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Medicina FTC – 2020.2 Catarina Viterbo ESPONDILITE AQUILOSANTE Reumatologia – Prof. Emanuela– 30/09/2020 Ela faz parte de um grupo junto com a artrite psoriásica, reativa, as artropatias. Espondilartrites • Comprometimento inflamatório axial (espondilite e sacroleíte) • Artrite periférica oligoarticular simétrica → diferente da AR • Dactilite → Dedo em salsicha • Entesite → Inflamação da entese • Manifestações extra-articulares → olhos (uveítes), intestino, pele (psoríase) Epidemiologia • É uma artrite inflamatória do esqueleto axial → acomete o eixo e é uma doença ascendente, começa na região sacro-ilíaca e sobe • Homens 3:1 • Idade <40 anos • Populações causasisana (0,5 a 0,8/ 100.00 habitantes) • HLA B17 Etiologia Genéticos 1. HLA B17 (90% dos paciente tem positivo) – Apenas 5% + desenvolvem EpA, ou seja, só tr o HLAB17 (+) não quer dizer que o paciente tenha a doença. 2. Concordância de gêmos monozigóticos – 63% 3. Concordância de gêmeos dizigóticos – 27% Ambientais (Ex: infecção) Distribuição geográfica (regiões com prevalência elevada de HAL b27- Alasca/Noruega) Fisiopatologia Disbiose intestinal → Extrema importância na fisiopatologia da doença. Células imunes produzem citocinas e ocorre vias de sinalização do metabolismo ósseo e quando isso acontece você vai ter uma maior remodelação óssea, neoformação óssea (formação da coluna em bambu), as citocinas aumentam a inflamação no eixo axial periférico também. Citocina IL-23, IL017 e TNF-alfa são os alvos dos imunobiológicos que agem nessas vias para controlar os sintomas. Essa fisiopatologia causa: • Sintomas axiais • Remodelação óssea (erosões e neoformações) • Sintomas periféricos • Manifestações extra-articulares → Uveíte, DII e psoríase. Manifestações Clínicas Alterações clínicas articulares • Dor nas art. sacroilíacas (nádegas) • Dor coluna lombar o Irradia para MMII o Bilateral ou unilateral alterante o Sem sintomas parestésicos → Diferente da discopatia Características da dor lombar 1. Melhora com exercício 2. Piora com repouso 3. No início: fases de melhora e piora podendo ficar livre dos sintomas 4. Fase tardia: dor diária 5. Rigidez Matinal (Rel. Atv. Dça) até 3h Exame Físico • Retificação da lordose lombar • Início: espasmo muscular • Tardio: anquilose fibrosa • Diminuição da mobilidade lombar → Paciente pode referir que está meio enferrujado, que não consegue se curvar para pegar alguma coisa no chão. • Teste de Schober modificado → A gente vê espinha ilíaca póstero superior, traçamos uma linha de 10 cm acima dessa linha e pede para o paciente fletir a coluna, quando ele flete e for menor que 15 cm o paciente tem diminuição da mobilidade lombar, o que fala a favor de uma sacro-ileíte ou uma espondilite anquilosante. • Inclinação lateral → o braço está paralelo ao membro e nós fazemos uma medida e pedimos ao paciente para se lateralizar, a mão dele vai descer e você faz outra linha. Essa diferença tem que ser de pelo menos 20 cm. Se for menor que isso você tem uma inclinação lateral diminuída, que fala a favor de diminuição de mobilidade do eixo axial. • Distância trago-parede aumentada • Projeção da cabeça para frente → “Sinal da flexa” Expansibilidade torácica (<5cm) → Pega uma fita métrica e mede na inspiração e nas expiração se tiver menos de 5cm é porque a expansibilidade torácica está diminuída. Principais complicações da coluna vertebral 1. Deformidades vertebrais 2. Síndrome da cauda equina 3. Fraturas Outras manifestações axiais • Espondilodicites • Artrite das art facetárias • Artrite costoclavicular • Osteíte do esterno Acometimento periférico Grandes articulações (coxa, joelho, ombros, tornozelos) Sintomas • Dor • Edema • Limitação • Calor Entesite → Acometimento das entes, muito comum nas espondiolopatias. • 50% • Pior qualidade de vida → Muita dor • Maior incapacidade laboral • Sítios Comuns o Costoesternais o Costocontrais o Tendão do calcêneo → mais comum o Fáscia plantar → mais comum o Sínfise púbica Manifestações extra-articulares • Uveíte anterior → Mais comum principalmente relacionado com DII • Psoríase • DII Olhos na EA • 20-40% desses pacientes acabam tendo acometimento oftalmológico. Esse paciente geralmente vem por conta de uma uveíte recorrente que não está conseguindo tratar e vem para você passar colagenose. • Uveíte anterior (iridociclite) – 90% o Aguda o Unilateral o Não granulomatosa o Geralmente já chegam usando colírio com corticoide para você desmamar Uveíte anterior aguda • Hiperemia ocular intensa • Visão borrada • Dor • Fotofobia • Lacrimejamento • Início súbito • Duração – dias a semanas • Pode preceder sintomas articulares → paciente procura por esses sintomas da uveíte • 02-10 anos após inicio dos sintomas Uveíte anterior Cardiovascular • Distúrbio de condução BR e BAV • Aortite • Pericardite • Miocardite Não é comum! Acometimento renal • Espessamento pleural • Apneia obstrutiva do sono • Fibrose pulmonar apical • Não é comum! Sistema nervoso • Nefropatia mesangial por depósito de IgA • Amiloidose renal (AA) Hoje temos tratamentos eficazes, é muito difícil o paciente chegar a ficar com aquela coluna de bambu, só se não for ao médico. Diagnóstico • Aspectos epidemiológicos (idade e sexo) • Manifestações clínicas típicas articulares e extra-articlares • História familiar Critérios diagnósticos • Critérios de NY modificados (1994): tinha como pilares utilizar apenas o RX, só que no RX só vemos alteração tardia • ASAS (2009) → Colocou RNM dentro dos critérios o que permitiu um diagnóstico mais precoce, Algoritmo de dor inflamatória lombar crônica Dor lombar crônica (> 3 meses de duração e iniciado < que 45 anos) Se você tiver um Raio X com alteração → Espondilite axial que é igual a espondilite. Exames laboratoriais • Insepecíficos • Anemia • Aumento de VHS/PCR • Elevação da fosfatase alcalina • Elevação de IgA • HLAB27 – Não usar para tiragem (Auxiliar Diagnóstico) → Uma vez dando positivo vamos investigar, mas simplesmente não pedimos HLAB27, caso o paciente esteja com uma dor lombar crônica vamos pedir ou paciente com dor que tenha uma epidemiologia familiar positiva. Exames de imagem O que vemos? • Dano osteolítico (reabosroção óssea) • Dano osteoproliferativo (neoformação óssea) • Sindesmófitos • Anquilosante articular Raio X Sacoileíte Bilateral → Lembrar que a porção sinovial são os 2/3. Sacroileíte Bilateral → está unilateral pelo corte da RNM. Se fosse unilateral tinha que asfatar infecção e outros processos. Avaliação Clínica de Atividade de Doença e Capacidade Funcional Exame físico: devemos avaliar esse paciente de 6 em 6 meses ou se ele estiver tendo piora da clínica. Índices de acordo com os questionários → Tem as provas inflamatórias e que você vai vendo a capacidade dos pacientes de desenvolver determinadas atividades. • BASDAI • ASDAS • BASFI Tratamento NÃO farmacológico • Educação do paciente • Atividade física • Fisioterapia Essas medidas são de extrema relevância Tratamento farmacológico • AINES → Antigamente era muito usado. Hoje é usado, mas se não melhorar vai para os imunobiológicos. • Sulfassalazina 2-3g/dia e Meterxato 15-25mg/sem → quadro periférico da Artropatia que não tenha eixo • Imunobiológico (BASDAI> ou = 4/ EVA >4) → Sacroileíte = Imunobiológico o Anti-TNF, Anti-IL-23, Anti-IL-17 o Paciente com quadro cutâneo como psoríase é melhor interleucina do que anti-TNF (infliximab, rituximab etc) → são muito eficazes. Anquilose → Formando a coluna de bambu (formação dos sindesmófilos).As estrelinhas são os sinais de Romanos
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