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7 SISTEMA REPRODUTIVO FEMININO ZOO306

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Anatomia Animal - ZOO306
SISTEMA REPRODUTIVO FEMININO DAS MAMÍFERAS
1. INTRODUÇÃO
O trato reprodutivo (sistema genital) da fêmea produz o gameta feminino (óvulo), libera-o num local onde possa ser fertilizado pelo gameta masculino (espermatozóide), fornece um ambiente para o desenvolvimento e crescimento do embrião e expele o feto quando ele for capaz de sobreviver fora do corpo da mãe.
Os órgãos femininos da reprodução incluem dois ovários, duas tubas uterinas (ovidutos), o útero, a vagina e a vulva. O óvulo é liberado do ovário e entra na tuba uterina. A fertilização normalmente acontece dentro da tuba uterina durante a passagem do óvulo do ovário para o útero. Dentro do útero, o óvulo fertilizado, agora um zigoto, desenvolve-se em um embrião e então em um feto e finalmente sai do útero pela vagina e pela vulva como um recém-nascido (neonato).
Nos fetos femininos, o ovário desenvolve-se do córtex das glândulas germinativas, dentro do ovário encontram-se grande número de folículos primários terminal próximo ao final do segundo terço do desenvolvimento fetal. Então as células ovulares entram na primeira fase da divisão de maturação – estágio leptotênico.
A diferenciação dos órgãos reprodutores femininos se processa sem qualquer estímulo hormonal especial. Da porção anterior dos ductos de Muller formam-se as trompas. As porções média e anterior dos ductos de Muller fundem-se e formam o útero e a porção posterior da vagina. 
Os órgãos femininos internos (ovários, tubas uterinas (ovidutos) e útero) são sustentados pelo ligamento largo. Este consiste do mesovário, que suporta o ovário; do mesossalpinge, que suporta os ovidutos e do mesométrio, que suporta o útero. Em bovinos e ovinos, a união do ligamento largo é dorsolateral na região do ílio, local onde o útero dispõe-se apresentando convexidade dorsal e os ovários localizados próximos à pelve.
2. ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTIVO FEMININO
2. 1 Ovários 
Os ovários são os órgãos primários de reprodução na fêmea. Os ovários possuem função citogênica (que produzem células – óvulos que são liberados da superfície do ovário na ovulação) e endócrina isto é, produzem hormônios, que são liberados diretamente na corrente sanguínea.
Os ovários são pares de glândulas normalmente encontradas na região lombar da cavidade abdominal, a uma curta distância caudal aos rins. Como todos os órgãos abdominais, são revestidos com peritônio. Eles estão suspensos da parede do corpo por uma reflexão dessa membrana serosa, o mesovário, a parte mais cranial dos revestimentos peritoniais do trato genital feminino.
Na maioria das espécies, os ovários são um pouco ovóides. Na égua, porém, os ovários têm forma de feijão por causa de uma fossa de ovulação delimitada, uma reentrância fixa na margem do ovário. Os ovários da porca normalmente parecem lobulados por causa dos numerosos óvulos em desenvolvimento; a porca produz uma ninhada (leitegada) em lugar de um ou dois descendentes por gestação.
Quando palpado pela parede do reto, um ovário parece sólido em razão da grande quantidade de tecido conjuntivo que compõem o estroma da glândula. O tamanho normal do ovário varia consideravelmente de uma espécie para outra, e até mesmo dentro da mesma espécie há alguma variação. Por exemplo, o ovário da égua pode ter diâmetro menor que 2,5 cm quando nenhum óvulo em desenvolvimento está presente ou até 10 cm no caso de muitos óvulos em desenvolvimento.
O ovário é revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea. A medula, ou parte central, do ovário é a porção mais vascular, enquanto o córtex, ou parte externa, consiste na sua maioria em tecido conjuntivo irregular denso entremeado com folículos (óvulos em desenvolvimento) e células intersticiais, que têm função endócrina.
A porção livre do ovário, que não se encontra presa ao mesovário, fica exposta e saliente na cavidade abdominal. O ovário, composto de medula e córtex, é envolto por epitélio superficial, conhecido comumente como epitélio germinativo. A medula ovariana é constituída por tecido conjuntivo fibroelástico irregularmente distribuído, por nervos extensos e sistemas vasculares, que atingem o ovário mediante seu hilo. As artérias são distribuídas de forma espiraladas. O córtex ovariano contém folículos ovarianos e/ou corpos lúteos em vários estágios de desenvolvimento e regressão.
2.3 Tubas Uterinas ou Ovidutos
Há uma íntima relação anatômica entre o ovário e o oviduto. Em mamíferos domésticos, o ovário situa-se em uma bolsa ovárica aberta, ao contrário de algumas espécies (rata e camundongo), em que ele se instala em uma bolsa ovárica fechada. Nos animais domésticos, essa bolsa é uma invaginação, que consiste de uma fina prega peritoneal do messalpinge, ligada a uma alça suspensa na porção superior do oviduto. Na vaca e na ovelha, a bolsa ovárica é larga e aberta. Na porca, ela é bem desenvolvida e aberta, porém envolve o ovário em sua grande parte. Nas fêmeas equinas ela é estreita, semelhante a uma fenda e envolve somente a fossa de ovulação. 
As tubas uterinas são tubos pares convolutos que conduzem os óvulos de cada ovário para o respectivo corno do útero e são o local comum de fertilização dos óvulos pelos espermatozóides. O comprimento e o grau de circunvoluções do oviduto variam nos mamíferos domésticos. O oviduto pode ser dividido em quatro segmentos funcionais: as fímbrias, com formato de franjas; a abertura abdominal próxima ao ovário, com formato de funil, o infundíbulo; a ampola dilatada mais distalmente, e uma estreita porção proximal ao oviduto, ligando-se ao lúmen uterino, o istmo. As fímbrias são livres, exceto num ponto no pólo superior do ovário que assegura sua aproximação da superfície ovariana. O infundíbulo parece exercer papel ativo na ovulação, pelos menos o de envolver parcial ou completamente o ovário e dirigir o óvulo para a tuba uterina.
A ampola, que corresponde à cerca da metade do comprimento do oviduto, funde-se com a porção constrita (istmo). O istmo está conectado diretamente ao útero, penetrando no corno uterino da égua na forma de uma pequena papila. Na porca essa junção é guarnecida por longas digitações de mucosas. Na vaca e na ovelha existe uma flexura na junção uterotubárica, principalmente durante o cio. O espessamento da musculatura aumenta da extremidade ovariana para a extremidade distal do oviduto.
A mucosa do oviduto é formada por pregas primárias, secundárias e terciárias. A mucosa da ampola possui pregas que se projetam para cima, em direção ao istmo, e para baixo no sentido da junção uterotubárica. A mucosa consiste de uma camada de células epiteliais colunares e o epitélio é constituído de células ciliadas e não ciliadas.
O revestimento da tuba uterina consiste em uma membrana mucosa muito pregueada coberta principalmente por um epitélio colunar (cilíndrico) simples.
Durante o estro (período de receptividade sexual), as células não ciliadas tornam-se ativamente secretoras. O restante da parede da tuba uterina inclui uma submucosa de tecido conjuntivo e uma camada muscular de músculo liso. Tanto cílios quanto músculos agem no movimento dos espermatozóides. A tuba uterina, como todo o trato genital, é revestida externamente por peritônio, que se reflete para fora do órgão como um mesentério de sustentação. A porção que sustenta a tuba uterina é a mesossalpinge.
2.3 Útero
O útero das fêmeas domésticas consiste em um corpo, uma cérvice (colo uterino ou cérvix) e dois cornos. As proporções relativas de cada um variam consideravelmente entre espécies, do mesmo modo que a forma e a disposição dos cornos. Em relação à extensão dos cornos, o corpo do útero é maior na égua, menos extenso no ruminante e pequeno na porca. Externamente, o corpo do útero da vaca parece ser maior do que é porque as partes caudais dos cornos estão unidas pelo ligamento intercornual, que obscurece a natureza individual deles.
A proporção relativa de cada parte, assim como o formato e a disposição dos cornos varia entre as espécies.Na porca, o útero é do tipo bicórneo, os cornos são dobrados ou convolutos e podem atingir de 120 a 150 cm de comprimento. Na vaca, na ovelha e na égua, o útero é bipartido. Esses animais apresentam um septo que separa os dois cornos de um proeminente corpo uterino (maior na égua). Nos ruminantes, o epitélio uterino apresenta diversas carúnculas. Ambas as margens uterinas são unidas à parede pélvica e abdominal pelo ligamento largo.
Como muitos outros órgãos cavitários internos, a parede uterina consiste em um revestimento de membrana mucosa, uma camada intermediária de músculo liso e uma camada externa de peritônio. O útero está bilateralmente suspenso da parede do corpo pelo mesométrio. O mesométrio, o mesossalpinge e o mesovário constituem coletivamente o ligamento largo. 
A mucosa que reveste o útero, o endométrio, é um tecido altamente glandular que varia em espessura e vascularização de acordo com as alterações hormonais do ovário e com a prenhez. O epitélio que reveste a membrana mucosa é do tipo colunar simples na égua, mas é epitélio colunar estratificado na porca e em ruminantes.
As glândulas uterinas são glândulas simples tubulares ramificadas que exibem formato espiralado. Essas glândulas são particularmente ativas nos períodos de estro e prenhez, durante os quais elas produzem um líquido usualmente conhecido como leite uterino. Tais glândulas espalham-se ao longo do endométrio do útero, exceto em ruminantes, nos quais as carúnculas não são glandulares. Carúnculas são projeções semelhantes a cogumelos na superfície interna do útero de ruminantes; elas fornecem um local de fixação para as membranas fetais.
A cérvice (cérvix ou colo) do útero projeta-se caudalmente na vagina. A cérvice é um poderoso esfíncter de músculo liso que está firmemente fechado exceto durante o estro e o parto. Durante o estro, a cérvice relaxa-se ligeiramente, permitindo que os espermatozóides entrem no útero. Em ruminantes e até certo ponto em porcas, a superfície interna da cérvice é organizada em uma série de cristas circulares ou anéis, denominadas algumas vezes pregas anulares. A cérvice da égua é relativamente lisa e projeta-se proeminentemente na vagina, que envolve a cérvice como um fórnice (fórnix) vaginal profundo.
Ela é um órgão fibroso composto predominante por tecido conjuntivo com pequena quantidades de tecido muscular liso, caracterizado por uma espessa parede e por um lúmen constrito. Nos ruminantes a cérvice apresenta formato espiralado e com 4 anéis, na porca os anéis dispõem-se em formato de saca-rolhas, adaptando-se a extremidade torcida em espiral do pênis do macho. Na égua, são características as dobras da mucosa e as alças que se projetam para dentro da vagina.
A túnica muscular é a porção muscular da parede uterina, comumente chamada miométrio. Consiste em uma camada interna circular espessa de músculo liso e uma camada longitudinal externa mais fina também de músculo liso, separada por uma camada vascular. Durante a prenhez, a quantidade de músculo na parede uterina aumenta intensamente, tanto em tamanho das células (hipertrofia) quanto no número de células (hiperplasia).
2.4 Vagina
A vagina é a parte do trato reprodutivo que se encontra dentro da pelve entre o útero cranialmente e a vulva caudalmente. A vagina é o canal de nascimento (canal do parto) para a saída do feto no parto e um envoltório (vagina significa bainha em latim) para o pênis do macho durante a cópula (o ato de procriar, ou serviço, como é chamado comumente em manejo animal).
A parede vaginal consiste de uma superfície epitelial, de uma camada muscular e de uma serosa. A camada muscular da vagina não é bem desenvolvida como as partes externas do útero. Ela consiste de uma espessa camada circular interna e de uma fina camada longitudinal externa; esta última estende-se para dentro do útero. A túnica muscular é suprida por vasos sanguíneos, feixes nervosos, grupos de células nervosas e tecido conjuntivo denso e frouxo.
A membrana mucosa da vagina é menos glandular com epitélio escamoso (pavimentoso) estratificado exceto na vaca, na qual há algumas células mucosas na parte cranial adjacente à cérvice. A submucosa é livre, e as camadas musculares consistem em uma camada circular interna e uma camada externa de músculo liso. Uma serosa (o peritônio) reveste apenas a parte caudal da vagina, onde fica a cavidade pélvica. A parte caudal da vagina, que passa pela pelve, está revestida pela fáscia pélvica (tecido conjuntivo).
2.5 Vestíbulo e Vulva
O vestíbulo é a parte do trato reprodutivo entre a vagina e a genitália externa. A transição entre a vagina e o vestíbulo é demarcado pelo óstio externo da uretra, sendo o vestíbulo funcionalmente comum aos tratos urinário e reprodutivo. A vulva da porca e bovina caracteriza-se por um divertículo suburetral, um saco cego curto ventral à abertura da uretra. A membrana mucosa do vestíbulo é caracterizada por glândulas mucosas abundantes.
A vulva é a genitália externa da fêmea. Inclui lábios direito e esquerdo, que se encontram na linha média dorsalmente e, na porção ventral, nas comissuras dorsal e ventral, respectivamente. A comissura ventral é quase sempre um pouco pendulosa e esconde o clitóris, uma estrutura de tecido erétil com a mesma origem embrionária do pênis no macho. O clitóris consiste em dois ramos, ou raízes, um corpo e uma glande; somente a glande é externamente visível. O clitóris está coberto por epitélio escamoso estratificado e é bem suprido com terminações nervosas sensitivas.
Na tabela 1 observa-se informações e medições do trato reprodutivo das fêmeas domésticas. 
2.6 Suprimento Sanguíneo do Trato Reprodutivo da Fêmea
O suprimento de sangue para o trato reprodutivo feminino é altamente anastomótico. Cranialmente, a artéria ovárica proveniente da artéria aorta supre o ovário e emite um ramo uterino que supre a tuba uterina ipsolateral e a parte cranial do corno uterino. O suprimento sanguíneo principal do corpo dos cornos do útero é fornecido pela artéria uterina, que deriva da artéria umbilical e que em todas as espécies excluindo o eqüino é um ramo da artéria ilíaca interna. 
A parte caudal do útero, sua cérvice e partes adjacentes da vagina 
recebem sangue de ramos da artéria vaginal, um ramo da artéria pudenda interna. Os ramos mais distais da artéria pudenda interna também suprem a parte mais caudal da vagina, a vulva e o ânus. Todos estes vasos são bilaterais.
A artéria uterina média é o principal suprimento de sangue do útero na região do feto em desenvolvimento; por conseguinte, ela aumenta muito à medida que a prenhez progride. Um dos sinais de gravidez é a vibração palpável desta artéria, que pode ser detectada por exame retal. 
A drenagem venosa (por meio das veias) do trato reprodutivo feminino é realizada por veias satélites das artérias e que por fim drenam na veia cava caudal. Em ruminantes a artéria ovárica e a veia uterina cursam juntas, fornecendo uma via venoarterial para que mensageiros químicos do útero alcancem o ovário no mesmo lado.
Tabela 1 – Anatomia Comparada do Trato Reprodutivo da Fêmea Adulta Não-prenhe
	 Animal
 ________________________________________________________
	Órgão Vaca Ovelha Porca Égua
__________________________________________________________________ 
	Tuba uterina a
	25
	15 - 19
	15 - 30
	20 - 30
	Útero
	
	
	
	
	Tipo
	bipartido b
	bipartido
	bicornuado
	bipartido
	Corno a
	35 - 40
	10 - 12
	40 - 65
	15 - 25
	Corpo a
	2 - 4
	1 - 2
	5
	15 - 20
	Endométrio
	70 - 120 carúnculas
	88 - 96 carúnculas
	pregas longitudinais escassas
	pregas longitudinais proeminentes
	
	
	
	
	
	Cérvice
	
	
	
	
	Lume
	2-5 anéis anulares
	anéis anulares
	espiralado
	pregas proeminentes
	Óstio do útero
	pequeno e protraído
	pequeno e protraído
	Indefinido
	claramente definido
	Vagina a
	25 - 30
	10 - 14
	10 -15
	20 - 35
	Vestíbulo a
	10 - 12
	2,5 - 3
	6 - 8
	10 - 12
Fonte: Frandson; Wilke; Fails, 2005.
a = comprimento em centímetros
b = corpo dividido em duas partes; c = útero por dois cornos
SISTEMA REPRODUTIVO FEMININO DAS AVES
1. INTRODUÇÃO
Os órgãos reprodutores da fêmea são o ovário e o oviduto. O ovário produz o ovo, a gema sendo fabricada no interior do oócito a partir de matérias primas sintetizadas pelo fígado. O oviduto conduz o ovo até a cloaca e adiciona sucessivamente o albume, as duas membranas da casca e a casca. Duas gônadas bilateralmente simétricas e os ovidutos são formados precocemente na vida embrionária. Entretanto, nas aves em geral, incluindo todas as aves domésticas, normalmente o ovário e o oviduto esquerdos logo superam no seu desenvolvimento os mesmos órgãos do lado direito, de modo que na vida adulta somente as estruturas referidas, do lado esquerdo são funcionais. Apesar disso, persistem rudimentos da gônada e oviduto direitos.
2. ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTIVO FEMININO
2. 1 Ovário esquerdo
Durante a atividade sexual o ovário esquerdo é semelhante a um cacho de uva. Isso é devido ao fato de numerosos folículos arredondados e de tamanhos variados se projetarem da superfície ventral do ovário, cada folículo estando suspenso por um pedículo ou talo folicular. 
Durante a fase de repouso, o ovário esquerdo adulto é de forma oval achatada e alongada, sendo a extremidade cranial arredondada e alargada transversalmente.
Estigma é uma faixa meridional branca, de aproximadamente 2mm de largura, que ocorre na superfície de todos os folículos de 4mm de diâmetro.
Talo do folículo consiste de tecido conjuntivo, músculo liso, células glandulares, vasos sanguíneos e tecido nervoso.
2. Oviduto esquerdo
O oviduto esquerdo é um tubo convoluto de parede espessa ligando a cloaca ao celoma na vizinhança do ovário.
Pode ser dividido anatomicamente nas cinco regiões seguintes, de acordo com o diâmetro externo, pregas de mucosa e glândulas: o infundíbulo, o magno, o ístmo, o útero (glândula da casca) e a vagina.
2.1 Infundíbulo
Consiste de um funil seguido por uma região tubular alongada. O funil se abre mediatamente caudal ao ovário, oferecendo uma saída da parte caudodorsal da bolsa ovariana. Não possui inserção direta no ovário.
2.2 Magno
É o componente mais longo e espiralado do oviduto. Na galinha adulta o comprimento pode variar de aproximadamente 20 a 48 cm, de comprimento e diâmetros médios de aproximadamente 34 cm e 2 cm, respectivamente. A parede é bem mais espessa do que a do infundíbulo e mais fina do que a do útero e da vagina; a grande espessura da parede é causada essencialmente pelas numerosas glândulas tubulares que estão dispostas dentro das pregas longitudinais da mucosa, maciças e semelhantes a cristas. Estas pregas em todas as demais partes do oviduto, aumentando a área secretória da mucosa em três vezes.
2.3 Istmo
É curto e ligeiramente reduzido no diâmetro. Na galinha em postura o comprimento varia de aproximadamente 4 a 12 cm, com um comprimento e diâmetro médios de aproximadamente 8cm e 1 cm, respectivamente. 
O limite entre o istmo e o magno é acentuadamente distinguido por uma faixa estreita de tecido, de aproximadamente 1 a 3 mm de largura que parece translúcida no material fresco.
2.4 Útero ou glândula da casca
Não existe limite anatômico entre o istmo e o útero, entretanto o músculo circular neste ponto recebe um esforço semelhante a um esfícnter.
O útero é uma região expandida, curta e semelhante a um saco. Na galinha em postura seu comprimento varia de 4 a 12 cm, com um comprimento e diâmetros médios de aproximadamente 8 cm e 3 cm, respectivamente. Alguns autores distinguiram uma porção cranial curta e relativamente estreita, e uma porção caudal semelhante a uma bolsa (maior parte do útero).
2.5 Vagina
A junção do útero com a vagina seja de marcada por um forte esfíncter. A vagina é um estreito tubo muscular, acentuadamente curvo, num formato de S. Na galinha em postura o comprimento varia de aproximadamente 4 a 12 cm, enquanto o comprimento e diâmetro médio são estimados em aproximadamente 8 cm e 1 cm, respectivamente. 
FIGURAS PARA OS ESTUDOS DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO DE MAMÍFERAS E AVES 
Figuras 1,2 e 3– representação do ovário (anatomia externa) na diferentes espécies
Fontes: CLAYTON, FLOOD, 2002; FRANDSON; WILKE; FAILS, 2011
Figura 4– representação das tubas uterinas (anatomia externa) na diferentes espécies
Fontes: KONIG, LIEBICH, 2011
Figura 5– representação do útero, vagina, vestíbulo e vagina
Fontes: KONIG, LIEBICH, 2011
Figura 6– representação do ovário e do oviduto esquerdo de ave em postura
REFERÊNCIAS
CUNNINGHAM, M. J. Fisiologia dos animais domésticos. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
DYCE, K. M.; SACK, W. O.; WENSING, C. J. G. Tratado de anatomia veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
FRANDSON, R. D.; WILKE, W. L.; FAILS, A. D. Anatomia dos animais de fazenda. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
GETTY, R. Anatomia dos animais domésticos. 6. ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 2008. 
HAFEZ, E. S.; HAFEZ, B. Reprodução animal. 7. ed. São Paulo: Manole, 2004.
KÖNIG, E. H.; LIEBICH, H. G. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido. Porto Alegre: Artmed, 2011.
MCLELLAND, J. A colour atlas of avian anatomy. England: Hazell books Ltd:,1990.
POPESKO, P. Atlas de anatomia topográfica dos animais domésticos. 5. ed. v. I, II, III. São Paulo: Manole, 2012. 
 
 
Fonte: DYCE; SACK; WENSING, 2010

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