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APS- Estagio de observação A Manifestação de familais com austistas nas redes sociais (1)

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0 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
Instituto De Ciências Humanas 
Curso De Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isabelle Machado Fernandes- RA:D85IIF2 
Larissa de Oliveira Matos RA: F0034B1 
Fernanda Alves de Oliveira RA: F112JF1 
Amanda Cristina Barbosa Vanderlei RA: F0034B1 
: 
 
 
 
 
ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO 
A Manifestação de Famílias com autistas nas redes sociais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2021 
 
 
1 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
Instituto De Ciências Humanas 
Curso De Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isabelle Machado Fernandes- RA:D85IIF2 
Larissa de Oliveira Matos RA: F0034B1 
Fernanda Alves de Oliveira RA: F112JF1 
Amanda Cristina Barbosa Vanderlei RA: F0034B1 
 
 
 
 
ESTAGIO DE OBSERVAÇÃO 
A Manifestação de Famílias com autistas nas redes sociais 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina 
Psicologia do Cotidiano, ministrada pela 
Professora Erica Cornacchione, como 
parte da nota bimestral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2021 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3 
2 RELATÓRIO 1 – A defasagem na aprendizagem escolar .............................. 6 
3 RELATÓRIO 2 -:Apego familiar nas escolas .................................................. 8 
4 RELATÓRIO 3 – A falta de inclusão nas intituições de ensino : ................... 10 
5 RELATÓRIO 4 – Complicações na relação médico familiar ..........................11 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 12 
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 14 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O estudo do tema em uma perspectiva social e psicopolítica justificam-
se particularmente na realidade brasileira pelas investidas das famílias de 
pessoas com autismo para vir a público, tomar a palavra e revelar as lacunas 
de sua convivência em sociedade, logrando a atenção das esferas midiáticas e 
do poder público. Sua demanda inicial é seu próprio reconhecimento como um 
grupo com perfil específico e necessidades comuns em diferentes gradações, e 
que se compõe dualmente pelas pessoas com transtorno do espectro do 
autismo e por seus familiares. 
Nesse contexto e vivendo uma modificação radical de vida, a família, as 
vivencias citadas pelas famílias neste trabalho passa a ter a inserção social do 
filho com autismo em condições de isonomia como meta, empenhada em uma 
luta cotidiana tanto para suprir suas necessidades emergenciais quanto para 
construir caminhos que amparem o futuro dos filhos sobre direitos alicerçados 
e cumpridos. 
 É, portanto, na perspectiva de uma verdadeira preparação para a vida 
destas crianças que deve inscrever-se o papel da escola, e os métodos 
pedagógicos renovados devem, por conseguinte, tender a ajudar o aluno a 
desenvolver-se da melhor maneira possível e a tirar o melhor partido de todos 
os seus recursos preparando-a para vida social. 
Justificamos a escolha do tema pela afinidade com a temática inclusão, 
que através de experiências pessoais nos interessamos em conhecer um 
pouco sobre a vivência em sala de aula dos portadores do TEA em escola 
pública, onde existem profissionais ainda longe desta realidade que é o 
autismo, pois a sociedade se preocupa apenas com as questões pedagógicas 
desses mestres, esquecendo que eles também necessitam de apoio 
psicológico adequado para desenvolverem um trabalho qualificado com alunos 
desse porte. 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2 A DEFASAGEM NA APRENDIZAGEM ESCOLAR 
 
Em analise observamos diversos fatores nesse trabalho de estagio de 
observação, desde a cognição ao desenvolvimento da criança, utilizamos como 
a ferramenta principal de trabalho a plataforma do Facebook, aonde entramos 
em grupos de auto-ajuda e manifestação de famílias com autistas. 
Dentre as avaliações encontramos variedades de sexo e idades, as 
vezes foram citadas os mesmos acontecimentos com uma criança de três anos 
e um adolescente de dezesseis anos, aonde podemos observar que o 
processo de cognição das crianças portadoras de TEA austimo possui uma 
defasagem de aprendizagem e desenvolvimento citamos como por exemplo 
dentro de uma sala de aula aonde dependendo do nível do transtorno, ensinar 
crianças com necessidades educacionais especiais, mais especificamente os 
portadores de Autismo, ainda é um desafio. No momento em que a inclusão se 
tornou realidade, a escola passou a atender esse novo aluno ao mesmo tempo 
em que aprendia a fazer isso. Hoje, são comuns os casos de professores que 
recebem um ou dois alunos com transtorno do espectro do autismo (TEA) e se 
sentem ainda sem apoio, recursos ou formação para executar um bom 
trabalho. 
A discussão que envolve o cotidiano das famílias de pessoas com 
autismo e as mobilizações que articularam nos últimos anos demandam 
compreender as forças e conexões sobre e entre essas famílias produzindo 
motivações e substituindo paradigmas. 
Em uma trajetória que remete às origens da própria civilização as 
pessoas com deficiência e suas famílias passaram por períodos de lenta 
evolução no modo de serem vistas e tratadas, estando sujeitas a práticas 
sociais que inicialmente destituíam-nas de valor e dos traços de igualdade com 
o grupo humano. A relação entre pessoas com e sem deficiência em sociedade 
era em princípio baseada no não contato, o que manteve a deficiência 
associada à exclusão de ambientes sociais e condicionou o tempo das 
mudanças necessárias para alcançar estágios de maior inserção na sociedade 
a acelerar apenas há poucas décadas. 
 
 
5 
 
Justificamos a escolha do tema pela afinidade com a temática inclusão, 
que através de experiências pessoais nos interessamos em conhecer um 
pouco sobre a vivência em sala de aula dos portadores do TEA em escola 
pública, onde existem profissionais ainda longe desta realidade que é o 
autismo, pois a sociedade se preocupa apenas com as questões pedagógicas 
desses mestres, esquecendo que eles também necessitam de apoio 
psicológico adequado para desenvolverem um trabalho qualificado com alunos 
desse porte. 3 A vida escolar é especial e todos têm o direito de vivenciar essa 
experiência. Afinal, é na instituição de ensino que se aprende a conviver em 
grupo, a se socializar, trabalhar em equipe, conviver com as diferenças esses 
são os primeiros passos rumo à vida adulta. Será que os professores da escola 
Arthur Bispo do Rosário estão preparados para alfabetizar? Eles têm apoio e 
incentivo pedagógico e psicológico para ensinar alunos autistas? Nosso 
objetivo foi compreender como o aluno autista aprende, assim fez–se 
necessário identificar a formação das professoras, averiguarem o currículo; 
identificar o tratamento dos alunos autistas em sala de aula; analisar a 
importância da inclusão de crianças portadoras de autismo em uma escola 
regular da rede pública na cidade de Aracaju; inserir as práticas pedagógicas 
com os alunos autistas; as contribuições dos professores para o 
desenvolvimento da criança portadora de autismo. 
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento infantil que se 
manifesta antes dos 3 anos de idade e se prolonga por toda a vida. Segundo a 
Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de setenta milhões de pessoas 
no mundo são acometidas pelo transtorno, sendo que, em crianças, é mais 
comum que o câncer, a aids e o diabetes. Caracteriza-se por um conjunto de 
sintomas que afeta as áreas da socialização, comunicação e do 
comportamento, e, dentre elas, a mais comprometida é a interação social. No 
entanto, não significa dizer, em absoluto, que a pessoa com autismo não 
consiga e nem possa desempenhar seu papel social de forma bastante 
satisfatória. (SILVA, 2012, p.11) 
Um discurso das políticas públicas atraentes e até fascinante, mas que 
não obteve o resultado que todosgostariam, já que milhares de alunos com 
diversas deficiências foram lançados em salas de classe normais sem a devida 
preparação desses espaços e profissionais. A inclusão também provocou a 
 
 
6 
 
exclusão. Problema que hoje as políticas públicas estão repensando em como 
gerenciar. Conforme o artigo 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente é 
obrigação do Estado garantir atendimento educacional especializado a pessoas 
com deficiência, preferencialmente na rede de ensino, já que todo jovem tem 
direito a educação para garantir seu pleno desenvolvimento como pessoa 
preparada para o exercício da cidadania, e qualificação para o trabalho. 
 
“A inclusão é uma política que busca perceber e atender as necessidades 
educativas especiais de todos os alunos, em salas de aulas comuns, em 
um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o 
desenvolvimento pessoal de todos”. Na proposta de educação inclusiva, 
todos devem ter a possibilidade de integrar-se a um ensino regular, 
mesmo aquelas com deficiências ou transtornos do comportamento sem 
defasagem de idade em relação à série. (SILVA 2012, p.233): 
 
Ainda de acordo com Silva (2012, p.) “a Lei nº 12.764/2012, Art. 2º. A 
pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo é considerada pessoa com 
deficiência, para todos os efeitos legais.” Esta lei protege os direitos das 
crianças, jovens e adultos com o Transtorno do Espectro do Autismo (SILVA, 
2012). Nisso percebemos o papel das políticas em direitos humanos no 
combate ao preconceito e, principalmente de legitimar os portadores de TEA. 
 
. 
3 APEGO FAMILIAR NA ESCOLA 
 
Esta observação foi feita através da rede social Facebook, onde se 
encontra um grupo específico para famílias de portadores do autismo, criado 
pelo famoso apresentador Marcos Mion que possui um filho autista, mobilizado 
e com o intuito de ajudar e auxiliar as famílias que passam por esta situação foi 
criado o grupo para troca de informações das mesmas. 
A troca de informações citadas é dada como uma troca de ajuda dos 
integrantes do grupo, os mesmos contam relatos de seu dia a dia com os 
autistas e aconselham, pergunta e faz o possível para que as dúvidas dos 
demais sejam sanadas, havendo integrantes de diversas idades, desde os 
primeiros meses de vida quanto autistas já adultos e até idosos. 
 
 
7 
 
São pertencentes no grupo relatos de diversas observações diárias, e é 
um tanto pertinente como as mães e pais acabam se sentindo cansadas e 
desamparadas em diversas horas por terem filhos autistas, desde a gravidez 
muitas mães sofrem com depressão e muitas se sentem cansadas pelo fato da 
criança autista ter um nível de hiperatividade maior, acabam precisando de 
maior atenção. As mães acabam se sentindo desamparadas também por 
órgãos públicos que obviamente deveriam prestar ajuda as mesmas, o governo 
acaba não se prestando a este papel e deixando muito a desejar, mas o mais 
surpreendente que podemos perceber entre os relatos é em questão das 
escolas pública. 
Sabemos que a escola é um grande alicerce de uma mãe e um filho na 
infância da criança, é lá que ele aprende a ler, escrever, exercer atividades 
diárias, e precisa obter todo apoio dos professores para que isso aconteça, já 
que o professor é o que preza um papel fundamental na infância da criança, 
devendo ensinar os mesmos a fazer atividades que os pais não podem ensinar, 
apenas auxiliar. 
A criança quando vai escola, fica longe da mãe e do pai e interage com 
pessoas desconhecidas por ela acaba se sentindo com medo, precisa que 
alguém as acolha e as mostre que ali é um lugar bom, isso é fato, mas a 
criança portadora do autismo precisa ter um cuidado e uma atenção maior, pois 
muitos autistas possuem um desenvolvimento cognitivo atrasado, e teriam que 
ter uma paciência maior do professor para que consiga aprender e realizar as 
tarefas, mas em escolas publicas isto não acontece como cita um pai no grupo 
do Facebook, parecendo estar bem triste e indisposto com a situação: 
“A escola nunca reprovou meu filho, mas apenas o passa de série 
mesmo que ele não tenha aprendido nada, as professoras não tem tanta 
paciência pois o ele tem autismo e precisa de um acompanhamento maior, mas 
quando ele não aprende elas simplesmente ignoram e seguem com as 
atividades, já que todos os alunos já aprenderam com exceção dele. “ 
Ela diz que para os familiares a situação é de extrema dificuldade, visto 
que a escola é pública e ele não tem condições financeiras de pagar algo 
melhor para o menino, e aquela escola foi a única do bairro que o aceitou e por 
isso ela não pretende o tirar de lá. 
 
 
8 
 
Estes casos acontecem em muitas escolas que tem portadores de 
autismo como aluno, tanto em questão do descaso de professores, diretores e 
funcionários da escola, quanto de outras crianças e colegas de escola, já que 
os mesmos por as vezes possuírem atitudes diferentes de comportamento de 
outras crianças sofrem bullying e são mal tratados. 
Para todos os pais este fato é de extrema tristeza e angústia, mas 
muitas vezes por falta de recursos não existe possibilidade de que eles deem 
ao filho a oportunidade de se desenvolver com um profissional realmente 
qualificado para o desenvolvimento cognitivo do portador de autistas, pois 
existem muitos que se profissionalizam neste ramo e seguem protocolos 
adequados, tendo toda paciência, e exercendo o trabalho que respeitam a 
criança com autismo, o grau do autismo e sua idade. 
Segundo o teórico Lev Vygotsky que segue a teoria de aprendizagem 
onde fala sobre o professor, que o mesmo deve ser capaz de identificar todas 
as capacidades do aluno e a partir disso determinar o percurso de cada aluno, 
devendo então ter cooperação, respeito e crescimento entre os dois para que o 
aluno tenha a construção do conhecimento. 
O mesmo fala também que o ambiente escolar é um local de intervenção 
pedagógica e é isso que promove o processo de ensino-aprendizagem dos 
indivíduos, o ambiente tem um papel fundamental no desenvolvimento do 
intelectual da criança e ocorre de dentro para fora e as influências sociais são a 
base da teoria da aprendizagem para Vygotsky. 
Sobre o desenvolvimento cognitivo atrasado o psicólogo bielo-russo Lev 
Semenovitch Vygotsky (1896-1934) fala que qualquer pessoa, tenha ela 
deficiência ou não, depende das oportunidades de aprendizagem e das 
relações que estabelece. Ele defendia que o desenvolvimento cognitivo em 
cada etapa da vida não apresenta aspectos estanques e universais. Para ele, o 
que existe é uma multiplicidade de possibilidades de acordo com a experiência 
de cada sujeito. 
Casos como apresentados acima foram vistos diversas vezes na rede 
social, onde mostra um problema extremamente grave, visto que as escolas 
não estão exercendo corretamente o papel fundamental com o processo 
cognitivo das crianças com autismo e os pais acabam se sentindo perdidos e 
sem saber o que fazer com a situação. 
 
 
9 
 
4 A FALTA DE INCLUSÃO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO 
 
A presente observação foi feita através de redes sociais, como 
Facebook e Instagram. O tema da nossa observação foi a manifestação das 
famílias com autistas nas redes sociais. 
 Pude observar através de um grupo no Facebook criado pelo 
apresentador Marcos Mion, intitulado por “Comunidade Pró Autismo”, como 
algumas famílias se sentem em relação ao espectro autista. Nesse grupo as 
famílias fazem publicações em busca de ajuda, conselhos, acolhimento, 
conforto, e também fazem publicações com o intuito de auxiliar, dar relatos, 
trocar experiências, mostrar o avanço de seus filhos, sendo crianças, 
adolescentes ou adultos. 
Foi observado no grupo diverso queixas de famílias que se sentem 
desamparadas em relação ao autismo no Brasil, se queixam da dificuldade de 
encontrar tratamentos para autistas, e também da falta de inclusão em 
instituições de ensino. Relatam que faltaplanejamento nas escolas, 
comprometimento dos educadores e conhecimento para lidar com crianças e 
adolescentes com TEA. 
Para Vygotsky (1997), a pessoa com deficiência apresenta 
desenvolvimento diferenciado e este aspecto precisa ser levado em conta nos 
momentos de planejamento didático. 
É de direito dos portadores de autismo, o material adaptado, auxiliar na 
sala de aula, seja na escola ou faculdade, a inclusão é dever de todas as 
instituições de ensino. No grupo muitos integrantes comentaram sobre as 
instituições negaram a matricula de seus filhos. 
 Segundo Paulo Freire, os princípios da educação inclusiva se referem, a 
nosso ver, em questionar todos os processos de exclusão que acontecem na 
escola e na sociedade com todos os sujeitos; conseqüentemente, que pretende 
desenvolver um processo educacional que contemple a diversidade. Paulo 
Freire refere-se às condições de exclusão, a que são submetidas as classes 
populares, os oprimidos, denominando de “situações-limite”, que são, 
obstáculos ou barreiras que precisam ser vencidos, mas se encontram 
vinculados à vida pessoal e social do indivíduo. Segundo ele, o enfrentamento 
dessas situações é percebido de formas diferentes pelos envolvidos nesse 
 
 
10 
 
processo: ou eles as percebem como um obstáculo que não podem ou não 
querem transpor, ou ainda como algo que sabem que existe e que precisa ser 
rompido e então se empenham na sua superação. Foi observado relatos e 
vídeos onde os pais apresentavam avanços do desenvolvimento de seus filhos, 
como, desenhos, a fala, os comportamentos. 
Muitos pais postavam vídeos de seus filhos desenhando, falando, e em 
todos os vídeos e depoimentos eles diziam o quanto o estímulo era importante, 
sempre elogiar quando eles acertam ou tentam fazer algo, e fizer aquilo com 
constância. Havia publicações de mães preocupadas, dizendo que seu filho 
não queria comer e nem tomar banho, que estava estressado, mordendo e 
empurrando ela, ela se queixou que não sabia mais o que fazer que a situação 
estivesse muito difícil. Nos comentários os integrantes do grupo respondiam 
dizendo para a mãe variar no cardápio e tentar alimentos de diferentes 
texturas, pois eles costumam se enjoar rápido de comer sempre as mesmas 
coisas, sobre o comportamento agressivo diziam que costumavam repreender, 
mostrando que estavam tristes, bravos, que não gostaram da atitude agressiva 
da criança. Sobre a questão do banho, pude observar que várias crianças 
autistas tinham essa dificuldade, porque eram muitos os comentários de mães 
e pais dizendo que os filhos não gostam de jeito nenhum do banho, que às 
vezes passam de dois a três dias sem tomar banho, de tão difícil que é 
convencê-los a tomar. Para conseguir dar banho em seus filhos algumas mães 
relatam utilizar diferentes formas, colocar musicas durante o banho, vídeos, 
tentar dar banho com mangueira, na banheira, assim a criança pode descobrir 
uma maneira confortável de tomar banho e aos poucos ir se adaptando. 
Segundo a teoria de Behaviorismo de B. F. Skinner, onde um 
comportamento pode ser reforçado, na observação anterior os pais das 
crianças autistas notam o comportamento deles de não querer tomar banho, 
então utilizam do reforço positivo, adaptando ato do banho para seus filhos, 
assim aumentando a probabilidade desse comportamento se tornar algo mais 
fácil e rotineiro para a criança. Segundo Skinner, quando um comportamento 
tem o tipo de conseqüência chamada reforço, há maior probabilidade de ele 
ocorrer novamente. Um reforçador positivo fortalece qualquer comportamento 
que o produza. 
 
 
 
11 
 
5 COMPLICAÇÕES NA RELAÇÃO MÉDICO- FAMILIA 
 
Durante as observações realizados os pontos a serem destacados por 
todos os membros do grupo foi a falta de profissionais capacitados para lidar 
com portadores de TEA em muitas publicações em diversas redes sociais foi 
observado falta de conhecimento de profissionais da saúde como médicos que 
não sabiam para qual profissional encaminhar e até mesmo dar um pré-
diagnostico para as famílias poderem iniciar um processo de intervenção e 
terapia para evolução do portador de TEA. 
Muitos médicos afirmam que o diagnostico tardio de TEA prejudica tanto 
o portador devido a exclusão social, dificuldades na comunicação, defasagem 
na aprendizagem sendo recursos necessários para se viver em sociedade não 
desenvolvidos até o diagnóstico como a família que passa por um longo 
período de estresse, ansiedade, medo, angustia e impotência por não saberem 
como podem ajudar o ente querido que passa por dificuldades. Também é 
muito relatado a falta de preparo dos profissionais como dentistas, 
nutricionistas entre outras especialidades que não tem treinamento para poder 
atender pacientes com TEA que necessitam de acompanhamento com esses 
profissionais. 
É necessário melhoria na relação médico-familiar para que haja 
atendimento contínuo e periódico, capaz de acompanhar a trajetória do 
diagnosticado e indicar orientações de acordo com as condições que a criança 
apresenta em cada momento do seu desenvolvimento (CAMPOY, 2015).  
A falta de capacitação de profissionais para lidar com portadores de TEA 
infelizmente alcança as salas de aula, muitos pais relatam ter problemas com 
professores, coordenadores e diretores de instituições de ensino desde 
particular ao ensino público, muitas vezes pela instituição querer incluir uma 
taxa extra na matrícula para ter um profissional capacitado que lide com o 
portador de TEA uma vez que o governo não disponibiliza esse profissional a 
todas as instituições públicas e as instituições particulares devem garantir 
ambiente propicio a aprendizagem a todos os alunos e não se negar ou cobrar 
taxa extra ao aluno por ser portador apesar de se estar garantido por lei o 
direto ao estudo. A atitude das escolas particulares em cobrar a taxa está 
totalmente contra a lei nº 12.764 que garante o direito ao estudo do portador de 
 
 
12 
 
TEA, devido aos grupos podemos observar que muitos pais têm 
conhecimentos dessa lei devido a disseminação de conteúdo de membros dos 
grupos como advogados que se dispõem a ajudar os pais a lutarem e garantir 
que seus filhos tenham seus direitos resguardados e respeitados. 
A diversidade de terapias e formas de intervenção que cada pai utilizou 
para poder ajudar o desenvolvimento de seu filho portador de TEA também foi 
muito interessante, durante as publicações podemos identificar pais 
disseminando atividades indicadas por profissionais para aplicar nas crianças 
com dificuldade na fala e como essas dicas e materiais ajudam de fato no 
desenvolvimento das crianças. Em uma publicação uma mãe fala que usou de 
um varal com prendedores plaquinhas com os numerais para ensinar o filho 
que a cada toque no número ele deve falar o mesmo e isso tem o ajudado a 
memorizar os números e aprende-los uma vez que a mesma ainda aguarda um 
diagnóstico de um médico para encaminhamento a terapia, mas não quer que 
seu filho continue estagnado. A atitude da mãe parece ter desertado outros 
pais a buscarem atividades para ajudarem no desenvolvimento dos filhos em 
casa nesse cenário de pandemia em que vivemos. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
 
Nosso trabalho apoiou-se em compreender como se estabelecem as 
relações das crianças portadoras de (TEA) autistas com a família e pessoas 
que convivem no dia a dia e como os docentes sejam pais ou educadores 
influenciam no processo de ensino-aprendizagem e desenvolvimento da 
criança ou adolescente, pois entendemos que o processo educativo hoje 
precisa abranger uma proposta de educação para alcançar todos os indivíduos, 
independente de suas características físicas, mentais, sociais, sensoriais ou 
intelectuais. 
Para orientar nosso estudo, foram utilizadas algumas questões para a 
construção dessas analises, ou seja, será que as famílias brasileiras com 
integrantes portadores de autismo possuemum auxilio de fora para ceder 
todas as suas necessidades? Será que toda mãe ou pai esta preparada para 
auxiliar no desenvolvimento dessa criança? Entre outros aspectos. 
 
 
13 
 
O principal objetivo foi entender a importância de o responsável estar 
presente na vida da criança ser um conhecedor da concepção do autismo e no 
desenvolvimento infantil, identificando aspectos que podem contribuir no 
desenvolvimento da criança autista, e como aplicar os métodos adequados e 
aprendidos no dia a dia. A criança autista procura na família também 
estabelecer a relação de trocas de experiências e a afetividade com outros 
indivíduos da mesma espécie. Conhecer melhor este público é o ponto inicial 
para o processo de aprendizagem, é quando se estabelece o vínculo entre a 
criança e o educador. As maiores reclamações de pais são a falta de escolas 
preparadas para receber crianças autistas na educação infantil é iniciar um 
processo educacional ao qual este levará ao longo da vida o seu 
desenvolvimento intelectual. Quando a criança ingressa na escola, ela busca o 
acolhimento, a paciência em respeito ao seu processo de desenvolvimento. 
Pois o espaço escolar tem diferentes significados e isso é resultado das 
relações com outras crianças e da afetividade que ela desenvolveu com seu 
professor. 
Percebendo as relações das crianças autistas-família-escola, foi de 
fundamental importância para entender e compreender um pouco do cotidiano 
destas famílias Partindo do cenário que envolve as pessoas com deficiência e 
com base em referenciais teóricos da psicologia política este artigo destacou os 
aspectos que envolvem a formação de identidades coletivas evidenciando que 
as razões e o modo como se estabelecem as conexões entre as famílias das 
pessoas com autismo são componentes de sua identidade, com coesão 
fundada nas trocas que levam à constatação da própria situação e ao 
estabelecimento de estratégias de luta em favor dos filhos. 
Ao mesmo tempo o sentimento de pertença contribui para uma 
autopercepção positiva e novas formas de conduta social, sendo função de 
condições históricas. Aqueles que por fatores de exclusão social não têm 
acesso ao conhecimento do que é o autismo e do suporte identitário entre as 
famílias vivem à margem da história de sua própria categoria, das memórias 
ora construídas e das lutas (Martín-Baró, 1998; Tajfel, 1984). 
 
 
 
 
14 
 
7 REFERÊNCIAS 
 
VIGOTSKI, L. S. Fundamentos de defectologia. In: Obras completas. 1997 
FREIRE. Paulo. Pedagogia do Oprimido. 32. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 
2002. 
SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 1974 
Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento. Um processo sócio-histórico. São 
Paulo: Scipione, 1993. 
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 
1989. 
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mundo Singular: entenda o autismo. Rio de 
Janeiro: Fontanar, 2012. 
CUNHA, Eugênio – Autismo e inclusão: psicopedagogia práticas educativas na 
escola e na família / Eugênio Cunha. – 4ª ed. – Rio de Janeiro: Walk Ed., 2012. 
FERREIRA, Luiz Antônio Miguel- O Estatuto da criança e do adolescente e o 
professor: os reflexos na sua formação e atuação. 2 ed. – São Paulo: Cortez, 
2010. 
Martin-Baró, Ignacio. (1998). Psicologia de la Liberación. Madrid: Trotta. 
CAMPOY, L. C. Autismo em ação: reflexões etnográficas, sem aprovação de 
comitês de ética sobre a clínica e o cuidado de crianças autistas. Revista de 
Ciências Sociais, n. 42, p. 155-174, jan./jun. 2015. Disponível em: 
<http://www.periodicos.ufpb.br/index.php/politicaetrabalho/article/view/22803/ 
 
 
 
	1 INTRODUÇÃO
	2 A DEFASAGEM NA APRENDIZAGEM ESCOLAR
	3 APEGO FAMILIAR NA ESCOLA
	4 A FALTA DE INCLUSÃO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
	6 CONSIDERAÇÕES FINAIS:
	7 REFERÊNCIAS

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