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Ectoparasitoses de ruminantes

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FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS 
Importância econômica 
• Causam a diminuição do ganho de peso e 
produção do leite dos animais 
• Desvalorizam a lã e couro 
• Ação irritativa e espoliativa 
• Causam a morte dos animais 
 
Haematobia irritans 
❖ Inseto hematófago 
❖ Adulto: cinza com corpo escuro com 
listras, têm aparelho bucal picador 
❖ Infestação 500 moscas/animal pode: 
o Causar perda de 40kg de peso vivo 
o Reduzir em até 15% a produção de 
leite 
o Diminuir a libido (touro) e cio (vaca) 
o Reduzir a taxa de prenhez em até 
15% 
o Inquietar os animais com picadas 
constantes 
o Depreciação do couro 
 
❖ Preferência: 
o Animais adultos 
o Animais de cor escura 
o Raça europeia ou cruzas 
o Touros 
CONTROLE 
➢ Formulações de liberação lenta em 
brincos impregnados 
o Proteção prolongada (até 120 dias) 
o Retirar após a validade → resistência 
➢ Pour-on 
o Período proteção mais curto 
o Até 30 dias 
 
➢ Resistência 
o Piretróides = 90% → fosforados 
o Não usar na época seca 
o Acima de 200 moscas por animal 
o Controle biológico 
Stomoxys calcitrans 
❖ Inseto hematófago – picada dolorosa 
❖ “Mosca dos estábulos” 
❖ Postura na silagem, restos de capim 
úmidos, resíduos, fezes 
❖ Relacionado a limpeza dos estábulos 
❖ Utilização de inseticidas só é 
recomendada em caráter emergencial 
CONTROLE 
➢ Limpeza, desinfecção do ambiente e 
manejo de esterqueiras 
➢ As administrações de inseticidas à base de 
organofosforados, piretróides, na forma 
de aerossol/pulverização dentro e em 
volta dos estábulos e das instalações 
rurais 
ruminantes 
FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS 
➢ O controle químico nos animais pode ser 
feito com a utilização de produtos 
ectoparasiticidas organofosforados 
(exemplos: clorpirifós, diclorvós, diazinon, 
entre outros), associados ou não aos 
piretroides (exemplos: cipermetrina, 
deltametrina, entre outros), 
administrados pela via pour on e 
pulverização 
Dípteros 
❖ Miíases → é a infestação de vertebrados 
vivos com larvas de dípteros que se 
alimentam dos tecidos vivos 
o Dermatobia hominis 
o Cochliomyia hominivorax 
o Oestrus ovis 
Dermatobia hominis 
 Adulto: cabeça e tórax castanhos e 
abdômen azul metálico 
 Larva: possui espinhos, ganchos e 
estigmas respiratórios 
 Pupa: tufos amarelados 
 Não vão até os animais, depositam massa 
de ovos em outros vetores 
 
 Os danos causados aos animais são 
decorrentes da fase parasitária com o 
desenvolvimento de nódulos subcutâneos 
(processo inflamatório), irritação (dor e 
desconforto), infecções secundárias 
bacterianas (abscessos) e sangramentos 
(bicheiras) 
 Resistência: 
o Organofosforados (DDVP e 
clorpirifós), piretróides 
(cipermetrina) associados aos 
organofosforados e avermectinas 
(endectocidas injetáveis) 
o Têm pouca ação letal contra o 
segundo e o terceiro estágio do 
berne, contudo, possuem ação 
repelente sobre as moscas vetores 
 Surtos: 
o Ivermectina, doramectina 
• Doses de 200mcg/kg de peso 
vivo → são altamente eficazes 
no controle de todos os 
estágios do berne 
Cochliomyia hominivorax 
 Adulto: tórax verde a azul metálico, com 3 
linhas longitudinais 
 Larva: possui espinhos e estigmas 
respiratórios 
MIÍASE OU BICHEIRA 
 Larvas da mosca varejeira que se 
alimentam de tecido vivo 
 O desenvolvimento destas moscas é muito 
influenciado pelas condições do ambiente, 
principalmente a temperatura e 
quantidade de chuvas 
 Bicheira de umbigo ou castração pode ser 
evitada: 
o Aplicação de doramectina no 
momento do nascimento ou cirurgia 
 Bicheira já estabelecida: 
o Lavar o ferimento e retirar as larvas e 
tecido morto 
o Antibiótico 
o Sprays inseticidas 
o Avaliar os animais diariamente até a 
completa recuperação 
Oestrus ovis 
 Adulto: coloração acinzentada, possui 
pelos e manchas escuras pelo corpo, 
vivípara 
 Larva: grande com peritrema em formato 
de D, possui bandas quitinosas em todos 
os segmentos e sem espinhos 
SINAIS CLÍNICOS 
 Corrimento nasal mucopurulento (com ou 
sem sangue), inquietude, espirros, 
dificuldade respiratória e em casos mais 
graves incoordenação motora, andar em 
círculos, cegueira e até a morte 
 Um comportamento bem característico 
adotado pelos animais para se 
protegerem das moscas é a disposição em 
círculo com as cabeças abaixadas e 
voltadas para o centro 
CONTROLE E TRATAMENTO 
FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS 
➢ O controle está ligado a técnicas de 
manejo que visem reduzir o contato da 
mosca com o animal e principalmente o 
combate do parasita através do uso de 
antiparasitários de ação sistêmica, que 
tenham como princípio ativo as 
avermectinas, como a ivermectina 1% 
➢ Aplicação da ivermectina 1% pela via 
subcutânea, na dose de 1ml para cada 
50kg, nos animais que apresentarem os 
sintomas características da oestrose 
➢ Outras alternativas de controle 
Sarnas 
 Ectoparasitas permanentes 
 Escavadoras e superficiais 
 Ovinos x bovinos 
Importância econômica 
• Eritema, espessamento da pele, alopecia, 
aumento da descamação 
• Pele espessa e com crostas 
• O prurido intenso → escoriações, 
hemorragias e infecções secundárias 
• Animais mais debilitados 
• Lã áspera e desprendimento da lã 
• Afeta mais as áreas de pelagem mais 
esparsa, cervelha, causa e patas 
• A sarna ovina é uma doença de 
notificação obrigatória e deve ser 
comunicada às Inspetorias de Defesa 
Agropecuária sempre que o produtor 
verificar lãs nas cercas, animais se 
esfregando em paredes e cercas, lá 
repuxada, perda de lã e feridas em forma 
de crostas secas e úmidas 
TRATAMENTO 
➢ Injetável (Ivermectinas) 
➢ Banho 
➢ 2 aplicações, intervalo 7-10 dias 
➢ Identificação dos animais banhados 
Piolhos 
 Ordem Phthiraptera 
o Ectoparasitas permanentes 
o São achatados dorsoventralmente 
o Mecanismos de transmissão 
• Direto (contato entre animais 
infestados) 
• Indireto (fômites) 
 Subordem Ischnocera 
o Piolhos mastigadores 
o Antenas com 3 segmentos 
o Cabeça maior que tórax 
 Bovicola ovis 
o Cabeça arredondada com 
“bochechas” 
 Ovinos x bovinos 
 Notificação obrigatória 
 Os animais diagnosticados com pediculose 
devem ser separados e tratados 
 Para combater a piolheira podem ser 
utilizados banhos por aspersão ou imersão 
com inseticidas organofosforados ou 
piretróides, que devem ser repetidos após 
7 a 10 dias, para abranger todas as formas 
evolutivas dos piolhos

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