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FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS Constitui um dos principais entraves à produção animal em sistema de pastagens nas regiões tropicais e subtropicais o Causam infecções graves o Diminuem a produtividade o Causam grave anemia e mortes o Reduzem os benefícios econômicos Infecções subclínicas o Animais saudáveis → não atingem potencial máximo produtivo o Debilidade, emagrecimento, decréscimo na produção de leite, carne e lã o Redução na produtividade animal e atraso no desenvolvimento → muitas vezes é ignorada pelos produtores Infecções clínicas o Associação de fatores → carência nutricional, alta lotação animal, infecções simultâneas o Diarreia, rápida perda de peso, desidratação, anemia As condições necessárias para que o ciclo evolutivo se complete: o Biologia e à ecologia dos estádios livres sobre a superfície do solo, ou seja, ao desenvolvimento e à sobrevivência dos ovos e das larvas o Temperatura, umidade, luminosidade, altura e densidade da vegetação e presença de predadores o Idade dos animais, excesso de lotação, falta de limpeza de instalações o Pode ocorrer infecções mistas Trematódeos Fasciola hepática Euritrema Paramphistomum Fasciolose ❖ HI – moluscos aquáticos → caramujos Lymnea o L. columella, L. viatrix, L. cubensis ❖ HD – ruminantes (bovinos) o Podendo infectar equinos, suínos, coelho, cobaio, homem (acidentalmente) → zoonose ❖ Localização (adultos) – fígado (ductos biliares) ❖ Nutrição – sangue e tecidos hepáticos ❖ Causa de mortalidade e condenação de fígados em abatedouro ❖ Diminuição do ganho de peso (25%) ruminantes FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS EPIDEMIOLOGIA Fatores importantes para ocorrência de fasciolose: o Solos úmidos, áreas alagadiças ou após enchentes o Presença do hospedeiro intermediário o Presença do hospedeiro vertebrado susceptível Presença de Fasciola na propriedade o Presença do caramujo de água doce o Presença de sinais nos animais o Observação dos fígados de animais abatidos em frigorífico PATOGENIA Forma aguda o Fígado aumentado de volume, pálido e friável com traços migratórios Forma crônica (comum) o Hepatite traumática – hemorragias o Necrose o Regeneração → deposição de colágeno → fibrose → tecido fibroso em volta dos vasos → estenose o Hiperplasia dos ductos SINAIS CLÍNICOS Assintomático Forma aguda o Morte súbita (hemorragias nasal e anal) Forma crônica o Mucosas pálidas o Perda de peso o Diminuição do apetite o Edema o Em bovinos → transtornos digestivos como eliminação de fezes duras e quebradiças (em casos extremos diarreia) DIAGNÓSTICO ❑ Laboratorial o Pesquisa de ovos nas fezes • Técnica de sedimentação ou Tamisagem Progressiva o ELISA o Exame negativo = animal negativo? – PPP é longo ❑ Frigorífico → condenação de fígado ❑ DIAGNÓSTICO: sorológico + achado de ovos nas fezes + lesões características na necropsia CONTROLE ➢ Eliminação da fonte de infecção o Tratamento de todos os animais ➢ Destruição dos caramujos? o Empregar molusquicidas o Drenas áreas úmidas o Eliminação da vegetação aquática modificando o habitat dos moluscos ➢ Evitar áreas de pastagens pantanosas e alagadiças → cercar FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS o Os ovos somente realizam desenvolvimento embrionário em locais úmidos o Metacercária presente na vegetação TRATAMENTO Dianfenetida, Triclabendazol, Levamizol F Nitroxinil Recomenda-se quando possível, a transferência dos animais para pastagens livre dos trematóides Paramphistomum cervi ❖ Localização: rúmen ❖ Ciclo semelhante a Fasciola ❖ HD: ruminantes (bovinos) ❖ HI: moluscos aquáticos PATOGENIA Formas jovens (1-3mm) no duodeno o Duodenite que pode ser hemorrágica, ulcerações e espessamento de mucosa o Perda de proteínas e edema o Anemia Formas adultas no rúmen (pouco patogênicas) o Grande número leva a destruição das papilas ruminais e infecção da mucosa Mais em animais jovens Imunidade em infecções SINAIS CLÍNICOS Diarreia hemorrágica, fétida e intensa Mucosas pálidas Desidratação Emagrecimento Anorexia Sede intensa A mortalidade em bovinos pode chegar a 90% em surtos agudos → altas infecções TRATAMENTO E CONTROLE ➢ Tratamento o Semelhante ao controle de Fasciola o Rafoxanida, Oxiclozanida ➢ Controle o Impedir o acesso dos animais às fontes naturais de água o Aplicação de molusquicidas Eurytrema ❖ HI 1: molusco terrestre ❖ HI 2: insetos → gafanhoto ❖ HD: bovinos, caprinos e ovinos ❖ Localização: ductos pancreáticos o Menos frequentemente nos ductos biliares e duodeno de ruminantes ❖ Pouco patogênicos PATOGENIA Inflamação catarral com degeneração do epitélio dos ductos Focos inflamatórios e granulomatosos sem afetar o parênquima o Ovos aderidos a parede dos ductos Em grande número pode ocorre fibrose severa com atrofia do pâncreas Sinal clínico: perda de peso Doença subaguda – sem tratamento eficaz Cestódeos Moniezia Taenia saginata (larva) Moniezia ❖ Moniezia benedeni o HD: bovinos o HI: ácaro de vida livre FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS ❖ Mais comum em bezerros (1° ano de vida) ❖ Flutuação sazonal relacionada com os períodos ativos dos vetores na pastagem PATOGENIA Geralmente são assintomáticos Infecção maciças pode ocorrer inflamação da mucosa com diarreia ou constipação Proglotes nas fezes CONTROLE ➢ Realizar tratamento dos animais acometidos ➢ Diminuir a população de ácaros na vegetação → arar a terra e semear pasto novo ➢ Evitar a utilização dos mesmos pastos em anos consecutivos Cisticercoses Taenia saginata – Cysticercus bovis HD: homem HI: bovino Parasita adulto → homem – ID Larva do tipo cisticerco → bovino (musculatura e órgãos) Adultos - 4 a 8m x 5 a 6mm T. saginata vive cerca de 10 anos, podendo chegar até 30 anos Cysticercus bovis ▪ Vesícula translúcida oval ou levemente alongada contendo um único escólex invaginado ▪ Desenvolve-se, principalmente, nos músculos com maior oxigenação, como masseteres, coração e diafragma FRAN GOMES DOENÇAS PARASITÁRIAS CONTROLE E TRATAMENTO ➢ Benzimidazóis o Sulfóxido de albendazol o *Agebendazol 15% ➢ Trabalho educativo da população o Tratamento dos positivos o Higiene o Fiscalização da carne
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