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ANATOMIA DO TÓRAX O tórax é composto por um conjunto de estruturas que pode ser dividido em parede torácica, espaços pleurais, pulmões, hilos pulmonares e mediastino. Superiormente o tórax continua-se com o pescoço e inferiormente é delimitado pelo diafragma. • Uma radiografia do tórax é um exame que serve para auxiliar o médico no diagnóstico ou avaliação da reposta aos tratamentos em várias patologias (doenças), como por exemplo a pneumonia, tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), fraturas, entre outros. (Obs: Na radiografia do tórax, os ossos (costelas, vértebras da coluna, …) surgem a branco (os ossos são mais densos), por sua vez os pulmões, como estão preenchidos essencialmente por ar, aparecem mais escuros. ) Indicações da radiografia do tórax • O exame possui indicação quando existem os seguintes sinais e sintomas respiratórios: tosse, dificuldade respiratória , dor torácica (dor no peito), mas também no caso de trauma, estudos pré- operatórios - avaliação prévia à cirurgia (operação), assim com suspeita de doença cardíaca. Quem pode realizar o exame ? Como existe exposição a uma radiação ionizante o médico deve calcular a relação risco / benefício do exame antes de prescrever o exame. Deve observar caso das crianças e grávidas ou mulheres que suspeitem de gravidez . Como é feita a radiografia do tórax ? A radiografia é realizada por um técnico de radiologia a quem cabe executar as incidências mais ajustadas à região do corpo. O exame do tórax é geralmente realizado em pé, exceto se não for possível para o doente (doentes acamados, acidentados. Para a realização do estudo é geralmente necessária inspiração profunda (encher o peito de ar e aguentar). Em alguns casos pode ser necessário realizar o exame em expiração. Incidências do Raio X de tórax Incidência PA – (póstero-anterior), ou seja, os raios X incidem nas costas do paciente e a película está situada à frente deste. Incidência AP (antero-posterior) é utilizada em situações especiais, quando não é possível realizar a incidência PA (doentes acamados ou que não se conseguem manter em pé), e capta a imagem “de frente” para o tórax . Incidência Lateral ou Perfil é a que nos permite observar o tórax lateralmente (“de lado”). Apesar de menos frequentes, poderemos usar outras incidências especiais (PA em decúbito dorsal, decúbito lateral, lordótica, oblíqua anterior e oblíqua posterior). Incidência PA Incidência AP Incidência Lateral ou Perfil Oblíqua anterior esquerda LORDÓTICA Estruturas Mostradas: Devem ser incluídos completamente os campos pulmonares e as clavículas. Pneumotórax Pneumotórax é a presença de ar entre as duas camadas da pleura (membrana fina, transparente, de duas camadas que reveste os pulmões e o interior da parede torácica), resultando em colapso parcial ou total do pulmão. • Os sintomas incluem dificuldade respiratória e dor torácica. •O diagnóstico é estabelecido através de radiografias. •Normalmente, o tratamento inclui drenagem do ar através de um tubo ou cateter plástico inserido no tórax. • Pneumotórax espontâneo: surge de repente, de modo súbito. • Pneumotórax secundário: surge em decorrência de alguma doença pulmonar. • Pneumotórax traumático: surge em decorrência de acidentes ou traumas torácicos • Pneumotórax hipertensivo: ocorre quando o orifício na pleura exerce um papel de válvula unidirecional, ou seja, cada vez que a pessoa inspira entra mais ar na cavidade pleural, o qual não consegue sair. Pneumopericárdio e Pneumomediastino O Pneumopericardio (ar livre no saco pericárdico) nada mais é do que uma capa que reveste o coração e suas adjacências e Pneumomediastino (ar livre na cavidade mediastinal). Incidência: perfil( pneumopericardio). Em casos de pneumopericárdio hipertensivo nos quais não há evidência de comunicação entre o saco pericárdico e a pleura, uma pericardiocentese de emergência ou drenagem deve ser feita. Contudo, se há tal evidência, uma drenagem pleural é indicada. O sintoma principal do pneumodiastino é dor torácica subesternal, que pode, ocasionalmente, ser grave. As causas principais de pneumomediastino são •Ruptura alveolar com dissecção do ar no interstício pulmonar com translocação para o mediastino. As causas comuns de pneumopericárdio são trauma torácico penetrante, ventilação mecânica (barotrauma), propagação de doenças em órgãos contíguos, cirurgia cardio-torácica, procedimentos invasivos (pericardiocentese), infecção e comunicação anormal entre as vias aéreas e o pericárdio. Os sintomas não são específicos desta entidade, podendo inclusivé o doente estar assintomático Dependendo da causa, o líquido pode ser • Rico em proteínas (exsudado) • Aquoso (transudado) Derrame Pleural O derrame pleural é o acúmulo anormal de líquido no espaço pleural (o espaço entre as duas camadas da membrana fina que reveste os pulmões). •O líquido pode se acumular no espaço pleural como resultado de um grande número de quadros clínicos, incluindo infecções, tumores, lesões, insuficiência cardíaca, renal ou hepática, coágulos sanguíneos nos vasos sanguíneos do pulmão (embolia pulmonar) e medicamentos. •Os sintomas: dificuldade respiratória e dor torácica, principalmente ao respirar e tossir. •O diagnóstico: radiografias torácicas, exames laboratoriais do líquido e, frequentemente, angiografia por tomografia computadorizada. •São drenadas grandes quantidades de líquido com um tubo inserido no tórax. Sangue no espaço pleural (hemotórax): costuma resultar de uma lesão torácica ( um vaso sanguíneo se rompe no espaço pleural). Pode ocorrer acúmulo de pus no espaço pleural (empiema): quando uma pneumonia ou abscesso pulmonar atinge esse espaço. A presença de líquido linfático (leitoso): no espaço pleural (quilotórax) é provocada por uma lesão no principal canal linfático do tórax (canal torácico) ou pela obstrução do canal por um tumor. A presença de urina no espaço pleural (urinotórax): é incomum e pode se acumular se os tubos que drenam a urina dos rins (ureteres) estiverem obstruídos. Os derrames mais graves, em especial os que provocam dificuldade respiratória, podem exigir procedimentos de drenagem. A drenagem geralmente alivia bastante a falta de ar. Derrame Pericárdico O derrame pericárdico consiste no acumulo de líquido, que pode ser plasma ou sangue, na membrana que envolve o coração, podendo provocar um tamponamento cardíaco que é uma situação grave que pode levar à morte. A causa do derrame pericárdico está frequentemente relacionada a pericardite porque o derrame geralmente é uma consequência desta inflamação nas membranas do coração. Algumas causas que podem levar a esta inflamação são: Infarto agudo do miocárdio; Infecções bacterianas, virais ou fúngicas etc.. • Os sintomas do derrame pericárdico porém variam com a gravidade: Dificuldade para respirar; • Dor no peito, geralmente atrás do esterno ou no lado esquerdo do peito; • Piora do cansaço, quando em posição deitada; • Tosse / febre. O diagnóstico do derrame pericárdico pode ser realizado através do exame físico através da ausculta cardíaca, observação dos sintomas, e pode ser confirmado através de exames como radio-x de tórax, eletrocardiograma ou ecocardiograma. Há um grande aumento do índice cardiotorácico com o formato que lembra o de uma garrafa. • Pericardiocentese: procedimento que consiste na introdução de uma agulha e um cateter no espaço pericárdico para drenar o líquido acumulado; Atelectasia A atelectasia pulmonar não é uma doença, mas uma síndrome que pode ocorrer em várias doenças e que consiste na falta de aeração e consequente colapso de parte ou da totalidade de um pulmão, devido a um bloqueio dos brônquios ou bronquíolos. O pulmão, ou parte dele, então “murcha”. Além do prejuízo respiratório, também ocorrem diminuição da oxigenação e outros distúrbioscardiovasculares. • Podemos ter atelectasias obstrutivas, compressivas, restritivas, cicatriciais, tensionais, adesivas, etc. • As causas mais comuns da atelectasia pulmonar são: Acúmulo de secreções espessas, formando uma “rolha” que obstrui os brônquios ou bronquíolos. • Compressão por um tumor. • Derrame plural (líquido na cavidade pleural)etc.. Os sintomas da atelectasia pulmonar variam em função da extensão da lesão e da velocidade de sua instalacão , nas atelectasias agudas, em geral, são: dor torácica, tosse e dificuldade para respirar. O tratamento da atelectasia pulmonar depende da sua causa e tem como objetivo re-expandir o pulmão colabado. Se houver infecção bacteriana deve-se usar antibióticos. Os mucolíticos (medicamentos que facilitam a expectoração) poderão ajudar na eliminação das secreções. A fisioterapia pulmonar também pode contribuir com a mobilização das secreções e a broncoscopia pode ser usada para a aspiração dessas secreções. http://www.abc.med.br/p/sinais-e-sintomas/288890/tosse+ela+tambem+te+incomoda+o+que+fazer.htm Enfisema Pulmonar/DPOC Doença crônica onde os alvéolos são destruídos e dilatados por injúrias, sendo essas lesões irreversíveis e lentamente progressivas. A doença pulmonar obstrutiva crônica, ou DPOC, é a obstrução da passagem do ar pelos pulmões provocada geralmente pela fumaça do cigarro ou de outros compostos nocivos. No raio X encontramos alguns sinais principais: retificação diafragmática, aumento dos espaços intercostais e aumento do espaço retroesternal. Na TC verificamos destruição do parênquima pulmonar que forma vários bolsões de ar (aprisionamento aéreo). https://saude.abril.com.br/tudo-sobre/cigarro Sinais e sintomas – Tosse – Pigarro – Falta de ar e fadiga – Catarro em excesso Fatores de risco – Tabagismo – Histórico familiar – Inalação constante de gases, como fumaça de lenha e produtos tóxicos O tratamento A doença não tem cura, mas uma série de medidas a mantém sob controle e, na medida do possível, devolve um pouco da função pulmonar. Os medicamentos broncodilatadores, que melhoram a respiração, são os mais usados, mas anti- inflamatórios também podem acabam prescritos em alguns casos. https://saude.abril.com.br/blog/boa-pergunta/falta-de-ar-em-jovens-quais-sao-as-causas-mais-comuns/ . Tuberculose A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Os achados radiológicos podem variar desde um granuloma residual calcificado até opacidades em ápices pulmonares e pneumonias cruzadas.A manifestação inicial da doença é o foco de Gohn, que se instala habitualmente no lobo inferior direito. Nessas fases iniciais podemos ver acometimento ganglionar que se mostrará radiologicamente através do padrão hilar É válido ressaltar que alguns casos podem ser mais aparentes, mais gritantes ou mais discretos do que outros. Observe dois exemplos abaixo onde esse sinal está bastante evidente BRONQUIECTASIA
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