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adultos cognição-formatado 2020


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Jovens 
adultos
Luisa Ribeiro
Edite Oliveira
2020
Jovens adultos - cognição
– José tem problemas com o álcool. Maria, a sua esposa, 
disse-lhe que da próxima vez que ele chegar a casa 
alcoolizado mais uma vez, que o deixa e lava com ela os 
filhos.
– Esta noite o José foi a um jantar de trabalho e chega a casa 
alcoolizado.
– Qual a decisão de Maria?
Jovens adultos - cognição
– Os adolescentes tendem a entender este tipo de situações 
de forma simples e lógica, decidindo que Maria deixa José, 
tal como tinha dito.
– Os adultos tendem a ver este tipo de situação de forma 
menos clara, considerando que na vida real existem várias 
questões que podem influenciar a decisão de Maria.
Jovens adultos - cognição
– Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo atingido no 
final da adolescência seria bastante semelhante ao da 
idade adulta.
– Algumas teorias referem alterações posteriores…
Pensamento pós-formal 
(Labouvie-Vief, 1990, 2006):
– Num estudo com participantes entre 10 e 40 anos, em 
situações semelhantes à anteriormente descrita:
– os adolescentes consistentemente utilizavam a lógica (a 
Maria deixa o José, tal como havia dito)
– os adultos consideram várias possibilidades
– O José pede desculpa à Maria e fica
– A Maria apenas o ameaçou
– Terá a Maria alternativa onde morar?
– Poderá sustentar-se sozinha?
Pensamento pós-formal 
(Labouvie-Vief, 1990, 2006):
– As decisões não são apenas tomadas tendo em vista a 
lógica subjacente ao problema (visão certo/ errado).
– Reconhece que muitas decisões são tomadas em termos 
relativos (“o mal menor”, o “mais adequado ao contexto”).
Pensamento pós-formal 
(Labouvie-Vief, 1990, 2006):
Pensamento dialético:
– Interesse e gosto pelo debate, pela argumentação;
– Assume que as decisões nem sempre são do tipo certo ou 
errado, mas que por vezes têm que ser negociadas.
Pensamento pós-formal 
(Labouvie-Vief, 1990, 2006):
– Consideração da situação ideal e dos constrangimentos da 
vida real que a podem impedir.
– Reconhecimento de múltiplas causas para a mesma 
situação e de que podem existir diversas soluções. 
Jovens adultos - cognição
– Os adultos consideram não apenas os aspetos lógicos, mas 
também levam em conta a complexidade das regras 
sociais, a moral, os seus valores e crenças, combinando-os 
com a sua experiência prática.
– Abordam situações ambíguas através de analogias e 
metáforas, adotando um entendimento subjetivo pela sua 
interpretação individual.
Jovens adultos - cognição
– A inteligência é hoje vista como muito mais do que uma 
acumulação de conhecimentos, ou a capacidade lógica para 
resolução de problemas…
– … embora este seja um aspeto da inteligência.
Teoria da inteligência tripartida 
(Sternberg, 1985, 1991).
Inteligência
Componencial
Experiencial
Contextual
Teoria da inteligência tripartida 
(Sternberg, 1985, 1991).
– Componencial
– Solução de problemas através da análise de dados 
aprendidos previamente
– Experiencial
– Utilização de experiências anteriores para resolver 
problemas; lidar com novas situações
– Contextual
– Como enfrentar exigências práticas
Teoria da inteligência tripartida 
(Sternberg, 1985, 1991).
– Apesar do foco tradicional no aspeto componencial da 
inteligência (QI), vários estudos sugerem a importância do 
aspeto contextual (inteligência prática).
– O primeiro aspeto parece relacionar-se com o desempenho 
académico. No entanto, o sucesso na carreira parece mais 
relacionado com o aspeto contextual.
Teoria da inteligência tripartida 
(Sternberg, 1985, 1991).
Inteligência prática:
– Obtida através da observação dos outros e da modelização 
do comportamento.
– Boa compreensão de novas situações e das circunstâncias.
Teoria da inteligência tripartida 
(Sternberg, 1985, 1991).
Inteligência emocional:
– Capacidade de avaliar, exprimir e regular de forma precisa 
as emoções.
– Facilita interações sociais, e a compreensão dos 
sentimentos, da experiência e das necessidades dos outros.
– Importante para a carreira e para o sucesso pessoal.
Pensamento e criatividade
– A criatividade parece “perder-se” à medida que 
amadurecemos…
– Sir Ken Robinson – Escolas e criatividade
– https://www.ted.com/talks/sir_ken_robinson_do_schools_kill
_creativity/transcript
– Sir Ken Robinson -- Mudando Paradigmas Educacionais
– https://www.youtube.com/watch?v=EDLp6_5vCM8&nohtml5
=False
https://www.ted.com/talks/sir_ken_robinson_do_schools_kill_creativity/transcript
Pensamento e criatividade
– Durante cerca de 30 anos o estudo da criatividade 
focalizou-se principalmente nos fatores de personalidade
que poderiam distinguir pessoas criativas das restantes 
(e.g. Barron & Harrington, 1981; Guilford, 1950). 
– Centrava-se (...) nas características pessoais estáveis ao 
longo da vida, e que poderiam predizer ou confirmar que 
alguns indivíduos seriam criativos e outros não.
(Ribeiro, 2014)
Pensamento e criatividade
– Outro tipo de estudos dedicou-se a entender os processos
cognitivos subjacentes à criatividade, encontrando pontes 
com o processamento computacional e de regras 
heurísticas para geração de ideias. 
– Um terceiro tipo de investigação sobre a criatividade 
emergiu, estudando antes fatores ambientais que 
influenciam a criatividade do indivíduo, sejam eles fatores 
sociais, físicos, políticos ou culturais. 
(Ribeiro, 2014)
Pensamento e criatividade
– Estudos que tipificam e dividem os indivíduos entre 
criativos e não criativos
– Que alterações ambientais podemos introduzir de forma a 
potenciarmos e desenvolvermos a criatividade das pessoas 
de forma mais generalista. 
– [os] fatores ambientais e sociais são indicados como 
cruciais para o sucesso criativo, além de serem mais 
facilmente alterados do que os fatores de personalidade 
(Amabile, 1996).
(Ribeiro, 2014)
Pensamento e criatividade
– Durante a última década do século XX o estudo da criatividade 
expandiu-se ao estudo dos grupos, e da forma como a 
criatividade pode surgir de esforços de colaboração e como 
pode influenciar e ser influenciada pelas dinâmicas grupais 
(Sawyer & DeZutter, 2009).
– O estudo da criatividade organizacional difere do estudo da 
criatividade humana em termos gerais apenas porque se 
centra na ocorrência da criatividade e nos fatores com 
influência no local de trabalho ou em contexto organizacional 
(Shalley & Zhou, 2008).
(Ribeiro, 2014)
Pensamento e criatividade
– Goncalo (2009) assinala que, apesar de atualmente este ser 
um tema considerado cada vez importante para um 
funcionamento organizacional competitivo, na realidade as 
organizações atuais parecem concebidas para impedir o 
surgimento da criatividade, ao promover a conformidade e 
submissão dos colaboradores às regras organizacionais. 
(Ribeiro, 2014)
Pensamento e criatividade
– (...) a criatividade não é pertença de alguns indivíduos 
especialmente dotados, nem ocorre apenas no campo das 
artes. Pode sim ocorrer em qualquer atividade, e cada 
indivíduo terá assim uma capacidade criativa num 
determinado campo (Csikszentmihalyi, 1996a; Robinson, 
2001). 
– A criatividade ocorre quando o indivíduo executa algo 
concreto. Ao contrário da imaginação, a criatividade não 
existe sem expressão exterior (Robinson, 2001).
(Ribeiro, 2014)
Pensamento e criatividade
– (...) para Csikszentmihalyi (1996a) a criatividade pode ser 
uma ideia ou uma ação. No entanto, para este autor não é 
suficiente o critério de novidade, é essencial existir um 
valor na criação. Amabile (1996, 2005) concorda com este 
duplo critério.
(Ribeiro, 2014)
Pensamento e criatividade
– Hammond, Neff, Farr, Schwall, Zhao (2011) conduzem uma meta 
análise para identificar que fatores serão mais determinantes para a 
inovação individual nas organizações (...): fatores individuais
(personalidade e motivação), características da tarefa, e fatores 
contextuais da organização. 
– (...) encontram uma correlação fraca entre fatoresde personalidade e 
a inovação individual, considerando que estes resultados contradizem 
o peso atribuído nos estudos iniciais sobre criatividade aos fatores de 
personalidade. 
– os fatores motivacionais têm uma maior influência 
na obtenção da inovação.
(Ribeiro, 2014)
Pensamento e criatividade
Pensamento e criatividade
Pensamento e criatividade
Pensamento e criatividade
Pensamento e criatividade
Pensamento e criatividade
Pensamento e criatividade
- 10 características das pessoas criativas (Csikszentmihalyi, 1996)
1. Boa gestão da sua energia - aprenderam a respeitar o seu 
ritmo biológico e adaptá-lo ao seu trabalho.
2. Inteligência combinada com alguma ingenuidade - ; a 
inteligência permite-lhes progredir e aprender na sua 
profissão; mantém a capacidade de olhar para os assuntos e 
problemas com uma perspectiva sem preconceitos nem a 
prioris. 
3. Responsabilidade e capacidade de brincar (com ideias, 
conceitos ou objetos permite a descoberta de coisas não 
previstas de forma intelectual e menos stress e 
constrangimentos); 
(Ribeiro, 2014)
Pensamento e criatividade
- 10 características das pessoas criativas (Csikszentmihalyi, 1996)
4. Um sentido do real (permite implementação, apesar de 
constrangimentos), aliado a uma boa imaginação;
5. Traços de extroversão e simultaneamente de introversão;
6. Orgulho humilde; reconhecem a sua grande 
competência, mas acreditam ter sempre algo mais a 
aprender, mesmo com pessoas menos graduadas;
7. Pouca estereotipia de género;
(Ribeiro, 2014)
Pensamento e criatividade
- 10 características das pessoas criativas (Csikszentmihalyi, 1996)
8. Capacidade de correr riscos, tomando em conta o 
conhecimento e experiência da sua vida;
9. Paixão pelo seu trabalho (querem sempre melhorar), com 
aceitação de críticas; 
10. Grande sensibilidade e abertura - mantém uma ligação às 
suas emoções, reconhecendo-as e vivendo-as, sejam elas de 
dor, ansiedade ou frustração, ou felicidade e êxtase.
São portanto pessoas capazes de funcionar de forma bastante 
flexível, de forma adequada a si próprios e à situação em que se 
encontram.
(Ribeiro, 2014)
Eventos importantes e 
desenvolvimento cognitivo
– Alguns estudos parecem indicar que a ocorrência 
de eventos importantes na vida adulta 
(casamento, morte dos pais, nascimento de um 
filho, compra de casa própria) está associada a 
um desenvolvimento cognitivo.
Eventos importantes e 
desenvolvimento cognitivo
– A variedade de experiências pode permitir uma 
nova visão da vida, mais complexa e menos 
rígida.
– Permite identificar padrões e escolhas pessoais.
Eventos importantes e 
desenvolvimento cognitivo
– Ex: o nascimento de um filho pode trazer novo 
entendimento do relacionamento com os pais e 
família, sobre o lugar no mundo e o seu papel 
enquanto parte da espécie humana.
Eventos importantes e 
desenvolvimento cognitivo
– Ex: a morte de alguém próximo pode levar a 
reavaliar prioridades e a forma como se encara a 
vida.
Relacionamentos
– A procura de intimidade e a criação de relações 
são das principais preocupações dos jovens 
adultos.
– Nas sociedades ocidentais, as relações íntimas 
são um fator preponderante para a felicidade e 
bem-estar individual.
– Qual a idade “certa” para uma relação de longo 
prazo?
Relacionamentos
– Relógio Social
– Temporalidade psicológica, determinada 
culturalmente, que cria uma ideia de que 
atingimos ou não as maiores marcas da vida em 
tempo adequado, por comparação aos nossos 
pares.
Relacionamentos
– O relógio social reflete as expetativas da sociedade.
– Até cerca de metade do séc. XX os relógios sociais dos 
adultos eram, de forma geral, bastante uniformes 
(intragénero).
– Atualmente existe maior heterogeneidade, devido a 
mudanças sociais e culturais.
Relacionamentos
– As mulheres podem decidir focar-se mais na carreira ou na 
vida familiar.
– Independente da escolha, uma atitude de compromisso 
com a escolha parece trazer maior confiança, 
independência e satisfação com a vida.
Relacionamentos
O que os meus amigos 
pensam que eu faço
O que o meu marido 
pensa que eu faço
O que a sociedade 
pensa que eu faço
O que os meus filhos 
pensam que eu faço
O que eu penso
que faço O que realmente faço
Relacionamentos
– Ao período entre o final da adolescência e o início dos 30, 
Erik Erikson atribuiu a crise intimidade/isolamento, tendo 
como foco o desenvolvimento de relações próximas e 
íntimas com os outros.
Intimidade/isolamento
Intimidade:
– Altruísmo, conseguir sacrificar algumas necessidades 
individuais pelas necessidades do outro.
– Sexualidade, prazer conjunto e gratificante para si e para o 
parceiro.
– Devoção, esforço para fusão da sua identidade com a do 
parceiro.
Intimidade/isolamento
– Se na fase anterior não se desenvolveu uma identidade 
suficientemente forte, podemos nesta fase ter receio de 
nos relacionarmos com os outros, e de no sentirmos sós e 
isolados.
– Sucesso na resolução desta crise propicia a formação de 
relações íntimas a nível físico, intelectual e emocional.
Intimidade/isolamento
– A teoria de Erikson tem sido criticada por se centrar no 
“ideal” de pares heterossexuais com desejo de ter filhos, e 
de não permitir variações étnicas.
Tarefas desenvolvimentais da idade adulta
Adultos (20-40) Adultos (40-60) Adultos (60+)
Separação psicológica dos pais Lidar com alterações corporais, doenças e 
imagem corporal
Manter saúde física
Responsabilização pelo seu corpo Ajuste a mudanças na sexualidade Adaptação a enfermidades ou incapacidades
Consciência de história pessoal e de limitações 
temporais
Aceitar a passagem do tempo Usar tempo de forma gratificante
Sexualidade integrada Ajustamento à idade Adaptar a perda de parceiro e amigos
Capacidade de intimidade Suportar doença e morte de pais e 
contemporâneos
Permanecer orientado para o presente e futuro
Decisão quanto a filhos Lidar com a realidade da morte Formar novos laços emocionais
Ter e relacionar-se com crianças Redefinir relação com parceiro Inversão de papéis (filhos e netos cuidadores)
Relações adultas com pais Aprofundar relações com filhos crescidos e netos Procurar e manter contatos sociais
Adquirir capacidade de marketing Manter amizades longas e criar novas Cuidar de necessidades e expressão sexual
Escolher carreira Consolidar identidade profissional Manter uso do tempo gratificante (trabalho e 
lazer)
Usar dinheiro para desenvolvimento Transmitir valores e skills aos mais novos Alocar recursos financeiros para si e outros
Assumir papel social Alocar recursos financeiros de forma eficaz Integrar reforma em novo estilo de vida
Adaptar valores éticos e espirituais Aceitar responsabilidade social
Aceitar mudança social
Relacionamentos
– A nossa necessidade de pertença impele-nos para a criação 
e manutenção de amizades.
– As amizades constituem a maioria das nossas relações, e a 
sua manutenção é parte importante da vida adulta.
Relacionamentos
– Amigos?
– Proximidade – acessibilidade, permite contato frequente.
– Companhia, aprovação social, ajuda
– Semelhança – em atitudes e valores
– Qualidades pessoais
– Lealdade, carinho, afeto, mantém confidência
– Apoiantes, francos, bom sentido de humor
Oh, l’Amour…
Progressão geralmente conhecida:
– Interação cada vez mais frequente e por mais tempo; em diferentes locais;
– Aumenta procura de companhia do outro;
– Abertura ao outro, partilha de informação íntima, intimidade física;
– Partilha de sentimentos positivos e negativos; elogios e crítica;
– Concordância dos objetivos da relação;
– Reações semelhantes;
– Relacionar bem-estar como o sucesso da relação (única, insubstituível e 
preciosa);
– Auto-definição e comportamentos como “casal”, e não como indivíduos. 
Oh, l’Amour…
Teoria do Estímulo-Valor-Papel:
1ª fase – estímulo:
– Superficialidade, baseado na aparência física (1º encontro);
2ª fase – valores:
– Aumento de semelhança devalores e crenças (2º a 7º encontro);
3ª fase – papéis:
– Definição dos papéis de cada um na relação (namorado-namorada, 
marido e mulher)
Universalidade do progresso?
–Oh, l’Amour…
– Amar não é 
“gostar” em 
grandes 
quantidades… 
existe uma 
diferença 
qualitativa…
AMOR
Excitação 
física 
intensa
Interesse 
global no 
outro
Fantasias 
recorrentes 
sobre o 
outro
Alterações 
rápidas de 
emoção
Oh, l’Amour…
– Amar não é “gostar” 
em grandes 
quantidades… existe 
uma diferença 
qualitativa…
AMOR
Proximidade
PaixãoExclusividade
Oh, l’Amour…
– As características desejadas/ procuradas no 
parceiro não são universais (nem a necessidade 
de amor romântico)...
– Nalguns países (Paquistão, Índia, etc) é aceitável 
casar sem amar o esposo.
CARACTERÍSTICAS DESEJADAS NO 
PARCEIRO 
(NÚMERO INDICA ORDEM DE PREFERÊNCIA)
China África do Sul (Zulu) EUA
Característica Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
Atração mútua-amor 4 8 10 5 1 1
Estabilidade emocional-
maturidade
5 1 1 2 2 2
De confiança 6 7 3 1 3 3
Simpático 13 16 4 3 4 4
Educação e inteligência 8 4 6 6 5 5
Boa saúde 1 3 5 4 6 9
CARACTERÍSTICAS DESEJADAS NO 
PARCEIRO 
(NÚMERO INDICA ORDEM DE PREFERÊNCIA)
China África do Sul (Zulu) EUA
Característica Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
Sociável 12 9 11 8 8 8
Desejar lar e filhos 2 2 9 9 9 7
Refinamento 7 10 7 10 10 12
Ambição 10 5 8 7 11 6
Beleza 11 15 14 16 7 13
Educação semelhante 15 12 12 12 12 10
CARACTERÍSTICAS DESEJADAS NO 
PARCEIRO 
(NÚMERO INDICA ORDEM DE PREFERÊNCIA)
China África do Sul (Zulu) EUA
Característica Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
Boas perspetivas financeiras 16 14 18 13 16 11
Cozinhar e limpar bem 9 11 12 15 13 16
Bom status social 14 13 17 14 14 14
Religião semelhante 18 18 16 11 15 15
Castidade 3 6 13 18 17 18
Política semelhante 17 17 15 17 18 17
Como escolhemos os 
parceiros?
– Por um processo de filtragem do mais geral para 
o específico (Janda & Klenke-Hamel, 1980)
Parceiros potenciais
Parceiros potenciais fisicamente próximos
Parceiros potenciais fisicamente próximos com semelhanças e 
complementaridades
Parceiros potenciais fisicamente próximos com semelhanças e 
complementaridades e atração mútua
Parceiros potenciais fisicamente próximos com semelhanças e 
complementaridades, atração mútua e compatíveis
Homogamia
Como escolhemos os 
parceiros?
Homogamia 
– Tendência para casar com alguém que é 
semelhante em termos de idade, etnia, 
educação, religião, e outras características 
demográficas
Como escolhemos os 
parceiros?
Gradiente do casamento
– Tendência para os homens casarem com mulheres 
ligeiramente mais novas, mais pequenas e de menor 
status; e para as mulheres casarem com homens 
ligeiramente mais velhos, maiores e de maior status.
– Limita as possibilidades às mulheres à medida que 
envelhecem, enquanto que aumenta a dos homens;
– Limita muito as possibilidades de homens de baixo 
status e mulheres de status alto.
Estilos de Vinculação e 
Relações Românticas
Vinculação
– Laço emocional positivo que se desenvolve entre 
uma criança e um indivíduo em particular.
1. Estilo Seguro: relação saudáveis, positivas e de 
confiança com o cuidador;
2. Estilo Evitante: evitam interação, indiferentes;
3. Estilo Ambivalente: demonstram grande 
perturbação quando separados, mas parecem 
zangados no retorno;
Estilos de Vinculação e 
Relações Românticas
– Parece existir uma continuidade do estilo de 
vinculação em criança, pela idade adulta, e que 
afeta a natureza das relações românticas.
– O estilo de vinculação reflete-se na natureza do 
cuidado que os adultos prestam aos seus 
companheiros quando estes necessitam de 
assistência.
Estilos de Vinculação e 
Relações Românticas
– Adultos que desenvolveram uma vinculação 
segura tendem a fornecer cuidado mais sensível
e apoiante, demonstrando capacidade de 
resposta às necessidades psicológicas dos seus 
companheiros.
– Adultos com estilo ansioso tendem a fornecer 
cuidado compulsivo e intrusivo (e menos útil).
Com que frase se identifica?
1. É fácil relacionar-me de forma próxima com os 
outros e sinto-me confortável depender deles e 
que dependam de mim. Não me costumo 
preocupar em ser abandonado ou em alguém 
ficar demasiado próximo.
Com que frase se identifica?
2. Fico um pouco desconfortável com a 
proximidade dos outros. Acho difícil confiar 
neles completamente e depender deles. Fico 
nervoso quando alguém se aproxima 
demasiado, e geralmente os meus parceiros 
querem que eu seja mais íntimo do que me é 
confortável.
Com que frase se identifica?
3. Acho que os outros ficam relutantes em se 
aproximarem tanto como eu gostaria. 
Preocupo-me frequentemente sobre se o meu 
parceiro realmente me ama ou se quer ficar 
comigo. Desejo uma fusão completa com o 
outro, e por vezes este desejo afugenta os 
outros.
Com que frase se identifica?
– A primeira frase descreve uma vinculação segura. 
Estes adultos entram facilmente num 
relacionamento e sentem-se felizes e confiantes 
sobre o sucesso futuro da sua relação.
– Mais de metade dos adultos possui este estilo de 
vinculação.
Com que frase se identifica?
– A segunda frase descreve uma vinculação 
evitante. Estes adultos investem menos na 
relação, apresentam taxas de separação maiores 
e sentem-se frequentemente sozinhos.
– Cerca de um quarto dos adultos possui este estilo 
de vinculação.
Com que frase se identifica?
– A terceira frase descreve uma vinculação 
ambivalente. Estes adultos investem demais na 
relação, apresentam separação repetidas com o 
mesmo parceiro e baixa auto-estima.
– Cerca de 20% dos adultos possui este estilo de 
vinculação.
Estilos de Vinculação e 
Relações Românticas
– Os estudos efetuados com indivíduos 
homossexuais mostram que as relações são 
semelhantes às heterossexuais quanto às 
características que consideram descrever uma 
relação de sucesso:
– maior apreciação do parceiro e do casal, menos 
conflito, mais sentimentos positivos face ao 
parceiro.
Casar ou não casar, é a 
questão
– O número de indivíduos que decide não casar, 
apesar de ter uma relação estável, tem vindo a 
aumentar.
– O número de divórcios tem aumentado (opção 
pela carreira u estabilidade financeira), bem 
como o de casamentos mais “tardios”.
– A coabitação com outros, sem implicar 
relacionamentos íntimos tem também 
aumentado.
Casar. E agora?
Características dos casamentos de sucesso:
– mostra visível de afeto;
– rara comunicação negativa;
– auto-perceção de pertença a um casal 
interdependente;
– homogamia social;
– semelhança em atividades de lazer e em 
preferências de papel.
Casar. E agora?
– A maior parte dos divórcios ocorre durante os 
primeiros 10 anos de casamento – os primeiros 
anos de casamento são importantes.
Casar. E agora?
A maior parte dos novos casais experimentam um 
grau de conflito significativo:
– A visão idealizada do outro dá lugar a uma visão 
realista, nascida da convivência diária e da 
“descoberta” das falhas do outro.
Casar. E agora?
Fontes de conflito:
– Dificuldade na transição para adultos autónomos;
– dificuldade em desenvolver uma identidade 
separada do cônjuge;
– dificuldade em gerir o tempo dedicado ao 
cônjuge, amigos e família.
Casar. E agora?
– Para a maior parte dos casais, o início do 
casamento é das alturas mais satisfatórias, e 
representa uma extensão do período de namoro;
– É importante negociar mudanças e aprender mais 
sobre o outro.
Filhos ou sem filhos, é a 
questão.
– A decisão de ter filhos é das mais importantes 
que o casal tem de tomar.
– As razões mais citadas para decidir ter filhos são 
do foro psicológico: o prazer de ver os filhos 
crescer, testemunhar os seus sucessos, ter um 
laço forte com eles;
– Algumas razões são egoístas: ter ajuda na velhice, 
manter o negócio da família, ter companhia.
Filhos ousem filhos, é a 
questão.
– Nem todas as gravidezes são planeadas e 
desejadas: estas ocorrem mais frequentemente 
nos grupos socialmente mais vulneráveis – casais 
mais jovens, pobres e com menos escolaridade.
– Estes números têm em geral decrescido nas 
sociedades ocidentais, onde o tamanho da 
família (e número de filhos) tem diminuído 
(devido à maior utilização de contracetivos e de 
participação das mulheres no mundo laboral).
Filhos ou sem filhos, é a 
questão.
Inquérito à Fecundidade (2013)
Filhos ou sem filhos, é a 
questão.
Inquérito à Fecundidade (2013)
Filhos ou sem filhos, é a 
questão.
Observações:
– “é observável pelo progressivo afastamento entre 
o número médio de filhos desejados e o número 
médio de filhos esperados, em linha com o 
aumento da idade.”
– “São os homens de naturalidade estrangeira 
aqueles que desejam ter um número médio de 
filhos mais elevado.”
Filhos ou sem filhos, é a 
questão.
Observações:
– “As pessoas que vivem com companheiro/a 
(numa relação conjugal não formal) são aquelas 
que esperam vir a ter e desejam mais filhos.”
– “Número médio de filhos desejados é mais 
elevado para as mulheres e homens mais 
qualificados.”
Ficar sozinho.
– A opção de viver sozinho é cada vez mais comum.
Famílias nos Censos (2011)
Filhos ou sem filhos, é a 
questão.
Observações:
– “entre as mulheres que vivem sozinhas predominam situações 
de viuvez (52,6%), os homens em mono-residência são, em 
maior proporção, solteiros (46,2%).
– A diferença registada a este respeito indicia que a residência 
unipessoal para as mulheres ocorre sobretudo numa fase mais 
tardia dos seus percursos de vida, enquanto culminar de um 
trajeto de conjugalidade, ao passo que para os homens pode 
decorrer mais frequentemente de escolhas pessoais de estilo 
de vida ou de opções profissionais.”
Famílias nos Censos (2011), p.132-133
Filhos ou sem filhos, é a 
questão.
Observações:
– “cerca de 5% das pessoas sós são casadas. (…) ilustra 
formas alternativas de viver a conjugalidade e a 
família. São os designados casais LAT (living apart
together), que não se encontram em situação de co-
residência (Duncan e Phillips 2010; Levin 2004; Levin e 
Tros 1999), (…) também por fatores de ordem 
profissional e de mobilidade geográfica.”
Famílias nos Censos (2011), p.133
Filhos ou sem filhos, é a 
questão.
A chegada de um filho altera a dinâmica familiar, de 
formas positivas e negativas;
– Cresce a fadiga e as exigências físicas e 
psicológicas;
– Existem novos papéis a desempenha (“mãe” e 
“pai”), além do de “cônjuge”;
– Existem mais responsabilidades financeiras, mais 
tarefas domésticas
Filhos ou sem filhos, é a 
questão.
Nas sociedades ocidentais, criar um filho é uma 
tarefa individual, e não da comunidade:
– Existe menor suporte social;
– Aumenta o stress e diminui a satisfação conjugal
– O contrário pode acontecer, se a satisfação com o 
casamento existir previamente ao nascimento, e 
se existirem expetativas realistas.
Ficar sozinho.
Famílias nos Censos (2011)
Ficar sozinho.
Famílias nos Censos (2011)
Ficar sozinho.
Observações:
– “Na realidade, viver só tem significados sociais 
distintos, dependendo da sua localização no 
curso de vida de uma pessoa (Chandler et al. 
2004).”
Famílias nos Censos (2011), p.134
Famílias monoparentais
Observações:
– “uma mãe ou um pai só (porque não vive em 
casal) que reside com um ou vários filhos 
dependentes (crianças ou jovens adultos 
solteiros).”
Famílias nos Censos (2011), p.177
Famílias monoparentais
Famílias nos Censos (2011), p.177
Trabalho e Carreira
– A escolha de um trabalho ou carreira é uma 
decisão com implicações a longo prazo:
– No estilo de vida;
– No status;
– No estado financeiro;
– Na auto-estima e contribuição social.
Trabalho e Carreira
– A decisão de trabalho deve-se a fatores
motivacionais extrínsecos (dinheiro, prestígio) 
mas também a fatores intrínsecos (tem 
significado e traz bem-estar e satisfação).
– Através do trabalho adquirimos também um 
sentido de identidade pessoal.
– Fornece oportunidades de interação social.
Trabalho e Carreira
– A satisfação no trabalho depende do status que 
lhe é atribuído, da natureza do trabalho 
(variedade é desejável), grau e número de 
stressores no trabalho (supervisores, autonomia, 
condições físicas), oportunidade de participação
nas decisões e de influência.