) Transmissão iatrogênica Tricomonose A Tricomonose é uma doença venérea de bovimos causada por protozoários da espécie Tritrichomonas foetus e que se caracteriza por apresentar repetições de cios em intervalos irregulares, aborto, piometra e infertilidade FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS Importância econômica • Afeta a produtividade dos rebanhos infectados • Perdas econômicas: tratamento, sacrifício e reposição de animais infectados, queda na produção Touros o Não produz efeitos patogênicos o Não afeta a fertilidade o Não afeta o desempenho sexual o São assintomáticos o Em alguns casos, balanopostites com corrimento e cura espontânea o Portadores Rebanhos o Aumento dos intervalos de cios (média 35 dias) o Repetições de cios com intervalos irregulares o Diminuição da taxa de natalidade o Infertilidade o Aumento do n° de serviços (5,15 serv./concepção) o Abortos o Piometras Diagnóstico Controle ❑ Diagnóstico pré-estação de monta ❑ Aquisição de reprodutores negativos ❑ Introdução de inseminação artificial ❑ Repouso fêmeas – imunidade ❑ Controle as demais doenças associadas à reprodução, tais como a Leptospirose, BVD, IBR e Campilobacter ❑ Só se justifica em touros de elevado valor zootécnico Neosporose Efeitos na reprodução o Morte embrionária o Abortos o Nascimento de bezerros persistentemente infectados o Nascimento de bezerros fracos e inviáveis o Nascimento de bezerros com sinais nervosos FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS Transmissão horizontal o HD (cão) → oocistos (alimentos/água ou feto abortado/vísceras infectadas) → HI (bovino) Transmissão vertical o Reativação do parasita o Intra-uterina o 80-95% de todas as infecções Primeiro terço da gestação o Abortos: geralmente não são detectados o Reabsorção embrionária → retorno ao cio Segundo terço da gestação o Morte feral – abortos o Nascimento de bezerro vivo com sinais nervosos o Nascimento de bezerro persistentemente infectado Terceiro terço da gestação o Nascimento de bezerro vivo, persistentemente infectado o Nascimento de bezerro vivo com sinais nervosos o Nascimento de bezerro sadio não infectado O efeito da infecção/reativação depende do período da gestação na qual a infecção ou reativação ocorre Por que a infecção algumas vezes causa aborto e em outras não? o Trimestre gestacional + magnitude de parasitemia + imunidade o Vacas de alto valor zootécnico positivas → transferência de embriões → receptoras negativas Diagnóstico ❑ Clínico ❑ Laboratorial o Detecção de antígenos o Histopatologia o Imunohistoquímica o Aplicação em inóculo o PCR Controle ❖ Não há transmissão bovino a bovino ❖ Evitar a entrada de fêmeas positivas no rebanho ❖ Remover os tecidos potencialmente infectados do ambiente ❖ Descarte de vacas positivas ❖ Cães podem eliminar oocistos por mais de uma ocasião ❖ Evitar acesso de cães ao alimento e água dos bovinos Toxoplasma gondii FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS Eimeriose Protozoários coccídicos do gênero Eimeria Alterações gastrintestinais Sinais clínicos o Diarreia de sangue (curso vermelho ou enterite hemorrágica) Importância econômica • Grandes prejuízos à produção de ruminantes • Mortalidade principalmente em animais entre 1 e 8 meses • Baixo desempenho – refugo $$$ • Limitação do ganho de peso e do crescimento • Comprometimento da produção de leite Epidemiologia ▪ Segunda causa de mortalidade em terneiros de 1 a 8 meses de idade ▪ Pico de eliminação de oocistos: 3°/4° semana – 8000 a 20000 oocistos por grama de fezes ▪ Fonte infecção: oocistos esporulados o Oocistos podem permanecer infectantes por vários meses o Oocistos são sensíveis à dessecação, calor e luz solar direta o Resistentes a maioria dos desinfetantes Fatores predisponentes ✓ Concentração animal ✓ Mudanças de manejo ✓ Animais jovens (adultos são transmissores) ✓ Estresse: desmama, transporte, cirurgias ✓ Animais com infecção subclínica – maior impacto ✓ Adultos são fonte de infecção → animais jovens (imunidade) Sistema de produção – criações intensivas o Alta densidade populacional – maior disponibilidade de oocistos – maior facilidade de transmissão Bovinos de leite: mais precoce e maior intensidade o Estresse, desmame precoce Bebedouros e cochos Solos úmidos, pastagens mais baixas Patogenia Infecção intestinal e hemorragia o A atrofia das vilosidades leva a uma diminuição de absorção de nutrientes o Redução na atividade de enzimas digestivas o Fermentação microbiana Diarreia Fatores do coccídeo o Espécie de Eimeria o Dose infectante • Número de células destruídas por oocisto ingerido (imunidade) o Viabilidade e virulência dos oocistos ingeridos o Localização do parasita dentro dos tecidos do hospedeiro e dentro da célula o Tamanho dos estádios endógenos o Grau de reinfecção Sinais clínicos Diarreia, desidratação, anorexia, apatia e perda de peso FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS A forma mais severa da coccidiose é caracterizada por diarreia sanguinolenta, desidratação, anorexia, letargia e alta mortalidade Fatores que interferem nas características da coccidiose: •Idade – é doença de animais jovens • Imunidade – o estresse (desmama) são imunodepressivos e podem precipitar infecções latentes • Fatores relacionados ao parasita – número de merozoítos produzidos, o grau de reinfecção • Manejo – criações intensivas → coccidiose ocorre mais cedo e aparece com maior severidade • Clima – período seco, aglomeração dos animais em pequenas áreas e pastagens baixas que favorecem maior ingestão de oocistos Diagnóstico ❖ Anamnese, que deve associar informações sobre o manejo, sistema de criação e sinais clínicos ❖ Necropsia, demonstração de formas endógenas do parasito nos tecidos afetados ❖ Exame de fezes (resultados + sinais clínicos) Tratamento e controle ➢ Adoção de medidas sanitárias e de manejo, tratamento dos animais doentes e uso preventivo de drogas anticoccídicas ➢ Drogas: sulfas, amprólio, decoquinato, antibióticos ionóforos (monensina, salinomicina, lasalocida) e toltrazuril são os princípios ativos que apresentam os melhores resultados Práticas sanitárias • Instalações limpas e secas • Animais separados de acordo com a idade • Evitar grandes concentrações em pequenas áreas por longos períodos • Os bebedouros e comedouros devem ser colocados de maneira a não se contaminarem com as fezes • A remoção das fezes e camas • Oocistos são destruídos pela dessecação, luz solar e calor, mas dificilmente são atingidos por esses agentes, pois ficam protegidos pela matéria orgânica • Altas concentrações de hipoclorito de sódio e amônia
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