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INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 
CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
5° / 4° semestres 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2020 
 
 
Beatriz Gonçalves da Silva D6802J0 
Larissa Lucas de Souza N2944H4 
Michelle da Silva D5459C0 
Victor Felipe de Moura Lima N2903H1 
Weyla Ferreira da Cruz D751DD7 
 
 
 
 
 
 
 
APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 
CONTABILIDADE DE CUSTOS 
5° / 4° semestres 
 
 
 
Atividades Práticas Supervisionadas – APS-
PIPA II – Trabalho apresentado como 
exigência para a avaliação do 4° e 5° 
semestre, do curso de Ciências Contábeis da 
Universidade Paulista, sob orientação do 
Professor Eduardo dos Santos Miranda. 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2020 
 
 
RESUMO 
Diante da dinamicidade e competitividade do mercado no mundo globalizado, 
as empresas têm necessitado se adaptar às mudanças com maior rapidez, exigindo 
por parte dos gestores respostas rápidas na condução dos rumos das organizações, 
principalmente para atender as exigências dos consumidores que aumentam à 
medida que a globalização avança. Para isto, estas decisões devem estar baseadas 
em informações precisas e confiáveis para que nenhuma destas ações comprometa 
a continuidade ou estabilidade da empresa. A Contabilidade de Custos e as 
Demonstrações Contábeis darão o suporte necessário aos tomadores de tais 
decisões. Através das diversas ferramentas de análise também com base em 
estatísticas, administração financeira e do comportamento das operações das 
empresas, é possível combinar informações de interesse das mesmas e que estejam 
alinhadas com sua metodologia de trabalho, com seu planejamento e posicionamento 
no mercado, sendo possível identificar distorções, processos falhos ou simplesmente 
aqueles que necessitam de melhorias, e através da utilização dessas ferramentas é 
possível que as organizações atuem especificamente nesses pontos como forma de 
maximizar seus resultados. 
 
Palavras-chave: Contabilidade de Custos, Estrutura das demonstrações contábeis, 
Competitividade, Informação e Ferramentas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 In view of the dynamics and competitiveness of the market in the globalized 
world, companies have needed to adapt to changes more quickly, requiring managers 
to respond quickly in guiding the direction of organizations, mainly to meet the 
demands of consumers that increase as the globalization advances. For this, these 
decisions must be based on accurate and reliable information so that none of these 
actions compromise the company's continuity or stability. The Cost Accounting and the 
Accounting Statements will provide the necessary support for the decision makers. 
Through the various analysis tools also based on statistics, financial administration and 
the operations behavior of the companies, it is possible to combine information of 
interest to them and that are aligned with their work methodology, their planning and 
market positioning, being possible to identify distortions, flawed processes or simply 
those that need improvement, through the use of these tools it is possible for 
organizations to act specifically on these points as a way to maximize their results. 
 
 Key-words: Cost Accounting, Structure of Financial Statements, Competitiveness, 
Information and Tools. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
CIF – Custo Indireto de Fabricação 
CMV - Custo de Mercadoria Vendida 
CPA – Custo de Produção Acabada 
CPA – Custo de Produção Acabada 
CPP – Custo de Produção do Período 
CPP – Custo de Produção do Período 
CPV – Custo dos Produtos Vendidos 
EFPA – Estoque Final dos Produtos Acabados 
EFPE – Estoque Final de Produtos em Elaboração 
EIPA – Estoque Inicial dos Produtos Acabados 
EIPE – Estoque Inicial de Produtos em Elaboração 
MC – Margem de Contribuição 
MOD – Mão de Obra Direta 
MPA – Matéria Prima Aplicada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Gastos da empresa..................................................................................20 
Tabela 2 – Custo de produção...................................................................................21 
Tabela 3 – Despesas administrativas.........................................................................21 
Tabela 4 – Despesas de vendas................................................................................22 
Tabela 5 – Despesas financeiras...............................................................................22 
Tabela 6 – Divisão: matéria prima..............................................................................22 
Tabela 7 – Mão de obra.............................................................................................22 
Tabela 8 – Energia elétrica.........................................................................................23 
Tabela 9 – Resumo de custos....................................................................................23 
Tabela 10 – Apropriação de custos............................................................................24 
Tabela 11 – Estrutura do balanço patrimonial............................................................28 
Tabela 12 – Estrutura básica da demonstração de resultado do exercício...............29 
Tabela 13 – Estrutura básica de demonstração do fluxo de caixa.............................30 
Tabela 14 – Cálculo – Dividendo................................................................................38 
Tabela 15 – Estrutura da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados..........40 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Esquema do custeio por absorção............................................................17 
Figura 2 – Esquema do custeio variável....................................................................18 
Figura 3 – Margem de contribuição unitária...............................................................19 
Figura 4 – Margem de contribuição total....................................................................20 
Figura 5 – Distribuição de custos...............................................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 09 
2. PERFIL DA ORNGANIZAÇÃO ............................................................................. 10 
 2.1 DENOMINAÇÃO E FORMA DE CONSTITUIÇÃO .......................................... 10 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 10 
 3.1. CONTABILIDADE DE CUSTOS ..................................................................... 10 
 3.2. CONCEITOS BÁSICOS ................................................................................. 11 
 3.3. CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURAS APLICADAS A CUSTOS .............. 13 
 3.3.1 CUSTO DIRETO .......................................................................................... 13 
 3.3.2 CUSTOS INDIRETOS ................................................................................. 13 
 3.3.3 CUSTOS FIXOS ........................................................................................... 14 
 3.3.4 CUSTOS VARIÁVEIS ................................................................................... 14 
 3.3.5 NOMENCLATURA DOS CUSTOS ............................................................... 14 
 3.4 MÉTODOS DE CUSTEIO ............................................................................... 15 
 3.4.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO........................................................................
16 
 3.4.2 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO .............................................................. 17 
 3.5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ...................................................................... 19 
 3.6 CUSTOS PARA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES ............................................... 20 
 3.6.1 ESQUEMA BÁSICO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS ........................... 20 
 3.7 PRINCIPIOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS INDUSTRIAIS................... 25 
 3.7.1 PRINCÍPIO DA REALIZAÇÃO DA RECEITA ............................................... 25 
 3.7.2 PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA OU DA CONFRONTAÇÃO ENTRE 
RECEITAS E DESPESAS ......................................................................................... 25 
 3.7.3 PRINCÍPIO DO CUSTO HISTÓRICO COMO BASE DE VALOR ................. 26 
 3.7.4 PRINCÍPIO DA CONSISTÊNCIA E UNIFORMIDADE ................................. 26 
 3.7.5 PRINCÍPIO DO CONSERVADORISMO OU PRUDÊNCIA .......................... 27 
 3.7.6 PRINCÍPIO DA MATERIALIDADE OU RELEVÂNCIA ................................. 27 
4. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ....................................................................... 27 
 4.1 DA CONTABILIDADE À ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES ........................ 31 
 4.2 ANÁLISE DE ENDIVIDAMENTO..................................................................... 31 
5. ANÁLISE DE RENTABILIDADE........................................................................... 32 
 5.1 LIQUIDEZ IMEDIATA ...................................................................................... 33 
 5.2 LIQUIDEZ CORRENTE ................................................................................... 33 
 
 
 5.3 LIQUIDEZ SECA ............................................................................................. 33 
 5.4 LIQUIDEZ GERAL ........................................................................................... 33 
 5.5 INVESTIMENTO.............................................................................................. 33 
6. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS ....................................... 34 
7. MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ................................................... 36 
 7.1 CONTROLE DIRETO OU INDIRETO .............................................................. 37 
 7.2 DIVIDENDOS ................................................................................................. 37 
 7.3 ANÁLISE HORIZONTAL ................................................................................. 38 
 7.4 ANÁLISE VERTICAL ....................................................................................... 39 
8. DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS ................ 39 
 8.1 AJUSTES DE EXERCICIOS ANTERIORES ................................................... 40 
 8.1.2 DIVIDENDOS EXTRAORDINÁRIOS ........................................................... 41 
 8.1.3 VALOR DOS LUCROS INCORPORADOS .................................................. 41 
 8.2 REVERSÕES DE RESERVAS ........................................................................ 41 
 8.2.1 LUCRO/PREJUÍZO LIQUÍDO DO EXERCICIO............................................ 41 
 8.2.2 RENTABILIDADE E SEGURANÇA .............................................................. 42 
 8.3 CUSTO DO INVESTIMENTO EM CAPITAL DE GIRO ................................... 42 
9. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE ....................................... 42 
 9.1 SISTEMA DE CONTABILIDADE ..................................................................... 43 
 9.2 INSTRUMENTOS FINANCEIROS (DERIVADOS) .......................................... 43 
 9.2.1 CONTROLE PERMANENTE DE ESTOQUE E DE INVENTÁRIOS ............. 43 
 9.2.2 APURAÇÃO DO CMV .................................................................................. 44 
 9.2.3 CUSTO OU MERCADO (VALOR JUSTO) ................................................... 44 
10. INVESTIMENTOS ............................................................................................... 44 
 10.1 EMPRESAS QUE APLICARÃO O MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA 
PATRIMONIAL .......................................................................................................... 45 
11. ESTATÍSTICA ..................................................................................................... 45 
 11.1 UTILIZAÇÃO NA CONTABILIDADE .............................................................. 45 
12. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ....................................................................... 46 
 12.1 OBJETIVO ..................................................................................................... 46 
13. MÉTODO ............................................................................................................. 48 
14. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 49 
15. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 50 
 9 
 
1. INTRODUÇÃO 
Este projeto abordará os aspectos contábeis e os meios possíveis para realizar 
um melhor controle financeiro, em relação aos custos e as despesas, da organização 
APS Indústria de Torneiras Ltda. 
Buscando evidenciar os principais conceitos estudados em Contabilidade de 
Custos e Estrutura das Demonstrações Contábeis se embasando em estatística e 
administração financeira, o objetivo é efetuar todas as transações contábeis da 
corporação no sistema Account (Contabilidade Didática), com intuito de fornecer os 
relatórios demonstrativos necessários para o avanço no gerenciamento, para que seja 
mais eficaz e proporcione a empresa uma boa saúde financeira. 
As melhorias que serão apresentadas foram pensadas para que as empresas 
as coloquem como prioridade devido ao momento atual, o qual apresenta um cenário 
competitivo, que exige rápido posicionamento dos gestores, responsáveis por guiar o 
futuro da organização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO 
 2.1 DENOMINAÇÃO E FORMA DE CONSTITUIÇÃO 
A APS Indústria de Torneiras Ltda é uma tradicional indústria fabricante de 
torneiras, líder no mercado nacional, produzindo dois tipos de produtos: Torneira 
Normal (classificada como produto A) e Torneira Especial (classificada como produto 
B). 
Está localizada em região que atende a todo território nacional. 
Conta com uma equipe de funcionários familiarizada com as novas tecnologias 
empregadas no processo de produção, garantindo qualidade e padronização do 
produto final. 
Além de já apresentar estes atributos nos itens comercializados, a busca pela 
perfeição e inovação são uma constante na empresa. 
Ressaltamos que a indústria é contribuinte do Imposto de Renda pelo Lucro 
Real Trimestral. 
 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
3.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS 
Em decorrência do aumento de empresas durante desenvolvimento 
tecnológico (Revolução Industrial), sobreveio a necessidade de uma gestão de 
qualidade, a qual assegurasse a permanência da empresa no mercado competitivo 
através dos investimentos de capitais e do controle de produção. Assim, surgiu o 
controle de custos, o qual concede ao gestor conhecer o quanto cada produto ou 
serviço custa, auxiliando-o na tomada de decisão, visto que os contadores de custos 
apontam, aferem, definem e averiguam os custos. 
“Uma contabilidade de custos é desenvolvida para atingir finalidades específicas, que 
podem estar relacionadas com o fornecimento de dados de custos para a medição 
dos lucros, determinação da rentabilidade e avaliação do patrimônio, identificação dos 
métodos e dos procedimentos para o controle das operações e atividade executadas, 
de modo a prover informações sobre custos para a tomada de decisões e de 
planejamento
através de processos analíticos”. (CALLADO, et al. 2003, p. 58-59). 
 
11 
 
Tão diferente é o modo como a Contabilidade Financeira era feita em meados 
do século XVIII. Isto porque para fazer o levantamento do balanço patrimonial era 
preciso somente a enumeração do estoque, no que diz respeito ao termo físico, uma 
vez que os valores em moedas eram levantados conforme a fórmula a seguir: custo 
das mercadorias vendidas = estoques iniciais + compras – estoques finais. 
Posteriormente as receitas de vendas eram confrontadas com o CMV, seguido das 
demais despesas ocorridas no período. Com isso era levantado o lucro ou prejuízo da 
entidade. 
No decorrer do tempo, com o advento das indústrias, houve a necessidade de 
uma melhor forma para o levantamento do balanço patrimonial, já que dificultou a 
utilização dos mesmos critérios da empresa comercial na industrial. E através disso a 
contabilidade de custos foi se desenvolvendo, não ficando concentrada somente nas 
empresas industriais, uma vez que as empresas comerciais, financeiras, prestadoras 
de serviços etc., já a usufruem. 
Essa é uma área da contabilidade que concede informações tanto para a 
contabilidade gerencial quanto para a financeira. Porquanto ela aprecia e alega as 
informações financeiras e não financeiras, referentes à obtenção e ao dispêndio de 
recursos pela organização. 
 
3.2. CONCEITOS BÁSICOS 
Para entendermos mais sobre custos, é necessário saber o seu significado no 
que se refere à terminologia, pois confunde-se o mesmo como uma despesa. Para 
Maher (2001, pg.64), “custo representa um sacrifício de recursos”, já Martins (2008) 
afirma que custo é o “gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros 
bens e serviços”. 
Por sua complexidade e exatidão, foram criados termos determinados para cada 
tipo de gastos. A terminologia em custos industriais são as nomenclaturas utilizadas 
para facilitar a classificar os gastos de um produto, classificados em: 
 Gasto: Todo sacrifício financeiro (desembolso) em troca de um produto ou 
serviço. Representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos. 
 
12 
 
“Conceito extremamente amplo e que se aplica a todos os bens e serviços 
adquiridos; assim, temos Gastos com a compra de matéria- primas, Gastos 
com mão de obra tanto na produção como na distribuição. 
Só existe gasto, no momento em que existe o reconhecimento contábil da 
dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento”. (MARTINS, 
2010 p. 24 e 25). 
 
 Desembolso: É o ato de entrega do ativo, pagamento da aquisição do bem ou 
serviço. “Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, 
portanto defasada ou não do momento do gasto. ” (MARTINS, 2010, p. 25). 
 
 Investimento: São gastos em bens ou serviços com expectativa de geração 
de benefícios futuros. Exemplos: compra de máquinas e equipamentos para 
aumentar a produção, cursos para capacitar funcionários a desempenhar uma 
atividade com mais produtividade etc. 
 
 Custo: São os desembolsos que podem ser atribuídos ao produto final. Isso 
significa que são todos e quaisquer gastos relativos à aquisição ou produção 
de mercadorias, como por exemplo, matéria-prima, mão-de-obra e gastos 
gerais de fabricação (GGF), como depreciação de máquinas e equipamentos, 
energia elétrica, manutenção, materiais de conservação e limpeza para fábrica, 
viagens de pessoas ligadas à fábrica etc. 
 
 Despesa: É o gasto ligado a obtenção de receita. 
“As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que se tem essa 
característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas.” 
(MARTINS, 2010, p. 26). 
 
 Perda: É um gasto involuntário, quando algum bem ou serviço é utilizado de 
forma anormal, onde não existe a possibilidade de obtenção de receita. 
 
13 
 
3.3 CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURAS APLICADAS A CUSTOS 
 A classificação dos custos atende a duas regras básicas, que compreende 
primeiro no caso de identificação da quantidade do custo utilizado em cada produto 
ou serviço, classificado como direto. No caso da não identificação da quantidade de 
custo a ser utilizado a cada produto ou serviço, esses serão classificados como 
indireto, isso em virtude da realização do rateio. A classificação também varia de 
região para região, segundo Turmena (2007), os custos variam de região para região, 
assim como de empresa para empresa, assim quanto a sua variabilidade, sendo fixo, 
variáveis e semifixos. Embasado na ideia de Leone e Leone (2010), pode-se 
estabelecer uma diferença nos diversos tipos de custos. 
 
3.3.1 CUSTOS DIRETOS 
 Custos diretos, são aqueles custos (ou despesas) que podem ser facilmente 
identificados com o objeto de custeio, são os custos diretamente identificados a seus 
portadores. Para que seja feita a identificação, não há necessidade de rateio. Sabe-
se que custos são gastos que a empresa realiza para criar um produto ou realizar um 
serviço. Portanto é relevante que o gestor conheça os gastos dentro da sua empresa 
e faça a classificação correta destes gastos. Custos diretos como diz a própria 
nomenclatura são aqueles aplicados diretamente ao produto fabricado, por exemplo, 
matéria-prima e/ou mão-de-obra. Dentro do mesmo contexto, percebe-se que são 
apropriados diretamente aos produtos fabricados no processo de produção sendo 
facilmente identificados, não sendo necessária a realização do rateio ou estimativas 
para identificá-los. 
 
3.3.2 CUSTOS INDIRETOS 
São aqueles que não são facilmente identificados com o objetivo de custeio. Às 
vezes por causa de sua não relevância, alguns custos são alocados aos objetos do 
custeio através de rateios. Exemplos práticos que se pode citar são: salários do 
pessoal da fábrica e a energia utilizada na produção da fábrica (CRUZ, 2010). Os 
custos indiretos aqueles que são apropriados aos produtos através de rateio e 
estimativa em virtude da não precisão da composição dos mesmos, tornando 
necessária a realização do rateio ou estimativa para identificá-los, exemplificando 
 
14 
 
como custos indiretos o aluguel e o seguro da fábrica, os salários dos operários e 
entre outros (SILVA, 2007). 
 
3.3.3 CUSTOS FIXOS 
Os custos fixos são assim denominados por não variarem, quando há um 
aumento ou diminuição na quantidade produzida. Diferentemente dos custos 
variáveis, os custos fixos não são afetados pelas alterações da atividade. Estes custos 
não variam independentemente da produção, isso vale para qualquer atividade 
desempenhada. (CAMPELO et al., 2008). 
Dessa maneira Silva et al. (2011) destaca que os custos fixos independem da 
quantidade produzida em qualquer volume de produção, visto que os mesmos 
permanecem inalterados independentemente da quantidade produzida, tendo como 
exemplo prático, o seguro da fábrica, o aluguel da fábrica, o imposto predial da fábrica. 
 
3.3.4 CUSTOS VARIÁVEIS 
Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com a produção 
apresentada. Na medida em que há mudanças em termos de produção, também há 
mudanças proporcionais aos custos indiretos, sendo determinantes na divulgação do 
estágio em que se encontra o processo produtivo. Os custos variáveis se alteram 
conforme a produção segundo Leitão (2009) eles variam numa totalidade conforme o 
estágio proporcional em que se encontra o processo produtivo em um determinado 
período de tempo. 
 
3.3.5 NOMENCLATURA DOS CUSTOS 
Custos de produção do período (CPP) – É a soma de um período de todos os 
Custos do processo produtivo. Para se calcular este custo, é utilizada a seguinte 
fórmula: 
CPP = MPA + MOD + CIF 
Custo de Produção do Período = Matéria Prima Aplicada + Mão de Obra Direta + 
Custo Indireto de Fabricação 
 
15 
 
Custo de produção Acabada (CPA) – É a soma de um período dos custos da 
produção acabada, é utilizada a seguinte fórmula: 
CPA = EIPE + CPP – EFPE 
Custo de Produção Acabada = Estoque Inicial
de Produtos em Elaboração + Custo de 
Produção do Período - Estoque Final de Produtos em Elaboração 
 
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) – É a soma de todos os custos durante a 
produção e que serão vendidos. Para se encontrar este custo é utilizada a seguinte 
fórmula: 
CPV = EIPA + CPA – EFPA 
Custo dos Produtos Vendidos = Estoque Inicial dos Produtos Acabados + Custo de 
Produção Acabada - Estoque Final dos Produtos Acabados 
 
3.4 MÉTODOS DE CUSTEIO 
Métodos de custeio são usados para apropriar os custos, com o intuito de 
fornecer informações essenciais para a gestão empresarial. Na década de 1920, era 
utilizado o custeio tradicional, porém, havia nesse método algumas falhas, as quais 
fizeram com o que o mesmo perdesse a importância que tinha visto que não 
correspondia às necessidades dos gestores. 
 Para Martins (2010, p. 298), as principais deficiências nesse método que 
dificulta o processo de melhoria contínua são as seguintes: 
 Distorções no custeio dos produtos, provocadas por rateios arbitrários de 
custos indiretos quando do uso dos custeios que promovem tais rateios; 
 Utilização de reduzido número de bases de rateio, nesses mesmos casos; 
 Não mensuração dos custos da não qualidade, provocados por falhas 
internas e externas tais como retrabalho e outras; 
 Não segregação dos custos das atividades que não agregam valor; 
 Não utilização do conceito de custo-meta ou custo-alvo; 
 Não consideração das medidas de desempenho de natureza não financeira, 
mais conhecidas por indicadores físicos de produtividade. 
 
16 
 
Dentre os diversos métodos de custeios, serão abordados apenas dois, tais 
como: Custeio por Absorção e Variável ou Direto. 
 
3.4.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
Nos itens 12 e 14 do Pronunciamento Técnico CPC 16 que trata da valoração 
de estoques, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC está contemplado o 
Custeio por Absorção. O mesmo é oriundo do sistema elaborado na Alemanha no 
início do século 20, conhecido por RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit). No 
método RKW, eram alocados à produção todos os gastos do período, ou seja, os 
custos e despesas. Provindo dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, o 
Custeio por Absorção também é conhecido como custeio integral. Trata-se da 
associação de todos os custos de fabricação, diretos e indiretos, fixos e variáveis. 
Neste caso, todos os gastos relacionados à produção serão repartidos para todos os 
produtos elaborados. Esse método é utilizado na Auditoria Externa, mesmo não 
sendo lógico devido ao rateio arbitrário. 
É obrigatória sua utilização na apuração do resultado e para o balanço. 
Também é adotado pela legislação comercial e fiscal, como por exemplo, para o 
pagamento do imposto de renda. 
O conceito fiscal do custeio por absorção é encontrado no Decreto-Lei nº 
1.598/77, art. 13º, § 1º, que diz o seguinte: 
 
Art. 13 - O custo de aquisição de mercadorias destinadas à 
revenda compreenderá os de transporte e seguro até o 
estabelecimento do contribuinte e os tributos devidos na aquisição 
ou importação. § 1º - O custo de produção dos bens ou serviços 
vendidos compreenderá, obrigatoriamente: a) o custo de 
aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços 
aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto 
neste artigo; 
 
Uma das vantagens na utilização desse método de custeio é que o mesmo está 
de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade. Convém lembrar que não 
é tão custoso, visto que não necessita separar os custos de manufatura nos 
 
17 
 
elementos fixos e variáveis, além de ser recomendado na obtenção de soluções à 
longo prazo. Por outro lado, há desvantagens, tais como: o rateio arbitrário, não 
oferece muita informação aos gestores para tomada de decisão e a presença dos 
custos fixos no montante, independentemente da existência da produção. O custeio 
por absorção pode ser demonstrado abaixo na figura 1: 
 
 
Figura I – Esquema do custeio por absorção 
Fonte: Adaptado de Martins, Contabilidade de Custos, 2010. 
 
3.4.2 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO 
Custeio Variável ou Direto está relacionado à separação dos gastos, indica a 
eliminação dos custos fixos, assim tendo como custo de produção apenas os custos 
variáveis, àqueles que alteram conforme o volume de produção, sejam eles diretos ou 
indiretos. Tal método não é aceito legalmente, não só no Brasil como também nos 
Estados Unidos, entre outros países. (LEONE, 2000, p. 322). 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Para uma melhor compreensão, vejamos a figura 2: 
 
Figura II – Esquema do Custeio Variável 
Fonte: Adaptado de Costa, Proposta de modelo e implementação de um sistema de apoio a decisão 
em pequenas empresas, 1998. 
 
No esquema visto, pode-se perceber que os custos fixos são levados 
diretamente à DRE como despesa do período. Portanto serão incluídos nos custos de 
produção dos bens e serviços, visto que, os mesmos acontecerão independentemente 
se houver ou não a produção. Aqui podemos destacar uma vantagem na utilização 
desse método, uma vez que os custos fixos não são analisados como encargos de 
um produto específico, mas como dever essencial para que a empresa possa produzir 
adequadamente. Outra vantagem é que esse método determina a margem de 
contribuição de cada produto, dessa forma ajudando na tomada de decisão. 
Entretanto há desvantagem, isto porque esse método não é aceitável na 
preparação de demonstração contábeis de uso externo, e para Leone (2000, p. 341) 
“as informações do custeio variável são bem aplicadas em problemas cujas soluções 
são de curto alcance no tempo”, nesse caso não é aconselhável a utilização desse 
método caso deseje soluções a longo prazo. 
 
 
19 
 
3.5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
A Margem de Contribuição é conceituada como sendo a diferença entre o preço 
de venda e a soma dos custos com as despesas variáveis de cada produto. O valor 
resultante, ou seja, o valor da margem de contribuição não é o lucro, mas sim, a 
garantia para o pagamento dos custos e das despesas fixas e para a formação do 
lucro. 
Para Nascimento (2005, p. 35), margem de contribuição é: “Diferença entre 
Receita e soma de Custo e despesa Variáveis, tem a faculdade de tornar bem mais 
facilmente visível a potencialidade de cada produto, mostrando como cada um 
contribui para, primeiramente, amortizar os gastos fixos e, depois, formar o lucro 
propriamente dito. ” 
Para uma maior compreensão, verifiquemos a figura 3: 
 
Figura 3 – Margem de Contribuição Unitária 
Fonte: Adaptado de Martins – Contabilidade de Custos, 2010. 
 
A importância da margem de contribuição é dada pela necessidade que a 
empresa tem de saber qual dos seus produtos e/ou serviços tem uma contribuição 
maior no pagamento dos custos e despesas fixas e, posteriormente, na obtenção do 
lucro. Podemos perceber na figura 5 que o produto “B” possui uma maior contribuição. 
Dessa forma, a venda do mesmo deve ser incentivada, e em seguida, a venda do 
produto “C” e, por último do produto “A”. 
Para se chegar à margem de contribuição total é necessário multiplicar a MC 
unitária pela quantidade de produtos e, em seguida, somar com as demais margens. 
Este procedimento pode ser visto na figura a seguir: 
 
 
20 
 
 
Figura 4 – Margem de Contribuição Total 
Fonte: Adaptado de Martins – Contabilidade de Custos, 2010. 
 
3.6 CUSTOS PARA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES 
3.6.1 ESQUEMA BÁSICO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS 
O esquema básico da contabilidade de custos é utilizado para avaliar o estoque 
de uma determinada empresa para fins legais (fiscais e societários), e consiste em 
três passos: 
 1° passo: Separação entre custos e despesas; 
 2° passo: Apropriação dos custos diretos (sobre produtos e serviços); 
 3° passo: Apropriação dos custos indiretos (rateio dos custos). 
Exemplo: 
1° Passo: Separação entre custos e despesas: 
Gastos da empresa XY no mês de janeiro:
GASTOS VALORES EM R$ 
Comissão de Vendedores R$ 75.000,00 
Salários de Fábrica R$ 115.000,00 
Matéria Prima Consumida R$ 330.000,00 
Salário da Administração R$ 85.000,00 
Depreciação na Fábrica R$ 50.000,00 
Seguros da Fábrica R$ 8.000,00 
Despesas Financeiras R$ 24.000,00 
Honorário da Diretoria R$ 36.000,00 
Materiais Diversos - Fábrica R$ 15.000,00 
Energia Elétrica - Fábrica R$ 75.000,00 
Manutenção - Fábrica R$ 55.000,00 
 
21 
 
Despesas com Entregas R$ 31.000,00 
Correios, Telefone e internet R$ 4.000,00 
Material de Consumo - Escritório R$ 7.000,00 
TOTAL DE GASTOS/ JANEIRO R$ 910.000,00 
Tabela 1 – Gastos da Empresa 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
É necessário que seja feita a separação entre custo (tudo que estiver 
relacionado à produção) e despesa. 
CUSTO DE PRODUÇÃO (Produto) VALORES EM R$ 
Salários de Fábrica R$ 115.000,00 
Matéria Prima Consumida R$ 330.000,00 
Depreciação na Fábrica R$ 50.000,00 
Seguros da Fábrica R$ 8.000,00 
Materiais Diversos - Fábrica R$ 15.000,00 
Energia Elétrica - Fábrica R$ 75.000,00 
Manutenção - Fábrica R$ 55.000,00 
TOTAL R$ 648.000,00 
Tabela 2 – Custo de Produção 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
DESPESAS ADMINISTRATIVAS VALORES EM R$ 
Salário da Administração R$ 85.000,00 
Honorário da Diretoria R$ 36.000,00 
Correios, Telefone e internet R$ 4.000,00 
Material de Consumo - Escritório R$ 7.000,00 
TOTAL R$ 132.000,00 
Tabela 3 – Despesas Administrativas 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
DESPESAS DE VENDAS VALORES EM R$ 
Comissão de Vendedores R$ 75.000,00 
Despesas com Entregas R$ 31.000,00 
TOTAL R$ 100.000,00 
Tabela 4 – Despesas de Vendas 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
DESPESAS FINANCEIRAS R$ 24.000,00 
Tabela 5 – Despesas Financeiras 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
2° Passo: Apropriação dos Custos Diretos 
 Neste segundo passo será feito a separação dos custos que implicam 
diretamente aos produtos. Digamos que a empresa XY fabrique dois produtos “A” e 
“B”, será necessário que sejam distribuídos os custos de cada produto, como a seguir: 
MATÉRIA PRIMA VALORES EM R$ 
Produto "A" R$ 188.000,00 
Produto "B" R$ 142.000,00 
TOTAL R$ 330.000,00 
Tabela 6 – Divisão: Matéria Prima 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
Para a mão de obra não basta apenas fazer a distribuição dos valores pelos 
produtos, mas, o rateio de mão de obra indireta e mão de obra direta por produto: 
MÃO DE OBRA: 
Indireta R$ 20.000,00 
Direta R$ 95.000,00 
Produto "A" R$ 53.000,00 
Produto "B" R$ 42.000,00 
TOTAL: R$ 115.000,00 
Tabela 7 – Mão de Obra 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
23 
 
Desta forma os R$ 95.000,00 serão atribuídos diretamente aos produtos, tendo 
cada produto seu valor e os R$ 20.000,00 serão adicionados aos custos indiretos. 
A verificação de Energia Elétrica será feito através de rateio, pois o consumo 
na fabricação dos produtos durante o mês, R$ 35.000,00 é diretamente atribuído e R$ 
40.000,00 são alocáveis, pois não existem medidores em todas as máquinas: 
ENERGIA ELÉTRICA 
Indireta R$ 35.000,00 
Direta R$ 40.000,00 
Produto "A" R$ 24.000,00 
Produto "B" R$ 16.000,00 
 TOTAL: R$ 75.000,00 
Tabela 8 – Energia Elétrica 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
Resumo: 
 
 DIRETOS 
 Produto "A" Produto "B" INDIRETO TOTAL 
Matéria Prima R$ 188.000,00 R$ 142.000,00 - R$ 330.000,00 
Mão de Obra R$ 53.000,00 R$ 42.000,00 R$ 20.000,00 R$ 115.000,00 
Energia Elétrica R$ 24.000,00 R$ 16.000,00 R$ 35.000,00 R$ 75.000,00 
Depreciação - - R$ 50.000,00 R$ 50.000,00 
Seguros - - R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 
Materiais Diversos - - R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 
Manutenção - - R$ 55.000,00 R$ 55.000,00 
TOTAL R$ 265.000,00 R$ 200.000,00 R$ 183.000,00 R$ 648.000,00 
Tabela 9 – Resumo de custos 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
Do total dos custos de R$ 648.000,00 são distribuídos os R$ 465.000,00 aos 
que já estão ligados diretamente aos produtos e R$ 183.000,00 aos custos indiretos 
que precisam ser apropriados. 
 
 
24 
 
3° Passo: Apropriação dos custos indiretos 
 
 
Tabela 10 – Apropriação de Custos 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
Agora serão analisadas formas de distribuir os custos indiretos. A opção mais 
simples seria alocar aos produtos “A” e “B” os custos diretos proporcionalmente ao 
que cada um já recebeu, conforme a tabela acima: 
A primeira coluna fornece em reais e em porcentagem ao custos diretos 
separados por produto, a segunda coluna fornece em reais e em porcentagem 
também separados por produto a parte de custos indiretos, e por último o total dos 
custos. Esquema básico, dessa maneira: 
Figura 5 – Distribuição de Custos 
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva. 
 
 
CUSTOS 
DIRETOS 
CUSTOS 
INDIRETOS 
 $ % $ % TOTAL 
Produto 
"A" R$ 265.000,00 56,98% R$ 104.273,40 56,98% R$ 369.310,00 
Produto 
"B" R$ 200.000,00 43,02% R$ 78.726,60 43,02% R$ 278.690,00 
TOTAL R$ 465.000,00 100% R$ 183.000,00 100% R$ 648.000,00 
 
25 
 
Sobre custo: Todos os custos que aconteceram em um determinado período só irão 
completamente para o resultado do mesmo período se após a fabricação não houver 
estoque final. 
Sobre despesas: Serão sempre debitadas ao resultado do período que aconteceram, 
sendo assim que ocorre o custeio por absorção. 
 
3.7 PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS INDÚSTRIAIS 
3.7.1 PRINCÍPIO DA REALIZAÇÃO DA RECEITA 
Este princípio fixa a conduta de só haver reconhecimento contábil quando a 
receita for realizada, ou seja, quando houver a transferência do bem para o 
comprador. 
 Também na apuração do resultado, só pode ser considerado se houver esta 
transferência, sendo possível apenas de tal crédito. 
“Do ponto de vista econômico, o lucro já surge durante a elaboração do produto, pois 
há agregação de valores nessa fase, inclusive do próprio resultado, mesmo que ainda 
numa forma potencial, sem se concretizar em dinheiro, direitos a recebimentos futuros 
ou outros ativos.” (MARTINS, 2010 p. 31). 
O autor Martins (2010) ilustra a visão econômica, já que quando a matéria prima 
é ativada já se planeja e espera o retorno deste investimento, porém seguindo este 
princípio contábil, apenas será reconhecido com a receita realizada. 
Através deste princípio os gastos relativos ao processo de produção serão 
contabilizados como estoques e quando a receita for realizada e houver a apuração 
do resultado se transformará em despesa. 
 
3.7.2 PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA OU DA CONFRONTAÇÃO ENTRE 
RECEITAS E DESPESAS 
O princípio da confrontação entre despesas e receitas respeita o princípio da 
realização de receita, em que só o reconhecimento contábil após a realização da 
receita se complementa, onde toda a despesa está atrelada a uma receita. 
 
26 
 
Existem resumidamente dois tipos de despesas, as ligadas à produção de 
produtos e despesas administrativas, que não estão ligadas diretamente a um 
determinado produto, mas englobam todo o processo para obtenção da receita. 
 
3.7.3 PRINCÍPIO DO CUSTO HISTÓRICO COMO BASE DE VALOR 
Este princípio aborda a forma como o valor de determinado bem será 
contabilizado. O valor histórico é o valor pago pela aquisição do bem, independente 
da variação que pode ocorrer, como exemplo da inflação. 
Um produto comprado e estocado por um ano será considerado o valor 
histórico, ou seja, o valor original de entrada, mas um ano após a compra deste 
produto poderá ocorrer inflação e este valor já pode não ser mais o valor real. 
“Quando se acumulam custos de dois, três ou mais meses para se produzir um bem 
ou serviço, tem-se puro custo histórico um instrumento paupérrimo de informações. O 
correto, tecnicamente, seria transformar esses diversos custos originados em 
momentos diferentes em quantidades de moeda constante” (MARTINS, 2010, p. 33 e 
34). 
Porém
a legislação ainda segue o princípio de valor histórico e as empresas 
acabam por realizar os cálculos reais de maneira paralela, para obter um controle real 
dos custos. 
 
3.7.4 PRINCÍPIO DA CONSISTÊNCIA E UNIFORMIDADE 
Existem vários princípios a serem adotados, porém o princípio da consistência 
e uniformidade determina que exista um critério a seguir, a alternativa escolhida deve 
ser consistente. 
Para exemplificar, após a escolha de um método de controle de estoque, caso 
seja necessária uma alteração, é a organização quem deve arcar com a diferença 
para que não haja desvantagens a outras partes interessadas. 
 
 
27 
 
3.7.5 PRINCÍPIO DO CONSERVADORISMO OU PRUDÊNCIA 
A Prudência e o Conservadorismo são condutas já conhecidas dos 
profissionais de contabilidade e se aplicam a todos os ramos da área, fazendo parte 
dos princípios básicos, sendo um dos mais importantes. 
Em caso de dúvida em relação a melhor opção, ou possibilidade de não receber 
por algum bem vendido ou serviço prestado, este princípio indica optar sempre pelo 
caminho mais tradicional. 
“Se existir dúvidas sobre contabilizar um item como parte do Patrimônio Líquido ou 
das dívidas, deve também ser adotada a alternativa mais conservadora, isto é, a que 
avaliar pela forma mais precavida ao Patrimônio Líquido. ” (MARTINS, 2010 p. 36) 
 
3.7.6 PRINCÍPIO DA MATERIALIDADE OU RELEVÂNCIA 
Este princípio se refere a forma de contabilização de um bem de acordo com 
seu valor. Quando o valor for irrisório dentro de um gasto total, fica desobrigada a 
contabilização exata. Nesses casos estes custos são englobados em custo maior, 
tornando-se parte do processo e simplificando a forma de contabilização e baixa de 
estoque. 
 
4. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
As demonstrações contábeis são essenciais para que uma organização 
financeira, sócios da empresa ou um investidor possa tomar suas decisões. Através 
delas é possível conseguir financiamentos bancários, pois demonstra se a empresa 
pode ou não arcar com a dívida proposta ou analisar se os seus investimentos estão 
surtindo efeito, ou até mesmo avaliar se o montante de seus gastos e custos estão 
condizentes com o retorno da empresa. 
De uma maneira geral, podemos dizer que as demonstrações são as principais 
informantes da saúde de uma empresa e ela é composta por: 
 Um Balanço Patrimonial, sendo este um resumo dos diretos e deveres da 
empresa; 
 Relatório de apuração dos lucros e/ou prejuízos acumulados; 
 
28 
 
 Demonstração do Resultado do Exercício; 
 Demonstração do Fluxo de Caixa; 
 Demonstração do Valor Adicionado, quando se tratar de uma companhia 
aberta; 
 Demonstração do valor correspondente à mutação do patrimônio líquido da 
empresa; 
 Notas Explicativas e quadros analíticos ou outra que possa ilustrar a 
situação patrimonial. 
 
O Balanço Patrimonial é dividido em passivo, ativo e patrimônio líquido. 
O ativo é referente aos bens e direitos da organização. Neles entram os 
investimentos, os valores a receber, o valor que existe em estoque, caixa, banco, entre 
outras contas. 
O passivo são as obrigações com o Fisco, com as instituições bancárias e 
terceiros. O Patrimônio Líquido é composto por nada mais que os recursos próprios 
da entidade, ou suas obrigações perante os sócios. Pode se dizer que é o resultado 
entre o passivo e o ativo. 
A demonstração de lucros ou prejuízos fornece o saldo do início do ano e todos os 
ajustes que foram necessários como, por exemplo, uma correção de saldo, as 
transferências que foram feitas para a reserva e o lucro obtido. 
 
Tabela 11 – Estrutura do balanço patrimonial 
Fonte: www.dinheiroinvestimentoelazer.com 
 
 
29 
 
A demonstração do resultado do exercício mostra as receitas brutas de tudo 
que foi vendido ou recebido através da prestação de serviço, além dos abatimentos 
das despesas/custos e dos impostos pagos. 
Tabela 12 – Estrutura básica da demonstração de resultado do exercício. 
Fonte: www.blog.cefis.com.br 
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) indica quais foram as saídas e 
entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo. Assim como 
a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica 
e deve ser incluída no balanço patrimonial. 
Estrutura Básica da Demonstração de Resultado do Exercício 
 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
Vendas de Produtos 
Vendas de Mercadorias 
Prestação de Serviços 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
Devoluções de Vendas 
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas 
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 
 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas Administrativas 
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LIQUIDAS 
Receitas Financeiras 
Variações Monetárias e Cambiais Ativas 
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS 
 
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E CSLL 
 
(-) PROVISÃO PARA IR E CSLL 
 
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 
(-) Pró Labore 
= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCICIO 
 
30 
 
Estrutura Básica de Demonstração do Fluxo de Caixa 
Das Atividades Operacionais 
(+) Recebimentos de clientes e outros 
(-) Pagamentos a fornecedores 
(-) Pagamentos a funcionários 
(-) Recolhimentos ao Governo 
(-) Pagamentos a credores diversos 
= Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades Operacionais 
Das Atividades de Investimentos 
(+) Recebimento de venda de imobilizado 
(-) Aquisição de Ativo Permanente 
(+) Recebimento de dividendos 
= Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades de Investimentos 
Das Atividades de Financiamentos 
(+) Novos empréstimos 
(-) Amortizações de empréstimos 
(+) Emissão de debentures 
(+) Integralização de Capital 
(-) Pagamento de dividendos 
= Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades de Financiamentos 
Aumento / Diminuição nas Disponibilidades 
DISPONIBILDADES - no início do período 
DISPONIBILDADES - no final do período 
Tabela 13 - Estrutura Básica de Demonstração do Fluxo de Caixa 
Fonte: https://portaldeauditoria.com.br/demonstracao-fluxo-de-caixa/ 
 
As chamadas notas explicativas têm a função de constar todas as informações 
relativas ao princípio contábil aplicado, bem como informações adicionais que se 
façam necessárias para uma boa análise e interpretação dos números. 
A demonstração contábil irá proporcionar um verdadeiro fato financeiro de sua 
empresa, com isso possibilitará a abertura de novos caminhos, novos investimentos 
ou quando necessários, ajustes e alterações na condução dos negócios para que 
sejam realizados. 
 
31 
 
Ter as Demonstrações Contábeis é obrigatório de acordo com o Código Civil, 
e isso independentemente do tipo de tributação da empresa. Ela será feita pelo 
escritório de contabilidade contratado e, através dela, será possível identificar como 
melhorar os resultados visando o crescimento dos negócios. 
 
4.1 DA CONTABILIDADE À ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
As empresas, inseridas no mundo em suas transformações, urgem obter 
informações rápidas, precisas e objetivas acerca de sua situação financeira, 
patrimonial e econômica. Dentro do conceito acima descrito, a contabilidade é um 
instrumento fundamental para auxiliar a administração moderna, pois sua finalidade é 
"estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre sua composição e 
variações, bem como sobre os resultados econômicos decorrentes da gestão da 
riqueza patrimonial." (FRANCO, 1992, p. 20). 
Buscando atender esta necessidade a análise de balanços assume importância 
significativa, sendo como "a arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo 
econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas 
extensões e detalhamentos, se for o caso". Por isso, segundo Matarazzo (1998, p. 
13), a análise de balanços "começa onde termina o trabalho do contador", pois ele vai 
além dos relatórios, traduzindo os dados obtidos em
informações acessíveis aos 
administradores, auxiliando na tomada de decisões, bem como aos demais usuários 
da contabilidade. 
Quanto melhor a qualidade da informação, mais eficaz será o trabalho. Deste 
modo a quantidade e a qualidade de informações reveladas na análise de balanço 
proporcionarão um melhor e mais fácil entendimento das demonstrações, podendo 
ser realizados comparativos entre períodos como evolução, previsto e realizado, 
transparecendo a situação e o desempenho da empresa. 
 
4.2 ANÁLISE DE ENDIVIDAMENTO 
A situação de uma empresa em relação a sua dívida pode ser identificada 
através do seu grau de endividamento como também de sua capacidade de pagar tais 
 
32 
 
dívidas. Esta análise tem o objetivo de indicar a participação do montante de recursos 
de terceiros utilizados pela empresa com relação ao seu capital próprio. Em geral, o 
administrador financeiro está mais preocupado com os empréstimos a longo prazo, 
onde acarreta mais juros. Os credores também se preocupam com o grau de 
endividamento da empresa e a capacidade de pagamento, pois quanto mais 
endividada a empresa estiver, maior será a probabilidade de não honrar seus 
compromissos com seus credores. 
As principais medidas de endividamento e estrutura são descritas a seguir: 
Participação de Capitais de Terceiros: também pode ser chamado de grau de 
endividamento, indica quanto a empresa adquiriu de Capitais de Terceiros para cada 
1 (uma) unidade monetária de capital próprio investido, ou seja, neste índice pode-se 
verificar a proporção entre os capitais de terceiros (Passivo Circulante + Exigível a 
Longo Prazo) e o patrimônio líquido (Capital Próprio) utilizado pela empresa. 
Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação capital de 
terceiros/patrimônio líquido menor a liberdade de decisões financeiras da empresa ou 
maior dependência a esses Terceiros. 
Já do ponto de vista da obtenção de lucro, pode ser vantajoso para empresa 
trabalhar com capitais de terceiros, se a remuneração para esses capitais for menor 
que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios. 
 
5. ANÁLISE DE RENTABILIDADE 
Os índices de rentabilidade visam avaliar os resultados auferidos pela empresa, 
ou seja, mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto renderam 
os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa. As 
principais bases de comparação adotadas para o estudo dos resultados empresariais 
são o ativo total, o patrimônio líquido e as receitas de vendas. Os resultados 
normalmente utilizados, por sua vez, são o Lucro Operacional (lucro gerado pelos 
ativos) e o Lucro Líquido (após o Imposto de Renda). Todos esses valores financeiros 
devem estar expressos em moeda de mesmo poder de compra. 
 
 
33 
 
5.1 LIQUIDEZ IMEDIATA 
Também chamada de instantânea ou absoluta, é a capacidade financeira da 
empresa em pagar suas obrigações de curto prazo (Passivo Circulante), utilizando-se 
de suas disponibilidades em caixa, bancos e aplicações financeiras em curtíssimo 
prazo. 
 
5.2 LIQUIDEZ CORRENTE 
Também conhecida por normal ou comum, mostra a posição no caso de 
utilização total do seu ativo circulante para pagamento total do seu passivo circulante. 
 
5.3 LIQUIDEZ SECA 
Chamada também de ácida, é a capacidade financeira da empresa em honrar 
suas dívidas em curtíssimo prazo (Passivo Circulante), valendo-se de seus ativos 
mais líquidos. Os estoques são excluídos por representarem bens que não têm data 
definida de realização financeira, pois se trata dos ativos de menor liquidez, que ainda 
necessitam ser processados (manufaturados) e vendidos, havendo o risco de que o 
ciclo operacional não seja completado por alguma razão. 
 
5.4 LIQUIDEZ GERAL 
Denominada de total, é a capacidade financeira da empresa de pagar todas 
suas dívidas de curto e longo prazo. 
 
5.5 INVESTIMENTO 
As entidades, tendo em vista a consecução dos seus negócios, podem aplicar 
recursos próprios por meio da participação acionária em outras entidades. Além disso, 
outro fato comumente visto nas empresas são os investimentos em algum ativo que 
não se destine à manutenção da atividade principal e que, em função disso, passa a 
 
34 
 
ser um direito de qualquer natureza não circulante e, consequentemente, deve ser 
classificado no subgrupo investimentos, no passivo não circulante. 
 Devem ser registrados em investimentos: 
 As participações permanentes em outras sociedades e; 
 Os direitos de qualquer natureza no ativo realizável a longo prazo que não se 
destinem à manutenção da atividade da empresa, ou seja, não se refiram a 
ativos imobilizados ou intangíveis. 
 As sociedades investidoras estão interessadas em complementar e diversificar 
as atividades desenvolvidas, além de destinar o ganho obtido para 
manutenção e obtenção de incentivos fiscais em projetos de sua iniciativa. 
 
6. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS 
Os investimentos em participações no capital social de outras sociedades, 
exceto os avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial, de acordo com a lei 
6.404/76, serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas 
prováveis na realização do seu valor, desde que esta perda esteja comprovada. 
De acordo com o inciso I do art. 183 da lei 6.404/76, com redação dada pela lei 
11.638/07 e pela lei 11.941/09, as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive 
derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no 
realizável a longo prazo serão avaliados: 
Pelo seu valor justo, cujo ativo possa ser negociado, ou um passivo liquidado, 
entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a 
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação. Isso quando se 
tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; 
Pelo valor de custo de aquisição, ajustado ao valor provável de realização, 
quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de 
crédito. 
Um investimento ou uma participação de uma entidade em instrumentos 
patrimoniais (normalmente ações ou cotas do capital social) de outra entidade pode 
se qualificar como um: 
 
35 
 
 Investimento em controlada, avaliado pelo método da equivalência patrimonial 
no balanço individual conforme os pronunciamentos, interpretações e 
orientações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) (mas não pelas 
normas do IASB, já que as normas emitidas pelo IASB não tratam das 
demonstrações contábeis individuais da controladora); 
 
 Investimento em coligada e em empreendimento controlado em conjunto, 
avaliado pelo método da equivalência patrimonial, tanto no balanço individual, 
quanto no balanço consolidado da controladora quando esta tiver, direta ou 
indiretamente, influência significativa ou controle conjunto sobre outra 
sociedade, tanto como parte dos pronunciamentos, interpretações e 
orientações do CPC, quanto das normas internacionais de contabilidade; 
 
 Investimento em controlada, em empreendimento controlado em conjunto ou 
em coligada, mantido por entidades de investimento, enquadradas nos itens 
27 e 28 do Pronunciamento Técnico CPC 36, avaliado ao valor justo contra o 
resultado; 
 Investimento tratado como ativo avaliado ao valor justo (ou ao custo quando 
não for possível uma mensuração confiável a valor justo), tanto no balanço 
individual da investidora, quanto no consolidado e nunca pela equivalência 
patrimonial, tanto como parte das práticas contábeis brasileiras quanto das 
normas internacionais de contabilidade; 
 Investimento em coligada, em controlada ou em empreendimento controlado 
em conjunto apresentado em demonstração separada, avaliado ao valor justo 
ou ao custo, nunca pela equivalência patrimonial, tanto como parte das 
práticas contábeis brasileiras quanto das normas internacionais de 
contabilidade.
Existem três métodos para avaliação dos investimentos e eles serão descritos 
a seguir. 
 
36 
 
Método de Custo: Nesse método, os investimentos são avaliados segundo o 
art. 183, III, da lei 6.404/76, ao preço de custo (valor contábil; valor realmente gasto 
na aquisição), deduzido da provisão para perdas permanentes. 
São avaliados pelo método de custo todos os investimentos na forma de ações ou 
quotas, de caráter permanente, inferior a 20% do capital votante de outra sociedade. 
Em relação às companhias abertas e demais sociedades sujeitas às normas 
emitidas pelo CPC, essas participações somente serão avaliadas pelo método de 
custo se não existir preço de mercado cotado em um mercado ativo, ou cujo valor 
justo não possa ser mensurado com confiabilidades, se não for o caso, os 
investimentos serão avaliados pelo seu valor justo. 
Nesse método o investidor não possui controle nem influência significativa, isto 
é, o investimento representa menos de 20% do capital votante. Se possuísse controle 
teria mais de 50%. No caso da influência significativa, teria mais de 20%. 
 
7. MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 
Os investimentos de caráter permanentes que devem ser avaliados pelo MEP 
estão descritos no art. 248 da lei 6.404/76, com redação dada pela lei 11.941/09. 
Investimentos em participações em outras companhias que lhe garantam 
influência ou controle, o que caracteriza estas investidoras como coligadas ou 
controladas respectivamente. 
Dá o direito à investidora de atualizar o investimento a partir dos resultados do 
patrimônio da investida. As sociedades que devem ser avaliadas pelo MEP são: 
 Controladas; 
 Coligadas; 
 Sociedades que façam parte do mesmo grupo; 
 Sociedades que estejam sob controle comum. 
 
 
37 
 
O ganho por MEP estará registrado no resultado operacional e representado 
na conta de ativo não circulante até que seja realizado através da distribuição de 
dividendos. 
 
7.1 CONTROLE DIRETO OU INDIRETO 
O controle acionário pode ser direto ou indireto, ou seja, por meio de outras 
controladas. É importante destacar que o conceito adotado pela Lei das Sociedades 
por Ações é o de controle e não de propriedade. 
Exemplos: 
 A empresa A possui 100% do capital votante da empresa B: Controle direto de 
subsidiária integral. 
 A empresa A possui 60% do capital votante da empresa B: Controle direto de 
controlada. 
 A empresa A possui 90% do capital da empresa C, indiretamente por meio da 
controlada (60% de investimento): Controle indireto através de uma única 
controlada. 
No último caso, observa-se que, embora a empresa A possua 54% (60% de 
90%) das ações da empresa C (propriedade), em termos de controle a empresa A 
possui 90% das ações, pois na assembleia geral da empresa C a empresa A, por ter 
a maioria das ações de B, determinará as decisões que B tomará nessa assembleia. 
 
7.2 DIVIDENDOS 
Dividendo é o montante do lucro que se divide pelo número de ações. É a 
parcela de lucro relativa a cada ação, o rendimento proporcionado pela ação. 
O art. 202 da lei 6.404/76, alterado pela lei 10.303/01, estabelece: “Os 
acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a 
parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância 
determinada de acordo com as seguintes normas: 
 
38 
 
I – Metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: 
Importância destinada à constituição da reserva legal; e Importância destinada à 
formação da reserva para contingência, e reversão da mesma reserva formada em 
exercícios anteriores; 
II – O pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado 
ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a 
diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar; 
III – Os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não 
tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser 
acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização”. 
O dividendo obrigatório é devido a todas as ações, sejam ordinárias ou 
preferenciais. O cálculo deve ser feito a partir da seguinte maneira: 
(+) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
(-) PREJUÍZOS ACUMULADOS 
(-) RESERVA LEGAL 
(-) RESERVA PARA CONTINGÊNCIA 
(+) REVERSÃO DE RESERVA PARA CONTINGÊNCIA 
(=) LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO ANTES DA RLR 
(X) PERCENTUAL ESTABELECIDO NO ESTATUTO 
(=) DIVIDENDO OBRIGATÓRIO ANTES DA RLR 
(-) RESERVA DE LUCROS A REALIZAR 
(+) REALIZAÇÃO DE RESERVA DE LUCROS A REALIZAR 
(=) DIVIDENDO OBRIGATÓRIO 
Tabela 14 – Cálculo – Dividendo. 
Fonte: Tabela elaborada por Weyla Ferreira da Cruz 
 
7.3 ANÁLISE HORIZONTAL 
A análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma 
conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um 
processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números – índices, sendo 
seus cálculos processados de acordo com a seguinte expressão: 
 
39 
 
Número – índice = x 100 
Pela identidade revela-se que o número – índice é a relação existente entre o 
valor de uma conta contábil (ou grupo de contas) em determinada data e seu valor 
obtido na data base. Em outras palavras, representa um valor monetário identificado 
no exercício que se pretende comparar por meio de um índice, e exprime esse mesmo 
valor apurado no exercício em que se efetua a comparação. 
De acordo com o que ficou demonstrado, é um processo de estudo que permite 
avaliar a evolução verificada nos diversos elementos das demonstrações contábeis 
ao longo do tempo. A grande importância dessa técnica é bem clara: permite que se 
analise a tendência passada e futura de cada valor contábil. 
 
7.4 ANÁLISE VERTICAL 
A análise vertical é também um processo comparativo, expresso com 
porcentagem, que se aplica ao relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor 
a fim de relacionável, identificando no mesmo demonstrativo. 
Dessa forma, dispondo-se dos valores absolutos e forma vertical, pode-se 
apurar facilmente a participação relativa de cada item contábil no ativo, no passivo ou 
na demonstração de resultado, e sua evolução no tempo. 
Ao ser processado um estudo comparativo das demonstrações contábeis de 
uma empresa, é importante que sejam utilizadas tanto análise horizontal como a 
vertical, a fim de melhor identificar as várias mutações sofridas por seus elementos 
contábeis. 
 
8. DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
Essa demonstração retrata as movimentações ocorridas na conta patrimonial 
de lucros ou prejuízos acumulados, é legalmente obrigatória para praticamente todas 
as sociedades. 
De acordo com o art. Da Lei das S.A. nos incisos I, II e III, representa a seguinte 
discriminação na demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados: 
 
40 
 
I – O saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção 
monetária do saldo inicial; 
II – As reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; 
III – As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada 
ao capital e o saldo ao fim do período. 
Estrutura da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados 
Saldo inicial da conta "Lucros/Prejuízos Acumulados" (final do exercício anterior) 
(±) Ajustes de exercícios anteriores 
(+) Correção monetária do saldo inicial (extinta) 
(-) Dividendos extraordinários 
(-) Valor dos lucros incorporado ao capital 
(+) Reversões de reservas 
(±) Lucro/Prejuízo líquido do exercício 
(=) Lucros/Prejuízos acumulados antes da proposta de destinação 
(-) Proposta de destinação do lucro 
Transferências para Reservas 
Reserva Legal 
Reservas Estatutárias 
Reservas para Contingências 
Reservas de Lucros a Realizar 
Outras Reservas de Lucros 
Dividendos Propostos 
(=) Saldo Final da conta "Lucros/Prejuízos Acumulados"
Tabela 15 - Estrutura da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados 
Fonte: Tabela elaborada por Weyla Ferreira da Cruz 
 
8.1 AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 
Os “ajustes de exercícios anteriores” referem-se às mutações havidas em 
decorrências alteração do critério contábil adotado pela empresa, ou a erros e 
omissões cometidos em exercícios anteriores, os quais irão alterar a estrutura final de 
seu patrimônio líquido. Podemos citar alguns exemplos de mudança do critério 
contábil, como alteração do critério de avaliação dos estoques, resolvendo a empresa 
 
41 
 
utilizar o custo médio ponderado em substituição ao PEPS e adoção do método de 
equivalência patrimonial no lugar do método do custo corrigido na avaliação de 
investimento. 
 
8.1.2 DIVIDENDOS EXTRAORDINÁRIOS 
Os dividendos extraordinários referem-se às distribuições de lucros realizadas 
pela sociedade adicionalmente ao valor estatutariamente previsto nos dividendos 
mínimo obrigatório e preferencial. Na prática, muitas vezes esses dividendos 
extraordinários são denominados “bonificações em dinheiro”. 
 
8.1.3 VALOR DOS LUCROS INCORPORADOS 
Identifica a parcela dos lucros da sociedade que foi canalizada para aumento 
do capital social. 
 
8.2 REVERSÕES DE RESERVAS 
As parcelas do lucro líquido de exercícios anteriores que foram destinadas à 
constituição de reservas serão convertidas, no todo ou em parte, quando não existir 
mais razão para sua manutenção. 
Deve-se destacar que, para efeitos de elaboração dessa demonstração, não se 
deverão especificar as reversões de provisões (reversão do saldo de provisão para 
devedores duvidosos, ou qualquer outra forma de provisão), as quais são bem mais 
consideradas quando do cálculo dos resultados do exercício. 
8.2.1 LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
Representa o lucro ou prejuízo exatamente como apurado na demonstração do 
resultado do exercício, e transferido (após as deduções das várias participações nos 
lucros debenturistas, empregados) diretamente para a demonstração dos lucros ou 
prejuízos acumulados. 
 
 
42 
 
8.2.2 RENTABILIDADE E SEGURANÇA 
No que se trata sobre as aplicações em curto prazo, verifica-se que a empresa, 
ao pleitear maior segurança, ou menor risco financeiro em suas operações, 
preocupar-se-á em manter seu capital circulante líquido em níveis mais elevados. 
Entretanto, ao atribuir maior prioridade ao incremento de sua rentabilidade, procurará 
reduzir o volume de seu capital de giro por meio de uma utilização maior de capitais 
de terceiros resgatáveis em curto prazo. É isso que constitui o dilema da administração 
do capital de giro: segurança (liquidez) X rentabilidade. 
Os dois conceitos variam de maneira inversa, ou seja, um aumento da liquidez 
(ou redução do risco) acarreta um decréscimo da rentabilidade. 
 
8.3 CUSTO DO INVESTIMENTO EM CAPITAL DE GIRO 
O estudo do capital de giro envolve essencialmente as atividades de natureza 
operacional da empresa, identificadas nas fases de compra, pagamento, fabricação, 
venda e cobrança. Em cada fase a empresa deve tomar diversas decisões com 
relação aos investimentos operacionais necessários, como: 
 Compras: quanto e quando comprar; 
 Fabricação: capacidade de produção, tecnologia empregada; 
 Venda: condições de venda (à vista, a prazo); 
 Cobrança: política de cobrança, inadimplência; 
 Pagamentos: recursos disponíveis ou novas captações. 
 
9. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE 
Normalmente a teoria da contabilidade admite a necessidade de hierarquizar 
conceitos, evidenciando que em tudo há hierarquia e que existem muitos teóricos que 
admitem divisões nos princípios. É proposta a seguinte hierarquia: 
 Postulados - Ambientais da contabilidade; 
 Princípios Contábeis - São preceitos básicos que devem orientar os registros 
contábeis, mutáveis no tempo sujeitos a discussão; 
 
43 
 
 Convenções - São restrições, delimitações, condicionamentos de aplicação 
aos princípios contábeis. 
Os princípios contábeis são: Custo histórico; denominador comum monetário; 
Realização da Receita; Confrontação da Despesa. 
 
9.1 SISTEMA DE CONTABILIDADE 
O sistema de contabilidade é o conjunto de atividades contábeis compatíveis 
que vai desde a compreensão da atividade empresarial, passando pela análise e 
interpretação de cada fato contábil isoladamente, sua contabilização, até a elaboração 
das demonstrações financeiras. Sua análise, interpretação e recomendações 
aperfeiçoarão o desempenho da empresa. 
Muitas alternativas poderiam surgir na escolha de um sistema: 
 Sua procedência: norte-americano, francês, italiano; 
 Sua abordagem principal: sistema estruturalista, custo por absorção, custeio 
direto, custo-padrão; 
 Forma de processamento: sistema manual, maquinizado, mecanizado ou 
eletrônico; 
 E fabricantes de equipamentos: Ruf, IBM, National, Zornita, Front Feed, 
Olivetti, entre outros. 
 
9.2 INSTRUMENTOS FINANCEIROS (DERIVADOS) 
É um contrato definido entre duas partes no qual se definem pagamentos 
futuros baseados no comportamento dos preços de um ativo de mercado, em resumo 
podemos dizer que um derivativo é um contrato cujo valor vem de outro ativo. O que 
se denomina por derivativo pode ser negociado em uma série de mercados quais 
sejam: mercado a termo, mercado futuro e mercado de opções. 
 
9.2.1 CONTROLE PERMANENTE DE ESTOQUE E DE INVENTÁRIOS 
As empresas que operam com mercadorias de elevado valor unitário, tais como 
automóveis, televisores e outras máquinas e aparelhos valiosos, utilizam o controle 
 
44 
 
de estoque permanente ou inventário permanente dos estoques, mesmo porque o 
número de operações é reduzido, tanto de compra como de vendas. Isto permite 
examinar as notas fiscais, elaborar o registro nas fichas, calcular o custo da venda 
(CMV) de cada unidade. 
O CMV é facilmente acumulado após o cálculo direto, esse processo baseia-se 
em um conjunto de fichas sob controle que evidencia o custo de artigo que permanece 
no estoque. 
 
9.2.2 APURAÇÃO DO CMV 
Os custos são multiplicados pelas quantidades e obtidos os valores de cada 
item, estes deverão ser somados para efetuar a contabilização do valor total do 
inventário e para obter na contabilidade o CMV do período. 
 
9.2.3 CUSTO OU MERCADO (VALOR JUSTO) 
É a convenção do conservadorismo que determina a avaliação dos ativos pelo 
menor valor, assim como dos passivos pelo maior valor. Acontece que nem sempre a 
legislação concorda, pois, os exageros reduzem indevidamente o lucro tributável, 
provocando a evasão de rendas. 
 
10. INVESTIMENTOS 
São aplicações relativamente permanentes, com propensão a produzir renda 
para a empresa. São participações voluntárias ou incentivadas em empresas e direitos 
de propriedade, não enquadráveis no ativo circulante, nem no realizável a longo prazo, 
nem mesmo no imobilizado, pois não se destinam à atividade operacional da empresa. 
 
 
 
 
45 
 
10.1 EMPRESAS QUE APLICARÃO O MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA 
PATRIMONIAL 
Serão avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial quando no balanço 
patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em 
outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle 
comum. 
Sociedades Coligadas: são as sociedades nas quais a investidora tenha 
influência significativa. 
Sociedades Controladas: aquelas na qual a controladora, diretamente ou por 
meio de outras controladas, é titular de direitos de sócios que lhe assegurem, de modo 
permanente, o poder de eleger a maioria dos administradores. 
 
11. ESTATÍSTICA 
A estatística é o ramo da matemática responsável por métodos e técnicas de 
pesquisa envolvendo experimentos, coleta de dados, processamento, representações 
gráficas, análise e divulgação das informações. 
 Com o decorrer da história, deu-se um crescente aperfeiçoamento e 
desenvolvimento da estatística, que sempre visaram a melhora nos processos
de 
obtenção e recolhimento de informações, possibilitando o estudo adequado de 
diversos fenômenos, fatos, eventos e ocorrências nas diversas áreas do 
conhecimento humano. Portanto fornece ferramentas que ao serem utilizadas permite 
lidarmos com situações sujeitas a incertezas é o principal objetivo do ramo. 
 
11.1 UTILIZAÇÃO NA CONTABILIDADE 
A contabilidade utiliza registros e fatos ocorridos dentro de uma empresa e 
organiza-os em dados numéricos para mostrar a real situação econômico-financeira 
da empresa. 
Segundo Ribeiro (1996), ela fornece informações do patrimônio para facilitar as 
tomadas de decisões dos administradores e proprietários. 
 
46 
 
A contabilidade não é uma ciência exata, e sim uma ciência social, pois é a 
ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial. Todavia, a Contabilidade 
utiliza os métodos quantitativos (matemática e estatística) como principal ferramenta. 
Esta é uma forma de pesquisa utilizada para a coleta de dados, por ter a 
necessidade de decisão a ser tomada dando mais precisão ao problema a ser 
solucionado. 
A estatística é uma coleção de métodos para planejar experimentos para obter 
dados, organizá-los e deles tirar conclusões. (TRIOLA, 1999). Ela utiliza dados 
numéricos para poder determinar e até mesmo prever como um produto/serviço será 
utilizado e se o mesmo trará rentabilidade para empresa ou não. 
 
12. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
A contabilidade é essencial para fornecer informações e sustentar bases para 
que uma visão de médio e longo prazo possa ser construída, porém é a gestão 
financeira quem poderá guiar todo o negócio no âmbito “micro gerencial” no dia a dia, 
no melhor caminho possível até alcançar esse objetivo final. 
A administração financeira é composta por um conjunto de ações tomadas no 
negócio que vão desde o planejamento, até o controle e a análise de todas as 
atividades financeiras que englobam os processos de uma organização. 
Geralmente as áreas de atuação da administração financeira de uma empresa 
podem ser divididas em finanças corporativas, investimentos, instituições financeiras 
e finanças internacionais. Ambas as áreas visam a viabilização do crescimento, 
desenvolvimento e estabilização do negócio. 
 
12.1 OBJETIVO 
Visa consolidar o negócio cada vez mais, oferecendo possibilidades 
de ampliações e bons rendimentos. A eficiência neste caso permitirá ao empresário 
ver um pouco mais adiante e planejar o futuro dos negócios. 
Quando aplicada, a administração financeira passa a controlar os gastos e os 
investimentos do capital para que assim, sejam conquistados mais recursos que vão 
 
47 
 
financiar, por exemplo, equipamentos mais modernos, mão de obra mais qualificada, 
matéria prima de melhor qualidade, melhoria do serviço prestado, além de possibilitar 
ampliações (através de novas filiais), resultando em um maior retorno financeiro. 
Ao falarmos da parte prática da administração financeira de uma empresa, nos 
referimos as análises, otimizações, agilidade e, principalmente, controle. 
Estas são algumas das tarefas envoltas na administração financeira de uma 
empresa: 
 Análise financeira: análise dos resultados financeiros da empresa; 
 Planejamento financeiro: planejamento visando crescimento e melhorias, tanto do 
processo, quanto do fluxo de caixa; 
 Utilização de recursos: negociação que gira em torno da captação de novos 
recursos e da maneiro como estes serão aplicados; 
 Crédito: análise do tipo de crédito que será oferecido aos clientes; 
 Cobrança: cobrança do crédito oferecido aos clientes; 
 Caixa: manter o fluxo de caixa saudável, evitando que o saldo do caixa fique negativo; 
 Contas a pagar e receber: controle de todas as contas a receber, provenientes das 
vendas realizadas, tanto à vista quanto a prazo. Assim como das contas a pagar, que 
se referem à fornecedores, impostos Federais, Municipais e Estaduais), despesas de 
consumo (água, luz, gás) e com pessoal (salários, FGTS, INSS) e manutenção 
equipamentos. 
Portanto através do seu rígido controle, a administração oferece à gestores e 
empresários a possibilidade de ver, de forma clara, a situação da sua empresa para 
que assim, possam tomar suas decisões utilizando-se de dados atualizados, 
praticamente em tempo real, e acessíveis a qualquer instante. 
 
 
 
 
 
http://www.erpflex.com.br/blog/controle-de-custos-da-empresa
http://www.portaltributario.com.br/tributario/tributosfederais.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributario/tributos_municipal.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributario/impostos_estaduais.htm
http://www.erpflex.com.br/blog/encargos-sociais
 
48 
 
13. MÉTODO 
A presente pesquisa se configura como qualitativa. Este modelo interpretativo 
que coleta dados descritivos mediante contato direto e interativo com o objeto de 
pesquisa. (LANDIM et al., 2005). Para a realização do estudo não foi necessário ir a 
campo para obtenção de informações, mas sim a utilização de um programa, além do 
levantamento bibliográfico que conceituou os termos referidos. 
O levantamento bibliográfico explica um problema a partir de referenciais 
teóricos publicados em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como 
parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e 
analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um 
determinado assunto, tema ou problema. (CERVO & BEUREN, 2004, p. 86). 
O Account é um programa desenvolvido exclusivamente para utilização 
didática. Este foi o sistema adotado para a realização dos lançamentos contábeis e 
obtenção dos dados relativos à empresa fictícia “APS Indústria de Torneiras Ltda”. Os 
lançamentos realizados têm como base toda movimentação que vierem a alterar o 
patrimônio do objeto de estudo. 
O software permite o intercâmbio de exercícios eletrônicos e a resolução deles, 
desta forma alunos e professores podem estar conectados a qualquer momento. O 
orientador das atividades práticas supervisionadas poderá visualizar em seu 
computador a situação completa do exercício resolvido pelos alunos e lhes direcionar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
14. CONCLUSÃO 
 
Nesta pesquisa foram abordados os principais temas da Contabilidade de 
Custos no âmbito industrial, buscando entender o funcionamento das formas de 
custos de produção e a importância destas informações para tomada de decisão. 
O software Account propiciou o desenvolvimento do exercício proposto por: 
Ficha de movimentação do estoque de matéria prima como o controle de estoque; 
Alocação dos custos indiretos de fabricação aos departamentos; Apuração do custo 
dos produtos acabados; Lançamentos contábeis no diário; Razonetes; Balancete de 
verificação mensal; Demonstração de resultados e Balanço Patrimonial. 
Juntamente com o levantamento bibliográfico, o sistema sustentou toda 
elaboração e desenvolvimento do trabalho, sendo primordial para a obtenção dos 
resultados que inferiram diretamente no bom crescimento lucrativo da organização, 
pois este forneceu os relatórios fundamentais para que fossem tomadas as medidas 
necessárias. 
Averiguou-se que na “APS Indústria de Torneiras Ltda” o controle do custo de 
fabricação é de extrema importância, pois possibilita enxergar os gastos para que, 
mediante a situação da organização, se tenha base para efetuar a redução dos custos. 
Ao optar pelo “Lucro Real” trimestral cumprindo com as regras para 
enquadramento em tal regime, foram obtidos R$ 819.926,63 de lucro líquido ao final 
do período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
15. BIBLIOGRAFIA 
 
JULIANO, José et al. A Estatística Como Ferramenta na Contabilidade. In: Estatística 
Geral [S. l.], 6 maio 2009. Disponível em: 
http://estatisticageral.blogspot.com/2009/05/estatistica-como-ferramenta-na.html. 
Acesso em: 5 maio 2020. 
 
PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em www.portaldecontabilidade.com.brx. 
Acesso

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