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Metodologia do Treinamento Físico-esportivo Aula 6: Periodização do treinamento Apresentação A periodização no treinamento físico esportivo é de extrema importância para potencializar os ganhos e evitar os indesejados platôs. A divisão do programa em períodos permite ao técnico/preparador físico adicionar incrementos, de volume ou intensidade, em determinada fase da preparação. Como o nome sugere, a periodização nada mais é do que um planejamento em maior magnitude dividido em grandes, médios e pequenos blocos. Atualmente, esse modelo de preparação é utilizado em todo o mundo e nas mais variadas modalidades esportivas. Dessa forma, o cenário prático permite dizer que a periodização é o coração da preparação físico- esportiva do atleta. Assim, nesta aula, re�etiremos sobre os principais tópicos envolvendo a periodização, observando a interação com as demais variáveis já apresentadas nas aulas anteriores. Objetivos Apresentar os subtipos de PCR mais aplicados em genética forense; Detalhar a técnica de sequenciamento tradicional e suas aplicações em genética forense; Apresentar as alternativas de nova geração para o sequenciamento de DNA. Periodização Fonte: Unsplash | Por: Austin Distel. Cronologicamente, a ideia de periodização pode ser observada antes mesmo do desenvolvimento de sua de�nição, como, por exemplo, nosso modelo atual de trabalho, em que trabalhamos oito horas por dia e descansamos 16 horas, ou uma trabalhamos por 24 horas com folga de 48. Dessa forma, entende-se o conceito de periodização como a divisão de um todo em períodos, podendo ser períodos longos (Macrociclo), períodos médios ou mensais (Mesociclo) e períodos curtos (Microciclos), os quais serão abordados separadamente ao longo desse capítulo. O planejamento do treinamento existe desde os Jogos Olímpicos da Antiguidade, quando o manual para o treinamento atlético e ginástico foi escrito por Flavius Philostratus (170 a 245 a.C.). Os primeiros modelos de periodização foram aplicados por levantadores de peso do leste europeu, referindo-se a mudanças nas sessões de treino ao longo do tempo que permitiam melhor recuperação e, por consequência, maiores ganhos em força. (RHEA et al., 2003) Diversos autores se propuseram a de�nir periodização, como por exemplo: Alteração das variáveis do programa em intervalos de tempo regulares, cuja intenção é induzir ganhos ótimos de força, potência, desempenho motor e/ou hipertro�a muscular. (FLECK, 1999) Variações planejadas das variáveis agudas e crônicas de um programa de treinamento. (BROWN, 2001) Distribuição do exercício e da carga de treinamento em um determinado período. (ZATISIORSKY; KRAEMER, 2008) O desenvolvimento do método de periodizar teve como base a síndrome geral da adaptação desenvolvida pelo Dr. Hans Selye em 1974 (Figura 1). Dr. Selye propôs que o organismo possui capacidade adaptativa a situações de estresse aumentado, como, por exemplo, alterações nas cargas de um programa de exercícios. A síndrome geral da adaptação desenvolve-se em três estágios: 1 Reações de alarde Provocam excitação. 2 Reações de resistência Dependem do tempo que duram os estímulos e provocam adaptação. 3 Reações de exaustão Ocorre quando o organismo não suporta por mais tempo o processo de superação do estímulo, podendo provocar danos. Figura 1: Fluxograma exempli�cando a síndrome geral da adaptação desenvolvida pelo Dr. Selye (1974). | Fase 1 = Alarme - caracterizada pela resposta inicial ao estímulo do treinamento com perda momentânea de desempenho; | Fase 2 - Adaptação (supercompensação) = aumento no desempenho, criando adaptações ao novo estímulo; | Fase 3 – Exaustão - caracterizado pela instalação de um platô. A ideia de periodizar surge como uma forma de facilitação, tornando a organização de um programa de treinamento mais e�ciente e e�caz, adequando cada uma de suas fases a adequadas variáveis, a �m de alcançar de forma mais rápida e segura os objetivos do indivíduo, seja ele atleta e não atleta. Essa ideia ganhou força após o início do período cientí�co, compreendido entre os Jogos Olímpicos de Tóquio (1964) e de Moscou (1980). Após esse período, os olhos se voltaram de forma mais �xa ao desenvolvimento do indivíduo, iniciando o entendimento de um ser multidimensional. A periodização incide em um maior desenvolvimento devido à organização da variedade de métodos existentes, pela implementação estratégica das fases e das cargas especí�cas para cada fase de preparação. Em outras palavras, fazendo uma analogia com a música, a periodização é similar à função da bateria, que dita o ritmo e organiza os conjuntos dos demais instrumentos. Estudos anteriores indicam resultados relevantes no que diz respeito às respostas encontradas em programa periodizados, indicando larga superioridade para os programas periodizados em relação aos não periodizados. (RHEA, 2004) De fato, vários estudos que propuseram essa comparação evidenciaram que a periodização é uma estratégia e�ciente, parecendo promover alterações positivas nos componentes da composição corporal e da força máxima. (CHILIBECK et al., 1998; KRAEMER et al., 2000; KRAEMER et al., 2004; MAZZETTI et al., 2000; NINDL et al., 2000) Programas não periodizados também podem provocar respostas satisfatórias na composição corporal e na força máxima; contudo, em menor magnitude e por períodos limitados, geralmente por até quatro ou cinco meses. Matveev (2001) foi o primeiro a demonstrar que os melhores resultados podem ser obtidos pela organização da carga em forma de ciclos. Essa divisão é realizada a partir de um Macrociclo que pode durar entre seis meses e quatro anos (a depender da modalidade e da competição alvo). A partir daí, temos uma divisão menor, chamada de Mesociclo, o qual, em geral, corresponde entre três e cinco Microciclos, de modo a assegurar ganhos ótimos no condicionamento físico. Por �m, possuímos uma estruturação ainda menor, chamada de Microciclo, o qual corresponde entre uma e quatro semanas. Em outras palavras, um Microciclo representa uma fase de treinamento, já o Mesociclo representa várias fases que, juntas, formam o Macrociclo, o qual retrata a estrutura do objetivo �nal. A partir de agora abordaremos as características de cada um desses ciclos pertencentes à periodização. Microciclo Fonte: Unsplash | Por: Lindsay Henwood. Conforme abordado anteriormente, entende-se um Microciclo como a menor fração do processo de periodização em um programa de treinamento, o qual possui duração correspondente entre uma e quatro semanas (4, 8 ou 12 dias). A ideia do microciclo é combinar fases de estímulos e recuperação, possibilitando assim uma supercompensação. Durante o microciclo, a alternância de exercício e recuperação e a sequência adequada de exercícios aliviam a fadiga muscular. A maior adaptação ao treinamento em relação ao estímulo padrão ocorre quando os músculos estão recuperados de períodos prévios de treinamento, e melhor preparados para tolerar uma sobrecarga maior. O microciclo é, portanto, uma fração única, indivisível, do plano de treinamento. Não se deve mudar, no seu transcurso, as qualidades físicas que estão sendo trabalhadas, nem a ênfase sobre o volume e/ou a intensidade de treinamento. Um erro comumente realizado é a ocorrência de dois ciclos distintos de trabalho em um único microciclo (Ciclo 1: segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira; Ciclo 2: terça-feira, quinta-feira e sábado), cada um visando uma valência física e, muitas vezes, com efeitos antagônicos, como, por exemplo, melhora na capacidade de produzir força x melhora na �exibilidade. Nesse contexto, destaca-se a importância do entendimento do conceito de frequência semanal de treinamento. O Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2009) indica a necessidade de uma frequência mínima de três dias de treinamento semanal para melhor desenvolvimento das valências físicas. Os autores Zakharov e Gomes (2003) relatam a existência de seis tipos de microciclos (Tabela 1) utilizadosno esporte de alto rendimento, sendo eles: Incorporação; Ordinário; Choque; Recuperação; Pré-competitivo; Competitivo. Periodização Tipo de microciclo Fase básica Preparação geral Incorporação Ordinário Choque Recuperação Fase específica Preparação especí�ca Ordinário Choque Recuperação Período de competição Pré-competitivo Choque Competitivo Recuperação Período de transição Recuperação Ordinário Tabela 1: Distribuição dos microciclos de acordo com as fases e períodos. Preparação geral = parte da fase básica, cujo objetivo é criar uma boa base física e técnica. Preparação especí�ca = parte da preparação especí�ca, cujo objetivo é familiarizar o atleta com o período competitivo e avaliar o treinamento. Microciclo de incorporação Objetiva incorporar estímulos não muito fortes e possibilitar a transição do indivíduo para a realidade de treino. Fazendo uma analogia com a musculação, o microciclo de incorporação é o que conhecemos como “série provisória ou adaptativa”. Microciclo ordinário É o mais comum no treinamento, cujo objetivo é provocar adaptações orgânicas desejáveis, capazes de incrementar o nível de condicionamento do indivíduo. Caracteriza-se por apresentar, na fase de estímulo, aplicação de cargas moderadas homogêneas durante os seus três dias de duração, buscando obter o efeito de treinamento pela sucessão acumulada de esforços. Microciclo de choque Caracteriza o ápice da aplicação de carga em um Mesociclo, podendo ser de volume, caso o Mesociclo seja da fase básica, ou de intensidade, caso o Mesociclo seja da fase específica. Esse tipo de Microciclo só deve ser aplicado em perfeita harmonia com a periodização, por representar trabalho com sobrecarga elevada. O Microciclo de choque divide-se em duas estruturas, uma voltada para o período de preparação e outra para o período de competição. Microciclo de recuperação O Microciclo de recuperação consiste na restauração ampliada da homeostase do indivíduo e no acúmulo de reservas para fazer frente às futuras demandas energéticas e metabólicas do treinamento. Caracteriza-se por apresentar estímulos reduzidos e uma quantidade maior de dias de repouso, possibilitando assim uma adequada recuperação metabólica ativa. Microciclo pré- competitivo O Microciclo pré-competitivo objetiva realizar a transferência, em situação ideal, das valências obtidas ao longo do treinamento para as reais necessidade do desempenho da competição. Nesse microciclo, procura-se adaptar e ambientar o indivíduo às condições da competição, seja ela climática, geográfica e de horário, e, por isso, possui estrutura determinada pelo tipo de competição. O microciclo pré-competitivo pode ser divido em duas estruturas: uma voltada para competições duradouras e outra para competições curtas. O Microciclo de recuperação é o ciclo mais livre dentro desse planejamento, no qual não é disposto nenhum tipo de estrutura predeterminada. O regulamento e a característica da competição estipularão como serão ordenadas as atividades do ciclo. Mesociclo Conforme abordado anteriormente, entende-se Mesociclo como uma fração intermediária de um processo de periodização em um programa de treinamento, o qual possui duração correspondente entre três e cinco Microciclos. O Mesociclo é o elemento estrutural da periodização que possibilita a homogeneização do trabalho executado. O Mesociclo se faz necessário para uma característica preponderante de um determinado período de treinamento. O Mesociclo poderá caracterizar-se por: Mesociclos bem estruturados promoverão melhor de�nição dos objetivos parciais, maior homogeneidade no trabalho executado e oscilação de carga mais conveniente. Esse fator é extremamente importante se for levado em consideração que, no esporte de alto rendimento, a variação da carga é relativamente reduzida nos Microciclos. Por causa disso, é no Mesociclo que essa variação ocorrerá de maneira mais acentuada, possibilitando a obtenção de um resultado cumulativo das cargas utilizadas em cada Microciclo e adequando-as à reação que o organismo do atleta é capaz de oferecer no transcurso do tempo. Dessa forma, o Mesociclo terá em média 21 a 35 dias, possibilitando a exploração da viabilidade de se melhorar o nível de treinamento ao longo do tempo, pela aplicação correta da carga em todos os graus da reação do organismo do atleta. Os autores Zakharov e Gomes (2003) relatam a existência de sete tipos de Mesociclos utilizados no esporte de alto rendimento, sendo eles: 1. Incorporação; 2. Básico; 3. Estabilizador; 4. Controle; 5. Pré-competitivo; 6. Competitivo; 7. Recuperativo. Parâmetro preponderante na aplicação da sobrecarga; Mesociclo com preponderância no volume; Mesociclo com preponderância na intensidade; Qualidade física visada (por exemplo: três Mesociclos objetivando o treinamento de resistência muscular localizada e um Mesociclo de força); Alguma outra característica marcante (por exemplo: treino de séries diferentes das dos Macrociclos para alguma competição secundária); Participação em corridas rústicas de rua (por exemplo: fundistas). O Mesociclo de incorporação (Figura 2) é utilizado no início do período de preparação, visando possibilitar a passagem do atleta da situação de repouso ativo para a de treinamento. Convém esclarecer que as porcentagens dos dias da semana do Microciclo são efetivamente utilizadas para prescrever a carga de trabalho do atleta. Por outro lado, as porcentagens de participação de cada Microciclo no total de carga utilizada no Mesociclo são, exclusivamente, um parâmetro de controle. Figura 2: Exemplo de um Mesociclo de incorporação (Dantas, 2014). Considere o quadro a seguir (Tabela 2), o qual representa o trabalho realizado ao longo do primeiro Microciclo (incorporação): Tabela 2: Distribuição de Microciclos dentro de um Mesociclo de incorporação (DANTAS, 2014). O Mesociclo básico é utilizado no miolo das fases básica e especí�ca. Devem ser feitos, então, tantos Mesociclos básicos quantos forem possíveis, visando propiciar a adaptação �siológica do organismo à carga aplicada. O Mesociclo básico divide-se em duas variantes: 1 Mesociclo básico da fase básica 2 Mesociclo básico da fase especí�ca O Mesociclo estabilizador, por ser composto de dois Microciclos ordinários de mesmo grau de aplicação de carga, é apto a consolidar, estabilizar e �xar as adaptações orgânicas obtidas nos Mesociclos anteriores. Por esse motivo, é utilizado no �nal das fases básica e especí�ca. O Mesociclo de controle é sempre colocado após o Mesociclo estabilizador para indicar o grau de treinamento alcançado e possibilitar a transferência do condicionamento obtido para o desempenho competitivo. Convém ressaltar que o primeiro Microciclo de choque deve visar a passagem do treinamento para níveis mais elevados de intensidade, ao passo que o segundo não será tão utilizado com a �nalidade de desenvolvimento, mas sim com a de controle. Ressalta-se que os problemas detectados deverão ser prontamente atacados, de modo a não prejudicar as atuações futuras esperadas. O Mesociclo pré-competitivo é empregado antes de competições muito importantes. Procura, por intermédio da aplicação massiva de cargas importantes e períodos relativamente amplos de recuperação, provocar uma quebra na razão de crescimento do condicionamento do atleta, conduzindo-o a patamares mais elevados de desempenho. O Mesociclo competitivo não dispõe de estrutura preestabelecida, pois as exigências da periodização se subordinam às necessidades de desempenho. Nesse sentido, o mais importante é delinear o treinamento, da maneira mais especí�ca possível, que o atleta precisará para desempenhar bem na competição. O Mesociclo recuperativo possui característica de transição, visando proporcionar uma recuperação ao atleta após o período competitivo. Vale a atenção para não provocar um destreinamento acentuado a �m de não comprometer a preparação do atleta. Macrociclo Dantas (2014) indica uma divisão metodológica de um Macrociclo tradicionale de meeting. O Macrociclo tradicional é utilizado nos anos de jogos olímpicos, campeonatos mundiais ou tentativa de quebra de recorde. Esse tipo de periodização dá mais prioridade ao treinamento do que à competição Por outro lado, o Macrociclo de meeting visa propiciar ao atleta a manutenção do nível competitivo por um maior período de tempo, capacitando-o a participar de diversos meetings em condições de realizar bons desempenhos, podendo assim resultar em maior quantidade de prêmios. O Macrociclo tradicional, geralmente, é utilizado por atletas iniciantes, juvenis e de alto rendimento (quando estão em preparação olímpica, mundial, pan-americanos, entre outros), de qualquer modalidade esportiva, pelo fato de proporcionar maior tempo de treinamento quando comparado ao período dedicado a ela. Dantas (2014) indica que o Macrociclo pode ser montado respeitando três tipos (Tabela 3): QUADRIMESTRAL SEMESTRAL ANUAL Variante Macrociclo Periodização Características 1 Quadrimestral Simples Três picos de desempenho discreto Tripla Três picos de desempenho importante 2 Semestral Simples Esportes com predominância de volume Dois picos extensos Dupla Esportes com predominância de intensidade Dois picos acentuados 3 Anual Simples Esportes coletivos e ênfase na resistência aeróbica e potência Tabela 3: Características dos diversos tipos de Macrociclos (DANTAS, 2014). O Macrociclo anual é recomendado para o grupo de esportes que requer a resistência aeróbica como qualidade física dominante, pois esse tipo de planejamento só possibilita um pico por ano de treinamento. Ainda, o Macrociclo semestral assemelha-se ao anual, possuindo a única diferença de possibilidade de dois picos por ano de treinamento. Em contrapartida, o Macrociclo de periodização quadrimestral possibilita três ciclos anuais de treinamento, sendo assim mais viável no planejamento de atletas iniciantes. O Macrociclo quadrimestral possibilita maior �exibilidade, pois, apesar de exigir maior número de competições, estas não exigem desempenho máximo. Atualmente, o Macrociclo divide-se em quatro períodos: Clique nos botões para ver as informações. O período de pré-participação não possui boa base teórica internacional por haver continuidade no processo de treinamento ao longo dos anos; portanto, devem ser mantidas sob controle todas as variáveis do treinamento e do atleta. O período de pré-participação serviria para iniciar-se corretamente um programa plurianual de treinamento, por intermédio do levantamento dos fatores in�uenciadores, como recursos disponíveis, avaliação dos atletas, mobilização de recursos etc. O período de pré-participação subdivide-se em três fases: Anteprojeto de treinamento: nessa fase inicia-se o contato com a realidade da tarefa a ser executada e com os objetivos a serem alcançados. É também nessa fase que serão reunidas todas as informações necessárias à montagem do plano de treinamento; Diagnóstico: é a fase de realização dos testes técnicos, físicos, psicológicos e clínicos com os atletas; Planejamento: nessa fase será feita a montagem do plano de treinamento. PRÉ-PARTICIPAÇÃO O período de preparação caracteriza-se como a época em que o atleta será elevado à condição competitiva na temporada considerada. Didaticamente, segue a fase de planejamento do período de pré-participação e visa incrementar o nível de pro�ciência técnico-tática, física e psicológica, para possibilitar a realização de atuações máximas nas competições programadas. Esse período é dividido em duas fases: básica (preparação geral) e especí�ca (preparação especí�ca). A duração dessas fases é variável, de acordo com o tipo de periodização escolhida, com as peculiaridades da modalidade e do calendário esportivo considerado. Da interação das duas necessidades será possível de�nir o quanto se investirá em cada fase. Na fase especí�ca pode-se prever algumas competições com o objetivo de familiarizar o atleta com as mesmas, bem como fazer uma avaliação do treinamento. Compondo-se a sobrecarga provocada pela competição com as necessidades do treinamento, pode-se criar ciclos perfeitamente harmônicos e adequados às imposições da fase. PREPARAÇÃO O período de competição é caracterizado pela troca do foco na mesma. Ou seja, durante o período de preparação, o foco nas competições eram a familiarização e adequação; já no período de competição, ela se torna o foco. É nesse período que os atletas alcançarão o pico de desempenho na competição-alvo. A carga de trabalho aplicada é reduzida de 20 a 30%, sendo incrementada a preparação técnica em detrimento da preparação física. No trabalho técnico-tático visar-se-á o aperfeiçoamento tático, almejando a manutenção dos níveis obtidos no período anterior. COMPETIÇÃO O período de transição destina-se a proporcionar ao atleta uma recuperação física e mental após os extremos esforços a que se submeteu nas competições que ocorreram no período anterior, com duração girando em torno de 60 dias. Esse período é peça fundamental para o caráter plurianual do plano de expectativas. Se, ao término de cada Macrociclo, os atletas �cassem em um período de férias, no início do Macrociclo seguinte o treinamento teria de retornar em níveis consideravelmente mais baixos do que os alcançados no ápice do ciclo anterior. TRANSIÇÃO Atividades 1) A partir da importância apresentada de se planejar o treinamento de um atleta de alto desempenho, de�na as formas de divisão que podem existir dentro da preparação de uma temporada. 2) A periodização condiz em realizar o planejamento de um treinamento alcançando determinados objetivos durante a temporada. Assim, podemos identi�car na literatura alguns modelos especí�cos de preparação. Identi�que os principais modelos de microciclos apresentados no alto desempenho. 3) Supondo que você realizará a preparação de um atleta de iron man, planeje um macrociclo envolvendo o treinamento para a natação, corrida e ciclismo com 12 semanas de preparação. Notas Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Referências AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM). Position Stand progression models in resistance training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc, v.41, n.3, p.687-708, 2009. BROWN, L.E., GREENWOOD, M. Periodization essentials and innovations in resistance training protocols. Strength Cond J, v.27, n.4, p.80-85, 2005. CHILIBECK, P.D. et al. 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