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Disciplina IMT 2005 Curso Bacharelado em Saúde Pública 2019 Doenças Infecciosas de transmissão respiratória (Agudas): Influenza , Doenças exantemáticas (Sarampo) Agradecimentos à Dra. Marta Lopes, diretora do Centro de Imunização do HCFMUSP por autorizar a cessão de alguns slides Ser humano Agente Hospedeiro Ambiente Estrutura epidemiológica do Sarampo Agente etiológico Infectividade Alta Patogenicidade Alta Virulência Alta Hospedeiro Homem Meio ambiente Virus RNA Horizonte clinico Doenças exantemáticas Sarampo Definição ▪ Doença aguda infecciosa de transmissão respiratória. ▪ Agente Etiológico: ➢vírus RNA ▪ família Paramyxovírus ▪ gênero Morbilivirus sarampo. Patogenia ▪ Colonização da vias aéreas superiores. ▪ Replicação no epitélio da mucosa . ▪ Se dissemina via hematogênica e pelo sistema linfático para vísceras abdominais, pele e sistema nervoso. ▪Alterações imunológicas levam à supressão de imunoglobulinas*, propiciando outras infecções (bacterianas e fúngicas). * Os anticorpos, também conhecidos como imunoglobulinas (Ig) ou gamaglobulinas, são glicoproteínas sintetizadas pelos linfócitos B, utilizadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar os antígenos. Interação agente com hospedeiro https://www.infoescola.com/bioquimica/glicoproteinas/ https://www.infoescola.com/citologia/linfocitos/ https://www.infoescola.com/biologia/sistema-imunologico/ https://www.infoescola.com/sistema-imunologico/antigeno/ Patogenia (cont.) ▪ Imunidade humoral está associada imunidade duradoura conferida pela infecção. ▪ Resposta imune celular causa lesão máculo papular, mas também é importante no prognóstico e cura. * Os anticorpos, também conhecidos como imunoglobulinas (Ig) ou gamaglobulinas, são glicoproteínas sintetizadas pelos linfócitos B, utilizadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar os antígenos. Interação agente com hospedeiro https://www.infoescola.com/bioquimica/glicoproteinas/ https://www.infoescola.com/citologia/linfocitos/ https://www.infoescola.com/biologia/sistema-imunologico/ https://www.infoescola.com/sistema-imunologico/antigeno/ Período de incubação - 10 dias (7 a18). Período de transmissibilidade - 4 a 6 dias antes do exantema e 4 dias após. É transmitida através de gotículas expelidas pelo nariz, boca ou garganta de pessoas infectadas. Sarampo Sarampo Morbillivirus família Paramyxoviridae Sarampo 2 a 3 dias fase catarral Koplik Distribuição crânio-caudal Descamação Duração: 5 a 6 dias Sorológico ELISA Leucócitos normais ou leucopenia Linfocitose Sintomático Exantema morbiliforme Sarampo SARAMPO Principais sinais e sintomas do sarampo: Febre alta, acima de 38,5°C; Dor de cabeça; Manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo Tosse; Coriza; Conjuntivite; Manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de Koplik, que são visíveis de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas na pele. Sarampo Exantemas Zika Dengue Imagem cedida pelo Prof. Benedito Fonseca/FM RP USP ZikaChikungunya Imagem cedida pelo Prof. Benedito Fonseca FMRP USP DENGUE, CHIKUNGUNYA, ZIKA E SARAMPO: PRESENÇA E FREQUÊNCIA DOS PRINCIPAIS SINAIS/SINTOMAS Fonte: Mckeown T& Lowe CR. An introduction to social medicine. Blackwell Scientific Publication,Oxford.1966 Taxas de Mortalidade por Sarampo na Inglaterra e País de Gales. 1838-1970 Medidas de prevenção e controle Estratégias de Controle e Incidência do Sarampo, 1968 - 2011, Brasil ➢ Em 1992, o Brasil adotou a meta de eliminação do sarampo para o ano 2000, com a implantação do Plano Nacional de Eliminação do Sarampo, cujo marco inicial foi à realização da primeira campanha nacional de vacinação contra a doença. ➢ Em 1997, depois de um período de quatro anos de relativo controle, observou-se o recrudescimento do sarampo no país, iniciando com surtos em São Paulo e expandindo-se para todos os estados, com 91.810 casos notificados, 53.664 confirmados, com taxa de incidência de 32,6 por 100mil/hab. e 61 óbitos. Estado de São Paulo Estratégias de Controle e Incidência do Sarampo, 1968 - 2011, Brasil Vacina de Sarampo: Vírus vivos atenuados. Crescimento em cultura de células de embrião de galinha Licenciada nos EUA a partir de 1965. Licenciada no Brasil em 1967. Sistematicamente distribuída na saúde pública: 1973 → Programa Nacional de Imunizações PNI. Medidas de prevenção e controle Vacina de Sarampo Combinada (cont.): Sarampo, Caxumba, Rubéola (SCR): Distribuída pelo PNI: a partir de 1992. Sub cutânea (SC) 2 doses (0,5 mL >1000 UI): 1ª dose aos 12 meses de idade (SCR). 2ª dose entre 15-18 meses SCRV(Brasil). Medidas de prevenção e controle Vacina de Sarampo - Resposta Imune Humoral:(IgM, IgG, IgA) e Celular (CD4 / CD8) Soroconversão após 1ª dose depende da idade: <6 meses: baixa – imaturidade do sistema imune/ interferência dos anticorpos maternos, 8-9 meses: 84%, 12 meses: 92.5%; anticorpos de alta avidez. Efetividade: 93% após 1ª dose; 97% após 2 doses. Anticorpos neutralizantes de longa permanência (26-33 anos), em caso de reexposição ao virus selvagem. WHO position paper 2017, Strebel. NEJM July 10, 2019 Vacina combinada: SRC A vacina SCR é contraindicada para: Gestantes, Pessoas imunodeprimidas graves (pessoas vivendo com HIV/Aids, transplantados, pacientes com neoplasias em atividade, na vigência de terapêutica imunossupressora), Crianças menores de seis meses de idade, Indivíduos que receberam vacinas de vírus vivo nos últimos 30 dias: SCR (sarampo, caxumba e rubéola), febre amarela, varicela, BCG, poliomielite oral ou rotavírus Nas pessoas com contraindicação à vacinação: Usar Imunoglobulina dentro dos seis (6) primeiros dias após a primeira exposição ao caso de sarampo. Sarampo: Recomendações de vacinação Rotina 1ª dose: 12 meses (SCR) 2ª dose: 15 meses (SCRV) Até 29 anos de idade: 2 doses SCR Pessoas nascidas antes de 1960: Não precisam ser vacinadas Particular atenção Profissionais de saúde (2 doses SCR) Viajantes Internacionais: de 6 meses a 60 anos Professores Estudantes População Institucionalizada Trabalhadores da construção civil Turismo (taxistas, aeroviários,motoristas de ônibus, hotéis, restaurantes, trabalhadores do sexo) Fonte: Atualização das medidas de controle Sarampo/Rubéola - Estado de São Paulo, fevereiro/2014 Situação epidemiológica Estratégias de Controle e Incidência do Sarampo, 1968 - 2011, Brasil Cobertura vacina SCR: 1ª / 2ª dose (%) Rotina 2014 2015 2016 2017 2018 SCR 1ª dose Brasil >100 96.07 95.41 90.85 90.80 São Paulo >100 97.91 92.96 91.26 90.45 Min. 93.10 (PI) 67.58 (DF) 69.61 (PA) 68.45 (PA) 74.99 (PA) % Municípios com adequada cobertura (>95%) 55.2 58.8 58.9 SCR 2º dose Brasil 90.19 77.37 79.04 76.45 75.61 São Paulo 98.07 94.64 80.97 87.14 81.23 Min. 57.71 (PA) 37.78 (PA) 51.68 (MA) 54.33 (PB) 55.81 (MA)tabnet.datasus.gov.br/cgi 26/06/2019 Meta PNI : 95% Sarampo. Folha de São Paulo, 9/08/2019 A vacina protege contra o vírus D-8. Divisão do vírus do sarampo em genótipos: A até H e em 24 subtipos Títulos de anticorpos desencadeados por vacinação recente neutraliza os diversos tipos e subtipos do vírus do sarampo Variação genética entre os vírus: 5 a 7% no DNA viral. Proteínas virais às quais os anticorpos se ligam continuam muito semelhantes entre si, mantendo a vacina eficaz. Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo da Fiocruz: a vacina ainda é eficaz contra “novas versões” do vírus do sarampo Semana E. 33 8.609 Suspeitos 1.319 confirmados Casos suspeitos e confirmados no Estado de São Paulo até 31/07/2019 Qual a faixa etária de maior percentual? E a de > riscoVacina SCR A Secretaria Municipal da Saúde da cidade de São Paulo realiza atualmente uma Campanha de Vacinação contra o Sarampo. O público-alvo da ação é: Todas as crianças entre 6 meses e 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas durante a campanha, e essa vacina não será válida para a rotina, devendo ser agendada uma nova dose aos 12 meses de idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas. Todas as pessoas entre 15 e 29 anos devem ser vacinadas indiscriminadamente, independente do número de doses anteriores. Profissionais da saúde também estão no foco desta campanha. E precisam ter duas doses da vacina, independente da idade e de já terem tido a doença. A Campanha de Vacinação que inicialmente seria finalizada em 12 de julho foi prorrogada até 16 de agosto. Secretaria Municipal de Saúde SP 24/07/2019 Centro de Vigilância Epidemiológica/CCD/SES-SP e Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde orientaram: ➢ Além do município de São Paulo houve a adição de mais 14 municípios da Região Metropolitana de São Paulo: ➢ Guarulhos, Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Osasco, Barueri, Carapicuíba, Santana de Parnaíba, Taboão da Serra e Mairiporã. Campanha de vacinação Sarampo Vacinação de bloqueio Frente a caso SUSPEITO de Sarampo ou Rubéola A vacinação de bloqueio tem por objetivo aumentar rapidamente a imunidade da população, de maneira a interromper a transmissão e diminuir a extensão e a duração do surto. Deve ser realizada na suspeita, preferencialmente no prazo máximo de até 72 horas após a notificação do caso, eliminando os suscetíveis no menor tempo possível. Sarampo Vacinação de bloqueio Frente a caso com sorologia IgM reagente para sarampo e/ou rubéola e/ou PCR detectável para sarampo e/ou rubéola: realizar a varredura ou operação limpeza: busca exaustiva de suscetíveis mediante vacinação casa a casa, incluindo domicílios e estabelecimentos coletivos (creches, escolas, faculdades, canteiros de obras, etc.). Esta ação deve abranger os locais frequentados pelo caso confirmado nos últimos sete a 21 dias, incluindo todo o quarteirão, área residencial ou bairro se necessário. Vacinação dos Viajantes Vacinar duas semanas antes da viagem • É considerado vacinado se: – Possuir caderneta de vacinação comprovando vacinação contra sarampo e rubéola. • É considerado imune se: – Possuir confirmação laboratorial de imunidade contra sarampo (AC IgG específicos). Para Prevenir importações Alerta internacional • Todos que participem ou viagem aos eventos devem estar protegidos contra sarampo e rubéola antes de viajar. • Profissionais de saúde dos setores público e privado precisam estar alerta para a possibilidade de aparecimento de sarampo ou rubéola.
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