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Direito Civil - responsab civil v

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Direito Civil
Responsabilidade Civil
	
Aspectos Gerais da Responsabilidade Civil 
 1-Origem etimológica da palavra responsabilidade: 
A palavra responsabilidade (que vem do latim spondere, responder a um ato) é um aspecto da realidade social, em toda a situação em que uma ação causa dano a outrem ou a algo, o autor é compelido a restaurar o equilíbrio anterior, por meio de uma contraprestação. A responsabilidade abrange vários ramos do direito e da vida social, de acordo com a atividade envolvida. 
A responsabilidade civil pode originar-se de
· fato jurídico, 
· ato ilícito 
· negócio jurídico (nos casos de inadimplemento de contrato). 
 2- Causas da responsabilidade moral e jurídica
 A responsabilidade pode ser causada pela violação de normas morais ou jurídicas, dependendo do fato, 
sendo que no direito só há responsabilidade quando houver prejuízo, 
e a reparação é em espécie (bem fungível) ou em pecúnia. A responsabilidade moral vem da consciência individual e não é necessariamente importante para a ordem jurídica.
 A responsabilidade civil como tal envolve necessariamente dano, prejuízo, desfalque ou desequilíbrio causado à integridade do patrimônio alheio (ou à própria pessoa, na responsabilidade extracontratual moral). 
 3- Diferenças entre obrigação e responsabilidade civil 
A obrigação é o direito pessoal que o credor tem de exigir que o devedor cumpra uma prestação, enquanto a responsabilidade pode ocorrer como consequência jurídico-patrimonial decorrente do descumprimento da relação obrigacional. Entretanto, uma pode existir sem a outra, como por exemplo, na dívida prescrita, na qual o devedor não é responsabilizado ou no caso do fiador, que não tem obrigação de pagar o aluguel do afiançado, mas é responsável pelo adimplemento. Outra diferença entre obrigação e responsabilidade é que a obrigação é um dever jurídico originário, enquanto responsabilidade é um dever jurídico sucessivo a (surge do descumprimento de um dever anterior).
 De certo modo, a responsabilidade é a “sombra da obrigação” (Larenz), ou seja, existe basicamente devido ao inadimplemento do devedor da obrigação originária. 
A responsabilidade civil pode ser classificada em: contratual/ extracontratual
 (a qual Fábio Ulhôa Coelho não adota, pois considera que na prática não há diferença na indenização das duas) e subjetiva/objetiva (conforme o autor do dano tenha agido de forma ilícita ou lícita, tendo como fundamento a culpa ou independentemente de culpa). 
 4- A responsabilidade Civil no Código Civil de 2002
 O estudo da responsabilidade civil é de grande importância ao direito brasileiro, por ter como objetivo restaurar o equilíbrio patrimonial desfeito, tutelando a titularidade de um bem jurídico a um sujeito determinado. A responsabilidade civil é parte do direito das obrigações, 
pois a principal consequência de um ilícito civil é a obrigação personalíssima de reparar o dano patrimonial causado, que geralmente se resolve em perdas e danos. 
As fontes de obrigação previstas no CC
· são a vontade privada (contratos, declarações unilaterais de vontade e atos ilícitos) 
· e a vontade do Estado (a lei). 
O ilícito civil é sempre caracterizado por uma ação ou omissão culposa ou dolosa, 
com a infração a um dever de conduta, tendo como consequência a obrigação de ressarcir o prejuízo causado.
 No CC de 2002, na parte geral, os artigos 186 a 188 prescrevem uma regras gerais para a responsabilidade aquilana (responsabilidade objetiva extracontratual, ou decorrente da violação da lei) e algumas responsabilidades excludentes, enquanto na parte especial o artigo 389 aborda a responsabilidade contratual, há também dois capítulos sobre a responsabilidade de indenizar e a própria indenização, no titulo “Da Responsabilidade Civil”. Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação
Mas a lei não regula situações jurídicas importantes no âmbito da responsabilidade civil, como o dano moral, o qual coube à jurisprudência definir tanto sua aplicabilidade quanto sua extensão. É essencial também definir se o causador do dano deve ressarcir a vítima pelo dano patrimonial causado ( sendo que não há responsabilidade subjetiva sem dolo ou culpa), e também estimar o valor exato da contraprestação devida pela pessoa responsabilizada.
Inexistência de dano 
O dano e a sua extensão devem ser provados pela vítima, o que se aplica também aos danos morais, que não podem ser presumidos em nenhuma hipótese. 
Se o réu no processo alegar a inexistência do dano ou questionar a extensão do mesmo, cabe a ele o ônus de provar os fatos correspondentes. 
– Inexistência da relação de causalidade
 O nexo causal no âmbito da responsabilidade civil pressupõe que o dano seja necessariamente causado por ato ou atividade do suposto credor, é uma condição necessária para que exista obrigação de indenizar ou de reparar o dano. 
Três hipóteses excluem a relação de causalidade: 
caso fortuito ou força maior, além das hipóteses de culpa de terceiro ou de culpa exclusiva da vítima (que analisarei respectivamente nos subsubitens a, b e c). 
a) Caso fortuito e força maior Caso fortuito e força maior são sinônimos. Fortuito é todo o evento desencadeador de danos que não se origina da culpa de alguém. Pode ser natural (quando se refere a fatos da natureza, p.ex. enchentes, terremotos, queda de raio) ou humano (produção em massa, prestação de serviços empresariais). 
A principal característica dos casos de caso fortuito ou força maior é a sua imprevisibilidade, a incapacidade do ser humano de prever seus efeitos danosos (inevitabilidade material) ou a falta de racionalidade econômica em prever os danos da atividade (inevitabilidade econômica). 
O fortuito natural é sempre excludente da responsabilidade civil subjetiva, por descaracterizar a relação de causalidade entre o dano e a conduta culposa do devedor. Entretanto, na responsabilidade objetiva, somente o fortuito natural descaracteriza a relação de causalidade. 
b) Culpa de terceiro Quando for provado que a culpa pelo evento danoso é somente de terceiro, inexiste a relação de causa e efeito entre o prejuízo da vítima e o ato ou atividade do demandado no processo. Nesse caso, uma vez constituída a excludente, a vítima tem o direito de promover a responsabilização do terceiro culpado.
 c) Culpa exclusiva da vítima 
Se provada a culpa exclusiva da vítima, de forma semelhante à culpa de terceiro, descaracteriza-se a relação de causalidade entre ele e a conduta ou atividade do demandado no processo. Ocorre, nesses termos, a exclusão da responsabilidade deste. III Cláusula de não indenizar O credor e o devedor de uma obrigação de indenizar podem estar ligados por um negócio jurídico, sem que a vontade destes seja fundamento da indenização. 
Entretanto, através de declaração de vontade as partes podem incluir no negócio jurídico um dispositivo que exclua a responsabilidade de indenizar por danos decorrentes da execução do contrato.
 Porém, a cláusula de não indenizar não é válida nas relações de consumo em que o consumidor é pessoa física. 
- Indenizacao
 Na maioria das situações, a obrigação originária da responsabilidade civil tem natureza pecuniária, ocorre adimplemento mediante o pagamento de quantia certa ao credor. 
Se possível, a obrigação de indenizar pode ser cumprida pelo devedor através do retorno da coisa à sua condição anterior (reparação natural ou in natura). 
Há, no direito brasileiro apenas uma hipótese legal de indenização que compreende a reposição do bem objeto de lesão, é a derivada de esbulho ou usurpação (art. 951 do CC). Baseado no grau de culpa do devedor (elemento explicado supra no item 7) o juiz pode reduzir o valor da indenização devida se constatar que a culpa do devedor é leve. O juiz deve reduzir o valor da indenização devida quando a culpa do credor é concorrente com a culpa do devedor no dano causado.
Art 387 incisoIV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
 As hipóteses de dano moral eram tarifadas na vigência do CC de 1916, mas os dispositivos referidos não foram recepcionados pela Constituição de 1988, por esta adotar limitações quanto ao valor da indenização da responsabilidade moral. 
A regra geral para estabelecer o valor da indenização por dano patrimonial é mensurar a extensão dos danos materiais causados.

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