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SEÇÃO 01 TRABALHISTA - RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO TITULAR DA VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA/GO
ALBANO MACHADO, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob o nº 123.456.789-00, residente e domiciliado na Alameda do Riacho, nº 125, bairro Vila Paris, CEP 74.000-000, em Goiânia-GO, vem, perante Vossa Excelência, por meio do seu advogado regularmente constituído, cujos dados constam na procuração anexa, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face da Sra. MARIA JOSÉ PEREIRA, inscrita no CPF sob o nº 055.222.345-61, residente e domiciliada na Rua Girassol, nº 380, apartamento 301, bairro Mendanha, CEP 74.100-000, Goiânia-GO, pelos fatos e fundamentos a seguir:
I – DA JUSTIÇA GRATUITA
Considerando que a parte autora não conta com tantos recursos financeiros, requer a concessão de justiça gratuita, com base nos termos legais, já que aquela não tem condições de arcar com as custas processuais sem comprometer seu próprio sustento e da sua família. 
Assim, com fundamento no Art. 790, § 4o, da CLT, c/c 98 e 99 do CPC, requer a concessão da gratuidade.
II – DO ENQUADRAMENTO COMO DOMÉSTICO
O reclamante foi contratado pela Sra. Maria José em dia 01/02/2012 para exercer a função de cuidador de idoso para cuidar do seu marido que, o Sr. Antenor Becha Pereira, que sofreu um acidente vascular cerebral, necessitando de atendimentos especiais.
Com base nos termos da Emenda Constitucional n°. 72/13 e da Lei Complementar n°. 150/15, o reclamante se enquadra como trabalhador doméstico, tendo em vista ter exercido suas funções no recinto familiar doméstico da reclamada, trabalhando mais de dois por semana.
Assim, pugna para que todos os pleitos desta exordial sejam analisados sob o aspecto doméstico.
III – DA JORNADA DE TRABALHO
No decorrer de todo pacto laboral o reclamante trabalhou sob o regime de revezamento no sistema de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso, sempre das 07:00 horas às 19h:00 horas.
Acontece que o artigo 7º, inciso XIII da Constituição Federal de 1988, determina que a jornada de trabalho diária máxima tolerada é de 08 (oito) horas:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
(...)
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Consoante esta previsão constitucional, o TST entendeu que a flexibilização da jornada de trabalho, hipótese do regime 12x36, é admissível desde que aconteça por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho. Neste caso, as horas trabalhadas no referido regime não sofrerão acréscimo do adicional previsto no art. 7º, inciso XVI, da CF/88, se tiverem sido entabulada negociação coletiva. Vejamos o disposto na Súmula n°. 444 do TST:
Súmula nº 444 do TST
JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE. – Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012  - republicada em decorrência do despacho proferido no processo TST-PA-504.280/2012.2 – DEJT divulgado em 26.11.2012
 É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas.
No entanto, o caso sob judice a reclamada ou a categoria a que pertence não celebrou negociação coletiva autorizando a adoção do regime 12x36.
A homologação desta jornada só veio acontecer com a publicação da Lei Complementar nº. 150/15, entrando em vigor em 02/06/2015. Em seu art. 10 há previsão acerca da adoção da referida jornada conforme determinado no contrato de trabalho, o que existe na espécie.
Isto posto, requer a condenação da reclamada ao pagamento das horas extras excedentes à 8ª diária, desde sua contratação em 01/02/2012 até 01/02/2015, com reflexos em aviso prévio, férias mais 1/3, décimo terceiro salário e na multa dos 40% do FGTS.
IV – DO TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS
Com o regime de trabalho 12x36, seu plantão coincidia com domingos e feriados, o que acontece pela própria natureza da jornada de trabalho adotada.
Assim no caso em questão, o reclamante laborou por diversos domingos e feriados sem que houvesse remuneração diferenciada ou folga compensatória pelo trabalho dispensado nestes dias, nos termos da Lei n° 605/49.
Deste modo, requer o pagamento em dobro dos domingos e feriados trabalhados durante todo o contrato de trabalho.
V – DO INTERVALO INTRAJORNADA
É inquestionável que o reclamante nunca gozou de uma hora de intervalo para refeição e descanso, o que é direito dos trabalhadores domésticos assegurado pela publicação da Lei Complementar nº 150/15, positivado em seu art. 13: 
Art. 13.  É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos.
Assim, pelo não cumprimento da obrigatoriedade da intervalo mínimo de uma hora, requer a condenação da reclamada ao pagamento de uma hora extra por dia de trabalho, nos termos da Súmula nº 437, do TST, desde a publicação da Lei Complementar nº 150, em 02/06/2015, até o término do contrato de trabalho, com reflexos em aviso prévio, férias mais 1/3, décimo terceiro salário e na multa de 40% do FGTS.
VI – Da DISPENSA POR JUSTA CAUSA
No dia 06/02/2017, o reclamante foi demitido por justa causa, tendo em vista ter divergido de sua empregadora a Sra. Maria José.
 A reclamada pediu ao reclamante que desse o banho pela manhã do Sr. Antenor, de quem obreiro cuidava todos os dias de trabalho. Entretanto por conviver mais próximo do enfermo, preferia dar o banho após o almoço, tendo em vista ser a hora mais quente do dia. 
Além do mais, a Sra. Maria José não aceitava que apreciava que o Sr. Antenor assistisse televisão, o que na verdade não era considerado pelo reclamante, uma vez que o enfermo se mostrava muito feliz nas horas em que estava assistindo.
Ocorre que, em várias ocasiões durante a vigência do contrato o reclamante e a reclamada discutiram acerca destas questões, mas sempre de forma respeitosa, onde nunca o obreiro foi suspenso ou advertido de suas atividades laborativas em detrimento destes fatos, o que confirma a inexistência de gravidade na conduta por ele adotada.
Neste âmbito, não há duvidas de que a conduta praticada pelo reclamante nunca foi grave sequer para justificar qualquer suspensão ou advertência. Deste modo, a dispensa por justa causa afronta ao caráter pedagógico das punições disciplinares, tendo em vista não ter sido precedida por alguma penalidade.
É notório que no caso em questão não foi respeitado o principio da proporcionalidade, haja vista a dispensa por justa causa ser incabível, uma vez que a conduta do obreiro não foi grave o suficiente para justifica-lha.
Neste sentido é uníssona a jurisprudência pátria:
RECURSO ORDINÁRIO. JUSTA CAUSA. REQUISITOS Cabe ao magistrado apurar e avaliar a dispensa por justa causa com a máxima cautela e razoabilidade, incumbindo-lhe medir e sopesar, adequadamente, os fatos que a ensejaram. Assim sendo, impõe sejam verificadas pelo julgador a tipicidade (enquadramento em uma das hipóteses descritas no art. 482 da CLT) e a proporcionalidade entre a falta e a sanção aplicada, sem perder de vista o caráter pedagógico das penas disciplinares, a imediatidade da punição, a ausensia de perdão tácito e de duplicidade da punitiva. Restando comprovado o fato ensejador da justa causa e a adequação da penalidade aplicada, deve ser mantida a dispensa perpetrada. ( TRT da 3ª Região; Processo: 0000328-66.2015.5.03.0107 RO; Data da Publicação: 14/02/2017; Òrgão Julgador: Oitava Turma; Relator: Convocada Ana Maria Espi Cavalcanti;Revisor: Marcio Ribeiro do Valle).
REVERSÃO DA JUSTA CAUSA. A justa causa, sendo medida de exceção, deve ser provada de forma irrefutável, pelo empregador, de modo a permitir que se verifique a observação dos requisitos objetivos, subjetivos e circunstanciais, dentre esses o nexo de causalidade entre a falta cometida e a penalidade a ser aplicada, a adequação entre a falta e a pena aplicada, a imediatidade da punição e a ausência de perdão tácito, devendo a falta revestir-se de gravidade tal que torne inviável a continuidade da relação empregatícia. No presente caso, não restou configurada a imediatidade na aplicação da penalidade, o que evidenciou o perdão tácito pela empresa, e, nem havendo, também, a comprovação de que a Reclamada tenha adotado penalidades menos gravosas antes da aplicação da pena máxima (rescisão por justa causa), não oportunizando ao Reclamante adequar sua conduta, é de se dar provimento ao recurso obreiro para afastar a justa causa. (TRT 3ª Região. Primeira Turma. 0011256- 14.2014.5.03.0042 (PJe). Recurso Ordinário. Rel. Desembargador Luiz Otávio Linhares Renault. DEJT/TRT3/Cad. Jud. 18/05/2016 P.128).
Por todo exposto, requer a reversão da dispensa por justa causa em dispensa imotivada, com o consequente pagamento de todas as verbas rescisórias que foram sonegadas, como o aviso prévio, férias proporcionais mais 1/3, décimo terceiro salário proporcional e multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. 
Requer também que a condenação da reclamada à emissão dos documentos necessários para sacar o valor depositado na sua conta vinculada do FGTS e para o recebimento do seguro desemprego.
VII – DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
A reclamada além de ter dispensado o obreiro por justa causa sem motivação justa, ainda colocou essa informação na CTPS do trabalhador, o que não é permitido, conforme verifica-se no art.29, §4º da CLT, “É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social”. As anotações devem resumir-se apenas aos dados do contrato de trabalho, sendo vedada qualquer informação que manchem a honra, a imagem ou a dignidade do trabalhador.
Desta forma, a reclamada agiu com abuso de direito, violando a dignidade do trabalhador, o que não pode ser admitido, conforme termos dos arts. 186 e 927, do Código Civil. Sendo pacifico o entendimento na jurisprudência:
AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMADA. DESPROVIMENTO. ESTAGIÁRIO. VÍNCULO DE EMPREGO. MATÉRIA FÁTICA. Não há como ser provido o agravo de instrumento, sob a alegação de violação de dispositivo de lei e divergência jurisprudencial, objetivando a reforma da v. decisão recorrida que concluiu pela existência de vínculo de emprego entre as partes, pois essa pretensão encontra óbice na Súmula nº 126 deste Tribunal Superior do Trabalho. Agravo de instrumento a que se nega provimento.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMADA. DESPROVIMENTO. ESTAGIÁRIO. VÍNCULO DE EMPREGO. MATÉRIA FÁTICA. Não há como ser provido o agravo de instrumento, sob a alegação de violação de dispositivo de lei e divergência jurisprudencial, objetivando a reforma da v. decisão recorrida que concluiu pela existência de vínculo de emprego entre as partes, pois essa pretensão encontra óbice na Súmula nº 126 deste Tribunal Superior do Trabalho. Agravo de instrumento a que se nega provimento. RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. REGISTRO NA CTPS DE QUE A DISPENSA OCORREU POR JUSTA CAUSA, CONFORME ARTIGO 482, ALÍNEA “K”, DA CLT. ANOTAÇÃO CONFIGURADA COMO DESABONADORA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DEVIDA. PROVIMENTO. O artigo 482 da CLT permite que o empregador rescinda o contrato de trabalho por justa causa toda vez que imputar ao empregado a responsabilidade por ato que considere doloso ou culposo e que impeça a manutenção do vínculo empregatício. A CTPS é o meio de prova da existência da relação jurídica típica de emprego. As anotações nela contidas, a cargo do empregador, estão limitadas ao tempo de serviço, às suspensões e interrupções do contrato e remuneração, tão-somente. Não pode pois o empregador, na CTPS, emitir juízo de valor da conduta do empregado. As anotações a serem feitas na CTPS do empregado devem se restringir àquelas especificadas no artigo 29, §§ 1º e 2º, da CLT. Recurso de revista conhecido e provido. (TST, 6ª Turma, Rel. Mins Aloysio Correa da Veiga, processo n. 1019726-21.2003.504.0900, publicado no DEJT em 18/04/2008).
Ao fazer tais anotações na CTPS do reclamante, a reclamada torna público o que deveria se restringir ao âmbito privado dos contratantes, além de dificultar a reinserção do obreiro no mercado do trabalho.
Assim torna-se evidente a afronta ao art. 223-B, da CLT, tendo em vista o dano moral causado ao trabalhador, o que não pode ser permitido.
Desta feita, requer a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado pelo julgador
VIII – MULTA DO ART. 447, §8º, DA CLT
O art. 477, §º, da CLT, dispõe que o empregador deve pagar multa equivalente ao seu salário em caso de atraso no pagamento das verbas rescisórias.
Consoante explanado no item anterior, o caso em questão versa sobre a reversão da justa causa aplicada.
Deste modo, provida a reversão pelo Poder Judiciário, deve ser deferida a multa prevista no citado dispositivo legal, tendo em conta que a conduta ilegal da reclamada acarretou no não pagamento das verbas rescisórias no prazo estipulado pelo próprio art. 477, da CLT.
Assim é o entendimento do Colendo Tribunal Superior do Trabalho:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA - DESCABIMENTO. [...] 2. MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT. JUSTA CAUSA AFASTADA EM JUÍZO. Com o cancelamento da Orientação Jurisprudencial nº 351 da SBDI-1, a jurisprudência desta Corte está firmada no sentido de que a multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT apenas é indevida quando o trabalhador der causa à mora. Nesse contexto, o reconhecimento da dispensa imotivada em juízo não afasta a incidência da penalidade. Precedentes. [...] Agravo de instrumento conhecido e desprovido.” (TST, AIRR-95600-68.2006.5.01.0007, Data de Julgamento: 8/5/2013, Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/5/2013)
“A) AGRAVO DE INSTRUMENTO DA AUTO VIAÇÃO REDENTOR LTDA. RECURSO DE REVISTA. DISPENSA POR JUSTA CAUSA. REVERSÃO EM JUÍZO (SÚMULAS 126 E 296, I, DO TST). DECISÃO DENEGATÓRIA. MANUTENÇÃO. Não há como assegurar o processamento do recurso de revista quando o agravo de instrumento interposto não desconstitui os termos da decisão denegatória, que subsiste por seus próprios fundamentos. Agravo de instrumento desprovido.
B) RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. REVERSÃO DA JUSTA CAUSA EM JUÍZO. MULTA DO ART. 477 DA CLT DEVIDA. Nos casos de justa causa revertida em Juízo, cabe o pagamento da multa do art. 477, § 8º, da CLT, uma vez que todas as significativas verbas da dispensa injusta, incontroversamente, não foram pagas no prazo de 10 dias. O pagamento relativo à rescisão por justa causa não elide a incidência da multa neste caso. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido.” (TST - ARR-297-74.2012.5.09.0013, Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 10/12/2014, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 12/12/2014).
Desta forma, requer a condenação da reclamada ao pagamento da multa prevista no art 477, §8º, da CLT.
IX – DOS PEDIDOS
Diante do que foi exposto e fundamentado, requer, respeitosamente, perante vossa Excelência:
a) A citação da reclamada para, querendo, compareça à audiência e responder à presente, sob pena de revelia e conseqüente aplicação dos efeitos da confissão presumida, quanto à matéria fática (art. 844, caput da CLT)
b) A condenação da reclamada ao pagamento das seguintes parcelas:
b1) Horas extras excedentes à 8ª diária, desde sua contratação (01/02/2012) até 01/01 /2015, com reflexos em aviso prévio, férias + 1/3, décimo terceiro salário e na multa de 40% do FGTS;
b2) Pagamento em dobro dos domingos e feriados trabalhados durante todo o contratode trabalho;
b3) Uma hora extra por dia de trabalho, nos termos da Súmula n. 437, do TST, em virtude da inexistência de gozo integral do intervalo intrajornada, desde a publicação da Lei Complementar n. 150, em 02/06/2015, até o término do contrato de trabalho, com reflexos em aviso prévio, férias + 1/3, décimo terceiro salário e na multa de 40% do FGTS;
 b4) Reversão da dispensa por justa causa em dispensa imotivada, com o pagamento das verbas rescisórias que foram sonegadas, ou seja, aviso prévio, férias proporcionais +1/3, décimo terceiro salário proporcional e multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;
 b5) Indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado pelo julgador;
b6) Multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT;
 b7) Honorários advocatícios previstos no art. 791-A, da CLT
X – DOS REQUERIMENTOS
Protesta provar por todas as provas em direito admissíveis. Bem como, requer ainda, que todos valores apurados sejam atualizados monetariamente e que incidam juros desde a citação. 
Atribui-se a causa o valor de R$ xxxxxx.
Nestes termos,
Pede DEFERIMENTO.
Local, data.
Assinatura.
Endereço Profissional

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