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Núcleo das Ciências Contábeis Planejamento e Contabilidade tributária- 0022060B01 – 060008. Prof. Davidson Benicio de Souza Diante da abordagem do Lucro Presumido feita anteriormente trarei a partir daqui uma das modalidades de tributos desse regime: O Pis e Cofins. PLANEJAMENTO E CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA I Tema da Aula: Pis/Pasep e a Cofins- Lucro Presumido Pis: Base Legal Fato gerador Cumulatividade Alíquota aplicável Base de Cálculo Contabilização nas Operações de compra e Venda PIS e COFINS 1. Introdução A Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, correspondem a um dos mais complexos tributos da atualidade. Isso decorre tanto pela dificuldade de apuração dessas contribuições, como também pela falta de consolidação de sua legislação. A tributação relativa ao PIS e a COFINS (PIS - Programa de Integração Social e COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), no âmbito federal, é administrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e admite o cálculo em dois sistemas, sendo estes CUMULATIVOS E NÃO-CUMULATIVOS. A contribuição para o PIS foi criada pela Lei Complementar 07 de 07 de setembro de 1970 e a COFINS foi criada pela Lei Complementar 70 de 30 de dezembro de 1991. Estas legislações sofreram diversas alterações ao longo do tempo, estando atualmente regulamentadas nas Leis 9.701/1998, 9.715/1998, 9.718/1998. A partir da competência fevereiro de 1999, na esteira das alterações foi editada a MP 1.807, e que atualmente tem o número 2.158-35/2001, com regras específicas para o cálculo das contribuições. Núcleo das Ciências Contábeis Planejamento e Contabilidade tributária- 0022060B01 – 060008. Prof. Davidson Benicio de Souza Alterações foram procedidas por meio das Leis 10.637/2002, 10.833/2003, 10.865/2004 e 10.931/2004 (IN SRF 474/2004), e os tratamentos diferenciados para alguns produtos, conforme leis 9.990/2000, 10.147/2000, 10.485/2002, 10.548/2002, 10.560/2002 e 10.925/2004, além de outras, tais como: Leis 10.209/2001, 10.276/2001, 10.676/2003, 10.684/2003, 10.996/2004, 11.033/2004, 11.051/2004, 11.096/2005, 11.116/2005, 11.484/2007 e 11.488/2007. 2. INCIDÊNCIA CUMULATIVA A partir da competência dezembro de 2002 para o PIS, e fevereiro de 2004 para a COFINS, é preciso que se faça uma separação entre o critério de incidência cumulativa e incidência não-cumulativa, mas por enquanto entendamos a primeira. INCIDÊNCIA CUMULATIVA PIS = Alíquota de 0,65 % COFINS = Alíquota de 3% Não poderá utilizar créditos Aplica-se a pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado. Não se aplica a pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, exceto nos casos específicos previsto em lei. Como pode ser observado, no quadro acima, qualquer pessoa jurídica não tributada pelo lucro real, não está sujeita ao regime do PIS/PASEP e da COFINS não-cumulativos. Entretanto, há hipóteses em que, mesmo quando a pessoa jurídica seja tributada pelo lucro real, permanecerá sujeita às regras anteriores em função da sua atividade, ou ainda, há casos em que a nova legislação aplicar-se-á (para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real) apenas em relação à receita de venda de determinados produtos ou mercadorias. 3. Modalidades A contribuição para o PIS/PASEP e Cofins compreendem três modalidades: 1- sobre o faturamento; 2- sobre a folha de pagamento; 3- sobre importação. Observações: Na modalidade faturamento, os contribuintes são as pessoas jurídicas de direito privado, e todas as pessoas a elas equiparadas. Núcleo das Ciências Contábeis Planejamento e Contabilidade tributária- 0022060B01 – 060008. Prof. Davidson Benicio de Souza Na modalidade folha de pagamento, contribuem as entidades sem fins lucrativos que tenham empregados. Já a COFINS, existe nas seguintes modalidades: 1- sobre o faturamento; 2- sobre importação. 4. Regime cumulativo “O fato gerador das contribuições é auferir receita”. Assim, sempre que uma pessoa jurídica auferir receitas, ressalvadas as exclusões, isenções, ou outros benefícios, estará sujeita ao pagamento de PIS e da COFINS. A periodicidade dessas contribuições é mensal, de forma que mensalmente deve-se verificar as receitas auferidas, para fins de verificação da incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS. 4.1 - Contribuintes expressamente incluídos no regime cumulativo Como regra são contribuintes do PIS/PASEP e da COFINS, no cumulativo, incidente sobre o faturamento, as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as pessoas a ela equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto: - aquelas sujeitas à modalidade não-cumulativa da contribuição; e - as micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional. Diante do exposto a legislação que rege o assunto (Lei nº 10.637/2002 e Lei nº 10.833/2003) estabelece que ficam fora do regime não-cumulativo, portanto, sujeitando-se ao regime cumulativo: - as pessoas jurídicas tributadas pelo Imposto de Renda com base no lucro presumido ou arbitrado; - as sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária e de consumo; - as pessoas jurídicas imunes a impostos; - os bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e cooperativas de crédito, empresas de seguros privados, entidade de previdência privada, abertas e fechadas, empresas de capitalização, pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e financeiros e as operadoras de plano de assistência à saúde, referidas no art. 3º, §§ 6º, 8º e 9º, da Lei nº 9.718/1998; Núcleo das Ciências Contábeis Planejamento e Contabilidade tributária- 0022060B01 – 060008. Prof. Davidson Benicio de Souza - empresas particulares que explorem serviços de vigilância e de transporte de valores, referidas na Lei nº 7.102/1983; e - os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais, e as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei, referidas no art. 61 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição. Observação As pessoas jurídicas imunes a impostos (templos religiosos, partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de educação e de assistência social) sem fins lucrativos, relacionadas no art. 150, VI, alíneas “a” e “c”, da Constituição Federal/88, estão sujeitas a regra da cumulatividade em relação as receitas não decorrentes de suas atividades próprias. 4.2 - Receitas sujeitas ao regime cumulativo Além de estabelecer as pessoas jurídicas sujeitas ao regime cumulativo das contribuições para o PIS/PASEP e para a COFINS, a legislação que regula o assunto elegeu algumas receitas que também estariam fora do regime não-cumulativo, e portanto,sujeitas as contribuições no regime cumulativo. Diante desse quadro é possível um mesmo contribuinte estar sujeito ao regime não- cumulativo, por ser tributado com base no lucro real, por exemplo, e ao mesmo tempo, estar sujeito ao regime cumulativo em relação a determinada receita auferida. De acordo com a legislação, ficam sujeitas ao regime cumulativo as receitas decorrentes de: - substituição tributária do PIS/PASEP e da COFINS; - venda de veículos, adquiridos para revenda, bem como dos recebidos como parte do preço da venda de veículo novos e usados, no caso de pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores; - prestação de serviços de telecomunicações; - venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; - comercialização de energia elétrica submetida ao regime especial de tributação, nos termos da Lei nº 10.848/2004, auferida por pessoa jurídica integrante do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE); - as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003: a) com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consórcios de bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central; b) com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços; c) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em processo licitatório, até aquela data; e Núcleo das Ciências Contábeis Planejamento e Contabilidade tributária- 0022060B01 – 060008. Prof. Davidson Benicio de Souza d) com prazo superior a 1 (um) ano, de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e construção de prédios destinados a venda. - transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros; - serviços prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas; - serviços de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue; - prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação superior; - vendas de mercadorias realizadas pelas lojas francas em aeroportos e portos para venda de mercadorias nacional ou estrangeira a passageiros de viagens internacionais, na chegada ou saída do país ou em transito; - serviço de transporte coletivo de passageiros, efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo; - decorrentes da edição de periódicos e de informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonia; - prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB); - prestação de serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral; - execução por administração, empreitada ou subempreitada de obras de construção civil, até 31 de dezembro de 2015; - auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto dos Ministérios da Fazenda e do Turismo; - prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; - prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras de rodovias; 5 - prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e turismo; - auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginas eletrônicas; - relativas às atividades de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003; - as receitas decorrentes de operações de comercialização de pedra britada, de areia para construção civil e de areia de brita. 4.3 - Base de cálculo “A base de cálculo das Contribuições é o faturamento, que corresponde à receita bruta”. Núcleo das Ciências Contábeis Planejamento e Contabilidade tributária- 0022060B01 – 060008. Prof. Davidson Benicio de Souza OBSERVAÇÃO O § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/1998, que dispunha que a receita bruta compreende a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas, foi revogado pela Lei nº 11.941/2009. “Isso significa que, em regra, não mais é preciso discutir em juízo a inconstitucionalidade do alargamento de base de cálculo promovido pela Lei nº 9.718/1998, não sendo garantida, por outro lado, a possibilidade de compensação dos valores pagos em anos anteriores”, em conformidade com o dispositivo revogado. A receita deve ser tomada sem o IPI, mas sem dedução do ICMS destacado, que integra a receita bruta. 4.3.1 - Exclusões admitidas Para efeito de apuração da base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS, podem ser excluídos ou deduzidos da receita bruta, quando a tenham integrado, entre outros, os valores correspondentes a: - IPI, nas empresas contribuintes desse imposto; - vendas canceladas; - descontos incondicionais concedidos; - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; - parcela do ICMS recolhida antecipadamente, nos termos do parágrafo único da Cláusula Primeira do Protocolo ICMS nº 46/2000, por ocasião da importação do exterior ou da aquisição de Estado não signatário do aludido Protocolo, a título de substituição tributária, de trigo em grão, farinha de trigo e mistura de farinha de trigo (ADI SRF nº 19/2004); - decorrente da transferência onerosa, a outros contribuintes do ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1º do art. 25 da Lei Complementar nº 87/1996; 6 - das reversões de provisões, desde que essa não tenha sido deduzida da base de cálculo quando de sua constituição; - das recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores efetivamente baixados, que não representem ingresso de novas receitas; - resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido; - lucros e dividendos derivados de investimento avaliados pelo custo de aquisição que tenham sido computados como receita, inclusive os decorrentes de empreendimento objeto de Sociedade em Conta de Participação (SCP); - receitas decorrentes das vendasde bens do ativo imobilizado; - receitas isentas ou não tributadas ou as sujeitas à alíquota zero; - receita auferida pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária; e - receita auferida pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias sujeitas a tributação monofásica. Núcleo das Ciências Contábeis Planejamento e Contabilidade tributária- 0022060B01 – 060008. Prof. Davidson Benicio de Souza 4.4 - Regime de Caixa e Competência Como regra geral, as receitas devem ser consideradas por regime de competência, ou seja, independentemente de seu recebimento. Por esse regime, mesmo sem reflexos no caixa da empresa, as receitas auferidas no período de apuração devem ser consideradas para fins de cálculo dos tributos. Contudo, as empresas sujeitas ao Lucro Presumido podem adotar como critério de reconhecimento de suas receitas, para fins da composição da sua base de cálculo mensal, regime de competência ou regime de caixa. Pelo regime de caixa, para fins tributários a receita deve ser reconhecida quando do recebimento dos valores acordados para pagamento a prazo. A IN SRF nº 104/1998 estabeleceu regras para apuração do Lucro Presumido com base no regime de caixa, extensiva às empresas imobiliárias com as devidas adaptações. 4.6 - Alíquotas aplicáveis As pessoas jurídicas sujeitas ao regime cumulativo das Contribuições para o PIS/Pasep e para a COFINS devem calcular as respectivas Contribuições mediante a aplicação da alíquota de 0,65% (Pis) e 3% (Cofins) sobre o faturamento bruto auferido. 4.6.1 - Bancos e instituições assemelhadas Os bancos e instituições assemelhadas observam alíquota de 0,65% para o PIS/Pasep. Já para a COFINS a alíquota é diferenciada, comparativamente as demais pessoas jurídicas. Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 01.09.2003, a alíquota da COFINS passou a ser de 4% para bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas; sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário e as sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários; as empresas de arrendamento mercantil; cooperativas de crédito; empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito; entidades de previdência complementar privada, abertas e fechadas, sendo irrelevante a forma de sua constituição; associações de poupança e empréstimo, pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e financeiros. As corretoras de seguros, independente da forma de tributação que adotarem (real ou presumido) apuram as contribuições para o PIS e para a COFINS pela forma cumulativa e pelas mesmas alíquotas aplicáveis as instituições financeiras, conforme estabelecido neste tópico. Núcleo das Ciências Contábeis Planejamento e Contabilidade tributária- 0022060B01 – 060008. Prof. Davidson Benicio de Souza 4.6.2 - Instruções de preenchimento do DARF O recolhimento das Contribuições deve ser efetuado, individualmente, mediante a utilização dos seguintes códigos de Darf: COFINS entidades financeira 7987 COFINS – Demais contribuintes sujeitos ao regime cumulativo 2172 PIS/PASEP entidades financeiras e equiparadas 4574 PIS/PASEP – Demais contribuintes sujeitos ao regime cumulativo 8109 4.7 – Prazo para recolhimento As Contribuições devem ser pagas nos seguintes prazos: a) até o vigésimo dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, pelos bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e cooperativas de crédito, empresas de seguros privados, entidade de previdência privada, abertas e fechadas, empresas de capitalização; b) até o vigésimo quinto dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas. Observa-se que se o dia do vencimento não for dia útil, considera-se antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o acontecer. 4.8 – Obrigações Acessórias Até a competência 12/2012, as empresas sujeitas ao lucro presumido ficam obrigadas a entrega mensal do Dacon – Demonstrativo de Apuração dos Créditos, mesmo nos meses que não tenham auferido receita. Conforme a IN RFB 1.348/2013, a partir de 1º de janeiro de 2013 as empresas sujeitas ao lucro presumido estarão dispensadas da entrega do Dacon, porém obrigam-se a entrega mensal da EFD-Contribuições. A Instrução Normativa nº 1.252/2012, em seu art. 5º, § 7º, determina que pessoa jurídica sujeita à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ficará dispensada da apresentação da EFD-Contribuições em relação aos correspondentes meses do ano-calendário, em que não tenha realizado ou praticado operações sujeitas a apuração de créditos da não cumulatividade do PIS/Pasep e da Cofins, inclusive referentes a operações de importação. Lembramos que a dispensa de entrega da EFD-Contribuições não alcança o mês de dezembro do ano-calendário correspondente, devendo a pessoa jurídica, em relação a esse mês, proceder à entrega regular da escrituração digital, na qual deverá indicar os meses do ano- calendário em que não auferiu receitas.
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