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ULTRASSOM Som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano. São compreendidas entre frequências de 20Hz a 20.000Hz. < ou >: infrassons ou ultrassons. Frequência terapêutica - 0,7 a 3 MHz (MHz não se propagam no ar). Vibrações de alta frequência, geradas de forma mecânica, que por sua vez é gerada por instrumentos chamados transdutores (E.R.A.). (Hoogland, 1986). FLÁVIA PIROLA Propagação Depende principalmente de 2 fatores: características de absorção do meio biológico e reflexão da energia ultra-sônica nas interfaces teciduais. Precisa de um meio (sólido, líquido ou gasoso). > em meios com > agregação molecular: vibração do meio sonado. (Hoogland, 1986; McDiarmid et al, 1996) FLÁVIA PIROLA Efeito Piezoelétrico Descoberta realizado por Pierre e Jacques Curie em 1880. Capacidade de transformar energia mecânica em energia elétrica e seu reverso. Cerâmica comumente utilizada: P.Z.T. (titanato zirconato de chumbo): durabilidade e eficiência de conversão. (Hoogland, 1986; Kahn, 2001). FLÁVIA PIROLA FLÁVIA PIROLA Reflexão Quando a onda sonora emitida volta ao meio de origem. Perfeito acoplamento entre cabeçote e a pele. Meios de acoplamento: - Gel e água: < coeficientes de absorção e atenuação. (Hoogland, 1986; Low e Reed, 2001; Draper et al, 2002; Casarotto et al, 2004) FLÁVIA PIROLA Refração Ocorre quando a onda passa para outro meio e desvia sua direção. Aplicação sempre perpendicular. Intensidade ajustada no equipamento nunca é a mesma que chega no alvo: coeficiente de absorção (gordura absorve muito pouco). (Ter Haar, 1998; Guirro & Guirro, 2002) FLÁVIA PIROLA Atenuação Durante a penetração da onda ultra-sônica nos tecidos, ocorrem perdas na capacidade terapêutica até o ponto chamado de atenuação, ou seja, a amplitude e intensidade diminuem a medidas que as ondas passam através de qualquer meio. Causa: difusão do som em meios heterogêneos, pela reflexão e refração nas interfaces e pela absorção do meio. O feixe tem sua intensidade reduzida pela metade a determinada distância, em determinados tecidos com espessuras específicas. FLÁVIA PIROLA Absorção Retenção da energia acústica do meio exposto às ondas ultassônicas. Energia cinética transformada em térmica. > absorção pelas proteínas. Quanto > a F, < o comprimento de onda e > a absorção: 1 e 3MHz. (Low e Reed, 2001; Young, 1998; Furini, 1996). • 1MHz: 2 a 5 cm (Draper et al, 1995; Gann, 1991; Hoogland, 1986). • 3MHz: 1 a 2,5 cm (Gann, 1991; Hoogland, 1986; McDiarmid et al, 1996). FLÁVIA PIROLA Efeitos Fisiológicos Mecânicos: micromassagem celular, ↑ circulação de fluidos intra e extracelulares. Térmico: ↑ FS. permeabilidade da membrana e extensibilidade de colágeno Microcorrente acústica: ↑ a permeabilidade, a captação de cálcio, fator crescimentos pelos macrófagos, secreção de mastócitos. Tixotropia Liberação de histamina, efeito sobre n. periféricos, estímulo de angiogênese, atividade fibroblástica. (Hoogland, 1986; Lehmann, 1994; Low e Reed, 2001; Young, 1998; Machado, 2002; Guirro & Guirro, 2002; Garcia, 1998). FLÁVIA PIROLA Fonoforese Totalmente dependente do ↑ da permeabilidade da membrana. Vantagens: - Ação localizada da droga (ausência de efeitos colaterais decorrente de ações sistêmicas) - Somatória dos efeitos inerentes ao ultra som associados aos efeitos da droga. FLÁVIA PIROLA Aplicação Pode ser realizada de três formas: - US + Medicamento: gel com ativo - Passar medicamento com a mão: após absorção, US + gel comum - US + gel comum: após, passar medicamento com a mão FLÁVIA PIROLA Cavitação Formação de pequenas bolhas gasosas nos tecidos devido vibração do US. - Estável: bolhas oscilam de um lado a outro, ↑ e ↓ de tamanho sem alterar a forma das mesmas - bolhas intactas. - Instável: volume da bolha se altera rapidamente, implodem causando pressão, ↑ de temperatura, rompimento de ligações moleculares, produção de radicais e livres, liberação de H+ e OH-, levando a danos teciduais (ondas estacionárias, intensidades ↑, hidrolipoclasia us). (Low e Reed, 2001; Starkey, 2001; Ter Har, 1998) FLÁVIA PIROLA Teste de Cavitação Microcorrente acústica: produz tensões viscosas que podem alterar a estrutura e função da membrana celeular (permeabilidade a Na+ e Ca+2) – reparo tecidual. (Dyson, 1987). FLÁVIA PIROLA Efeitos Terapêuticos Regeneração e reparação dos tecidos moles: PO, úlceras, queimaduras … 3 fases: - Inflamação aguda: reparação tecidual e liberação de substâncias através da difusão de Ca+2 (10 horas pós). - Proliferativa: fibroblastos tissular e consolidação óssea. - Remodelagem: colágeno. Anti-inflamatório: sequelas PO, edema inflamado.. Analgésico (ação AI). Fibrinolítico / destrutivo. Andiedematoso. (Young, 1998; Guirro & Guirro, 2002; Dyson, 1987; Low e Reed, 2001; McDiarmid et al, 1996; Hoogland, 1986). FLÁVIA PIROLA Modos de Emissão - Contínuo Contínuo - Ondas sônicas contínuas. - Sem modulação. - Efeitos mecânicos e térmicos predominantes. - Alteração da pressão . - Micromassagem. - Lesões crônicas ou com necessidade de tixotropia. Obs. vantagens ↑ temperatura: - ↑ do metabolismo (1 grau), analgesia, relaxamento muscular (2 a 3 graus), ↑ da extensibilidade tecidual e da ↓rigidez articular (4 graus). (Borges, 2010; Castel, 1993). FLÁVIA PIROLA Modos de Emissão - Pulsado Pulsado - Efeito mecânico. - Efeitos térmicos minimizados (atérmicos). - ↓o risco de dano por cavitação instável. Ondas sônicas pulsadas: - 100Hz (processos álgicos e inflamatórios – fase aguda – sem reparo tecidual). - 16Hz (↑ níveis intra de Ca+2 – reparo de feridas: PO). - 48Hz. (Low e Reed, 2001; Borges, 2010). FLÁVIA PIROLA Intensidade Instantânea Média FLÁVIA PIROLA Tempo de Aplicação Segundo Hoogland (1986): Área tratada tamanho da ERA Ex: área de 5 cm de largura e 8 de comprimento (40 cm2) e ERA de 4 cm. 40 4 = 10 minutos 15 min / área (DESENHO QUADRANTE) Segundo Hecox (1994): - Fase subaguda: área / ERA x 1,5. - Fase aguda: área / ERA x 1. - Fase crônica: área / ERA x 0,8. FLÁVIA PIROLA Técnica de Aplicação Método direto: gel comum ou com ativos (fonoforese). Método subaquático. Método da bolsa de água. FLÁVIA PIROLA Aplicação do Transdutor FLÁVIA PIROLA FLÁVIA PIROLA Formas de aplicação Através de movimentos lentos, circulares, longitudinais ou transversais, curtos, de poucos centímetros, que se superpõem para assegurar o tratamento uniforme da área, evitando a formação de ondas estacionárias pelo encontro das ondas incididas e refletidas, que são lesivas as células móveis (células endoteliais dos vasos sanguíneos ou células sanguíneas). FLÁVIA PIROLA Indicações / Dose / Tempo Edema: 1,5W/cm² - contínuo. Processos fibróticos e calcificados. Transtornos circulatórios: pulsado. Tecidos em cicatrização: 0,5W/cm² - pulsado Pós – lipoaspiração: 1 a 1,5W/cm² - 50% (fase aguda) / 1,5 a 1,8W/cm² - contínuo (fase crônica). Fibroedema gelóide: 1,5 a 1,8W/cm² - contínuo. Pós-subcisão: 0,4 a 0,6W/cm2 – 24 horas após – contínuo ou 50%. Gordura: 2 a 3 W/cm² pós hidrolipo - contínuo. Fonoforese: 0,5 a 0,8 W/cm² - contínuo (Guirro &Guirro, 2002; Polacow et al, 2004; Hoogland, 1986; Bare et al, 1996). FLÁVIA PIROLA Contraindicações Áreas com hipoestesia (pulsado). Áreas com insuficiência vascular (pulsado). Aplicação ao nível dos olhos. Gestantes. Sobre área cardíaca e marcapasso(1MHz). Tumores malignos. Epífises de crescimento. Testículos/gônadas. Tromboflebites/varizes (pulsado). Osteoporose. Endopróteses. Diabetes melito. Sequelas pós traumáticas aguda (com intensidade baixa após 24- 36h). FLÁVIA PIROLA Referências Bibliográficas BORGES, F. S. Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. 2. ed. Revisada. São Paulo: Phorte, 2010. HOOGLAND, R. Terapia Ultrassônica. Delft: Enraf Nonius, 1986. McDIARMID, T; ZISKIN, M. C.; MICHLOVITZ, S.L. Therapeutic ultrasound. In: MICHLOVITZ, S.L. Thermal agents in rheabilitation. 3. ed. Philadelphia: F. A. Davis Co., 1996, p. 168-212. GUIRRO,E. & GUIRRO,R. Fisioterapia Dermato-Funcional: Fundamentos, Recursos e Patologias 3. ed., São Paulo: Manole, 2002. LOW, J.; REED, A. Eletroterapia Explicada. 3. ed. São Paulo: Manole, 2001. p. 186-228. KAHN, J. Princípios e Prática de Eletroterapia. 4. ed. São Paulo: Santos, 2001. p. 49-68. TER HAAR, G. Princípios Eletrofísicos. In: KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia de Clayton. São Paulo: Manole, 1998. p. 23-30. CASAROTTO, R. A. et al. Coupling agents in therapeutic ultrasound: acoustic and themal behavior. Arch Phys Med Rehab., v. 85, p. 162-5, 2004. FURINI, N. J. ; LONGO, G. J. Ultra-som. São Paulo – Amparo:KLD Biosistemas – Eq. Eletrônicos, 1996. FLÁVIA PIROLA STARKEY, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. São Paulo: Manole, 2001. p. 277-308. DYSON, M. Mechanisms involved in therapeutic ultrasound. Physiotherapy, v. 73, n. 3, p. 16-120, 1987. GANN, N. Ultrasound current concepts. Clin. Management, v. 11, n. 4, p. 64-9, 1991. GARCIA, E. A. C. Biofísica. São Paulo: Sarvier, 1998. p. 173-78. CASTEL, J. C. Therapeutic ultrasound. Rehab and Therapy Products Review, v. 1/2, p. 22-32, 1993. BARE, A.C. et al. Phonophoretic delivery of 10% hydrocortisone through the epidermis of humans as determined by serum cortisol concentrations. Physical Therapy, v. 76, p. 738-747, 1996. Referências Bibliográficas FLÁVIA PIROLA
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