Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Brincadeira/Lúdico + Crianças Brougère cita que o brincar é como um mecanismo psicológico que o sujeito utiliza para se distanciar do mundo real. Mas é uma fuga da realidade ou aprendizado para lidar com a situação? Tendo o exemplo das crianças na atual situação pandêmica, como foi visto no “Lepe Cast”, elas não estão só brincando, ou até mesmo fugindo da realidade, mas sim utilizando do jogo e do lúdico para lidar com a situação, uma vez que também põem máscaras para proteger Fuga ou Lidar “Toda criança que brinca se comporta como um poeta” Freud, 1908 suas “filhas” (bonecas), por exemplo. Outro exemplo de que é um equívoco dizer que é uma fuga da realidade é no filme “A História sem fim”. O personagem principal não só criou um novo mundo de fantasia, mas sim utilizou do mesmo para lidar com os meninos que com ele, faziam bullying. A confusão pode ser dada pelo simples fato, de que o estado de jogo está “fora” da realidade, e com ele, pode mudá-la, mas não podemos dizer que é tal característica, devido a aprendizagem que o mesmo trás, pois todos que entram em estado de jogo, saem totalmente distinto dele, e a superação é o clímax. “Crianças institucionalizadas” BBRRIINNCCAARR Um problema ocasionado pela rotina, que muitos pais nem ao menos percebem o mesmo. Hoje as crianças têm tempo para tudo, desde a acordar até a horário para “brincar”. A criança acaba perdendo a autonomia de fazer realmente o que ela quer, ou até mesmo de fazer escolhas erradas, onde a própria construção de caráter é prejudicada. Uma vez que as experiências, sendo elas boas ou ruins, fazem parte do desenvolvimento. O jogo mais uma vez pode estar sendo um modo de lidar com a situação, que estas crianças estão encontrando para “sobreviver” a esta nova realidade que elas se encontram, como foi citado no “Lepe Cast”. E que as pessoas ao redor delas, possam também tirar um aprendizado desta realidade. A contradição encontrada neste ensino remoto é mais um exemplo desta “podagem” que estas crianças sofrem, sendo que tratam-nas como robôs, e que devem ficar horas vendo o que dizem no computador, mas que elas não podem escolher o que assistir, quem dirá por quanto tempo. Interpretação O jogo não é algo universal, portanto, cada lugar/pessoa tem uma interpretação diferente. E que para ser realmente jogo, deve ser única em cada cultura, um exemplo, os candomblés, as oferendas de animais que para eles é um ritual, mas para os defensores de animais, ou as pessoas de uma cultura diferente da deles, será maltrato aos animais e até relacionado à crueldade. “O caráter lúdico de um ato não vem da natureza do que é feito, mas de que maneira como é feito” Alcides apud Bruner (1983) O jogo e cultura estão atrelados. Por meio do estado de jogo, o sujeito utiliza muitas vezes de situações reais, para se expressar, e até mesmo lidar com elas. Em muitos casos, como do personagem do filme já citado, utiliza para lidar com seus problemas. Mas também é evidente a “herança” que é passada de geração para geração, uma forma de absorver a realidade. Tendo a brincadeira de polícia e ladrão como exemplo, onde há a divisão entre o que tira e o protetor, que de alguma forma espressaram em brincadeira sua cultura lúdica, e foi passada para a próxima geração, e sim sucessivamente. Hoje é uma brincadeira que todos já tenham jogado. O que antes pode ter sido talvez uma forma de resolução de problemas com ladrões ou policiais, com o passer das gerações cada um tem uma vivência diferente com está brincadeira, podendo ou ser boa ou ruim tal experiência. Referências: LEPE, O Brincar em tempos de pandemia- Ep. 9- Participação do Prof. Dr. Alcides Scaglia, Prof. Débora Fabiani, Prof. Me. Luís Nogueira e (24-05-2020) disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Pkk4dDRzF 6g SCAGLIA, Alcides. Aulas ministradas- 2020. Disponível em: https://meet.google.com/rrv- ibfp-ngf. Desde a infância, os pais exigem que tenham um desenvolvimento autônomo, para se tornar um indivíduo crítico e pleno. Mas não deixam que a infância tenha o desprazer, a escolha errada, ou até mesmo as consequências decorridas. A proteção do erro, acaba estimulando cada vez mais o batoteiro, não sendo propositalmente. Mas sim por exemplo quando o responsável, seja professora, pais, entre outros, incentiva um jogo tão engessado que não proporciona as crianças que elas entrem em estado de jogo, mas só estão ali fazendo, por obrigação muitas vezes. As crianças muitas vezes são o ponto chave da discussão, mas nem ao menos suas opiniões são levadas em questão. Como é levado em questão por muitos sociólogos da infância, como é explicitado pela prof. Débora (Lepe Cast) Como cita prof. Débora (Lepe Cast), “até que ponto dar todas as respostas, vou estar contribuindo para ela ser uma pessoa autônoma.” Desprazer ou só prazer? Cultura e jogo O ensinamento pelo jogo, não significa sempre dar as respostas, mas sim “controlar”, criar no ambiente no jogo para que o meu ensinamento se expresse no decorrer do jogo e esta criança aprenda indiretamente por meio do jogo. https://www.youtube.com/watch?v=Pkk4dDRzF6g https://www.youtube.com/watch?v=Pkk4dDRzF6g https://meet.google.com/rrv-ibfp-ngf https://meet.google.com/rrv-ibfp-ngf
Compartilhar