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Direito Civil V Direito das Coisas ⇾ Direito das Coisas* – é o ramo do Direito Civil que tem como conteúdo relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas ou determináveis. Para Platão: “tudo que satisfaz uma necessidade humana”, para ele era essencial ao homem que tivesse uma propriedade p/ chamar de sua. *Coisas: tudo aquilo que não é humano No âmbito do Direito das Coisas há uma relação de domínio exercida pela pessoa (suj. ativo) sobre a coisa (NÃO há sujeito passivo determinado). Ele é dividido em 2 partes: 1. Posse (e todas as suas espécies) 2. Direitos REAIS* *Direitos REAIS: conjunto de normas e princípios reguladores das relações jurídicas sobre as coisas suscetíveis de apropriação pelo homem, segundo uma finalidade social. ⇾ Principais diferenças entre os Direitos Reais e os Direitos Pessoais; ▹Direitos Reais: 1. Relação Jurídica = sujeito + coisa (sujeito passivo não determinado, é a coletividade) (o objeto da relação jurídica é a coisa em si). 2. Princípio Regulamentador = PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE, diante da importância da tradição e registro. 3. Eficácia Erga Ômnes, contra todos. 4. Rol Taxativo – Art 1.225, CC. 5. Geram Direito de Sequela, onde a coisa responde (onde quer que ela esteja). 6. Caráter Permanente (da propriedade). ▹ Direitos Pessoais: 1. Relação Jurídica = sujeito ativo (credor) + sujeito passivo (devedor). 2. Princípio Regulamentador = PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA, de onde surgem os contratos e as obrigações. 3. Efeito Inter Partes (há efeitos para as partes apenas) 4. Rol Exemplificativo – Art 425, CC. 5. Geram Responsabilidade Patrimonial, dos bens do devedor pelo inadimplemento da obrigação. 6. Caráter Transitório (começo, meio e fim do contrato). ⇾ Princípios que regem os Direitos Reais: • Publicidade: a tradição e o registro dão publicidade p/ a relação. • Aderência (ou Sequela): responsável pela relação sujeito + coisa, no qual, aquele que tiver sua coisa molestada por outrem, poderá perseguir a coisa, ou reivindicá-la. • Exclusividade: para cada coisa existe apenas um direito real (pode mais de um direito real sobre a mesma coisa, desde que não seja repetido), ou seja, não pode existir dois direitos reais, de igual conteúdo, sobre a mesma coisa. • Absolutismo: os direitos reais possuem eficácia erga omnes. • Perpetuidade: uma vez adquirida a propriedade, esta possui caráter perpétuo, ou seja, ela não irá se perder com o tempo/uso, somente pelos meios e formas legais, como por exemplo: usucapião, desapropriação, doação, sucessão... • Tipicidade: (partindo do princípio da taxatividade) o direito real só existe com o tipo legal. • Taxatividade: os direitos reais se traduzem na noção de propriedade (o art 1.228, CC trouxe de forma taxativa todos os direitos que podem ser exercidos pelo proprietário). ⇾ Posse*: *A posse é um direito autônomo e especial. Possuidor é aquele que tem de fato o exercício de algum dos poderes inerentes à propriedade (art 1.196, CC). Portanto, a posse é um estado de fato e de poder socioeconômico sobre uma coisa. ▹Fato ou Direito? Quem responde esta dúvida é a TEORIA TRIDIMENSIONAL de Miguel Reale – de acordo com ela, o direito é dividido em 3 eixos (ou dimensões): ¹fato, ²valor e ³norma. ¹Fato: vem a ser um acontecimento social, independente de título (que envolve interesses básicos para o homem) (está ligado a sociologia). ²Valor: corresponde ao elemento moral do direito, a justiça (está ligado a filosofia). ³Norma: consiste no comportamento/ organização social dos indivíduos, a lei ou sistema jurídico. Logo, segundo a teoria de Reale, a posse é um fato e logo, um direito ▹Teorias da Posse: ▹ Teoria Subjetiva (Friedrich Carl Von Savigny): Sustenta que a posse traduziria um poder material sobre a coisa. A posse, para essa teoria, possui 2 elementos; Corpus e Animus Domini. *Corpus: elemento material/objetivo da posse, constituído pelo poder físico ou de disponibilidade sobre a coisa (existência de uma coisa que deve estar sobre o poder do sujeito); *Animus Domini: elemento subjetivo, caracterizado pela intenção de ter a coisa para si, de exercer sobre ela o direito de propriedade (vontade de ser dono da coisa). Logo, segundo esta teoria, o locatário, comodatário, depositário, entre outros, NÃO são possuidores, pois não há qualquer intenção de tornarem-se proprietários. ☓ Em regra, essa teoria NÃO foi adotada pelo CC/2002, até porque, as pessoas elencadas por último, são sim consideradas possuidores. ✓ A teoria subjetiva da posse somente ganha relevância em casos de usucapião. ▹ Teoria Objetiva (Rudolf Von Ihering): O possuidor é a pessoa que se comporta como se fosse proprietária da coisa, imprimindo destinação econômica à mesma, independentemente da demonstração do animus, ou seja, dispensa a intenção de ser dono (o comportamento objetivo é o que importa). Logo, basta o poder físico sobre a coisa (corpus). ✓ O Código Civil adota preponderantemente a Teoria Objetiva da Posse (art 1.196). Porém, como já mencionado, há exceções, como a usucapião, em que se utiliza a teoria subjetiva. CF/88: “A propriedade atenderá sua função social” – Art 5º, XXIII. (concepção social da posse). DIREITO = FATO + VALOR + NORMA Posse = Corpus + Animus Domini Posse = Corpus ⇾ Posse x Detenção: o fâmulo da posse: O CC, em seu art 1.198, considera detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com o outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens e instruções suas, instituindo a figura do fâmulo da posse. Resumidamente, o detentor, é aquele que exerce a posse em nome de outra pessoa, com o objetivo de zelar pela propriedade. Existindo uma relação de dependência e hierarquia. É aquele que conserva a posse em nome de outrem. Ex’s: parente que vigia a casa durante viagem, caseiro... ⇾ Classificação da Posse: art 1.196, CC: considera-se possuidor aquele que exerce algum dos poderes inerentes à propriedade: • USAR • GOZAR • DISPOR • REAVER ▹ Quanto à pessoa – coisa ou desdobramento A. Posse Direta (Imediata): É aquela em que o possuidor tem contato material e imediato com a coisa. Ex: posse exercida pelo locatário (p. direto) por concessão do locador (p, indireto). B. Posse Indireta (Mediata): É aquela na qual o possuidor está afastado da coisa, mas aufere vantagens desta. É exercida por meio de outra pessoa. Há mero exercício de direito (geralmente decorrente de propriedade). Ex: Locador, proprietário do bem (p.indireto). *”O possuidor direto tem direito de defender a sua posse contra o indireto, e este, contra aquele”. art 1.997 ▹ Quanto à presença de vícios A. Posse Justa: É aquela que não for violenta, clandestina ou precária, sendo uma “posse limpa”. X B. Posse Injusta: Apresenta vícios, ou seja, foi adquirida mediante ato de violência, ato clandestino ou precariedade. √ B1. Posse Violenta: obtida por meio de esbulho, força física ou moral. (associada ao crime de roubo pela doutrina). ex: integrantes de movimento popular invadem violentamente, removendo e destruindo obstáculos ou uma propriedade rural, que está sendo usada por seu proprietário e cumpre sua função social. B2. Posse Clandestina: obtida de forma oculta, às escondidas, à surdina. (associada ao crime de furto pela doutrina). ex: integrantes de movimento popular, invadem à noite e sem violência, uma propriedade rural que está sendo utilizada por seu proprietário e cumpre sua função social. B3. Posse Precária: obtida com abuso de confiança ou de direito. (associada ao crime de estelionato ou à apropriação indébita pela doutrina, denominada também de esbulho pacífico).Detentor = Fâmulo da Posse = Gestor da Posse Geram efeitos quanto as ações possessórias e a usucapião. ex: locatário de bem móvel que não devolve o veículo ao final do contrato. Art 1.208, CC c/c Art 558, CPC: Após 1 ano e 1 dia do ato de violência ou de clandestinidade, a posse deixaria de ser injusta. ▹ Quanto à boa-fé Art 1.201, CC: “É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.” § único: “O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.” O possuidor de boa-fé é aquele que ignora os vícios que inquinam na sua posse. O possuidor de boa-fé terá direito a indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias, inclusive com direito de retenção. -art 1.219 O possuidor de má-fé (que possui ciência dos vícios) apenas terá direito a indenização, mas não à retenção, pelas benfeitorias necessárias. -art 1.219 A. Posse de Boa-Fé: ¹Quando o possuidor ignora os vícios. ²Quando tem um justo título que fundamente a sua posse. B. Posse de Má-Fé: ¹Quando se sabe do vício, mas mesmo assim pretende exercer o domínio fático sobre a coisa. ²NUNCA possui justo título. (Ainda que de má-fé, este possuidor não perde o direito de ajuizar ação possessória competente para proteger-se de um ataque de terceiro). ⇾ Efeitos da Posse: ▹ Efeitos Materiais da Posse: São eles: • Frutos e Benfeitorias • Usucapião • Responsabilidades Basta a presença de 1 dos critérios para que seja injusta; e os vícios são ISOLADOS e não cumulativos; Mesmo que injusta, ainda é posse e pode ser defendida por ações do Juízo Possessório, não contra aquele de quem se tirou a coisa, mas sim em face de 3º; A posse somente é viciada em relação a uma determinada pessoa (efeito Inter partes), não tendo o vício, o efeito é erga omnes. Boa-fé subjetiva = ausência de consciência Justo Título = ligado a função social da posse, mansa e pacífica (moradia/abrigo, caráter econômico, subsídio da família, posse- trabalho) Exemplo: Posse Injusta, mas de Boa-fé: compra de um bem roubado, sem que se saiba que o bem foi retirado de outrem com violência. Exemplo: Posse Justa, mas de Má-Fé: locatário que pretende adquirir o bem por usucapião, na vigência do contrato Geram efeitos quanto aos frutos, às benfeitorias e às responsabilidades dos envolvidos 1. Frutos: 1.1Em relação à sua origem: a) Frutos Naturais: decorrentes da essência da coisa principal. (ex: frutas produzidas por uma árvore). b) Frutos Industriais: originam-se da atividade humana. (ex: material produzido por uma fábrica). c) Frutos Civis: originam-se de uma relação econômica. (ex: aluguel de um imóvel, juros de capital). 1.2 Em relação à sua classificação: a) Frutos Pendentes: ligados à coisa principal. (ex: maçãs ainda presas na arvore). b) Frutos Percebidos: já colhidos do principal e separados. (ex: maçãs colhidas pelo produtor). c) Frutos Percipiendos: deveriam ter sido colhidos, mas não foram. (ex: maçãs maduras que estão apodrecendo). d) Frutos Consumidos: foram colhidos e não existem mais. (ex: maçãs colhidas pelo produtor e vendidas a terceiros). 1.3 Possuidor de boa-fé: Tem o direito de perceber os frutos (ex: colher) e faz com eles o que bem entender. Os frutos percebidos pelo possuidor de boa- fé a este pertencem (art 1.214) 1.4 Possuidor de má-fé: Tem o direito de ser restituído pelas despesas de produção e custeio. Possui deveres: responde pelos frutos colhidos e percebidos; e responde caso tenha deixado de perceber. (deve restituir) 2. Benfeitorias: 2.1 Benfeitorias Necessárias: são essenciais ao bem principal. Com a finalidade de conservar ou evitar que o bem se deteriore. (ex: reforma do telhado de uma casa). 2.2 Benfeitorias Uteis: facilitam o uso da coisa, tornando-a mais útil. (ex: instalação de grade na janela). 2.3 Benfeitorias Voluptuárias: são as de mero deleite, mero luxo. (ex: piscina / obs: numa escola de natação seria necessária). 2.4 Possuidor de boa-fé: Tem direito a indenização por benfeitorias necessárias e úteis. O possuidor de boa-fé que não for indenizado, tem direito à retenção dessas benfeitorias (necessárias e úteis). Em relação as voluptuárias, o possuidor de boa-fé tem direito ao seu levantamento, se não forem Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. pagas, desde que não gere prejuízo a coisa. (direito de tolher) Responsabilidade: Art 2.217: O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa. 2.5 Possuidor de má-fé: Não possui qualquer direito de manutenção ou levantamento. Em relação à indenização, assiste- lhe somente direito quanto às necessárias. Responsabilidade: Art 1.218: Responsabilidade objetiva, o possuidor de má-fé responde independente de culpa, a não ser que se prove que a coisa se perderia de qualquer forma. ▹ Efeitos Processuais da Posse: Os interditos possessórios são as ações possessórias diretas, O possuidor tem a faculdade de propor essas demandas, objetivando manter-se na posse ou que esta lhe seja restituída. Medidas Processuais Cabíveis: • Manutenção de Posse: no caso de turbação (incômodo/perturbação) (em que há o direito de ser mantido na posse). • Interdito Proibitório: no caso de violência iminente (ameaça a posse) (em que há o direito de ser segurado). • Reintegração de Posse: no caso de esbulho (vícios/injusta) (em que há o direito de restituição da posse). Obs: possui legitimidade para entrar com ação possessória somente o possuidor. Princípio da Fungibilidade: princípio que regulamenta as ações possessórias. ⇾ Perda da Posse: ▹ art. 1.223: “Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.” Exemplo: abandono, tradição, perda ou destruição da coisa, pela posse de outrem (ainda que contra a vontade do possuidor), se a coisa for tratada como bem inalienável, pelo constituto possessório... Quanto as benfeitorias realizadas na coisa: Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. Quanto as benfeitorias realizadas na coisa: Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. § 1 o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. (enquanto está acontecendo) Somente para quem exerce a posse em nome próprio (e não o detentor). ▹ art. 1.224: “Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.” Casoo possuidor não tome as medidas cabíveis ao ter conhecimento do esbulho (observar a boa-fé objetiva). ⇾ Direitos Reais: ▹ Espécies de Direitos Reais: art. 1.225: “São direitos reais:” I - propriedade; II - superfície; III - servidões; IV - usufruto; V - uso; VI - habitação; VII - direito do promitente comprador do imóvel; VIII - penhor; IX - hipoteca; X - anticrese. XI - concessão de uso especial para fins de moradia; XII - concessão de direito real de uso; XIII – laje I: Direito Real Completo (art 1;228,) II ao VI: Direitos Reais de Gozo ou Fruição. VIII ao X: Direitos Reais de Garantia. II ao XI: Direitos Reais Sobre Coisa Alheia. Art. 1.226. “Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.” Móveis ⇾ Tradição Art 1.227. “Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código.” Imóveis ⇾ Registro (no cartório de registro de imóveis) Obs¹: Ambos são provenientes de atos entre vivos. Obs²: É a exteriorização do Princípio da Publicidade. ⇾ Propriedade: “A propriedade é o direito de usar, gozar e dispor da coisa, e reivindicá-la a quem injustamente a detenha” – Caio Mário da Silva. Então, para ser proprietário basta exercer TODOS dos poderes inerentes à propriedade (usar, gozar, dispor ou reaver) (são os 4 atributos). Logo, Proprietário SEMPRE será Possuidor (pois possui todos poderes inerentes à propriedade). Mas nem todo Possuidor será Proprietário (pois para ser possuidor basta exercer 1 dos poderes). Posse NÃO é Direito Real (posse ≠ propriedade) Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de ‘usar, ‘’gozar e ‘’’dispor da coisa, e o direito de ‘’’’reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. ▹ Ação Reivindicatória: (instrumento processual do art. 1.228) é a ação que tem por objeto a propriedade, visando a retomada na coisa. “Direito de Reivindicar a coisa contra quem injustamente a possua ou detenha” Possuidor NÃO tem legitimidade. ▹art 1.228 §1º: A propriedade deve obedecer a sua função social. Logo, a propriedade é também um Direito Real de Finalidade Social (CF/88), além de ser um direito real completo. ▹ Art. 1.231: “A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário.” Plena: o proprietário possui direito ilimitado e absoluto. Exclusiva: o proprietário pode afastar a coisa de quem quer utilizá-la. ▹ Art. 1.232: “Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem.” Exceção¹: possuidor de boa-fé (art. 1.214) que tem direito aos frutos percebidos. Exceção²: (art. 1.284) frutos caídos em solo alheio. (exemplo: na casa do vizinho). § 1 o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
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