Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 ROTEIRO DE NEUROANATOMIA VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo muito intenso. Quedas na concentração de glicose e oxigênio no sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo sanguíneo ao encéfalo não é tolerada por um período muito curto. A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda da consciência. Após cerca de cinco minutos começam a aparecer lesões que são irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas não se regeneram. O fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração. Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue aproximadamente igual ao seu próprio peso. Vascularização Arterial do Encéfalo Polígono de Willis: O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: Vértebro-basilar (artérias vertebrais) e Carotídeo (artérias carótidas internas). Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo. Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral. As artérias vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar. Ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais. As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior. As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior. As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 Polígono de Willis - Esquema NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA (SISTEMA CAROTÍDEO) Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais ou menos longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal. A seguir, perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, divide-se em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior. A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral irreversível. Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e, infelizmente, comum. Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são frequentemente referidos como a circulação anterior do encéfalo. ARTÉRIA VERTEBRAL E BASILAR (SISTEMA VÉRTEBRO-BASILAR) As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço. Passam através dos forames transversos das primeiras seis vértebras cervicais, perfuram a membrana atlanto-occipital, a duramáter e a aracnoide, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar. As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais e cerebelares inferiores posteriores. A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto, suprindo assim áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo. O sistema vértebro-basilar e seus ramos são freqüentemente referidos clinicamente como a circulação posterior do encéfalo. Esquema das Artérias Cerebrais NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 Abaixo, temos um resumo esquematizado da vascularização encefálica: VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO As veias do encéfalo, de um modo geral, não acompanham as artérias, sendo maiores e mais calibrosas do que elas. Drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico. As veias jugulares externa e interna são as duas principais veias que drenam o sangue da cabeça e do pescoço. As veias jugulares externas são mais superficiais e drenam, para as veias subclávias, o sangue da região posterior do pescoço e da cabeça. As veias jugulares internas profundas drenam a porção anterior da cabeça, face e pescoço. Elas são responsáveis pela drenagem de maior parte do sangue dos vários seios venosos do crânio. As veias jugulares internas de cada lado do pescoço juntam-se com as veias subclávias para formar as veias braquiocefálicas, que transportam o sangue para a veia cava superior. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 As veias do cérebro dispõem-se em dois sistemas: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo. Embora anatomicamente distintos, os dois sistemas são unidos por numerosas anastomoses. Sistema Venoso Superficial – Drenam o córtex e a substância branca subjacente. Formado por veias cerebrais superficiais (superiores e inferiores) que desembocam nos seios da dura-máter. Sistema Venoso Profundo – Drenam o sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro, tais como: corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular do cérebro. A veia mais importante deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual converge todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro. Vascularização Venosa do Encéfalo NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL A medula espinal é vascularizada por ramos das artérias vertebrais e segmentares. A artéria vertebral dá origem às artérias espinhais anterior e posterior. Artérias segmentares, tais como as artérias cervical profunda, cervical ascendente e intercostal posterior, dão origem a 31 pares de ramos arteriais radiculares que suprem as raízes dos nervos espinhais. Veias com nomes semelhantes acompanham as artérias. As veias espinhais anterior e posterior drenam para as veias radiculares, que então desembocam na rede venosa epidural. Esta rede acaba drenando para os seios venosos durais. O suprimento de sangue é sempre uma parte inevitável de qualquer unidade de estudo de anatomia. Aqui você pode descobrir tudo sobre a irrigação sanguínea da medula espinal. E depois de estudar tudo você pode se desafiar no teste a seguir. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 Identifique as artérias e veias abaixo: Polígono de Willis - Artéria Vertebral - Artéria Cerebelar Inferior Posterior - Artéria Cerebelar Inferior Anterior - Artéria Cerebelar Superior - Artéria Basilar - Artéria Cerebral Posterior - Artéria Comunicante Posterior - Artéria Carótida Interna - Artéria Cerebral Média - Artéria Cerebral Anterior - Artéria Comunicante Anterior Vascularização da Medula Espinhal Região Anterior: - Artéria Espinhal Anterior - Artéria Medular Segmentar - Artéria Sucal - Artéria Radicular Anterior - Veia Espinhal Anterior - Veia Medular Segmentar - Veia Radicular Anterior Região Posterior: - Artéria Espinhal Posterior Direita - Artéria Espinhal Posterior Esquerda - Artéria Radicular Posterior - Veia Espinhal PosteriorMediana - Veia Espinhal Posterior Direita - Veia Espinhal Posterior Esquerda - Veia Radicular Posterior NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 1. QUAL A IMPORTÂNCIA DA VASCULARIZAÇÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL? - O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas que exigem, para seu metabolismo, um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigénio - A atividade funcional do encéfalo depende de um processo de oxidação de carboidratos e não pode, mesmo temporariamente, ser sustentada por metabolismo anaeróbico. Assim, o consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo contínuo e intenso - Quedas na concentração de glicose e oxigénio no sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do afluxo sanguíneo ao encéfalo, não são toleradas além de um período muito curto - A parada da circulação cerebral por mais de dez segundos leva o indivíduo à perda da consciência. Após cerca de cinco minutos, começam a aparecer lesões irreversíveis pois, como se sabe, a maioria das células nervosas não se regeneram. Isso acontece, por exemplo, como consequência de paradas cardíacas - Áreas diferentes do sistema nervoso central são lesadas em tempos diferentes, tendo em vista que as áreas filogeneticamente mais recentes, como o neocórtex cerebral, são as que primeiro se alteram. A área lesada em último lugar é o centro respiratório situado no bulbo - Os processos patológicos que acometem os vasos cerebrais ocorrem com frequência cada vez maior com o aumento da vida média do homem moderno. São os acidentes vasculares cerebrais (AVC) hemorrágicos ou oclusivos, também denominados isquêmicos (tromboses e embolias). Eles interrompem a circulação de determinadas áreas encefálicas, causando necrose do tecido nervoso, e são acompanhados de alterações motoras, sensoriais ou psíquicas, que podem ser características para a área e a artéria lesada - Há poucas anastomoses entre artérias e arteríolas, o que torma cada região bastante dependente da circulação de determinada artéria - A prevenção, o diagnóstico e o tratamento de todos esses processos exigem um estudo da vascularização do sistema nervoso central 2. QUAIS SÃO OS DOIS SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO ENCEFÁLICA? SISTEMA CAROTÍDEO (ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA): - Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais ou menos longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal. A seguir, perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, divide-se em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior - A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral irreversível - Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e, infelizmente, comum - Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são frequentemente referidos como a circulação anterior do encéfalo NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 SISTEMA VÉRTEBRO-BASILAR (ARTÉRIA VERTEBRAL E BASILAR): - As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço. Passam através dos forames transversos das primeiras 6 vértebras cervicais, perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura-máter e a aracnoide, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar - As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais e cerebelares inferiores posteriores - A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda - A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto, suprindo assim áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo - O sistema vértebro-basilar e seus ramos são frequentemente referidos clinicamente como a circulação posterior do encéfalo 3. COMO SE DISTRIBUI A ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR E O QUE CAUSARIA A SUA OBSTRUÇÃO? - Um dos ramos de bifurcação da carótida interna, a artéria cerebral anterior dirige-se para diante e para cima, curva-se em torno do joelho do corpo caloso e ramifica-se na face medial de cada hemisfério, desde o lobo frontal até o sulco parietoccipital - Distribui-se também à parte mais alta da face dorsolateral de cada hemisfério, onde se limita com o território da artéria cerebral média - A obstrução de uma das artérias cerebrais anteriores causa, entre outros sintomas, paralisia e diminuição da sensibilidade no MMII do lado oposto, decorrente da lesão de partes das áreas corticais motora e sensitiva, que correspondem à perna e se localizam na porção alta dos giros pré e pós-central (lóbulo paracentral) 4. COMO SE DISTRIBUI A ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA E O QUE CAUSARIA A SUA OBSTRUÇÃO? - Ramo principal da carótida interna, a artéria cerebral média percorre o sulco lateral em toda a sua extensão, distribuindo ramos que vascularizam a maior parte da face dorsolateral de cada hemisfério. Este território compreende áreas corticais importantes, como a área motora, a área somestésica, o centro da palavra falada e outras - Obstruções da artéria cerebral média, quando não são fatais, determinam sintomatologia muito rica, com paralisia e diminuição da sensibilidade do lado oposto do corpo (exceto no MMII), podendo haver ainda graves distúrbios da linguagem. O quadro é especialmente grave se a obstrução atingir também ramos profundos da artéria cerebral média (artérias estriadas) que, como já foi exposto, vascularizam os núcleos da base e a cápsula interna. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 5. COMO SE DISTRIBUI A ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR E O QUE CAUSARIA A SUA OBSTRUÇÃO? - Ramos de bifurcação da artéria basilar, as artérias cerebrais posteriores dirigem-se para trás, contornam o pedúnculo cerebral e, percorrendo a face inferior do lobo temporal, ganham o lobo occipital - A artéria cerebral posterior irriga, pois, a área visual situada nos lábios do sulco calcarino e sua obstrução causa cegueira em uma parte do campo visual 6. FAÇA UM ORGANOGRAMA DA VASCULARIZAÇÃO CEREBRAL.
Compartilhar