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ebook_etapa_4 Transtorno do Espectro Autista - TEA

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TransTorno do EspEcTro 
auTisTa - TEa
curso sobre
Ler Ebook
eTAPA 4 
reLAÇÕes FAMILIAres e 
socIoAFeTIVAs Dos AuTIsTAs 
AuTor: MArceLo MArTIns
orgAnIzAÇão: AnA cLArIsse ALencAr bArbosA
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APoIo: nuAP - núcLeo De APoIo PsIcoPeDAgógIco
e nIA - núcLeo De IncLusão e AcessIbILIDADe
Copyright © UNIASSELVI 2019
Continue Lendo 3
1 inTroduÇÃo
rEFErÊncias
4 as conViVÊncias 
EscoLarEs do auTisTa
considEraÇÕEs 
Finais
2 a FaMÍLia dE uMa 
pEssoa coM auTisMo
3 as conViVÊncias 
FaMiLiarEs do auTisTa
MaTEriais 
coMpLEMEnTarEs
1 InTroDuÇão
Chegamos à nossa última etapa do curso Transtornos do Espectro 
Autista (TEA). Temos percorrido diversos aspectos para a compreensão da real 
importância do autismo. Nesta última parte, nosso propósito é abordar com vocês 
as relações familiares e socioafetivas dos autistas. Daremos um efoque maior em 
dois aspectos: família e escola. 
Devido às transformações que a família vem enfrentando, especialmente 
no tamanho e na fragilização, acentuam-se as dificuldades quando se tem na 
família uma pessoa com alguma deficiência. Ainda que uma família tenha um 
bom ajustamento, harmonia e laços que a fortalecem, quando surge em seu 
seio alguém que tenha alguma deficiência, ela precisará se reajustar em muitas 
áreas. Conforme Schmidt, o autismo é “democrático”. Não se sujeita a condição 
socioeconômica, cultural ou racial e pode ocorrer em todos os tipos de família. 
O que mais tende a variar, além dos graus de comprometimento do autismo, é a 
forma como as famílias lidarão com esse diagnóstico. (SCHMIDT, 2014). 
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EscoLarEs do auTisTa
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pEssoa coM auTisMo
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FaMiLiarEs do auTisTa
MaTEriais 
coMpLEMEnTarEs
Os relacionamentos socioafetivos são fundamentais e contribuem 
efetivamente para o desenvolvimento da pessoa com autismo. Por isso a 
família ocupa um lugar tão importante nesse processo. A inclusão começa na 
própria família, mas não deve ficar restrita a ela. A escola passa a ser um lugar 
extremamente relevante para que este processo possa acontecer, e mais ainda, 
pode contribuir muito para o desenvolvimento da pessoa com TEA. 
Destacaremos então, primeiramente, a família de uma pessoa com autismo, 
buscando ter um entendimento melhor do que acontece no seio destas famílias; 
na sequência, veremos as relações que são estabelecidas no seio familiar com 
uma pessoa dentro do espectro, e, por fim, vamos nos atentar para o aspecto 
escolar do autista, especialmente buscando um olhar inclusivo e que coopere no 
desenvolvimento do autista.
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EscoLarEs do auTisTa
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2 a FaMÍLia dE uMa 
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FaMiLiarEs do auTisTa
MaTEriais 
coMpLEMEnTarEs
2 A FAMÍLIA De uMA PessoA coM AuTIsMo
O nascimento de uma criança normalmente é cercado de grandes expec-
tativas, não somente por parte dos pais, mas também dos familiares, amigos e 
pessoas mais próximas do círculo de relacionamentos estabelecidos. De fato, é um 
grande acontecimento, pois trata-se de uma nova vida adentrando ao mundo, na 
família, na sociedade, na vida. E isto, por si só, representa algo muito importante.
 Entretanto, depois do nascimento e dos primeiros meses de vida, a família 
que vive nesta expectativa tão desejada para a chegada da criança, quando se 
depara com o diagnóstico de autismo (TEA) sofre um impacto muito acentuado. 
Em todas as situações de deficiência (seja por nascimento ou adquirida) sempre 
haverá momentos bem críticos, porém, os primeiros momentos diante daquela 
realidade costumam ser os mais desnorteadores. 
No caso de autismo, uma das grandes dificuldades é a morosidade para 
diagnosticar com precisão e o desconhecimento de como será o desenvolvimento 
da criança no futuro. Isto causa uma sensação enorme de impotência e incertezas 
quanto a várias situações. Algumas perguntas começam a borbulhar: Será que a 
criança irá falar? Ela vai conseguir ter uma vida normal? Terá progresso? Que tipo 
de tratamento é o melhor? O que causou o Autismo? Fizemos alguma coisa errada? 
Como nossa família reagirá? Enfim, serão perguntas e mais perguntas.
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FaMiLiarEs do auTisTa
MaTEriais 
coMpLEMEnTarEs
FIGURA 1 - FAMÍLIA
FONTE: <http://bit.ly/2P5M3j5>. Acesso em: 4 jan. 2019.
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FaMiLiarEs do auTisTa
MaTEriais 
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O autismo, em virtude de sua etiologia, pode suscitar nos pais confusão, 
mistério e necessidade de busca do significado para o que está acontecendo. 
Por exemplo, pode surgir o receio de ter feito algo errado, a crença de ter sido 
“divinamente escolhido”, etc. Essa dificuldade no diagnóstico do autismo pode 
gerar tendência dos pais a se culparem, bem como distorções dos acontecimentos 
e de outras informações prestadas e recebidas sobre o filho, configurando-se 
como um fator de risco para essas famílias. (SCHMIDT, 2014). 
O impacto deste momento é algo muito forte. Isto não quer dizer que 
outros momentos também não serão dolorosos para estas famílias, pelo 
contrário, elas serão tremendamente arrefecidas com o desdobrar da situação. O 
diagnóstico de autismo de um filho afeta todos na família, direta ou indiretamente 
(SCHMIDT, 2014). O impacto nas famílias, e mais especificamente nos casais, é 
grande, pois o autismo, em razão de suas características, configura-se como um 
estressor potencial. Algumas famílias, no entanto, parecem sofrer um impacto 
mais devastador. (SCHMIDT, 2014). 
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EscoLarEs do auTisTa
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FaMiLiarEs do auTisTa
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“Eu tinha só perguntas, eu não tinha respostas...” Assim João definiu o 
que provavelmente muitos pais e outros familiares de crianças na mesma 
condição sentem ao receber o diagnóstico de autismo de seu filho. Ouvir isso 
foi impactante, mas esclarecedor; ele falava do senso de desamparo. De fato, 
não há amparo imediato e suficiente diante do medo e da falta de respostas a 
diversas questões, como “e agora? ”, “meu filho tem autismo, o que eu faço?”, “é 
algo que a gente fez de errado?”. Muitas são as dúvidas e ainda são poucas as 
nossas respostas. Enfim, nenhuma família está (e realmente nem precisa estar) 
“preparada” para lidar com essa situação. (SCHMIDT, 2014, p. 81).
As famílias começam a perceber não somente aquilo que traz dor para 
elas, mas também a própria mudança de atitude, em alguns casos, daqueles que 
estão ao seu redor. Solomon salienta que o nascimento de uma criança saudável 
costuma expandir a rede social dos pais; o nascimento de uma criança deficiente 
diminui essa rede (SOLOMON, 2013). O certo é que cada família, e dentro desta, 
cada membro é afetado pelo membro autista de maneira diferente. O impacto que 
produz o autismo, além de variar nas famílias, e nos indivíduos que as formam, 
muda segundo a etapa em que se encontra cada um (FERNANDES, 2010). 
Solomon apresenta um retrato bem visível de como é uma família que tem 
um filho com autismo (especialmente dos casos mais acentuados) e do impacto 
que o autismo pode trazer:
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EscoLarEs do auTisTaconsidEraÇÕEs 
Finais
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Embora a vida de muita gente com autismo siga sendo um tanto inescrutável, 
em geral a vida das pessoas cujos filhos têm autismo é reconhecidamente dura: 
às vezes, horrivelmente dura. O preconceito social agrava a dificuldade, mas é 
ingenuidade propor que tudo seja preconceito social: nada é mais devastador 
do que ter um filho incapaz de exprimir amor de modo compreensível, um 
filho que passa a noite inteira acordado, requer supervisão constante, grita e 
esperneia, mas não consegue comunicar o motivo ou a natureza do seu mal-
estar: essas experiências desnorteiam, esmagam, exaurem e nada têm de 
gratificantes. Pode-se mitigar o problema com uma combinação de tratamento 
e aceitação, específica em cada caso. É importante não se deixar levar pelo 
impulso de só tratar ou pelo de só aceitar (SOLOMON, 2013, p. 343). 
Os pais de autistas geralmente ficam privados do sono. Com frequência 
empobrecem devido ao custo do tratamento. Vivem sobrecarregados com as 
necessidades incessantes dos filhos, que quase sempre requerem supervisão 
constante. Estão sujeitos a se divorciar e a se isolar. A passar horas sem fim 
lutando com os provedores de seguro-saúde e com a autoridade educacional 
que determina que serviços seus filhos vão receber. A perder o emprego 
por excesso de faltas para administrar crises; muito amiúde, têm péssimas 
relações com os vizinhos porque os filhos destroem as coisas ou são violentos. 
O estresse leva as pessoas a atos extremos; o estresse extremo leva-as para 
além do tabu social mais profundo: o abate do próprio filho. Alguns alegam ter 
matado o filho autista por amor, e há os que reconhecem ódio e raiva. Debra 
L. Whitson, que tentou assassinar o filho, explicou-se assim à polícia: “Esperei 
onze anos para ouvir meu filho dizer: ‘Eu te amo, mamãe’.” A paixão desnorteia, 
e a maioria desses pais age impelida por uma emoção tão poderosa que 
identificá-la como amor ou ódio é reduzi-la. Nem eles sabem o que sentem; só 
sabem o quanto o sentem (SOLOMON, 2013, p. 347). 
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Conforme Martins, o impacto que essas famílias recebem faz com que 
passem por diversas situações e sentimentos, por exemplo: negação; crises e 
luto; aceitação; culpa; medo e aceitação; desafio constante e duradouro; filicídio; 
busca pela cura (MARTINS, 2018).
NO
TA
O impacto nas famílias, em grande parte dos 
casos, é muito acentuado. Sentimentos como: negação, 
crises, luto, depressão, ansiedade, aceitação, culpa, 
medo, aceitação, busca pela cura etc. acabam surgindo.
Nos chocam um tanto estas informações, mas de fato, em muitos casos, 
esta é uma realidade vivida por muitas famílias. Além disso, há uma busca 
constante por boa parte das famílias para a melhora, progresso e desenvolvimento 
dos seus filhos, como nos relata Chadarevian: 
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Assim começou um longo caminho: anos de tratamentos que nos demandaram 
muita dedicação e constância; devíamos levá-lo várias vezes na semana para 
que fosse atendido por diversos especialistas: fonoaudiólogo, psicomotricista, 
professor especialista, psicóloga, ... e também um caminho de muitas 
dificuldades e frustrações para nós pais e também para ele como criança, 
embora ainda não soubéssemos quão consciente ele podia ser de suas próprias 
limitações (Tradução nossa) (CHADAREVIAN, 2009, p. 12). 
Vários estudos demonstram que existe um conjunto de aspectos 
específicos das PEA (Perturbação do Espectro Autista) que determinam a 
adaptação dos pais a estas perturbações, nomeadamente: 
1º. O diagnóstico, que regra geral, só se realiza após um período de desenvolvi-
mento aparentemente normal ou percebido como normal; 2º. O facto de ser 
uma patologia crônica; 3º. As características comportamentais específicas, am-
bíguas e inconscientes; 4º. A persistência de incertezas e dúvidas quanto às 
causas. Com efeito, estes fatores contribuem para o desenvolvimento de ati-
tudes de ansiedade e depressão nos pais destas crianças (SHOPLER; MARCUS, 
1983: KOEGEL, 1996, apud MARQUES, 2000 apud FERNANDES, 2010, p. 54).
Os estudos apontam uma sobrecarga para os pais, por causa do 
comportamento da criança. Problemas como sono, alimentação, rotinas, rituais, 
crises, etc. Segundo Fernandes, além disso, o comportamento é perturbador, 
incompreensível e, por vezes, até inesperado, a aparente indiferença ao contato 
afetivo e comunicação provoca sentimentos de frustrações e angústia nos pais 
(FERNANDES, 2010). 
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FIGURA 2 – O AUTISTA E A RELAÇÃO FAMILIAR
FONTE: <http://bit.ly/2Kxve1V>. Acesso em: 18 jan. 2018.
As exigências colocadas pela deficiência afetam toda a família. P. J. 
Beckman sugere que 66% da variabilidade do estresse das mães, incluindo 
agitação, irritabilidade ou falta de compreensão, resulta pelo tipo de exigências 
colocadas pela criança. Uma criança ou jovem com autismo pode ter episódios de 
fúria e atitudes agressivas e frequentes, e muitas vezes graves.
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Os pais passam frequentemente por crises e um processo de luto diante 
do fato da deficiência do filho. Ficam muitas vezes sós, se sentem solitários. 
Segundo Solomon, podem, às vezes, experimentar um sentimento de abandono, 
que os leva a fazer do filho “a causa” de sua vida e a militar a favor de seus 
direitos. O terceiro torna-se, então, puramente externo, reduzindo-se a ser 
aquele a quem cabe reivindicar mais direitos e mais cuidados” (SOLOMON, 2013, 
p. 323). Joyce Chung, mãe de uma autista, disse: “Nossa luta era para não viver a 
doença de nossos filhos como uma mágoa narcisista” (SOLOMON, 2013, p. 326).
NO
TA
A família precisa prestar todo cuidado e empen-
ho para ajudar no desenvolvimento do seu filho com 
autismo, no entanto, não pode esquecer de olhar e 
cuidar de si mesma, ou seja, dos demais membros, pois 
isto pode acarretar em outros problemas.
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Em muitos casos a tendência é a família focar tanto na situação que acaba 
descuidando de si mesma. Léo Buscaglia mostra que a família precisa estar atenta 
para não ficar somente focada no filho e descuidar de si mesma, ambas as coisas 
são extremamente importantes, mas com equilíbrio. O autor afirma: 
cuidem de seu filho e de suas necessidades especiais, busquem ajuda e 
orientação, mas cuidem de vocês também. Fiquem atentos às necessidades 
de seu marido e de sua mulher e dos outros membros da família. Mais do que 
de qualquer coisa, seu filho se beneficiará da integridade do grupo familiar. 
Vocês perguntaram em que podem ajudar. Bem, essa é uma questão em que 
podem contribuir muito. Na realidade, só vocês podem fazê-lo! (BUSCAGLIA, 
1993, p. 159). 
Portanto,é importante que a família esteja atenta a esses aspectos: 
cuidar do filho que necessita de toda estrutura e condições para que isto 
contribua para o seu melhor desenvolvimento, mas não esquecer de cuidar de 
si mesma, pois se não tiver estrutura entre seus membros, e uma boa base no 
seio familiar, as dificuldades podem se tornar ainda maiores. 
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3 As conVIVÊncIAs FAMILIAres Do AuTIsTA
As características das crianças com autismo parecem ter grande impacto 
no sistema familiar, como já observado. Os comprometimentos dessas crianças 
afetam a reciprocidade na relação com os demais e a capacidade de comuni-
cação, o que pode gerar uma frustração nos pais. Além disso, a presença de 
interesses e atividades restritas e estereotipadas e repetitivas também tende 
a ser relatada como um estressor pelos pais (SCHMIDT, 2014). De acordo com 
Batshaw (1990, p. 366): 
para todas as famílias, o ajustamento e o realinhamento de cada membro, 
que devem ser feitos nestas várias oportunidades de mudança, são, 
frequentemente, extremamente estressantes. Quando uma família tem uma 
criança com uma deficiência, os estresses aumentam e os ajustamentos se 
multiplicam. Por exemplo, o indivíduo com uma deficiência pode permanecer 
no primeiro estágio, que é o de uma criança dependente, pelo resto de sua 
vida. Assim, em cada ocasião de mudança ocorrendo na família, a diferença 
entre uma família com uma criança deficiente e outra com uma criança normal 
é bastante acentuada. Cada membro da família é afetado diferentemente 
durante os vários estágios do ciclo da vida. 
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Não há atalhos. É uma caminhada necessária, tendo em vista que, além 
de gerar alterações quantitativas e qualitativas no desenvolvimento da criança, 
o atual conhecimento não nos permite falar em cura do autismo. Isso significa 
que se trata de uma condição que vai acompanhar a família durante todo o 
seu ciclo vital. Nesse sentido, é importante o papel da adaptação no contexto 
familiar (SCHMIDT, 2014). Essa adaptação começa pela compreensão do TEA 
e passa pela maneira como haverá aceitação e acolhimento por parte de toda 
a família em relação à pessoa com autismo. Pode-se dizer que é um processo 
de inclusão na própria família.
NO
TA
A inclusão inicia-se na própria família, isto é, no 
ambiente familiar. As famílias que melhor lidam com 
essa situação relatam a existência de apoio dentro e 
fora da família, inclusive de outros pais de crianças 
com dificuldades e, principalmente, empatia existente 
entre os cônjuges e filhos (irmãos).
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FIGURA 3 – PESSOA AUTISTA E FAMÍLIA
FONTE: <http://bit.ly/2v1YBPu>. Acesso em: 22 dez. 2018.
Os pais têm uma importância fundamental em relação aos demais filhos 
(quando é o caso). Dependendo da forma como dispensarem cuidado ao filho 
com deficiência, hão de ajudar ou frustrar os demais filhos. Müller afirma que “a 
atitude do pai e da mãe em relação à criança com deficiência é determinante, pois 
os irmãos adotam, em grande parte, a atitude deles: de aceitação ou rejeição, de 
vergonha ou abertura para encarar o assunto” (MÜLLER, 1999). 
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Schneider-Harpprecht e Streck afirmam que, “se eles mostram que amam o 
seu filho mesmo com a deficiência, ajudam os outros da família a desenvolverem um 
relacionamento positivo com ele. Se eles transmitem rejeição, também provocam 
reações de rejeições nos outros” (SCHNEIDER-HARPPRECHT; STRECK, 1996). 
Os irmãos sentem a chegada do irmão/ã com deficiência. Quando os irmãos 
já são jovens ou adultos, acabam assumindo uma responsabilidade de cuidado e 
atenção para com o irmão/ã com autismo. Porém, quando ainda são pequenos, a 
atenção que é dispensada ao irmão/ã com a deficiência pode gerar sentimentos 
opostos: alguns se sentirão negligenciados, outros se sentirão pressionados a 
fazer algo a mais para contrabalancear com o irmão que apresenta a deficiência 
e recebe maior atenção. Pedro Henrique, psicólogo clínico, irmão de João Vitor, 
autista e X-Frágil, relata como é um pouco desta relação que construiu no 
contexto da sua família como irmão.
Entretanto, minhas reações não estavam distantes do comum. É necessário 
dizer que não ser quem ser não significa ser outro alguém. Assim, do comum 
da condição de quem recebe um novo irmão, vislumbrou uma possibilidade 
de me fazer O outro alguém que seria eu. Meu irmão caçula acabou por se 
tornar um espelho onde enxergo quem não sou. O reflexo do zelo familiar 
é a distância da atenção que eu não tinha. Porém, não há culpa ou rancor 
aqui, somente a compreensão de que o necessário é uma necessidade. Sua 
presença me afastou de outras presenças porque longe delas era o único 
lugar onde eu me encontraria. Me aproximando de outros, me aproximei de 
mim. Ele, em toda sua diferença, é o autista que não sou. Meu “contra-narciso”. 
Seu nascimento destoou da recepção ao se mostrar uma transformação na 
ordem das coisas. Foi o irmão que eu não aguardava, o filho que meus pais não 
conheciam, a pessoa estranha que traria outro mundo ao ensinar que todos 
nós somos maiores que nossos nomes (GRUPO AUTISMOS, 2018, s.p.). 
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A respeito dos pais, Schneider-Harpprecht e Streck afirmam que, “se eles 
mostram que amam o seu filho mesmo com a deficiência, ajudam os outros da 
família a desenvolverem um relacionamento positivo com ele. Se eles transmitem 
rejeição, também provocam reações de rejeições nos outros” (SCHNEIDER-HARP-
PRECHT; STRECK, 1996, p. 126). 
O estreitamento dos laços da família, somado a bons profissionais que 
atuam na área, certamente colaborará para um melhor desenvolvimento em di-
versas áreas, seja qual for o grau do autismo. A clareza e a empatia dos profis-
sionais podem ser um facilitador em todo o processo e durante o ciclo vital 
familiar (SCHMIDT, 2014). Em geral, as crianças acabam desenvolvendo essas 
condições – que as acompanharão por toda a vida - até os três anos de idade e, 
a partir de então, devem receber os cuidados de uma equipe multidisciplinar e 
interdicisplinar, envolvendo médicos, terapeutas comportamentais, terapeutas 
ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros..., além 
da família e a escola. É importante que as intervenções levem em consideração 
toda a unidade familiar, mesmo que para tal estas possam ser focadas em algum 
dos subsistemas, por exemplo, o do casal (SCHMIDT, 2014)
 A atitude dos pais ou cuidadores, somada a uma boa compreensão e 
aceitação dos irmãos, favorece muito as condições para fornecer ao autista tudo 
o que necessita para desenvolver-se. Ressalta-se também a importância dos 
profissionais e da escola como fatores essenciais neste percurso a ser seguido. 
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4 as conViVÊncias 
EscoLarEs do auTisTa
considEraÇÕEs 
Finais
2 a FaMÍLia dE uMa 
pEssoa coM auTisMo
3 as conViVÊncias 
FaMiLiarEs do auTisTa
MaTEriais 
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Entretanto, nestas relações familiares, cabe também não esquecer da 
própria pessoa autista. Sua voz precisa ser ouvida. O autor Angel Rivière escre-
veu o texto a seguir que de certa forma expressa muitas coisas importantes que 
precisam ser ouvidas por todos a respeito de várias áreas do TEA. 
FIGURA 4 - O QUE NOS PEDIRIA UM AUTISTA
1 - Ajude-me a compreender.
Organize o meu mundo, facilite, antecipando o que vai acontecer. Me dê 
ordem, estrutura e não confusão.
 2 - Respeita o meu ritmo.
O normal é que eu me desenvolva cada vez mais.
3 - Não me fale muito, nem depressa.
As palavras são ar que pesa para ti, porém podem ser uma carga muito 
pesada para mim. Muitas vezes, não são as melhores maneiras de te 
relacionar comigo.
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4 – Diga, de algum modo, quando consigo executar tarefas 
bem feitas, mesmo que nem sempre eu consiga.
Necessito compartilhar o prazer e o gosto de fazer as coisas bem feitas.
5 - Necessito de mais ordens do que tu.
Mais previsibilidade no meio, que tu requeres. Teremos que negociar os 
meus rituais para convivermos.
6 – Não permitas que me acomode e permaneça inativo.
Mesmo sendo difícil compreender o sentido de muitas das coisas que me 
pedem para fazer. Elas têm que ter um sentido concreto.
7 - Não me invadas excessivamente.
Às vezes, as pessoas são muito imprevisíveis, barulhentas e estimulantes. 
Respeita as distâncias que necessito, porém sem me deixares sozinho.
8 - Quando eu me zango ou me golpeio, se destruo algo ou me 
movimento em excesso, quando me é difícil atender ou fazer 
o que me pede, não estou querendo te prejudicar.
O que faço não é contra você. Não me atribuas más intenções!
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9 - As outras pessoas são demasiadamente complicadas.
Meu mundo não é complexo e fechado, mas sim simples. Ainda que 
pareça estranho o que te digo, o meu mundo é tão aberto, tão sem 
dissimulações, nem mentiras, tão ingenuamente exposto aos demais, 
que se torna difícil penetrar nele.
10 - Meu desenvolvimento não é absurdo, embora não seja 
fácil de entender.
Muitas das condutas são formas de enfrentar o mundo na minha especial 
forma de ser e perceber.
11 - Não sou só autista, também sou uma criança, um 
adolescente ou um adulto.
Compartilho muitas coisas das crianças, adolescentes e adultos como os 
que chamas de “normais”. Gosto de jogar e divertir-me, quero meus pais 
e pessoas que me cercam, me sinto satisfeito quando faço as coisas cer-
tas. Vale mais o que compartilhamos do que a distância que nos separa.
12 - Não me peças sempre as mesmas coisas nem me exijas as 
mesmas rotinas.
O autista sou eu, não você!
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13- Vale a pena viver comigo.
Pode chegar um momento em sua vida em que eu, que sou autista, seja 
sua maior e melhor companhia. 
14- Não me agridas quimicamente.
Não preciso de medicamentos, apenas o acompanhamento periódico de 
um especialista.
15- Ninguém tem culpa de minhas reações e condutas difíceis 
de compreender.
A ideia de “culpa” só produz sofrimentos.
16 - Ajuda-me a ter mais autonomia.
Mas peça só o que posso fazer.
17- Necessito estabilidade e bem-estar emocional ao meu 
redor para estar melhor.
Para mim, não é bom que estejas mal e deprimido.
18- Ajuda-me com naturalidade, sem obsessão.
Aproxime-se de mim, porém, tenha seus momentos de repouso ou 
dedique a suas próprias atividades.
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19- Aceita-me como sou.
Minha situação normalmente melhora, ainda que, no momento, não 
tenha cura.
20- Não compreendo as sutilezas sociais, porém tampouco 
participo das duplas intenções ou dos sentimentos perigosos 
tão frequentes na vida social.
Minha vida pode ser satisfatória, se é simples, ordenada e tranquila. Ser 
autista é um modo de ser, ainda que não seja o “normal”. Nessa vida, 
podemos encontrar-nos e compartilhar muitas experiências.
FONTE: Adaptado de Angel Rivière, Autism-Spain - Assessor Técnico da APNA - Madrid, 1996.) 
Disponível em: <http://www.appda-norte.org.pt/docs/autismo/o_que_pediria_um_autista.pdf>. 
Acesso em: 13 fev. 2019.
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4 As conVIVÊncIAs escoLAres Do AuTIsTA 
A inclusão começa na família, mas estende-se a todos os outros contextos 
sociais. Vamos destacar neste ponto o aspecto escolar. 
FIGURA 5 – FAMÍLIA E ESCOLA
FONTE: <http://bit.ly/2GcvPAI>. Acesso em: 13 jan. 2018. 
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Sabe-se que houve e ainda persistem em diversos segmentos da socie-
dade os preconceitos, rejeições, exclusões. Especialmente com pessoas com defi-
ciência, a história da humanidade traz vários capítulos horríveis, contudo, pode-
se também observar um certo avanço em muitos aspectos, e uma expectativa 
maior para que este tipo de atitude não sobreviva, mas seja vencido e superado. 
Na sequência há um resumo de certas práticas sociais em relação a pes-
soas com deficiências ordenadas cronologicamente em relação à história da hu-
manidade, e o avanço que houve: 
EXCLUSÃO (desde a Antiguidade): Como consta até da Sagrada Bíblia, no tempo 
de Jesus a sociedade excluía os doentes de hanseníase (chamados então 
leprosos). Jesus veio revolucionar, aceitando-os e tocando-os, para pasmo geral.
 SEGREGAÇÃO (vários séculos, até meados da década de 1940): criação e 
predomínio de instituições que isolavam as pessoas com deficiência. 
ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL(décadas de 1940 a 1960): apresentação de 
modelo de tratamento da pessoa como centro de um processo multiprofissional.
INTEGRAÇÃO (década de 1980): processo de preparação da pessoa com 
deficiência para torná-la aceitável pela sociedade. 
INCLUSÃO (a partir de 1990): processo em que todas as partes são chamadas 
a participar do ideal comum visando atender a todos os direitos e deveres da 
pessoa com deficiência. O critério é a rejeição zero: ninguém pode ser rejeitado. 
A inclusão é para todos (DUTRA, 2005, p. 36). 
A figura na sequência exemplifica graficamente estes termos.
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FIGURA 6 – EXEMPLIFICANDO OS TERMOS EXCLUSÃO, SEGREGAÇÃO, INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO
FONTE: GRUPO AUTISMOS (2018, p. 33)
Conforme Dutra (2005), a inclusão é a inserção totale plena da pessoa 
com deficiência (e outros segmentos socialmente excluídos) na vida social, como 
membro ativo da sociedade. Algo que deve acontecer nas áreas de educação, 
trabalho, transporte, vida doméstica, religião, esporte, lazer e recreação... E 
prossegue: “a inclusão é um esforço bilateral, ou seja, os interessados diretos e 
a comunidade trabalham juntos, usando todos os recursos possíveis e de forma 
convergente ao ideal comum” (DUTRA, 2005, p. 17). 
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A inclusão não é um elemento a ser levado em consideração em nossas 
relações. A inclusão é uma maneira de entender o mundo de mãos dadas com a vida. 
A vida não exclui nada e é maior certeza. Por isso há que cuidá-la até a “devoção”. 
Se amarmos a vida, seremos inclusivos, a partir da própria inclusão original que 
gozamos nessa casa que habitamos juntos. Para Valenciano, a inclusão é abrigo e 
aconchego na própria ternura do abraço e do agasalhar-nos. É sentir-nos amadas e 
amados e amar, deixando assim transparecer o mais divino que há em nós para o 
outro, nossa imagem e semelhança... (VALENCIANO, 2010, p. 10). 
4.1 NO ÂMBITO ESCOLAR 
Para a autora Semensato, o desafio atual encontra-se ligado à escolarização 
de pessoas com autismo no ensino regular como forma de inclusão educacional 
e social. Na visão dela, o tratamento cede lugar à educação, sendo desenvolvido 
em ambientes naturalísticos e objetivando não apenas a presença de todos os 
alunos no mesmo local, mas a sua participação, sua aceitação e sua aprendizagem 
(SEMENSATO, 2014, p. 19). 
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FIGURA 40 - AMBIENTE ESCOLAR
FONTE: <http://bit.ly/2IvE9P0>. Acesso em: 12 jan. 2019. 
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Conhecer os sintomas e manifestações do TEA é fundamental para que os 
alunos com TEA sejam incluídos e consigam aproveitar ao máximo a experiência 
escolar. A partir daí, tomar alguns procedimentos que podem ajudar tanto na 
inclusão como também facilitar o aprendizado para o bom desenvolvimento 
por parte do autista. Pesquisadores e estudiosos da área sugerem dicas que 
contribuem para isto. 
Por exemplo: 
• Adaptar as aulas às necessidades desses estudantes é fundamental. Para 
ajudá-los a se preparar, é interessante disponibilizar um planejamento e um 
calendário com bastante antecedência e manter-se fiel a essa estrutura; fazer 
isso é útil, pois eles costumam ser muito ligados a regras e podem apresentar 
certa resistência às mudanças. 
• Outra boa dica é disponibilizar slides e outros recursos, assim, eles podem 
rever o conteúdo com calma, quantas vezes for preciso. Dependendo do 
estudante, é possível que apresente pouca coordenação motora, por isso, 
escrever e prestar atenção na aula não é algo muito produtivo.
• Se o aluno preferir, é interessante que o autorize a gravar as aulas.
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• Uma medida que pode colaborar para que esses alunos tenham um bom 
desempenho é oferecer um pouco mais de tempo para a realização de provas 
e até mesmo um ambiente separado, que não apresente distrações. Assim, 
eles podem se concentrar melhor. 
• O feedback também é essencial para que eles se saiam bem. Por isso, construir 
uma relação de confiança com esses alunos é muito importante, sempre 
oferecendo ferramentas para que eles possam se aprimorar.
NO
TA
Os alunos autistas costumam se dedicar muito 
às suas áreas de interesse específico, além de serem 
detalhistas e observadores. Por isso, ao notar que um 
aluno tenha desenvolvido uma atenção especial em 
relação a determinado tópico, encoraje-o a descobrir 
mais sobre o assunto.
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• Por fim, esses alunos merecem todo o respeito e a consideração da turma. 
Em nenhuma circunstância podem ser desrespeitados, por isso, a classe deve 
estar envolvida em um processo de inclusão e aceitação das diferenças. 
• Desenvolver uma parceria com a família e a orientação educacional da escola 
também será muito eficaz para acompanhar o progresso desses estudantes e, 
consequentemente, tornar o ambiente acadêmico mais positivo para todos.
Conforme a psicóloga comportamental Helena Andrade, ao dar início a um 
ano letivo, surgem vários questionamentos acerca da inclusão desses alunos, 
dúvidas de como inseri-los em uma nova escola, ou em uma nova sala, ou até 
mesmo de como eles se adaptarão à nova professora. Ela sugere algumas dicas 
relacionadas ao espaço e as pessoas que irão trabalhar que geram previsibilidade 
para o autista: 
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FIGURA 41 – DICAS BÁSICAS PARA ADAPTAÇÃO ESCOLAR 
FONTE: <http://bit.ly/2UMwEcY>. Acesso em: 15 jan. 2018.
• Apresentação prévia da escola e do professor(a) 
• Rotina visual 
• Avaliação inicial 
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• Planejamento individual 
• Adaptação do ambiente e das atividades (ANDRADE, 2018). 
Conforme Lewis, na aprendizagem percebe-se que autistas apresentam, 
em geral, dificuldades frente aos métodos de ensino tradicionais, respondendo 
melhor a propostas de trabalho estruturadas, e a situações livres e a estímulos 
visuais que a estímulos auditivos (LEWINS; DE LEON, 1995 apud SCHIMDT, 2017).
Tais mudanças colocam a instituição escolar como foco central de 
atenção ao autismo, envolvendo todos aqueles que nela atuam: gestores, 
equipe, professores e alunos. Para oferecer uma boa qualidade nas experiências 
educacionais das pessoas com autismo no contexto escolar, é imprescindível a 
aquisição, a integração e a apropriação por parte da escola daqueles conhecimentos 
outrora situados fora dela. Urge uma integração do conhecimento produzido até 
hoje pelas diversas áreas para que este seja disponibilizado e compartilhado na 
inclusão educacional escolar (SEMENSATO, 2014). 
É importante destacar que, no contexto da escola, o professor pode 
aproximar a criança com autismo dos colegas e auxiliar no engajamento da 
interação social, mediando estas relações. Aliás, este tem sido um forte argumento 
a favor da inclusão das pessoas com autismo (SCHMIDT, 2014).
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consIDerAÇÕes FInAIs 
Chegamos ao final de mais uma etapa (a última). Esperamos que vocêpossa ter avançado nos seus conhecimentos sobre o TEA, e que isto seja muito 
útil na sua vida, estudos e trabalho. Finalizamos esta etapa diferente, com a 
letra de uma música de Amanda Cortês. Ela é cantora e mãe de uma menina com 
autismo. Ela fez a música baseada na sua própria realidade de vida. Você pode ler 
a letra e ouvir através do link. 
CANÇÃO – A FORÇA DE UM AMOR 
Amanda Cortês
Publicado por Fundação Cultural de Curitiba 
Mesmo quando a dor parece não ter fim, 
E a fé que habita em mim insiste em me deixar 
As lágrimas dos olhos teimando em cair 
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O Sol que me parece às vezes vem brilhar, 
Sinto tua mão tocando minha mão 
Os olhos que me tiram o medo e a escuridão 
E o nosso amor que tem a força de um tufão 
Me faz acreditar que nada foi em vão. 
Me faz acreditar que existe em mim 
A força de um amor que não tem fim
Basta te olhar pra perceber, mais uma vez, 
Que nada foi em vão! 
FONTE: CORTÊS, Amanda. A força de um amor. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=cx6Imc8yegY>. Acesso em: 13 fev. 2019.
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reFerÊncIAs 
ANDRADE, Helena. Dicas básicas para adaptação escolar de crianças e jovens 
com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Disponível em: http://www.
somarrecife.com.br/site/dicas-basicas-para-adaptacao-escolar-de-criancas-e-
jovens-com-transtorno-do-espectro-autista-tea. Acesso em: 23 fev. 2018. 
BATSHAW, Mark L.; PERRET, Yvonne M. Criança com deficiência: Uma orientação 
médica. São Paulo: Maltese, 1990. 
BEKMAN, P. J. Influence of selected child characteristics on stress in families of 
handicapped infants. American Journal of Mental Deficiency, 1983, 88, p. 150-
156, apud FERNANDES, Maria G. M. Almeida. O estudo de uma família com 
uma criança autista. 2010, p. 55. Dissertação de Mestrado, Vila Real, Portugal. 
BUSCAGLIA, Leo. Os deficientes e seus pais: um desafio ao aconselhamento. 
Rio de Janeiro: Record, 1993.
CHADAREVIAN, Adriana Yudit. Torrentes de Vida: una forma diferente de ser 
padres. Uruguay: Montevidéu. Editorial ACUPS, 2009, 47 p. 
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DUTRA, Luiz Carlos. Pastoral da inclusão: pessoas com deficiência na 
comunidade cristã. São Paulo: Edições Loyola, 2005. 
FERNANDES, Maria G. M. Almeida. O estudo de uma família com uma criança 
autista. Vila Real: 2010, 144 f. Dissertação de Mestrado - Universidade de Trás-
os-Montes e Alto Douro. Portugal. 
GRUPO AUTISMOS. Autismo - causas, diagnóstico e tratamento. Timbó, SC. 2018.
MARTINS, Marcelo. Autismo: ajudando famílias. São Leopoldo: Editora Sinodal, 
2015. 
MARTINS, Marcelo. Aconselhamento Pastoral a famílias de pessoas com 
autismo a partir da Teologia da Cruz. São Leopoldo: Faculdades EST, 2018. 
(Tese de doutorado). 
MÜLLER, Iára. Aconselhamento com pessoas portadoras de deficiência: 
experiência de um grupo na comunidade. São Leopoldo: Sinodal, 1999, 139 p. 
SCHMIDT, Carlo (Org.). Autismo, educação e transdisciplinaridade [livro 
eletrônico]. Campinas, SP: Papirus, 2014. (Série educação especial).
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SCHMIDT, Carlo. Transtorno do Espectro autista: onde estamos e para onde 
vamos. Psicologia em estudo, Maringá, v. 22. p. 221-230, abr./jun. de 2017. 
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/34651/pdf.
SCHNEIDER-HARPPRECHT, Christoph; STRECK, Valburga Schmiedt. Imagens da 
família: dinâmica, conflitos e terapia do processo familiar. São Leopoldo: Sinodal, 
1996, 169 p.
SEMENSATO, Márcia Rejane; BOSA, Cleonice Alves. A família das crianças com 
autismo: contribuições empíricas e clínicas. In: SCHMIDT, Carlo (Org.). Autismo, 
educação e transdisciplinaridade [livro eletrônico]. Campinas, SP: Papirus, 
2014. (Série educação especial).
SIEGEL, Bryna. O Mundo da Criança com Autismo: Compreender e tratar 
perturbações do espectro do autismo. Porto: Porto Editora, 2008, p. 94. In: 
FERNANDES, Maria G. M. Almeida. O estudo de uma família com uma criança 
autista. 2010. 
SOLOMON, Andrew. Longe da árvore: Pais, filhos e a busca da identidade. São 
Paulo: Editora Schwarcz S.A., 2013, 1050 p. 
4040
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VALENCIANO, María E. C. Deficiência e direitos humanos: um olhar teológico. In: 
COLLOT, Noel Fernandez; MENESES, Alexandra; GIESE, Nilton (Orgs.). Teologia e 
Deficiência. São Leopoldo: Sinodal; Quito: CLAI, 2010, p. 107.
VARELLA, Drauzio. TEA – Transtorno do Espectro Autista II. 2014. Disponível 
em: https://drauziovarella.com.br/crianca-2/tea-transtorno-do-espectro-autista-
ii/. Acesso em: 18 maio 2016.
Continue Lendo 41
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Clique nos títulos abaixo e assista aos vídeos complementares desta etapa:
“Grupo de Apoio AutismoS - vídeo institucional”
“Entrevista com Marcelo Martins: o impacto do autismo na família”
Como sugestão de leitura para complementar seus estudos nesta etapa do cur-
so, indicamos o livro Autismo: ajudando famílias, do professor Marcelo Martins. 
Clique aqui para ter acesso à dissertação de mestrado que deu origem à obra.
Outra indicação de leitura para esta etapa está na obra de Carlos Schmidt (Org.), 
intitulado Autismo, Educação e Transdisciplinaridade. Clique aqui para ter aces-
so à obra virtual.
MATerIAIs coMPLeMenTAres

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