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Aula Completa de PisCofins

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B E M – V I N D O S
Escola Superior de Negócios
Revisão Prática do PIS E COFINS
2
QUEM SOMOS
APRESENTAÇÃO DA ESCOLA
A Escola Superior tem 
como principal propósito 
revolucionar o ensino e 
aprendizado de conteúdos 
voltados às áreas contábil, 
fiscal e RH.
Isso porque nosso foco é 
no aluno,
Escola Superior de Negócios
3
Arnóbio Neto 
Araújo Durães
Mestre em Controladoria e Contabilidade
Estratégica pelo Centro Universitário Álvares
Penteado, Pós-Graduado em Contabilidade
Avançada, Pós-Graduado em Gerência
Financeira, Pós-Graduado em Auditoria e
Controladoria, Bacharel em Ciências Contábeis
pela Universidade São Francisco.
Professor Universitário, em cursos de Pós-
Graduação e MBA, consultor de empresas nas
áreas Financeira, Contábil, Tributária e Fiscal.
Palestrante e seminarista em temas contábeis e
tributários pelo Conselho Regional de
Contabilidade de São Paulo – CRC SP, CRC ES,
Sindicato dos Contabilistas do Estado de São
Paulo, Grupo IOB SAGE, CENOFINSCO, COAD,
SESCON SP e também em Faculdades e
entidades congraçadas à contabilidade.
Módulo 4 do Curso Analista Fiscal –
Revisão Prática do PIS COFINS
O PIS - Programa de Integração Social e o PASEP - Programa de Formação do Patrimônio
do Servidor Público, foram instituídos pela Lei Complementar n 07, de 07/09/1970 e nº 08,
de 03/125/1970, com a finalidade de criar um programa de incentivo à participação dos
empregados nos lucros das empresas.
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
Na época a base de cálculo era o faturamento histórico apurado no sexto mês anterior ao
do recolhimento e sua alíquota era de 0,75%. Chegaram as altas taxas de inflação e com
elas os decretos nº 2.445 e 2.449/1988, com isso a base de cálculo passou a ser a receita
bruta do próprio mês de recolhimento e a alíquota foi reduzida para 0,65%.
6
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
Ainda no ano de 1988 com a eficácia e validade de nossa atual constituição, o
PIS/PASEP foi destinado a garantir o financiamento do programa do seguro-
desemprego como também o abono anual aos trabalhadores que tiverem suas carteiras
registradas por empresas que contribuam com o programa, conforme o Artigo 299 da
CF, promulgada em 05/10/1998.
Esta contribuição tem volumoso currículo e, se não bastasse, em 1993 o STF julgou
inconstitucional os decretos nº 2.445 e 2.448/1988, e o Senado Federal, ao emitir a
Resolução 45/1995, retirou definitivamente os citados comandos legais do sistema.
7
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
Mas o Governo Federal não deixou por menos: Um mês depois, editou a Medida
Provisória nº 1.212/95, repetindo praticamente os mesmos dizeres dos decretos
anteriores e, após três anos de sucessivas reedições, a convergiu na Lei nº 9.715, de
25/11/1998, mas dois dias depois foi sancionada a Lei 9.718 de 27/11/1998, originada
da Medida Provisória nº 1.724/1998.
A COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, foi instituída pela
Lei Complementar nº 70, de 30/12/1991, dizendo no Artigo 2º que esta incidiria, “sobre
o faturamento mensal, assim considerando a receita bruta das vendas de mercadorias,
de mercadorias e de serviço de qualquer natureza.”
8
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
Sua finalidade atual é o financiamento à Seguridade Social, conforme o inciso I do
Artigo 195 da Constituição Federal.
A princípio sua alíquota era de 2% e posteriormente foi majorada para 3%, conforme o
Artigo 8º a Lei nº 9.718/1998, tendo sido permitida, em um dado momento, a
compensação do aumento com imposto de Renda Pessoa Jurídica, conforme constou
na Medida Provisória nº 1.774/1998, o que foi modificado posteriormente para permitir a
sua compensação com a Contribuição Social Sobre o Lucro, conforme o texto final da
lei nº 9.718/1998.
9
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
Todas estas contribuições tem seu fundamento de validade no dispositivo
constitucional. A partir de 01/02/1999, com evidente voracidade fiscal, as suas
cobranças foram profundamente alteradas pela Lei nº 9.718, de 27/11/1998, e pela
Medida Provisória n º 1858-7, de 29/05/1999, que vem sendo reeditada.
As modificações inseridas por algumas das legislações acima mencionadas vêm sendo
rechaçadas nos tribunais de nosso país.
10
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
FATO GERADOR
Com o advento da Lei nº 9.718 de 27 de novembro de 1998, o fato gerador destas
contribuições passou a ser o faturamento/receita bruta mensal, a própria legislação
definiu receita bruta no § 1º do artigo 3º:
11
Artigo 3º - O Faturamento corresponde à Receita Bruta da Pessoa Jurídica.
§ 1º Entende-se por Receita Bruta a totalidade das receitas auferidas pela Pessoa
Jurídica, sendo irrelevantes o tipo por ela exercido e a classificação contábil adotada
para as receitas.
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
BASE DE CÁLCULO
A partir de 01/02/1999, com fulcro nos artigos 2º a 8º e 17º da Lei 9.718, de 27/11/1998,
foram introduzidas modificações simplificativas, umas base de cálculo única para essas
contribuições.
12
Nesta nova base de cálculo, foi computada a totalidade das receitas auferidas pela
Pessoa Jurídica, inclusive as variações monetárias ativas auferidas a partir de 1º de
fevereiro de 1999, conforme a determinação do Ato Declaratório SRF nº 73, de 09 de
agosto de 1999. Sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação
contábil adotada para as receitas, excluindo os valores provenientes de:
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
BASE DE CÁLCULO
13
§ Vendas canceladas;
§ Descontos incondicionais concedidos;
§ IPI e ICMS quando cobrados pelo vendedor dos bens ou prestador de serviços na
condição de substituto tributário;
§ Reversões de provisões operacionais;
§ Recuperação de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de
novas receitas;
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
BASE DE CÁLCULO
14
§ Resultado positivo de avaliação de investimentos pelo valor do Patrimônio Líquido;
§ Lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição,
que tenham sido computados como receitas;
§ Valores que, computados como receita, tenham sido transferidos para outra Pessoa
Jurídica, observadas normas regulamentadores expedidas pelo Poder Executivo;
§ Receita decorrente de vendas de bens do Ativo Permanente.
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
MODALIDADES
15
Diante de tantas informações históricas, e contribuição para o PIS/PASEP foi plena e
expressamente recepcionada pela nossa Constituição Federal de 1988, em seu artigo 239.
Atualmente, as modalidade de PIS/PASEP existentes, são:
a) Sobre o faturamento;
b) Sobre a Folha de pagamento; e
c) Sobre importação.
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
MODALIDADES
16
Assim como o PIS/PASEP, também devemos levar em consideração que, para
determinados segmentos ou produtos existem legislações específica, como mencionado
pela Lei nº 10.147/2002.
São Modalidades da COFINS:
a) Sobre o faturamento; e
b) Sobre importação.
Inicialmente as contribuições para o PIS/PASEP e da COFINS classificam-se como tributos
diretos de competência federal. Com a implantação da SISTEMÁTICA NÃO CUMULATIVA
PASSARAM A SER TRIBUTOS INDIRETOS.
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
As contribuições para o PIS/PASEP e da COFINS podem ser apuradas com observância
de três regimes de incidências, quais sejam cumulativo, não cumulativo e especial,
conforme a forma de tributação do imposto de renda escolhida pela Pessoa Jurídica ou
conforme disposição legal.
17
REGIMES DE INCIDÊNCIA
Como regra geral, conforme a Lei nº 9.718/1998, o regime de incidência cumulativa deve
ser observado pelas Pessoas Jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas
pela Legislação do Imposto de Renda, que apuram o IRPJ com base no Lucro Presumido
ou Arbitrado.
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
A exceção a esta regra está no fato de que algumas Pessoas Jurídicas que tributam o IR
com base no regime do Lucro Real e deveriam observar o regime de incidência Não
Cumulativa, também são obrigadas por Lei a observar o regime de incidência cumulativa,
dependendo da atividadeou da receita auferida. Art. 10º VII da Lei nº 10.833/2003.
18
REGIMES CUMULATIVO
Por meio do regime cumulativo, ocorre a tributação em todas as etapas da cadeia, se
direito a deduções de custos despesas e encargos do que foi pago anteriormente.
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
A base de cálculo é composta pela Receita Bruta, equivalente ao faturamento, que decorre
de venda de bens e serviços auferidos pela Pessoa Jurídica.
19
REGIMES CUMULATIVO
Nesse regime, a alíquota do PIS/PASEP é de 0,65% e da COFINS, de 3%.
Base Legal: Lei nº 9.718/1998 e MP nº 2.158-35/2001.
Por meio do regime não cumulativo, o PIS/PASEP e a COFINS incidem sobre a receita
bruta auferida, incluindo as demais receitas.
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
Esse regime permite o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e
encargos de Pessoa Jurídica. Sobre a base de cálculo serão aplicadas, regra geral, as
alíquotas de 1,65% para o PIS/PASEP e de 7,60% para a COFINS.
20
REGIMES NÃO CUMULATIVO
Com essas informações, já podemos perceber que as diferenças básicas entre os regimes
cumulativo e não cumulativo estão na base de cálculo, na possibilidade de desconto de
créditos e nas alíquotas.
Devem observar esse regime as Pessoas Jurídicas de direito privado e as que lhe são
equiparadas pela Legislação do Imposto de Renda, que apuram o IRPJ com base no Lucro
Real, exceto:
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
21
REGIMES NÃO CUMULATIVO
a) As instituições financeiras;
b) As cooperativas de créditos;
c) As Pessoas Jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e
financeiros;
TRIBUTAÇÃO DO PIS E COFINS
22
REGIMES NÃO CUMULATIVO
d) As operadoras de planos de assistência à saúde;
f) As sociedades cooperativas (exceto as sociedades cooperativas de produção
agropecuária e as sociedades cooperativas de consumo)
e) As empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de
valores de que trata a Lei n º 7.102, de 1983; e
Base Legal: Lei nº 10.637/2002, art. 1º, Lei nº 10.833/2003,art. 1º, Lei nº 10.685/2004,
Lei 10.925/2004, IN SRF nº 404/2004, art. 2º.
ORIGEM HISTÓRICA 
DO PIS E COFINS
O Programa de Integração Social (PIS), mais conhecido como
PIS/PASEP, é uma contribuição social de natureza tributária, devida
pelas pessoas jurídicas, criado com o propósito de promover a
integração do empregado na vida e no desenvolvimento da empresa.
ORIGEM HISTÓRICA DO PIS-PASEP
24
O PIS foi criado pela Lei Complementar 07 de 1970 == > Para beneficiar os
empregados da iniciativa privada.
O PASEP foi criado pela L.C. 08/70 == > Para beneficiar os servidores púbicos.
A partir de 1º/07/76, por força da L.C. 26/75, os fundos constituídos para o PIS e
PASEP foram unificados sob a denominação PIS/PASEP.
O objetivo é financiar o pagamento do seguro-desemprego e do abono dos
trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.
ORIGEM HISTÓRICA DO PIS-PASEP
25
OBJETIVOS DO PIS/PASEP 
Financiar
Programas de 
desenvolvimento 
econômico.
Seguro desemprego 
e o abono dos trabalhadores
26
A COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social foi instituída pela
Lei Complementar nº 70/91, com destinação constitucional assegurada, com
exclusividade, às áreas da saúde, assistência e previdência social.
A COFINS foi sucessora do FINSOCIAL - Fundo de Investimento Social, criado pelo
Decreto-lei nº 1.940/88, que foi extinto pela Lei Complementar nº 70/91.
A Lei 9.718/98, que passou a regular esta contribuição, também sofreu varias
alterações, por meio da Medida Provisória nº 2.158/01
ORIGEM HISTÓRICA DA COFINS
27
OBJETIVOS DA COFINS 
Financiar
28
Principais bases da evolução legislativa do PIS/PASEP e COFINS
29
§ C. F. de 1988, art. 195 == > Previsão constitucional do Pis/Pasep e da Cofins;
§ Lei 9.715/1998 == > Regras gerais do PIS/Pasep;
§ Lei 9.718/1998 == > Regras gerais do PIS/Pasep e Cofins – Cumulativo;
§ MP 2.158-35/2001 == > Alterações do PIS/Pasep e Cofins – Regras gerais;
§ Lei 10.637/2002 == > Regras gerais do PIS/Pasep - Não-Cumulativo;
§ Lei 10.833/2003 == > Regras gerais da Cofins - Não-Cumulativo;
§ Lei 10.865/2004 == > PIS/Pasep e Cofins Importação;
§ Lei 10.925/2004 == > Alterações do PIS/Pasep e Cofins – Reduções;
Além de legislação por segmentos, como por exemplo:
Lei 10.147/02 (Medicamentos e Perfumaria), Lei 10.485/04 (Autopeças)...
PRINCIPAIS BASES LEGAIS DE ESTUDO
30
São contribuintes do PIS/PASEP nas seguintes modalidades:
CONTRIBUINTES DO PIS/PASEP
PIS/PASEP sobre o 
Faturamento
PIS/PASEP sobre 
Importação
PIS/PASEP sobre a 
Folha de Pagamento
Pessoas Jurídicas e 
PF Equiparadas
Entidades sem Fins 
Lucrativos
Pessoas Jurídicas e 
Pessoas Físicas
31
São contribuintes da COFINS nas seguintes modalidades:
CONTRIBUINTES DO COFINS
COFINS sobre o 
Faturamento
COFINS sobre 
Importação
Pessoas Jurídicas, 
PF Equiparadas e 
Entidades sem Fins 
Lucrativos
Pessoas Jurídicas, 
Pessoas Físicas e 
Entidades sem Fins 
Lucrativos
Nota: A COFINS não incide na modalidade folha de pagamento.
32
Fato gerador e periodicidade das contribuições sobre o faturamento
(PIS/PASEP e COFINS)
Fato Gerador Periodicidade
Auferir Receitas Mensal
(Lei Complementar nº 70/91, art. 2 e Lei nº 9.715/98)
33
SOBRE IMPORTAÇÕES - PIS/PASEP E COFINS
Fato Gerador
PeriodicidadeImportação de Produtos ou Serviços 
estrangeiros (Entrada de Bens e 
Pagamento, Crédito, Entrega....) 
Diário
(Lei nº 10.865/04, art. 3, I e II e art. 13)
Nota: Passou a existir a partir de maio de 2004
34
TRATAMENTOS ESPECÍFICOS
(Portal Sped: www1.receita.fazenda.gov.br)
Nota: No Portal Sped constam tabelas atualizadas com esses tratamentos.
Vários produtos ou operações podem ter tratamentos específicos (desonerações), como:
Ø Isenção;
Ø Alíquota zero;
Ø Suspensão;
Ø Não Incidência.
35
CST – CÓDIGO DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA
(IN RFB nº 1.009/2010, Anexo Único)
Todas operações tem especial importância para emissão dos documentos fiscais
acerca da informação sobre a tributação das contribuições.
Para tanto, se utiliza a CST que determinará se a operação será ou não tributada.
A CST é indicada em documentos fiscais (notas fiscais) e ainda em obrigações
acessórias digitais - SPED (NF-e, EFD-ICMS/IPI e EFD-Contribuições)
36
EXPORTAÇÕES
Base Legal: MP nº 2.158-35/01, art, 14, I e §2 / Lei n° 10.637/2002, art. 5 / Lei
n° 10.833/2003, art. 6 e Decreto n° 4.524/2002, art. 45)
O PIS/PASEP e a COFINS não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de:
ü Exportação de mercadorias para o exterior;
ü Prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no
exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisa.
Nota: A natureza da operação (CST) a ser utilizada é de não incidência, ou seja CST 08.
37
REGIMES DE APURAÇÃO
INCIDÊNCIA DO PIS/PASEP E COFINS
REGIMES DE APURAÇÃO
§ Regime de incidência Cumulativa;
§ Regime de incidência Não Cumulativa;
§ Regimes Especiais;
A Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS, além das duas regras gerais de
apuração (incidência Cumulativa e Não Cumulativa), possuem ainda regimes
especiais de apuração.
39
Regra geral dos regimes
Cumulativo
Não Cumulativo• PJ do Lucro Presumido;
• PJ do Lucro Arbitrado;
• Outros...
• Lucro Real Regime Especiais
• Substituição Tributária;
• Monofásicos;
• Outros...
40
REGIMES DE APURAÇÃO
REGIME CUMULATIVO
REGIME CUMULATIVO
O regime da comutatividade consiste num método de apuração segundo o qual o
tributo é exigido toda vez que ocorre a hipótese de incidência descrita na norma
tributária, sem a possibilidade de se amortizar nessa operação o valor do tributo
incidido na operação antecedente.
Esse regime é muito questionado na doutrina em função da sua incidência em
cascata, ou seja, tributo sobre tributo.
42
A base de cálculo, assim como seu fator gerador, para o PIS e a COFINS
devidas no regime cumulativo, compreende exclusivamente o faturamento, que
corresponde a receita brutadas pessoas jurídicas.
Base de cálculo
Base Legal: Lei n° 9.718/98, art. 3 / Lei 11.941/09, art. 79, XII / Lei 12.973/14
Nota: Na receita bruta não se incluem as demais receitas obtidas pela
empresa fora do objeto para qual foi constituída, ou seja, fora das suas
atividades.
43
REGIME CUMULATIVO
Excluem-se da receita bruta para fins de tributação do PIS/PASEP e da COFINS
devidas no regime cumulativo:
Exclusões da base de cálculo
Base Legal: Lei n° 9.718/98, art. 3, §2 com alterações / Lei 12.973/14
(-) As vendas canceladas;
(-) Devoluções de vendas;
(-) Descontos incondicionais concedidos;
(-) O IPI faturado;
(-) O ICMS ST;
44
REGIME CUMULATIVO
Não entra na base de cálculo para fins de tributação do PIS/PASEP e da COFINS
devidas no regime cumulativo:
Não se inclui na base de cálculo
Base Legal : Lei n° 9.718/98, art. 3, §2 com alterações / Lei 12.973/14
Ø Reversões de provisões e créditos baixados como perdas;
Ø Resultado positivo do MEP (lucros e dividendos recebidos);
Ø Vendas de investimentos, imobilizados e intangíveis;
Ø Outros...(Qualquer receita que não faz parte da atividade fim)
45
REGIME CUMULATIVO
ALÍQUOTAS
PIS/PASEP
0,65% = Regra geral (faturamento)
COFINS
0,65 = Entidades financeiras e equiparadas
3% = Regra geral (faturamento)
4% = Entidades financeiras e equiparadas
Base Legal: Lei n° 9.718/98, art. 4, IV e alterações/ Lei nº 10.684/2003 , art.18
46
REGIME CUMULATIVO
Exemplo prático
A empresa “ABC Comércio e Serviços LTDA”, tributada pelo lucro presumido,
comercializa produtos e presta serviços de educação profissional e adota o regime
de competência para fins de tributação. Determine o valor de PIS/PASEP e COFINS
do mês de Junho/2015, considerando os seguintes dados:
Receita bruta de vendas R$ 100.000,00
Receita bruta de serviços R$ 130.000,00
Vendas canceladas e devoluções R$ 10.000,00
Receitas financeiras R$ 7.000,00
Demais receitas R$ 5.000,00
47
REGIME CUMULATIVO
Exemplo prático - Resolução
Cia. “ABC Comércio e Serviços LTDA”
Lucro Presumido - Regime de Competência
APURAÇÃO MENSAL BASE DE CÁLCULO
Receita bruta de vendas R$ 100.000,00
Vendas canceladas e devoluções (R$ 10.000,00)
Receita bruta de serviços R$ 130.000,00
TOTAL R$ 220.000,00
CÁLCULO DO PIS E COFINS VALOR A RECOLHER
PIS/PASEP (R$ 220.000,00 x 0,65%) R$ 1.430,00
COFINS (R$ 220.000,00 x 3%) R$ 6.600,00
48
REGIME CUMULATIVO
Receitas Operacional Bruta 
( - ) Deduções( Impostos s/Vendas e Devoluções)
( - ) AVP (Lei 12.973/2014) 
( = ) Receita Operacional Líquida - ROL
( - ) CPV , CMV e CSP 
( = ) Lucro Bruto 
( - ) Despesas Operacionais
Vendas 
Administrativas
Tributárias 
Outras Despesas Operacionais / Equivalência Patrimonial
( = ) Resultado Antes das Despesas Financeiras
( - ) Despesas Financeiras Líquidas ( Despesas-Receitas)
( = ) Resultado Antes dos Tributos 
( - ) Provisão para o IR e CS 
( = ) Lucro Líquido do Exercício 
49
Para apoio gerencial: Fazer relação em percentual.
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
49
TRIBUTAÇÃO DE PIS E COFINS 
NO LUCRO PRESUMIDO
As empresas do Lucro Presumido devem apurar e recolher as contribuições
para o PIS/PASEP e COFINS no regime cumulativo (art. 8º da Lei nº
10.637/2002 e art. 10 da Lei nº 10.833/2003).
A legislação que trata desse regime de tributação é a Lei nº 9.718/1998.
O período de apuração do PIS/PASEP e da COFINS É MENSAL (art. 2° da
Lei Complementar n° 70/1991 e art. 2° da Lei n° 9.71519/98).
50
As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS serão calculadas com base
no seu faturamento mensal (art. 2º da Lei nº 9.718/1998).
O faturamento corresponde à receita bruta da Pessoa Jurídica.
(art. 3º da Lei nº 9.718/1998).
TRIBUTAÇÃO DE PIS E COFINS 
NO LUCRO PRESUMIDO
51
BASE DE CÁLCULO
A receita bruta compreende (art. 12 do DL nº 1.598/1977):
I. O produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II. O preço da prestação de serviços em geral;
III. O resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV. As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não
compreendidas nos incisos I a III.
52
Excluem-se da receita bruta (§ 2º do art. 3º da Lei nº 9.718/1998, com nova
redação dada pelo art. 52 da Lei 12.973/2014):
a) as vendas canceladas
b) devolução de vendas
c) os descontos incondicionais concedidos;
d) as receitas brutas isentas;
e) as receitas brutas de alíquota zero;
f) as receitas brutas suspensas;
BASE DE CÁLCULO
53
g) as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que
não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de
investimento pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de
participações societárias, que tenham sido computados como receita bruta;
h) a receita decorrente da venda de bens classificados no ativo não circulante que
tenha sido computada como receita bruta; e
i) a receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento da
infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de
exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos.
BASE DE CÁLCULO
54
EXEMPLO:
Receita bruta na venda de bens nas operações de conta própria 800.000
Receita bruta na prestação de serviços em geral 700.000
Receita bruta nas operações de conta alheia 600.000
Receitas bruta nas atividades ou objeto principal da pessoa 
jurídica, não compreendida acima 500.000 NOVO
(=) RECEITA BRUTA 2.600.000
(-) Devoluções 400.000
(-) Descontos Incondicionais 300.000
(-) Tributos Incidentes 200.000
(-) Ajuste a Valor Presente 100.000 NOVO
(=) RECEITA LÍQUIDA 1.600.000
55
Com base nestes dados, a base de cálculo do PIS/COFINS será de R$
1.900.000. Ou seja:
EXEMPLO:
$ 2.600.000 - $ 400.000 - $ 300.000
Sobre a base de cálculo aplicam-se as seguintes alíquotas: 
a) 0,65% para PIS/PASEP;
b) 3,00% para COFINS.
56
Do valor a pagar poderão ser deduzidas as CONTRIBUIÇÕES RETIDAS NA
FONTE em decorrência da prestação de serviços e de venda de bens, via DARF,
sem acréscimo da taxa Selic (arts. 30, 33 e 34 da Lei n° 10.833/2003).
Se o valor da contribuição retida na fonte exceder o valor da respectiva
contribuição a pagar no mesmo mês de apuração, a parcela excedente
PODERÁ SER COMPENSADA OU RESTITUÍDA com outros tributos e
contribuições administrados pela RFB (art. 5º da Lei nº 11.727/2008).
DEDUÇÕES PERMITIDAS
57
EXEMPLO:
Valor da contribuição $ 3.000
(-) Valor retido no mês ($ 3.500)
(=) Parcela excedente $ 500
Ou seja, o contribuinte poderá compensar a parcela excedente de $ 500 de
duas maneiras, a saber:
a) com a própria contribuição, mediante DARF; ou
b) com outros impostos e contribuição administrados pela RFB, via
PER/DCOMP.
DEDUÇÕES PERMITIDAS
58
O PIS/Pasep e COFINS devem ser pagos até o vigésimo quinto dia do mês
subsequente ao de ocorrência do fato gerador (art. 18 da MP nº 2.158-35/2001,
redação dada pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009).
Se o dia 25 não for útil, as contribuições serão recolhidas para o primeiro dia
útil que o anteceder.
PRAZO DE RECOLHIMENTO
CÓDIGOS DE ARRECADAÇÃO
No campo 04 do DARF deverá ser preenchido com os seguintes códigos:
a) PIS/PASEP: 8109 - Faturamento - Cumulativo
b) COFINS: 2172 - Faturamento - Cumulativo
59
Calcule o PIS e a COFINS da empresa mercantil Todos Salvos S.A. , sujeita ao regime
cumulativo das contribuições, te que tenha auferido as seguintes receitas no mês:
Revenda de Mercadorias 18.000
Venda de bens do ativo Imobilizado 6.000
Desconto obtido 3.000
Rendimento de aplicação financeira 700
Juros ativos 500
Reversão de provisão 1.000
Juros sobre capital próprio 25.000
Total das receitas auferidas 54.200
EXERCÍCIO Nº 01
60
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1
Os contribuintes do PIS/COFINS no regime cumulativo devem enviar, mensalmente,
para Receita Federal do Brasil, as seguintes obrigações acessórias:
a) DCTF – onde informa o valor do débito já líquido dasretenções sofridas, bem como
a forma da quitação do débito (DARF, compensação, parcelamento ou suspensão).
b) EFD – Contribuições – onde informa o valor a recolher das contribuições por meio
de uma escrituração digital que será gerada através de uma base de dados.
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
62
EXERCÍCIO Nº 2 – COM RESOLUÇÃO
Com base nos dados abaixo da Empresa Flor do Campo S./A. referente ao primeiro
Trimestre/2018 e sabendo que ela é tributada através do Lucro Presumido, calcule o
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, o Adicional de Imposto de Renda se houver, o
Pis/Pasep, a Cofins e o valor que a empresa pode distribuir de Lucro aos seus sócios.
a) Venda de mercadorias no trimestre R$ 650.000,00
b) Venda de serviços R$ 230.000,00
c) Juros sobre aplicações financeiras de renda fixa R$ 25.000,00
d) Imposto de renda retido na fonte sobre a aplicação financeira R$ 5.625,00
63
No decorrer do trimestre, a empresa sofreu retenção na fonte sobre as notas fiscais
emitidas, e assim sendo, vamos fazer as devidas compensações, a saber:
1 Imposto de renda retido na fonte 1,5% sobre R$ 230.000,00
2 CSLL retida na fonte 1,0% sobre R$ 230.000,00
3 PIS retido na fonte 0,65% sobre os R$ 230.000,00
4 COFINS retido na fonte 3,0% sobre R$ 230.000,00
EXERCÍCIO Nº 2
64
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 2
APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA
Venda de mercadoria 650.000,00 x 8% R$ 52.000,00
Venda de serviços 230.000,00 x 32% R$ 73.600,00
( = ) SUB-TOTAL R$ 125.600,00
Acréscimo a Base
Rendimento de renda fixa R$ 25.000,00
( = ) BASE DE CÁLCULO R$ 150.600,00
65
APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA
Imposto de Renda 15% sobre R$ 150.600,00 R$ 22.590,00
Adicional Federal de Imposto de Renda 10% sobre R$ 90.600,00 R$ 9.060,00
(=) TOTAL DO IRPJ + ADICIONAL R$ 31.650,00
COMPENSAÇÃO DAS RETENÇÕES:
( - ) IRRF sobre aplicação financeira R$ 5.625,00
( - ) IRRF sobre notas fiscais R$ 3.450,00
( = ) TOTAL DAS RETENÇÕES R$ 9.075,00
( = ) IRPJ A RECOLHER R$ 31.650,00 ( - ) R$ 9.075,00 R$ 22.575,00
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 2
66
APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Venda de mercadoria 650.000,00 x 12% R$ 78.000,00
Venda de serviços 230.000,00 x 32% R$ 73.600,00
( = ) SUB-TOTAL R$ 151..600,00
Acréscimo a Base
Rendimento de renda fixa R$ 25.000,00
( = ) BASE DE CÁLCULO R$ 176.600,00
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 9% sobre R$ 176.600,00 R$ 15.894,00
COMPENSAÇÃO DA RETENÇÃO NA FONTE
( - ) Retenção 1% nota fiscal de serviços R$ 2.300,00
( = ) CSLL A RECOLHER R$ 13.594,00
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 2
67
APURAÇÃO DE PIS E COFINS
Venda de mercadoria R$ 650.000,00
Venda de serviços R$ 230.000,00
Renda Fixa 00,00
( = ) BASE DE CÁLCULO R$ 880.000,00
APURAÇÃO DO PIS
0,65% sobre R$ 880.000,00 R$ 5.720,00
( - ) Retenção em nota fiscal R$ 1.495,00
( = ) VALOR LÍQUIDO A RECOLHER – CÓDIGO DO DARF 8109 R$ 4.225,00
APURAÇÃO DA COFINS
3,0% sobre R$ 880.000,00 R$ 26.400,00
( - ) Retenção em nota fiscal R$ 6.900,00
( = ) VALOR LÍQUIDO A RECOLHER – CÓDIGO DO DARF 2172 R$ 19.500,00
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 2
68
CALCULO DA DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS
Base de cálculo do IRPJ R$ 150.600,00
( - ) IRPJ R$ 22.590,00
( - ) Adicional Federal de IRPJ R$ 9.060,00
( - ) CSLL R$ 15.894,00
( - ) PIS R$ 5.720,00
( - ) COFINS R$ 26.400,00
( = ) LUCRO A DISTRIBUIR AOS SÓCIOS – ISENTOS DE 
TRIBUTAÇÃO
R$ 70.936,00
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 2
69
REGIME NÃO CUMULATIVO
REGIME NÃO-CUMULATIVO
O regime não cumulativo do PIS/PASEP e da COFINS consiste em deduzir, dos
débitos apurados de cada contribuição, os respectivos créditos admitidos na
legislação.
O principal objetivo seria o de reduzir os custos das empresas, evitando a
incidência em cascata das contribuições.
71
Regra geral, os Débitos e Créditos das contribuições serão determinados, com
as alíquotas de:
1,65% para o PIS/PASEP; e de
7,6% para a COFINS sobre o valor das receitas tributadas e dos bens e
insumos passíveis de créditos.
REGRAS PARA APURAÇÃO DOS DÉBITOS E CRÉDITOS
72
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Todas as pessoas jurídicas que auferirem receitas e não estiverem obrigadas ao
regime cumulativo. Basicamente as empresas tributadas pelo Lucro Real.
CONTRIBUINTES
Nota: Existe empresas tributadas pelo Lucro Real que, dependendo das atividades
exercidas, parte das suas receitas FICAM NO REGIME CUMULATIVO E PARTE
NO REGIME NÃO-CUMULATIVO. Quando isso acontece, chamamos de regime
misto de PIS/PASEP e COFINS.
73
REGIME NÃO-CUMULATIVO
O fato gerador das contribuições é o faturamento mensal que corresponde à
receita bruta, e todas as demais receitas, assim entendida a totalidade das
receitas auferidas, independentemente da atividade por elas exercidas e da
classificação contábil adotada para a escrituração das receitas.
FATO GERADOR
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03, arts. 1
74
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Como regra geral, as receitas devem ser consideradas por regime de
competência, ou seja, independentemente de sua realização. Dessa forma,
mesmo sem reflexos no caixa da empresa, as receitas auferidas no período de
apuração devem ser consideradas para fins de cálculo das contribuições.
OBRIGATORIEDADE DO REGIME DE COMPETÊNCIA
75
REGIME NÃO-CUMULATIVO
A base de cálculo das contribuições no regime não-cumulativo será a totalidade
das receitas auferidas (receita bruta + todas as demais receitas).
Nota: A totalidade das receitas independentemente da denominação contábil
adotada para as receitas.
BASE DE CÁLCULO
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03, Arts. 1, §3
76
REGIME NÃO-CUMULATIVO
BASE DE CÁLCULO - EXCLUI-SE DA RECEITA BRUTA
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03, Arts. 1, §3
(-) As vendas canceladas;
(-) Descontos incondicionais concedidos;
(-) O IPI faturado;
(-) ICMS ST;
77
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Ø Receitas isentas ou sujeitas à alíquota zero;
Ø Receitas não alcançadas pela incidência da contribuição;
Ø Ganho de capital na venda de investimentos, imobilizados e intangíveis;
Ø Reversões de provisões e recuperação de créditos baixados como perda;
Ø Lucros e dividendos recebidos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição;
Ø Resultado positivo da participação societária avaliada pelo MEP.
NÃO SE INCLUI NA BASE DE CÁLCULO
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03, Arts. 1, §3
78
REGIME NÃO-CUMULATIVO
ALÍQUOTAS
PIS/PASEP 1,65% = Regra geral (faturamento)
COFINS 7,6% = Regra geral (faturamento)
79
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Até 30/06/2015, ficam reduzidas a zero as alíquotas do PIS/Pasep e COFINS
incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao
regime de incidência não-cumulativa das referidas contribuições, conforme Decreto nº
5.442/2005. art. 1.
Essa regra não se aplica aos juros sobre capital próprio – JCP.
RECEITAS FINANCEIRAS
Base Legal: Decretos nº 5.442/2005 e 8.426/2015, ambos no art. 1
Nota: Como parte do ajuste fiscal promovido pela presidente, a partir de 01/07/2015,
voltam a ser tributadas (PIS/PASEP a alíquota de 0,65% e COFINS a alíquota de 4%),
conforme o decreto nº 8.426/2015, art. 1.
80
REGIME NÃO-CUMULATIVO
CRÉDITOS 
REGIME NÃO CUMULATIVO
A Pessoa Jurídica sujeita ao regime não-cumulativo poderá descontar créditos
calculados em relação a diversos gastos (custos, despesas e encargos)
previstas na legislação de regência desse regime (art. 3° das Leis n°
10.637/2002, 10.833/2003 e 10865/2004)
CRÉDITOS
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03 art. 3
82
REGIME NÃO-CUMULATIVO
As Pessoas Jurídicas que apuram as contribuições com base no Regime não
Cumulativo, ainda que de forma parcial neste regime, poderá descontar créditos
de PIS e Cofins sobre custos, despesas e encargos (art. 10 da Lei nº
10.833/2003 e art. 8º da Lei nº 10.637/2002).
DETERMINAÇÃO DOS CRÉDITOS
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03 art. 3
83
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Na hipótese de a Pessoa Jurídica apurar, faturamento misto, ou seja,na
hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não-cumulativa apenas
em relação apenas à parte de suas receitas, o crédito será apurado,
exclusivamente, em relação aos custos, despesas e encargos vinculados a
essas receitas, por uma das seguintes formas:
DETERMINAÇÃO DE CRÉDITOS – REGIME MISTO
84
REGIME NÃO-CUMULATIVO
1. Apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de sistema de
contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração;
DETERMINAÇÃO DE CRÉDITOS – REGIME MISTO
Base Legal: Lei nº 10.637/02 e 10.833/03, art. 3 § 7, 8 e 9
85
REGIME NÃO-CUMULATIVO
2. Rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a
relação percentual existente entre os regimes ou as operações citadas acima.
Pessoa Jurídica tributada pelo Lucro Real cuja atividade seja clinica médica,
as receitas de serviços médicos estão sujeitos ao regime cumulativo, ainda
que a pessoa jurídica esteja no lucro real. Neste caso, as demais receitas que
não sejam vinculadas a atividade médica, ficam sujeitas ao regime não-
cumulativo, pois a empresa está no Lucro Real.
EXEMPLO - CRÉDITOS DE FORMA PARCIAL
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03 art. 8 e 10
86
REGIME NÃO-CUMULATIVO
DETERMINAÇÃO DE CRÉDITOS – RATEIO PROPORCIONAL
Base Legal: (Lei nº 10.833/03, art. 3 § 7, 8 e 9
Apuração do mês Valor Proporção (%)
Receita Bruta(Regime Não-Cumulativo) R$ 880.000,00 80%
Receita Bruta (Regime Cumulativo) R$ 220.000,00 20%
Receita Bruta Total R$ 1.100.000,00 100%
Custos, despesas e encargos comuns R$ 600.000,00
Com direto a créditos R$ 480.000,00
Sem direito a créditos R$ 120.000,00
87
REGIME NÃO-CUMULATIVO
A. BENS ADQUIRIDOS PARA REVENDA;
CRÉDITOS PERMITIDOS
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03 art. 3
Nota: Exceto em relação a mercadorias na condição de substituição tributária e
mercadorias relacionadas no § 1° do art. 2° das Leis n° 10.637/02 e 10.833/03
(produtos de alíquotas diferenciadas).
88
REGIME NÃO-CUMULATIVO
B. Bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na
produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive
combustíveis e lubrificantes;
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03 art. 3)
Notas:
B.1 - Para fins de custo do produto vendido a definição é muito ampla e abrange os
gastos diretos e indiretos aplicados na produção, contudo, para fins de análise da
legislação do PIS/PASEP e da COFINS, nem tudo o que é custo, é insumo.);
B.2 - A definição de insumos tem gerado diversas controvérsias para fins de
apuração de créditos, levando o contribuinte a efetuar processos de consulta e até
propor ações judiciais ou ainda deixar de tomar os créditos.
89
REGIME NÃO-CUMULATIVO
CRÉDITOS PERMITIDOS
Base Legal: IN SRF nº 404/04, art. 8 §4, I
Notas:
B.3 – Entende-se como insumos na Fabricação ou Produção de bens destinados à venda :
Ø Matéria-prima, o produto intermediário, o material de embalagem e quaisquer outros
bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades
físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em
fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado;
Ø Os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou
consumidos na produção ou fabricação do produto;
90
CRÉDITOS PERMITIDOS
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Base Legal: IN SRF nº 404/2004, art. 8 §4, II
Notas:
B.4 – Entende-se como insumos na Prestação de Serviços:
Ø Os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não
estejam incluídos no ativo imobilizado;
Ø Os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou
consumidos na prestação do serviço
91
REGIME NÃO-CUMULATIVO
CRÉDITOS PERMITIDOS
C. Energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas
nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
D. Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica,
utilizados nas atividades da empresa;
E. Contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa
jurídica, exceto de optante pelo Simples Nacional;
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03 art. 3 92
CRÉDITOS PERMITIDOS
REGIME NÃO-CUMULATIVO
F. Encargos de depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e outros
bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos para locação a terceiros, ou
para utilização na produção de bens destinados a à venda ou na prestação de
serviços;
G. Encargos de depreciação e amortização de edificações e benfeitorias em
imóveis próprios ou de terceiros utilizados nas atividades da empresa,
adquiridas a partir de maio de 2004.
H. Bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado o
faturamento do mês ou do meses anteriores e tenha sido tributado nesse regime.
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03 art. 3 93
REGIME NÃO-CUMULATIVO
CRÉDITOS PERMITIDOS
I. Armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o ônus for
suportado pelo vendedor;
J. Aquisição dos produtos sujeitos as alíquotas diferenciadas de que trata o § 1 do
art. 2 da Lei nº 10.833/03 por pessoas jurídicas produtoras ou fabricantes desses
produtos de outra pessoa jurídica importadora, produtora ou fabricante, para revenda
no mercado interno ou para exportação
(Lei nº 11.727/08), art. 24;
Notas:
J.1 O crédito será o valor das contribuições devidos pelo vendedor em decorrência dessa
operação;
J.2 A vedação ao crédito na revenda de produtos com incidência monofásica
(letra a), não se aplica nessa hipótese;
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03 art. 3) 94
CRÉDITOS PERMITIDOS
REGIME NÃO-CUMULATIVO
K. Bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na
produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços.
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03 art. 3, incluído pela Lei 12.973/14
95
REGIME NÃO-CUMULATIVO
CRÉDITOS PERMITIDOS
L. Vale-transporte, vale-refeição ou vale alimentação, fardamento ou
uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as
atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção
(Lei nº 11.898/2009, art. 24)
Créditos – Atividade de Limpeza, Conservação e Manutenção
Base Legal: Leis n° 10.637/02 e 10.833/03 art. 3
96
CRÉDITOS PERMITIDOS
REGIME NÃO-CUMULATIVO
• Mão-de-obra paga a pessoa física;
• Aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição,
inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como
insumo em produtos ou serviços à alíquota zero, isentos ou não alcançados pela
contribuição.
VEDAÇÕES AO DIREITO DE CRÉDITOS
Base Legal: Lei nº 10.833/03 art. 3 § 2 e Lei n° 11.033/04, art. 17
97
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Uma indústria adquiriu leite em pó integral para fabricação de bolos que serão
tributados na venda. Contudo, esse leite foi adquirido com alíquota zero,
conforme disposição na Lei nº 10.925/2004, art. 1º, XI.
Dúvida: Essa pessoa jurídica faz jus ao crédito de PIS/Pasep e da Cofins?
Nota: Essa analise pode ser através da cadeia tributária e também da NF-e do
fornecedor.
Exemplo - Aquisição de produtos não sujeito ao pagamento das contribuições
Alíquota Zero
Base Legal: Lei nº 10.833/03 art. 3 § 2 e Lei n° 11.033/04, art. 17
98
REGIME NÃO-CUMULATIVO
EXEMPLO - AQUISIÇÃO COM ISENÇÃO DE PIS E COFINS
99
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Manutenção dos créditos em relação à venda com alíquota zero, não
incidência e suspensão
Base Legal: Lei nº 11.033/2004, art. 17
A pessoa jurídica que adquire produtos que geram o direito ao crédito das
contribuições (aquisições normais geradoras de créditos), pode manter os
créditos, ainda que vinculados às vendas efetuadas com suspensão, isenção,
alíquota zero ou não incidência dessas contribuições.
100
REGIME NÃO-CUMULATIVO
IPI - custo de aquisição dos bens
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 247/2002, art. 66, § 3º
Se o IPI não for recuperável, fará parte do custo de aquisição dos bens e mercadorias,
podendo gerar o crédito:Exemplo: Aquisição com IPI: Produto R$ 1.000,00 + IPI 10% no valor de R$ 100,00 =
Total da NF R$ 1.100,00 .
a) A base do crédito será apenas R$ 1.000,00 se o IPI for utilizado como crédito em
sua apuração fiscal ou;
b) A base do crédito será R$ 1.100,00 se o IPI não for utilizado como crédito e fizer
parte do custo.
101
REGIME NÃO-CUMULATIVO
ICMS - CUSTO DE AQUISIÇÃO DOS BENS
Base Legal: Solução de Consulta Nº 41 de 08 de Março de 2013
O ICMS integra o custo de aquisição dos bens e das mercadorias, exceto
quando cobrado pelo vendedor na condição de substituto tributário.
102
REGIME NÃO-CUMULATIVO
ICMS SUBSTITUIÇÃO E ANTECIPAÇÃO
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 41 de 08 de Marco de 2013
ASSUNTO: Cofins
EMENTA: ICMS-SUBSTITUIÇÃO E ICMS-ANTECIPAÇÃO. NÃO INCLUSÃO NO VALOR
DE AQUISIÇÃO DA MERCADORIA PARA EFEITOS DE CRÉDITO.
Para fins de determinação de créditos no regime de apuração não cumulativa, o valor de
aquisição das mercadorias não inclui o ICMS pago pelo fornecedor na condição de
substituto tributário. Também não é incluído no valor de aquisição das mercadorias o
ICMS-Antecipação, pago pelo adquirente nas aquisições interestaduais quando da
entrada da mercadoria no Estado do adquirente, no caso de ela ser sujeita à substituição
tributária do ICMS no Estado do adquirente e não o ser no Estado do fornecedor.
103
REGIME NÃO-CUMULATIVO
O frete pago na aquisição, quando suportado pelo comprador, integra o custo de
aquisição dos bens e das mercadorias, gerando direito ao crédito das contribuições.
Atenção: Não geram crédito os seguintes fretes:
§ Aquisição de bens, quando os produtos não geram direito ao crédito;
§ Transferência de mercadorias – impossibilidade de crédito;
§ Frete sobre remessa de mercadoria.
FRETE PAGO NA AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS E INSUMOS
Base Legal: Solução de Divergência Nº 26 de 30 de Maio de 2008
104
REGIME NÃO-CUMULATIVO
SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA Nº 26 de 30 de Maio de 2008 
ASSUNTO: Cofins
EMENTA: Transporte de produto acabado entre estabelecimentos da mesma pessoa
jurídica; insumos da atividade de transporte; créditos de cofins. impossibilidade. 1. O
transporte de produto acabado entre estabelecimentos industriais, ou destes para os
centros de distribuição e ainda de um centro de distribuição para outro, da mesma
pessoa jurídica não gera direito a crédito a ser descontado da Cofins, ainda que esse
transporte constitua ônus da empresa que irá vender o produto. 2. Os insumos
utilizados na atividade de transporte de produto acabado (ou em elaboração) entre
estabelecimentos industriais; destes para os centros de distribuição; de um centro de
distribuição para outro ou do estabelecimento vendedor para o comprador não gera
direito a crédito a ser descontado da Cofins.
FRETE PAGO NA AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS E INSUMOS
105
REGIME NÃO-CUMULATIVO
§ Serviços de telefonia;
§ Utilização de combustíveis no transporte interno relativo à produção de bens
destinados à venda;
§ Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e produtos aplicados ou consumidos
diretamente nos serviços prestados de dedetização, desratização;
§ Gastos com transporte, hospedagem na prestação de serviços de funcionários;
§ Bonificação de mercadorias: dúzia de treze e remessa isolada;
§ Bens recebidos como amostra e demonstrações recebidas;
SITUAÇÕES VEDADAS A APROPRIAÇÃO DE CRÉDITOS 
106
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Base Legal: Solução de Divergência Nº 10 de 28 de Abril de 2011
O direito ao crédito sobre essas gastos podem ser utilizados pela empresa como um
todo. Isso significa que inclusive os valores pagos relativos às locações de prédios,
máquinas e equipamentos efetuadas para área administrativa geram o crédito.
Notas:
1) Existe vedação quanto ao desconto de crédito de PIS/PASEP e de COFINS relativo a
aluguel de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica, desde
31.07.04. (Lei nº 10.865/04, art. 31 § 3º).
2) Não há possibilidade de crédito sobre valores pagos por aluguel de veículos, por não
se tratar de máquinas ou equipamentos (S. C. Cosit 1/14)
ALUGUÉIS DE PRÉDIOS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 
107
REGIME NÃO-CUMULATIVO
É vedado o crédito quando a pessoa jurídica paga aluguel de prédios, máquinas e
equipamentos às pessoas jurídicas na condição de imunes do imposto de renda.
Essa impossibilidade teve início a partir da revogação do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718
de 1998, pelo art. 79, XII da Lei nº 11.941 de 2009 (a partir de 28.05.2009). Com essa
revogação, as receitas alheias ao objeto social (fora do estatuto social) das entidades
imunes, que se sujeitavam à tributação da COFINS, deixaram de sofrer a tributação
dessa contribuição.
ALUGUÉIS DE PRÉDIOS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 
PAGOS A PESSOAS JURÍDICAS IMUNES 
108
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Base Legal: Lei nº 10.637/2002, art. 3º, § 2º, II; Lei nº 10.833/2003, art. 3º, § 2º, II
A pessoa jurídica pode descontar crédito de PIS/PASEP e da COFINS sobre valor das
contraprestações de operações de arrendamento mercantil (Leasing) de pessoa
jurídica. (CPC 06)
Assim como verificado em relação ao aluguel, também é vedado o desconto de
crédito de PIS/PASEP e da COFINS sobre o pagamento das contraprestações de
arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa
jurídica, a partir de 31.07.2004 (Lei nº 10.865 de 2004, art. 31, § 3º).
É vedado também o desconto do crédito das contribuições sobre o pagamento
dessas contraprestações efetuado à pessoa jurídica do Simples Nacional.
VALOR DAS CONTRAPRESTAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL
109
REGIME NÃO-CUMULATIVO
É permitido à pessoa jurídica descontar créditos do PIS/PASEP e da COFINS sobre a
aquisição ou fabricação de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao
ativo imobilizado, para:
§ Locação a terceiros;
§ Utilização na produção de bens destinados à venda ou,
§ Na prestação de serviços.
Para desconto do crédito, são previstas duas possibilidades de cálculo, sendo:
Ø Com base no valor dos encargos de depreciação e,
Ø Sobre o valor de aquisição dos bens.
BENS DO ATIVO IMOBILIZADO
Base Legal: IN SRF nºs 162/98 e 130/99 e art. 4º lei 12.546/11)
110
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Os créditos calculados sobre encargos de depreciação relativamente às máquinas,
equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, destinados à locação
a terceiros, somente poderão ser utilizados a partir de 1º de dezembro de 2005
(alínea “c”, inciso III do art. 132 da Lei nº 11.196, de 2005).
Para determinação dos referidos encargos, a Secretaria da Receita Federal (atual
Secretaria da Receita Federal do Brasil), expediu as Instruções Normativas SRF nºs
162 de 1998 e 130 de 1999, considerando o prazo de vida útil do bem.
BENS DO ATIVO IMOBILIZADO – CRÉDITOS COM BASE NA DEPRECIAÇÃO
Base Legal: IN SRF nºs 162/98 e 130/99 e art. 4º lei 12.546/11)
111
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Pessoa jurídica adquire alicates classificados na NCM 8203.20, por R$ 85.500,00. Conforme
a Instrução Normativa SRF 162 de 1998 (Anexo I), o prazo de vida útil é de 5 anos e a taxa
anual de depreciação é de 20%. Assim, temos a demonstração do crédito a ser descontado
mensalmente:
a) Cálculo anual da depreciação: R$ 85.500 (custo de aquisição do bem) x 20% (taxa
anual de depreciação) = R$ 17.100,00;
b) Cálculo mensal da depreciação: R$ 17.100,00 / 12 meses = R$ 1.425,00
c) Base de Calculo do Pis e Cofins: R$ 1.425,00
Pis: (R$ 1.425,00 x 1,65%) = R$ 23,51
Cofins: (R$ 1.425,00 x 7,6%) = R$ 108,30
Nota: É vedada a utilização de créditos na hipótese de aquisição de bens usados.
Base Legal: IN 457/2004; art. 1º § 3º II.
BENS DO ATIVO IMOBILIZADO – CRÉDITOS COM BASE NA DEPRECIAÇÃO - EXEMPLO
112
REGIME NÃO-CUMULATIVO
A outra forma de desconto de créditos do PIS/PASEP e da COFINS decorrente
de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,
para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à
venda ou na prestação de serviços é sobre o valor de aquisição, nos prazos que
serão verificados a seguir.
CRÉDITOSOBRE O VALOR DE AQUISIÇÃO (TAMBÉM CONHECIDA COMO 
RECUPERAÇÃO ACELERADA DE CRÉDITOS)
113
REGIME NÃO-CUMULATIVO
A pessoa jurídica pode calcular créditos do PIS/PASEP e da COFINS sobre o valor
de aquisição de máquinas e equipamentos destinados ao ativo imobilizado, no prazo
de 4 (quatro) anos. Esse crédito deve ser descontado à razão de 1/48.
Exemplo: Pessoa jurídica adquire uma máquina, devidamente incorporada ao seu
ativo imobilizado por R$ 85.500,00, optando pelo crédito sobre a aquisição, à razão
de 1/48, portanto:
Base de cálculo mensal: (R$ 85.500,00 / 48 meses) = R$ 1.781,25
PIS: (R$ 1.781,25 x 1,65%) = R$ 29,39
COFINS: (R$ 1.781,25 x 7,6%) = R$ 135,37
CRÉDITO SOBRE O VALOR DE AQUISIÇÃO – 48 MESES
Base Legal: IN SRF nº 457/2002, art. 1º, § 2º,)
114
REGIME NÃO-CUMULATIVO
A pessoa jurídica pode calcular créditos do PIS/PASEP e da COFINS sobre o valor de
aquisição de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados
nos Decretos nºs 4.955 de 2004, e 5.173 de 2004, conforme disposição constante do
Decreto nº 5.222 de 2004, adquiridos a partir de 1º de outubro de 2004, no mercado
interno ou no exterior, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo
industrial do adquirente.
Esse crédito será descontado em 2 (dois) anos, à razão de 1/24 meses.
Nota: Atualmente, a relação dos bens consta do Anexo do Decreto nº 6.909/2009,
conforme o artigo 3º.
CRÉDITO SOBRE O VALOR DE AQUISIÇÃO – 24 MESES
Base Legal: IN SRF nº 457/2002, art. 1º, § 2º.
115
REGIME NÃO-CUMULATIVO
A partir de maio de 2008, a pessoa jurídica, pode optar pelo desconto de créditos do
PIS/PASEP e da COFINS, calculados sobre o valor de aquisição no mercado interno
ou de importação de máquinas e equipamentos destinados à produção de bens e
prestação de serviços, no prazo de 12 (doze) meses, observando à razão de 1/12.
Nesse caso a tomada de crédito não está vinculada a nenhum segmento específico,
basta que o bem adquirido seja gerador do direito ao crédito.
Nota. A Medida Provisória nº 540/2011, convertida na Lei nº 12.546/2011 alterou a
redação do art. 1º da Lei nº 11.774/2008, para uma regra de créditos de forma
regressiva em relação aos meses (de agosto de 2011 a junho/2012). Contudo, para os
bens adquiridos até julho de 2009, a regra aplicável, no caso da opção por crédito em
12 parcelas.
CRÉDITO SOBRE O VALOR DE AQUISIÇÃO – 12 MESES
Base Legal: IN SRF nº 457/2002, art. 1º, § 2º, 116
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Desde 03.08.2011, com base no art. 1º da Lei nº 11.774/2008 , alterada pela Lei nº
12.546/2011 , art. 4º (resultante da conversão em lei da Medida Provisória nº 540/2011),
as pessoas jurídicas que adquirirem no mercado interno ou de importação de máquinas
e equipamentos, destinados à produção de bens e prestação de serviços, poderão optar
pelo desconto dos créditos da Contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, mediante a
aplicação, a cada mês, da alíquota de 1,65%, relativamente à contribuição para o PIS-
Pasep, e de 7,6%, relativamente à Cofins, sobre o valor correspondente ao custo de
aquisição do bem, da seguinte forma:
CRÉDITO SOBRE O VALOR DE AQUISIÇÃO – 11 MESES A INTEGRAL
Base Legal: Lei 11.774/08, art. 1 – Lei 12.546/11
117
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Base Legal: Vigência a partir da publicação da MP 540/11, art. 4 – 03/08/11
CRÉDITO SOBRE O VALOR DE AQUISIÇÃO – 11 MESES A INTEGRAL
Lei 11.774/08, art. 1 – Lei 12.546/11 118
REGIME NÃO-CUMULATIVO
É permitido às pessoas jurídicas o desconto de créditos do PIS/PASEP e da COFINS,
calculados sobre os encargos de depreciação de edificações e benfeitorias em imóveis
próprios e de terceiros, utilizados nas atividades da empresa, desde 1º.05.2004.
Para fins do crédito das contribuições sobre os encargos de depreciação:
a) O valor das edificações e benfeitorias deve ser pago a pessoas jurídicas
domiciliadas no país; e
b) As edificações e benfeitorias devem ser realizadas em imóveis próprios ou de
terceiros, integrando o valor do imóvel para efeito de cálculo dos créditos
decorrentes de encargos de depreciação.
EDIFICAÇÕES E BENFEITORIAS EM IMÓVEIS PRÓPRIOS E DE TERCEIROS. 
Base Legal: Lei 10.833/03, art. 3 VII e IN SRF 457/04, art. 1, II
119
REGIME NÃO-CUMULATIVO
As pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, no prazo de 24 (vinte e quatro)
meses, dos créditos do PIS/PASEP e da COFINS, na hipótese de edificações
incorporadas ao ativo imobilizado, adquiridas ou construídas para utilização na produção
de bens destinados à venda ou na prestação de serviços. Contudo, no custo de
aquisição ou construção da edificação não se inclui o valor de:
§ Terrenos;
§ Mão-de-obra paga a pessoa física;
§ Aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento das contribuições;
A possibilidade se aplica desde 01/07, efetuados na aquisição de edificações novas ou
na construção de edificações. O direito ao desconto de crédito aplicar-se-á a partir da
data da conclusão da obra.
CRÉDITOS SOBRE EDIFICAÇÕES – 24 MESES. 
Base Legal: Lei 11.488/07, art. 6 120
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Podem as pessoas jurídicas descontar créditos do PIS/PASEP e da COFINS sobre os
bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do
mês ou do mês anterior, e tenha sido tributada.
NOTA: As devoluções relativas às operações isentas, sujeitas à alíquota zero, com
suspensão ou não alcançadas pela incidência da contribuição não geram direito a
crédito.
Para o desconto dos créditos, devem ser observadas as mesmas alíquotas que incidiram
na operação de venda.
BENS RECEBIDOS EM DEVOLUÇÃO. 
Base Legal: Leis nºs 10.637/2002 e 10.833/2003, art. 3º, VIII; Instrução Normativa SRF nº
247/2002, art. 66, IV; Decreto nº 4.524/2002, art. 63. IV)
121
REGIME NÃO-CUMULATIVO
§ Devolução de bens adquiridos com direito ao desconto de créditos;
§ Os créditos relativo a bens adquiridos para revenda ou utilizados como insumos na
prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à
venda, que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos
em sinistro ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma
destinação, deverá ser estornado.
ESTORNOS DE CRÉDITOS
Base Legal: Lei n° 10.833/03, art. 3, § 13, dado pela Lei nº 11.865/04, art. 21)
122
REGIME NÃO-CUMULATIVO
A pessoa jurídica pode descontar crédito do PIS/PASEP e da COFINS sobre o frete na
operação de venda, nos casos de bens destinados à revenda ou utilizados como
insumo, desde que o ônus tenha sido suportado pelo vendedor.
Cuidado com o seguintes tópicos, pois não geram créditos:
A) Serviços de postagem;
B) Gastos com frota própria;
C) Frete cobrado do cliente;
FRETE NA OPERAÇÃO DE VENDA
Base Legal: Lei n° 10.833/03, art. 3 e Solução de Consulta nº 107/10)
123
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Regime Não-Cumulativo
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 19 de 11 de Janeiro de 2010 
ASSUNTO: Cofins
EMENTA: INDÚSTRIA. ENTREGA COM FROTA PRÓPRIA. CRÉDITOS.
Os gastos efetuados com frota própria da consulente, como reparos dos veículos,
recauchutagem de pneus, a fim de realizar o transporte das mercadorias aos seus clientes, não
configuram insumos na produção ou fabricação de bens, não sendo, por conseguinte,
passíveis de gerar crédito na apuração da Cofins não-cumulativa.
Frete na operação de venda – Frota própria
(Lei n° 10.833/03, art. 3 e Solução de Consulta nº 19/10)
124
Nas aquisições bens e serviços de empresas optantes pelo regime tributário do
Simples Nacional, podem descontar créditos pelas mesmas alíquotas do regime
não cumulativo, ou seja, para o PIS/PASEP de 1,65% e para a COFINS de 7,6%.
AQUISIÇÃO DE EMPRESAS DO SIMPLES NACIONAL
Base Legal: ADI n° 15/07, art. 1)
125
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Caso a pessoa jurídica não aproveite o crédito em determinado mês, poderá
aproveitá-lo nos meses subsequentes, sem a atualização monetária e sem
acréscimo da taxa selic.
DIREITO DE CRÉDITOS EM MESES SUBSEQUENTES
Base Legal: Lei 10.637/02 art. 3 § 4 e Lei 10.833/03 art. 3, § 4
126
REGIME NÃO-CUMULATIVOQuando o crédito apurado do PIS/PASEP e da COFINS não puder ser aproveitado em
relação às próprias contribuições, é permitido que esse saldo credor seja aproveitado
nos meses subsequentes, observando o prazo prescricional.
Na hipótese de continuar saldo credor e este estiver vinculado às receitas resultantes de
operações não tributadas de Pis e Cofins, é possível que o contribuinte ingresse com
pedido de ressarcimento e/ou compensação, por meio do processo administrativo
(PERDCOMP), conforme previsão nos arts. 27 ao 29 e 65 da Instrução Normativa RFB
nº 1.300 de 2012.
SALDO CREDOR
Base Legal: Lei nº 10.637/02, art. 3º, § 4º e Lei nº 10.833/03, art. 3º, § 4º; Decreto nº 4.524/02,
art. 63,§ 2º; IN SRF nº 247/02, art. 66, § 1º.)
127
REGIME NÃO-CUMULATIVO
A pessoa jurídica contribuinte do PIS/PASEP e da COFINS, submetida à apuração
do valor devido pelo regime da não cumulatividade, terá direito ao desconto de
créditos presumidos correspondente ao estoque de abertura dos bens adquiridos
de pessoa jurídica domiciliada no país, existentes na data de início da incidência
não cumulativa destas contribuições.
ESTOQUE DE ABERTURA - CRÉDITOS PERMITIDOS
Nota: Os créditos presumidos são determinados mediante a aplicação das
alíquotas de 0,65% de PIS/PASEP e 3% da COFINS sobre o estoque de abertura
e serão utilizados em 12 (doze) parcelas mensais, iguais e sucessivas.
Base Legal: Leis n° 10.637/02, art. 11 e 10.833/03 art. 12
128
REGIME NÃO-CUMULATIVO
DEDUÇÕES DAS CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS - RETENÇÕES
Base Legal: Lei n° 11.727/2008, art. 5)
Do valor a pagar poderão ser deduzidas as contribuições retidas na fonte em
decorrência da prestação de serviços e de venda de bens, via DARF, sem acréscimo
da Taxa Selic, exemplo:
Cia. "ABC" de Engenharia LTDA – Lucro Real
Apuração Mensal PIS/PASEP COFINS
Valor apurado no mês de abril de 2015 R$ 1.300,00 R$ 6.000,00
Retenções sofridas no mês (R$ 300,00) (R$ 1.000,00)
Valor total a ser recolhido R$ 1.000,00 R$ 5.000,00
129
REGIME NÃO-CUMULATIVO
A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga que subcontratar serviço de
transporte de carga prestado por pessoa física (transportador autônomo) ou pessoa
jurídica transportadora optante pelo Simples Nacional, poderá descontar crédito
presumido do PIS/PASEP e da COFINS, devidas em cada período de apuração,
calculado sobre o valor dos pagamentos efetuados por esses serviços mediante
aplicação correspondente a 75% (setenta e cinco por cento) de 1,65% para o PIS/PASEP
e de 7,6% para a COFINS:
PIS/PASEP (75% de 1,65) = 1,2375%
COFINS (75% de 7,6) = 5,7%
SUBCONTRATAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA
Base Legal: Lei nº 10.833/2003, art. 3º, § 19 e 20 e art. 15 130
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Considera-se aquisição, para fins do desconto do crédito previsto no art. 3º das Leis
nºs 10.637/2002 e 10.833/2003, a versão de bens e direitos (transferência) nele
referidos, em decorrência de fusão, incorporação e cisão de pessoa jurídica
domiciliada no País.
Essa disposição aplica-se somente nas hipóteses em que fosse admitido o desconto
do crédito pela pessoa jurídica fusionada, incorporada ou cindida.
FUSÃO, INCORPORAÇÃO E CISÃO - VERSÃO DE BENS E DIREITOS 
131
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Base Legal: Lei nº 10.865/2004, art. 30
Exemplo: Pessoa jurídica A incorpora pessoa jurídica B, ambas no regime não-
cumulativo.
Se a empresa B estiver tomando crédito de PIS e Cofins sobre imóvel em 24 meses
e durante nesse período houve a incorporação, a incorporadora (empresa A) pode
continuar a tomar o crédito da incorporada (empresa B).
FUSÃO, INCORPORAÇÃO E CISÃO - VERSÃO DE BENS E DIREITOS – EXEMPLO 
132
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Base Legal: Lei nº 10.865/2004, art. 30)
A pessoa jurídica que, tributada pelo Imposto de Renda com base no lucro real, passar a
ser tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, ou fizer a opção pelo Simples
Nacional, perde o direito de utilização dos créditos relativos ao regime de não-
cumulatividade eventualmente ainda não utilizados até a data de alteração do regime de
apuração do imposto de renda.
MUDANÇA DE REGIME DE TRIBUTAÇÃO
133
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 594/2005, art. 41, § 2º.
CRÉDITOS EXTEMPORÂNEOS - ATENÇÃO
134
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Os créditos do PIS/PASEP e da COFINS devem ser apropriados e descontados no mês
de ocorrência do fato que deu origem a eles. Mas, por previsão legal, é possível que os
créditos acumulados, ou seja, que não puderam ser utilizados no mês do fato, sejam
aproveitados nos meses subsequentes.
A legislação que trata dessas contribuições não determina qual o prazo limite para
utilização desses créditos.
Esse fato gera uma grande dúvida, fazendo com que haja questionamento dos
contribuintes: até quando os créditos podem ser descontados?
PRESCRIÇÃO DE CRÉDITOS
135
REGIME NÃO-CUMULATIVO
Nas diversas soluções de consulta, a Receita Federal do Brasil sempre se manifesta
que o prazo é de 5 anos. Levando também em consideração o DACON e a EFD -
Contribuições, o programa permite o desconto de créditos apenas de 5 anos.
O prazo para descontar os créditos é de 5 (cinco) anos, tendo como termo de início, o
primeiro dia do mês subsequente ao de sua apuração, por terem natureza complexiva
e por aperfeiçoam-se no último dia do mês da apuração.
136
REGIME NÃO-CUMULATIVO
PRESCRIÇÃO DE CRÉDITOS
Base Legal: Solução de Divergência Nº 21 de 29 de Julho de 2011 – COSIT) 
Até o 25º dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.
PRAZO DE RECOLHIMENTO
PIS/PASEP 6912 = Regra geral (faturamento)
COFINS 5856 = Regra geral (faturamento)
1.27. DARF DE RECOLHIMENTO
137
REGIME NÃO-CUMULATIVO
EXEMPLO PRÁTICO
A empresa “ABC Comércio e Serviços LTDA”, tributada pelo lucro real,
comercializa produtos e presta serviços na área de limpeza. Determine o valor de
PIS/PASEP e COFINS do mês de Junho/2015, considerando os seguintes dados:
Receita bruta de vendas R$ 100.000,00
Receita bruta de serviços R$ 130.000,00
Vendas canceladas R$ 10.000,00
Compras de mercadorias e insumos dos serviços R$ 50.000,00
Ganho de capital na venda de imobilizado R$ 5.000,00
138
REGIME NÃO-CUMULATIVO
EXEMPLO PRÁTICO - RESOLUÇÃO
Ocorrências Geradoras de Débitos de Pis/Pasep e Cofins Base de Cálculo
Receita bruta de vendas R$ 100.000,00
Vendas canceladas -R$ 10.000,00
Receita bruta de serviços R$ 130.000,00
Total R$ 220.000,00
Apuração dos Débitos de Pis/Pasep e Cofins Valor dos Débitos
PIS/PASEP (R$ 220.000,00 x 1,65%) = R$ 3.630,00
COFINS (R$ 220.000,00 x 7,6%) = R$ 16.720,00
Ocorrências Geradoras de Créditos de Pis/Pasep e Cofins Base de Cálculo 
Compras de mercadorias e insumos dos serviços R$ 50.000,00
Total R$ 50.000,00
Apuração dos Créditos de Pis/Pasep e Cofins Valor dos Créditos
PIS/PASEP (R$ 50.0.000,00 x 1,65%) = R$ 825,00
COFINS (R$ 50.000,00 x 7,6%) = R$ 3.800,00
Valor a Recolher (Débitos - Créditos) Valor a Recolher
PIS/PASEP R$ 2.805,00
COFINS R$ 12.920,00
139
REGIME NÃO-CUMULATIVO
CONTABILIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações
quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens,
direitos e obrigações) das entidades.
Através dela é fornecido o máximo de informações úteis para as tomadas
de decisões, tanto dentro quanto fora da empresa, estudando, registrando
e controlando o patrimônio.
O que é contabilidade?
Base Legal: ITG 2000 – Resolução CFC 1.330/11 141
Em resumo, a Contabilidade abrange um conjunto de técnicas para controlar o
patrimônio das organizações mediante a aplicação do seu grupo de princípios,
técnicas, normas e procedimentos próprios, medindo, interpretando e informando os
fatos contábeis aos usuários internos e externos.
A contabilidade tem ganhado cada vez mais destaque com o IFRS (International
Financial Reporting Standards), que traduzido para a nossa linguagem quer dizer
Normas e Padrões Internacionais de Contabilidade.Base Legal: ITG 2000 – Resolução CFC 1.330/11 142
INTRODUÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE
A escrituração mantida com observância das disposições legais faz prova do
contribuinte dos fatos nela registrados e comprovados por documentos hábeis,
segundo sua natureza, ou assim definidos em preceitos legais.
Base Legal: Lei 10.406/02 art. 1.179)
Todas as entidades, exceto os microempreendedores
individuais são obrigados a manter contabilidade.
143
INTRODUÇÃO
DOCUMENTOS HÁBIL E IDÔNEO
É importante lembrar que documento hábil é aquele cuja sua idoneidade seja
indiscutível, ou seja, é aquele que venha revestido das formalidades legais ou
das condições legais para que se possa valer.
Notas fiscais, Contratos de Serviços, Recibos etc.
Base Legal: P.N. CST nº 10/76 e 83/76 e C.C. - Lei nº 10.406/02 art. 221 e 320)
144
INTRODUÇÃO
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
O regime de competência é um princípio contábil, que deve ser, na prática,
estendido a qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua
natureza e origem.
Por este princípio, as receitas, despesas e custos devem ser incluídas na
apuração do resultado do período em que ocorrerem, independente do
recebimento ou pagamento.
Base Legal: Resolução CFC nº 1.282/10
145
INTRODUÇÃO
FORMALIDADES
ESCRITURAÇÃO
REGIME DE COMPETÊNCIA
Legislação fiscal (PN CST nº 57/79, Art. 251, 273 e 344 do RIR/99);
Legislação societária (Art. 177, da lei nº 6.404/76);
REGIME DE CAIXA
É fiscal (forma de tributação).
Na legislação contábil é aplicado somente na elaboração da Demonstração do
Fluxo de Caixa.
146
Uma Sociedade Empresária apresentou os dados abaixo, referentes ao ano de 2018:
PEDE-SE:
Determinar qual foi o resultado apurado no mês de julho de 2018, observando-se o
Regime de Competência.
EXERCÍCIO Nº 03 
• Despesas incorridas em agosto e paga em julho R$ 4.000,00
• Despesas incorridas em julho e paga em agosto R$ 2.000,00
• Despesas incorridas em julho e paga em julho R$ 8.000,00
• Receita realizada em agosto e recebida em julho R$ 32.000,00
• Receita realizada em julho e recebida em agosto R$ 16.000,00
• Receita realizada em julho e recebida em julho R$ 64.000,00
147
RESOLUÇÃO - EXERCÍCIO Nº 03 
148
FORMALIDADES
ESCRITURAÇÃO
ASSINATURA DOS LIVROS CONTÁBEIS
Contabilista e representante da entidade.
Base Legal: Art. 3 do Decreto-Lei 486/69 e art. 3 art. 251, 262 e 263 do RIR/99)
149
AUTENTICAÇÃO
Recentemente tivemos a publicação do Decreto nº 8.683/2016 que corrobora com uma
das premissas básicas do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que é a
simplificação das obrigações acessórias.
O Decreto altera a redação do art. 78-A do Decreto nº 1.800/1996 e estabelece que a
autenticação dos livros contábeis das empresas poderá ser feita por meio do Sped,
mediante a transmissão da Escrituração Contábil Digital (ECD).
O termo de autenticação da ECD transmitida via Sped será o próprio recibo de entrega
que o programa gera no momento da transmissão.
150
q As ECD transmitidas até a data da publicação do referido Decreto
(ocorrida em 26.02.2016) que estiverem com status diferente de “sob
exigência” ou “indeferidas” também serão automaticamente
consideradas autenticadas.
151
AUTENTICAÇÃO
ECD DE EMPRESAS TRANMITIDAS AUTENTICAÇÃO
Até 25.02.2016
No momento da transmissão exceto se
estiverem “sob exigência” ou “indeferidas”.
Caso a ECD esteja “sob exigência”, devem
ser sanadas as exigências e deve ser
transmitida a ECD subtituta
Após 25.02.2016 No momento da transmissão
152
AUTENTICAÇÃO
FORMALIDADES
Entidades Civis: Nos Cartórios de Registro Civil (Lei nº 6.015 de 1973) –
Transmitir o mesmo arquivo da ECD para o cartório via internet
( www.rtdbrasil.org.br)
RESPONSÁVEL PELA ESCRITURAÇÃO
Fiscal: Contador (art. 268 do RIR/99)
Contábil: Contador (art. 1.182 do Código Civil)
153
AUTENTICAÇÃO
Demonstração Contábil ME/EPP(ITG 1000)
PMEs
(NBC TG 1000)
Entidades Sem 
Finalidade de 
Lucros
(ITG 2002)
Empresas de Capital 
Aberto e de Grande 
Porte (IFRS 
Completo)
Balanço Patrimonial Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Demonstração do Resultado Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Demonstração do Resultado Abrangente Facultativo
Pode ser 
substituída pela 
DLPA
Não Exigido Obrigatório
Demonstração de Lucros (Prejuízos)
Acumulados Facultativo Facultativo Não Exigido Não Exigido
Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido Facultativo
Pode ser 
substituída pela 
DLPA
Obrigatório Obrigatório
Demonstração dos Fluxos de Caixa Facultativo Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Demonstração do Valor Adicionado Facultativo Facultativo Facultativo Obrigatório
Notas Explicativas Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
154
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração do Resultado do Exercício em 31.12.X0
Receita Bruta das Vendas
Receitas de Vendas
Deduções da Receita Bruta
(-) Impostos Incidentes sobre Vendas
Receita Líquida de Vendas
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
Lucro Bruto
Lucro Bruto
Despesas Operacionais
(-) Despesas de Vendas
(-) Despesas Administrativas
(-) Encargos Financeiros Líquidos
Lucro Operacional
(+) Outras Receitas
(-) Outras Despesas
Lucro Antes do IRPJ e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
(-) Provisão para IRPJ e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
Lucro Líquido do Exercício
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Código Descrição
01 Operação Tributável com Alíquota Básica 
02 Operação Tributável com Alíquota Diferenciada
03 Operação Tributável com Alíquota por Unidade de Medida de Produto
04 Operação Tributável Monofásica – Revenda a Alíquota Zero
05 Operação Tributável por Substituição Tributária
06 Operação Tributável a Alíquota Zero
07 Operação Isenta da Contribuição
08 Operação sem Incidência da Contribuição
09 Operação com Suspensão da Contribuição
49 Outras Operações de Saída
REGISTRO CONTÁBIL
OPERAÇÃO COM MERCADORIAS
CONTABILIZAÇÃO DO ICMS
OPERAÇÕES DE VENDAS
O ICMS nas operações de vendas deve ser reconhecido no resultado em
contrapartida de uma obrigação no passivo circulante da empresa.
A conta de resultado que recebe o ICMS constituirá parcela redutora da
receita bruta, como imposto incidente sobre receitas que é, para chegar-
se à receita líquida.
159
EXEMPLO – ICMS NAS OPERAÇÕES DE VENDAS 
A empresa “Beta Indústria de Bens em Geral LTDA” vendeu um produto à vista
no valor de R$ 5.000,00 com destaque de ICMS (18%) da operação própria de
R$ 900,00 e ICMS-ST no valor de R$ 450,00.
D – Clientes(AC) R$ 5.450,00
C – Receita bruta (Resultado) R$ 5.000,00
C – ICMS-ST (Passivo Circulante) R$ 450,00
D – ICMS sobre vendas (Resultado) R$ 900,00
C – ICMS a recolher (PC) R$ 900,00
160
CONTABILIZAÇÃO DO ICMS
CONTABILIZAÇÃO DO IPI
OPERAÇÃO DE VENDA COM IPI
Apesar do IPI ser calculado por fora, ou seja, não está incluído no preço do
produto, sua contabilização segue a mesma característica do ICMS das
operações.
O IPI é recebido pela pessoa jurídica vendedora, mas não é considerado
receita bruta, ou seja, compõe o total da NF mas não é receita da empresa.
161
EXEMPLO – OPERAÇÃO DE VENDA COM IPI
A empresa “Beta Indústria de Bens em Geral LTDA” vendeu um produto à vista no valor de
R$ 8.000,00 com destaque de IPI (10%) no valor de R$ 800,00, total R$ 8.800,00:
1º. Modelo:
D – Caixa / Banco (AC) R$ 8.800,00
C – Receita Bruta (Resultado) R$ 8.000,00
C – IPI a recolher (PC) R$ 800,00
Ou 2º. Modelo:
D – Caixa / Banco (AC) R$ 8.800,00
C – Faturamento (Resultado) R$ 8.800,00
e
D – IPI sobre vendas (Resultado) R$ 800,00
C – IPI a recolher (PC) R$ 800,00
162
CONTABILIZAÇÃO DO IPI
CONTABILIZAÇÃO DO PIS/PASEP E DA COFINS
PIS/PASEP E COFINS SOBRE RECEITA BRUTA
A contabilização do PIS/Pasep e da COFINS, seja no regime cumulativo
como no regime não-cumulativo, nas operações de vendas de mercadorias
ou serviços, deve também ser em conta redutora da receita bruta, na
Demonstração do Resultado do Exercício tendo como contrapartida uma
obrigação,em conta do passivo circulante.
163
EXEMPLO – PIS/PASEP E COFINS SOBRE RECEITA BRUTA
A empresa “Beta Indústria de Bens em Geral LTDA” do regime não-
cumulativo, obteve receita de vendas no valor de R$ 10.000,00,
correspondente a venda de um produto tributado de PIS e Cofins nas
alíquotas de 1,65% e 7,6% respectivamente. Contabilizamos apenas o
PIS/Pasep e Cofins da operação, para fins didáticos:
164
CONTABILIZAÇÃO DO PIS/PASEP E DA COFINS
D – Clientes (AC) R$ 10.000,00
C – Receita Bruta (Resultado) R$ 10.000,00
D – PIS/Pasep sobre receitas (Resultado) R$ 165,00
C – PIS/Pasep a recolher (PC) R$ 165,00
D – Cofins sobre receitas (Resultado) R$ 760,00
C – Cofins a recolher (PC) R$ 760,00
165
CONTABILIZAÇÃO DO PIS/PASEP E DA COFINS
Norma Legal Tratamento tributário Tratamento tributário
Decretos nº 5.164/2004 e
5.442/2005
De 02/08/2004 até 30/06/2015 são reduzidas a zero
as alíquotas da COFINS e do PIS-Pasep incidentes
sobre as receitas financeiras, inclusive as operações
de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas
ao regime não cumulativo dessas contribuições,
observado que (Decreto nº 5.442/2005):
a) Aplica-se também às pessoas jurídicas que tenham
apenas parte de suas receitas submetidas ao regime
de incidência não cumulativa; e
b) Não se aplica aos juros sobre o capital próprio.
Decreto nº 8.426/2015 e
8.451/2015
Restabelecimento de
alíquotas a partir de
1º.07.2015, nos moldes
dos decretos.
RECEITAS FINANCEIRAS - TRATAMENTO
BASE DE CÁLCULO PIS/COFINS
NÃO CUMULATIVO
Receita bruta 
Outras receitas
+
Receitas
Financeiras
167
APURAÇÃO NÃO-CUMULATIVA (ESQUEMA)
Débito 
Base de cálculo das contribuições
+ Receita Bruta 
+ O. Receitas 
+ Receitas Financeiras 
(-) deduções permitidas (vendas 
canceladas, receitas não tributadas, 
etc.)
= Base de Cálculo
X
Alíquotas aplicáveis 
= DÉBITO 
Crédito
Base de cálculo dos 
créditos
X
1,65% e 7,6% ou
alíquotas monofásicas, 
conforme o caso. (ex. 
bebidas frias)
= CRÉDITO
Apuração
(-) Débitos 
(+) Créditos 
(-) deduções (retenções)
= PIS/COFINS - Saldo 
devedor ou credor 
168
RECEITA FINANCEIRA É TRIBUTADA NO REGIME CUMULATIVO?
(LUCRO PRESUMIDO, LUCRO ARBITRADO)
Não. A receita financeira não entra na base de cálculo das Contribuições no
regime cumulativo (Lei 9.818/1998).
No sistema cumulativo a tributação recai sobre a receita bruta (receita da
atividade).
O QUE PODEMOS CONSIDERAR COMO RECEITAS FINANCEIRAS,
PARA FINS DO REGIME NÃO-CUMULATIVO, ENTÃO?
Descontos obtidos: oriundos de pagamentos antecipados de duplicatas de
fornecedores e de outros títulos;
Juros ativos: conta em que se registram os juros cobrados pela empresa de seus
clientes, por atraso de pagamento, postergação de vencimento de títulos ou outras
operações similares;
Juros Selic sobre atualização de créditos fiscais;
Receitas de títulos vinculados ao mercado aberto, aplicações financeiras de renda
variável;
O QUE PODEMOS CONSIDERAR COMO RECEITAS FINANCEIRAS?
Receitas sobre outros investimentos temporários, onde são registradas as
receitas totais nos demais tipos de aplicações temporárias de Caixa, tal como
letras de cambio, depósitos a prazo, aplicações de renda fixa, etc.;
Variações cambiais ativas: as variações monetárias dos direitos de crédito e
das obrigações da pessoa jurídica, em função da taxa de câmbio;
Variação monetária ativa: variação da nossa própria moeda em relação aos
índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.
CONTABILIZAÇÃO DO PIS/PASEP E DA COFINS
EXEMPLO – PIS/PASEP E COFINS SOBRE RECEITA FINANCEIRA
Exemplo: Receita financeira: R$12.000,00
(Decreto 8.426/2015)
PIS/Pasep: 0,65% R$ 78,00
COFINS: 4% R$ 480,00
D – PIS/Pasep sobre rec. financeira (Resultado) R$ 78,00
C – PIS/Pasep a recolher (PC) R$ 78,00
D – Cofins sobre rec. financeira (Resultado) R$ 480,00
C – Cofins a recolher (PC) R$ 480,00
172
DIFERENÇA ENTRE RECEITAS FINANCEIRAS 
E “OUTRAS RECEITAS”
Qual a diferença de tratamento tributário em relação as contribuições de receita
financeira e de outras receitas?
Resposta: Aplicação das alíquotas
Receita financeira: Pis 0,65% e Cofins 4,0%
Outras receitas: Pis 1,65% e Cofins 7,6%
São exemplos de outras receitas sujeitas a 1,65% e 7,6%:
a) Aluguéis de bens móveis e/ou imóveis por empresa que não tenha por objeto a
locação;
b) Reembolso de despesas;
c) Multas ou vantagens a título de indenização em virtude de rescisão contratual;
DIFERENÇA ENTRE RECEITAS FINANCEIRAS 
E “OUTRAS RECEITAS”
d) Multas recebidas por atraso de pagamento de clientes;
e) Doações recebidas;
f) Venda eventual material de uso e consumo;
g) Créditos presumidos de ICMS concedido pelos Estados ou DF (SC nº
116/2011 8ª. Região fiscal)
DIFERENÇA ENTRE RECEITAS FINANCEIRAS 
E “OUTRAS RECEITAS”
Para o detentor dos juros isso representa uma receita
financeira e essa receita já estava sujeita a tributação pelo
Decreto nº 5.442/2005 e o atual Decreto nº 8.426/2015
manteve as alíquotas em 1,65% e 7,6%.
JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO
PERMANECEM SUJEITAS A ALÍQUOTA ZERO 
AS SEGUINTES RECEITAS FINANCEIRAS:
q Variações cambiais de exportação e de obrigações da PJ;
q Receitas financeiras decorrentes de operações de cobertura (hedge - proteção
contra riscos inerentes às oscilações de preço ou de taxas).
177
VENDA – CONTABILIZAÇÃO COMPLETA
Em uma operação de venda, a contabilização dos tributos incidentes sobre a
receita é feita de forma completa e não de forma individualizada.
Portanto, a contabilização deverá conter o registro da venda e de todos os
tributos incidentes sobre a venda, como IPI, ICMS, ICMS ST, PIS/Pasep e
COFINS.
178
A empresa “ABC Indústria de Bens em Geral LTDA”, situada no estado de SP, tributada
pelo Lucro Real, efetuou uma venda, a prazo, de 1.000 unidades de um produto por R$
100,00 a unidade, para um destinatário também do estado de SP. Sabendo que os
produtos estão sujeitos a substituição tributária do ICMS a um IVA de 40% com
alíquota de 18% tanto para a operação própria como a ST e do IPI 5%. Frete CIF no
valor de R$ 1.000,00 cobrado e destacado na NF. Contabilizamos a operação com
todos os tributos incidentes sobre a receita:
EXEMPLO – VENDA DE MERCADORIAS
Produtos:
Frete CIF:
ICMS:
IPI:
ICMS ST:
Total da nota:
Nota Fiscal:
R$ 100.000,00*
R$ 1.000,00*
R$ 18.180,00
R$ 5.050,00*
R$ 8.544,60*
R$ 114.594,60* 179
VENDA – CONTABILIZAÇÃO COMPLETA
1 – CONTABILIZAÇÃO DA VENDA E DO ICMS ST
D – Clientes (AC) – R$ 114.594,60
C – ICMS ST a recolher (PC) – R$ 8.544,60
C – Faturamento (CR) – R$ 106.050,00
D – ICMS sobre vendas (CR) – R$ 18.180,00
C – ICMS a recolher (PC) – R$ 18.180,00
2 – CONTABILIZAÇÃO DO ICMS
180
VENDA – CONTABILIZAÇÃO COMPLETA
3 – CONTABILIZAÇÃO DO IPI
D – IPI sobre vendas (CR) – R$ 5.050,00
C – IPI a recolher (PC) – R$ 5.050,00
D – PIS/Pasep sobre vendas (CR) – R$ 1.666,50
C – PIS/Pasep a recolher (PC) – R$ 1.666,50
4 – CONTABILIZAÇÃO DO PIS/PASEP E COFINS
D – Cofins sobre vendas (CR) – R$ 7.676,00
C – Cofins a recolher (PC) – R$ 7.676,00
181
VENDA – CONTABILIZAÇÃO COMPLETA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
(DESTA VENDA)
Faturamento Bruto R$ 106.050,00
(-) IPI Faturado (R$ 5.050,00)
= Receita Bruta R$ 101.000,00 
(que é o valor da nota fiscal R$ 114.594,60 menos o IPI e o ICMS ST)
(-) Icms s/Vendas (R$ 18.180,00)
(-) Pis Faturamento ( R$ 1.666,50)
(-) Cofins Faturamento (R$ 7.676,00)
= Receita líquida R$ 73.477,50
182
COMPRA DE MERCADORIAS –
CONTABILIZAÇÃO
Nas aquisições de mercadorias, matérias primas e insumos, custos e despesas
com base na Lei nº 10.833/2003 e 10.637/2002 a qual a entidade adquirente tem
direito a recuperação de créditos.
A contabilização desses créditos deve ser registrada no ativo circulante em
contrapartida a diminuição do custo da aquisição, em contas específicas de cada
tipo de tributo.
TRIBUTOS RECUPERÁVEIS
183
184
BENS PARA REVENDA, EXCETO PRODUTOS SUJEITOS A INCIDÊNCIA 
MONOFÁSICA OU SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DE

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