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Psicologia da Educação II
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Caro(a) aluno(a),
O trecho a seguir explicita considerações 
acerca da inteligência sensório-motora. Leia com 
atenção.
Para Piaget, o desenvolvimento do bebê se 
origina de uma indiferenciação entre o eu e o não 
eu, a vida parecendo-se com um fluxo ininterrupto 
de sensações e movimentos. Evidenciando o papel 
ativo do sujeito na interação com o meio, o bebê 
realiza um duplo movimento de constituição de si 
mesmo, como sujeito, e do seu exterior. A inteli-
gência sensório-motora – feita, assim, de sensa-
ções e movimentos – é uma inteligência prática, 
que se realiza na e pela ação, uma ação que se exer-
ce no aqui e agora porque ainda não se formaram 
os instrumentos de representação. A capacidade 
de representar, construída ao longo desses primei-
ros dois anos de vida, implica que uma coisa – um 
objeto, um evento e, mais tarde, uma ideia ou um 
sentimento – pode ser representada por outra, de 
natureza simbólica ou semiótica: uma palavra, uma 
imagem mental, um desenho.
Com a capacidade de representar, o pensa-
mento alcança novos poderes: liberado do aqui e 
agora, pode lembrar-se do passado e projetar o fu-
turo (COLINVAUX et al., 2010). 
De acordo com Piaget, os bebês passam seus 
dois primeiros anos de vida no estágio sensório-
-motor do desenvolvimento. Eles simplesmente 
utilizam as habilidades com as quais já nasceram 
(o que chamamos de predisposição da espécie) – 
primordialmente, a de sugar e a de agarrar o seio 
da mãe, seu próprio polegar ou qualquer outra 
coisa que esteja ao seu alcance. De maneira seme-
lhante, agarram um chocalho por reflexo. Quando 
percebem que o som vem do chocalho, começam 
a sacudir tudo que conseguem segurar, em uma 
tentativa de reproduzir o som. Finalmente, eles dis-
tinguem entre coisas que fazem barulho e as que 
não fazem. Dessa maneira, os bebês começam a 
organizar suas experiências, colocando-as em ca-
tegorias rudimentares, tais como “sugável” ou “não 
sugável”, “barulhento” ou “não barulhento”.
Caro(a) aluno(a), um novo destaque para ilustrar sua leitura:
A ideia piagetiana de desenvolvimento propõe que a capacidade cognitiva não nasce nem 
do sujeito, nem do objeto, mas pela interação deles. Para Piaget, a capacidade cognitiva huma-
na origina-se da interação sujeito-objeto.
É assim que a influência do meio vai sendo anexada progressivamente ao sujeito pela ação 
deste; não anexação direta do meio, mas sínteses progressivas construídas a partir das reper-
cussões produzidas pela assimilação do meio. O desenvolvimento segue dois caminhos corre-
latos. Pelas assimilações, o sujeito dirige-se ao mundo do objeto – meio físico ou social. Isto é, o 
sujeito consegue avançar na direção do centro dos objetos, ou seja, conhecê-los cada vez mais, 
instrumentalizado pelas acomodações. 
Em outras palavras, explorando o mundo ao redor (assimilação), ele consegue constituir seu 
mundo interno, sua subjetividade. Conhecendo melhor o mundo, conhece melhor a si mesmo, 
e consciente de si estará aberto para novas aprendizagens, que promoverão melhor adaptação 
aos desafios gerados pelo mundo (COLINVAUX et al., 2010).
CuriosidadeCuriosidade
Outro resultado importante do estágio sen-
sório-motor é o desenvolvimento da permanên-
cia do objeto, isto é, a consciência de que os obje-
tos continuam a existir mesmo que estejam fora do 
nosso campo de visão. Para um recém-nascido, os 
objetos que desaparecem simplesmente deixam 
de existir. Mas, à medida que as crianças adquirem 
experiência no mundo, desenvolvem a percepção 
da permanência dos objetos. Quando têm entre 
18 e 24 meses, conseguem até mesmo imaginar 
o movimento de um objeto que, na verdade, elas 
não veem se mexer. A essa habilidade chamamos 
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de representações mentais, sendo que a mani-
pulação dessas representações em sua cabeça é a 
conquista mais importante do final do estágio sen-
sório-motor. Também é esse o momento em que as 
crianças desenvolvem a capacidade de autorreco-
nhecimento.
Caro(a) aluno(a), atenção aos destaques:
�� As noções de si mesmo e de objeto são, para Piaget, a base sobre a qual as novas 
construções relativas ao eu e ao mundo se assentarão, expressando os momentos do 
desenvolvimento psicológico.
�� Para Piaget, o período de 0 a 2 anos, denominado sensório-motor, é vital para o desen-
volvimento da inteligência, pois as construções realizadas aí formam a base do desen-
volvimento posterior.
�� A gênese da construção cognitiva de “si mesmo” e “do real” está, pois, no período sensó-
rio-motor, no qual é construída a inteligência prática e a lógica das ações.
�� A criança de até dois anos tem uma inteligência prática que se manifesta pela lógica 
das ações e pela construção das noções práticas de objeto, espaço, tempo e causalida-
de (COLINVAUX et al., 2010).
CuriosidadeCuriosidade
Saiba maisSaiba mais
Caro(a) aluno(a), atenção às palavras do autor:
“No momento do nascimento, a criança dispõe de uma série de condutas reflexas como 
sugar, chorar, espirrar, agarrar [...]. A partir deste momento irão se produzindo, por diferenciação, 
outras condutas mais complexas que são chamadas de esquemas, que seriam unidades básicas 
da atividade mental. Este processo de diferenciação é o resultado da adaptação do organismo 
ao meio, adaptação que lhe permite sobreviver quando há mudanças nas condições ambien-
tais.” (PIAGET, 1985a).
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Quando as crianças entram no estágio pré-
-operacional do desenvolvimento cognitivo, seu 
pensamento ainda está muito limitado às suas ex-
periências físicas e perceptivas. Mas sua crescente 
capacidade de usar representações mentais lança 
as bases para o desenvolvimento da linguagem – 
uso de palavras como símbolos que representam 
acontecimentos, além de descrever e recordar ex-
periências e permitir que se raciocine sobre elas. 
O pensamento representativo também estabelece 
os fundamentos de outros dois marcos típicos des-
se estágio – a participação em jogos de fantasia 
(uma caixa de papelão vira um castelo) e o uso de 
gestos simbólicos (cortar o ar com uma espada 
imaginária para matar um dragão de mentira).
Embora o indivíduo desse estágio tenha feito 
progressos em relação ao primeiro estágio, ainda 
pensa de forma egocêntrica – tem dificuldade de 
ver as coisas do ponto de vista de outra pessoa ou 
de se colocar no lugar dos outros. Outra caracterís-
tica dessa fase é que o indivíduo é enganado pela 
aparência (FLAVELL, 1986). Ele tende a concentrar 
sua atenção no aspecto mais saliente de uma exibi-
ção ou um acontecimento, ignorando todo o resto.
1.2 Estágio Pré-Operacional (2 a 7 anos)
Caro(a) aluno(a),
�� Observe atentamente a importância de um trabalho pedagógico na Educação Infantil 
que considere as contribuições dos pressupostos de Piaget, pois para ele:
�� A capacidade de enumerar ou contar objetos nasce das atividades de classificação e se-
riação, amplamente exercitadas no brinquedo.
�� Ao brincar a criança explora seu mundo exterior, assimilando novas formas de se comu-
nicar com ele, constituindo sua linguagem, sua subjetividade.
�� Para conhecer-se um objeto, faz-se necessário agir sobre ele, modificá-lo, transformá-lo e 
compreender o processo dessa transformação, compreendendo o modo como o objeto 
foi construído.
�� Decorre que conceitos não se transmitem, mas constroem-se.
�� Ao aprender pela própria atividade, o sujeito alcançará um surpreendente resultado: au-
mentará ainda mais a sua capacidade de aprender. Sua autonomia.
�� Quando o sujeito consegue realizar um equilíbrio entre assimilação e acomodação, alcan-
ça a capacidade de refletir sobre sua experiência, num processo construtivo e permanen-
te de adaptação a novos desafios cognitivos.
CuriosidadeCuriosidade
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Durante o estágio operacional-concreto, 
o indivíduofica mais flexível com relação ao seu 
pensamento. Ele aprende a levar em conta mais de 
uma dimensão de um problema ao mesmo tem-
po, e a enxergar uma situação do ponto de vista 
de outra pessoa. Esta é a idade em que as crianças 
se tornam capazes de compreender os princípios 
de conservação, relacionados à quantidade, ex-
tensão, área e massa. Todos esses elementos en-
volvem compreensão de que quantidades básicas 
permanecem constantes, independentemente de 
alterações superficiais na aparência. Outra con-
quista dessa fase é a capacidade de compreender 
complexos esquemas de classificação, como os 
que envolvem classes superordenadas e subordi-
nadas. Por exemplo: se você mostrar a uma criança 
em idade pré-escolar cinco coelhos e três ratos de 
brinquedo e perguntar a ela se há mais coelhos ou 
animais presentes, quase sempre a criança respon-
derá que há “mais coelhos”. Somente depois dos 
7 anos, ela conseguirá pensar nos objetos como, 
simultaneamente, membros de duas classes, uma 
mais inclusiva que a outra. Mesmo depois de al-
guns anos na escola, o pensamento das crianças 
ainda está muito limitado ao “aqui e agora”. Fre-
quentemente elas são capazes de solucionar pro-
blemas que ainda não tenham pontos de referên-
cia concretos que possam manipular ou imaginar 
estar manipulando.
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Em um famoso experimento, Piaget mostrou às crianças em idade pré-operacional dois co-
pos idênticos, preenchidos com suco até o mesmo nível. Perguntou-lhes então qual dos copos 
continha mais suco e elas responderam (corretamente) que ambos continham a mesma quan-
tidade. Então Piaget despejou o suco de um dos copos em outro, mais alto e mais estreito. No-
vamente, perguntou às crianças qual dos copos continha mais suco. Elas olharam para os dois 
recipientes, viram que o nível de líquido no copo maior e mais estreito era bem mais elevado e 
então responderam que esse copo continha mais suco. De acordo com Piaget, as crianças des-
se estágio não conseguem levar em conta nem o passado (Piaget simplesmente despejou todo 
o suco de um recipiente no outro), nem o futuro (caso ele tivesse despejado o suco de volta ao 
copo anterior, os níveis de ambos os copos seriam idênticos). 
AtençãoAtenção
“Na experiência da criança as situações com as quais se defronta são geradas por seu meio 
social e as coisas aparecem em contextos que lhes outorgam significações especiais. Portanto, 
se assimilam situações nas quais os objetos desempenham certos papéis e não outros.” (PIAGET; 
GARCIA, 1987).
1.3 Estágio Operacional-Concreto (7 a 11 anos)
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A limitação do estágio anterior é superada 
no estágio operacional-formal do desenvolvi-
mento cognitivo, geralmente alcançado durante 
a adolescência. Os jovens dessa idade conseguem 
pensar de maneira abstrata, estão aptos a formu-
lar hipóteses, testá-las mentalmente e aceitá-las ou 
rejeitá-las de acordo com os resultados dessas ex-
perimentações mentais. Portanto, são capazes de ir 
além do “aqui e agora” e de compreender as coisas 
em termos de causa e efeito, considerar as possibi-
lidades, bem como as realidades, e desenvolver e 
utilizar regras, princípios e teorias gerais.
A teoria de Jean Piaget contribui em demasia 
para entendermos o desenvolvimento da cogni-
ção, contudo recebeu inúmeras críticas, sendo que 
a principal se refere ao fato de que Piaget não esta-
va preocupado inicialmente com a educação e sim 
com o desenvolvimento do homem. Esse sentido 
é pertinente, pois um olhar atento percebe que o 
vetor (direção) para Piaget é: do indivíduo para o 
meio, e isto se dá por meio do desenvolvimento de 
sua estrutura mental, sendo então possível a com-
preensão do que está fora. 
Essa sua minimização da interação com o so-
cial gerou uma crítica de outro grande teórico da 
psicologia: Lev Vygotsky.
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Sobre a construção de si mesmo, a perspectiva piagetiana focaliza mais os aspectos cognitivos 
do que os elementos afetivos.
Se a consciência de si mesmo necessita das construções de objeto, espaço, tempo e causali-
dade, o eu é também um objeto de conhecimento para a criança. O objeto “eu”, localizado no 
espaço e no tempo e inserido num sistema de relações causais, é também objeto que gera 
sentimentos na criança, assim como o objeto “outro”.
Nota-se a concepção de Piaget sobre o desenvolvimento da afetividade da criança: uma evo-
lução paralela à da inteligência e que segue os mesmos passos e movimentos evolutivos. A 
afetividade não pode, assim, interferir nas construções cognitivas, sendo responsável pelo ritmo 
dessas construções. Esse posicionamento a respeito das relações entre afetividade e inteligên-
cia reflete a opção epistemológica do autor, explicitando as ênfases de seu modelo teórico: a 
construção cognitiva do conhecimento e a teoria da inteligência (COLINVAUX et al., 2010).
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“Se se deseja, como necessariamente se faz cada vez mais sentir, formar indivíduos capazes de 
criar e de trazer progresso à sociedade de amanhã, é claro que uma educação ativa e verdadeira 
é superior a uma educação consistente apenas em moldar os assuntos do querer pelo já esta-
belecido e os do saber pelas verdades simplesmente aceitas.” (PIAGET, 1985b).
“Conquistar por si mesmo um certo saber; com a realização de pesquisas livres, e por meio de 
um esforço espontâneo, levará a retê-lo muito mais; isso possibilitará sobretudo ao aluno a 
aquisição de um método que lhe será útil por toda vida e aumentará permanentemente a sua 
curiosidade, sem risco de estancá-la.” (PIAGET, 1998).
1.4 Estágio Operacional-Formal (adolescência-idade adulta)
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Resumidamente, os estágios são assim caracterizados:
1º Estágio: Sensório-motor
No estágio sensório-motor, que dura do nascimento ao 18º mês de vida, a criança busca 
adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que a rodeiam. Esse estágio se cha-
ma sensório-motor, pois o bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias ações que 
são controladas por informações sensoriais imediatas.
2º Estágio: Pré-operacional
No estágio pré-operacional, que dura do 18º mês aos 8 anos de vida, a criança busca 
adquirir a habilidade verbal. Nesse estágio, ela já consegue nomear objetos e raciocinar intui-
tivamente, mas ainda não consegue coordenar operações fundamentais.
3º Estágio: Operacional concreto
No estágio operacional-concreto, que dura dos 8 aos 12 anos de vida, a criança começa 
a lidar com conceitos abstratos, como os números e relacionamentos. Esse estágio é caracteri-
zado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos.
4º Estágio: Operacional formal
No estágio operacional formal – desenvolvido entre os 12 e 15 anos de idade – a criança 
começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse estágio é definido pela habilidade de de-
senvolver o raciocínio abstrato. No estágio das operações formais, desenvolvido a partir dos 
12 anos de idade, a criança inicia sua transição para o modo adulto de pensar, sendo capaz de 
pensar sobre ideias abstratas.
Em seus estudos sobre crianças, Jean Piaget elaborou uma nova forma de se conceber 
a construção do conhecimento, partindo de uma epistemologia genética. Essa descoberta le-
vou Piaget a recomendar aos adultos que adotassem uma abordagem educacional diferente 
ao lidar com crianças. Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras ativas do 
conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo. Ele forneceu 
uma percepção sobre as crianças que serve como base de muitas linhas educacionais atuais. 
Assim, as crianças aprendem a ler lendo, a escrever escrevendo: por aprendizagens significati-
vas. O conhecimento se constrói pela ação do sujeito sobre o seu pensar e o seu fazer. 
1.5 Resumo do Capítulo
Piaget contribuiu para diferentes campos de estudos científicos: a psicologia do desenvolvimento,a teoria cognitiva e o que veio a ser chamado de epistemologia genética. Piaget destaca a importância 
de observarmos cuidadosamente a maneira com que o conhecimento se desenvolve nas crianças, para 
que possamos entender melhor a natureza do conhecimento humano. Suas pesquisas sobre a psicologia 
do desenvolvimento e a epistemologia genética tinham o objetivo de entender como o conhecimento 
evolui. Piaget formulou a teoria de que o conhecimento evolui progressivamente por meio de estrutu-
ras de raciocínio que substituem umas às outras através de estágios. O ser humano em seu processo de 
adaptação a seu meio social, reestrutura-se cognitivamente, a partir de desafios mobilizadores de novas 
formas de pensamento. Decorre que a adaptação é a essência do funcionamento intelectual, assim como 
a essência do funcionamento biológico. Desde a mais tenra idade (estágio sensório-motor), o ser huma-
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no atua ativamente sobre seu processo de aprendizagem, considerando seus avanços motores na busca 
pelo autocontrole para além do funcionamento de ações puramente reflexas.
Assim, para Piaget, a atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento “total” do or-
ganismo, pois, do ponto de vista biológico, a organização é inseparável da adaptação: eles são dois pro-
cessos complementares de um único mecanismo, sendo que o primeiro é o aspecto interno do ciclo do 
qual a adaptação constitui o aspecto externo. 
Desse modo, na busca pela adaptação, as novas estruturas cognitivas são integradas às anteriores 
pelos processos de assimilação e acomodação.
A assimilação consiste na tentativa do indivíduo em solucionar uma determinada situação a partir 
da estrutura cognitiva que ele possui naquele momento específico da sua existência. Representa um pro-
cesso contínuo na medida em que o indivíduo está em constante atividade de interpretação da realidade 
que o rodeia e, consequentemente, tendo que se adaptar a ela. 
A acomodação consiste na capacidade de modificação da estrutura mental antiga para dar conta 
de dominar um novo objeto do conhecimento. Quer dizer, a acomodação representa “o momento da 
ação do objeto sobre o sujeito”, emergindo, portanto, como o elemento complementar das interações 
sujeito-objeto. 
Em seu trabalho, Piaget identifica quatro estágios da evolução mental de uma criança. Cada estágio 
é um período onde o pensamento e o comportamento infantil são caracterizados por uma forma especí-
fica de conhecimento e raciocínio. Esses quatro estágios são: sensório-motor, pré-operacional, operacio-
nal concreto e operacional formal.
1.6 Atividades Propostas
1. Como Piaget descreve o desenvolvimento cognitivo?
2. Quais são os estágios básicos de desenvolvimento cognitivo segundo Piaget?

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