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10 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 149 – MARÇO/2015
INTERAÇõES IÔNICAS E SEUS EFEITOS 
NA NUTRIÇãO DAS plANTAS
Maria Ligia de Souza Silva1 
Anderson Ricardo Trevizam2
 
INTRODUÇãO
A disponibilidade de nutrientes para as plantas é afe-tada por diversas reações de natureza física, química e biológica. Vários mecanismos estão envolvidos, 
dentre eles as interações iônicas, cujo efeito pode refletir na com-
posição mineral da planta.
Conforme relatado por Prado (2008), apesar do processo de 
absorção de nutrientes ser específico e seletivo, existe certa compe-
tição entre eles, podendo ser favorável (sinérgica), quando um íon 
auxilia a absorção de outro, ou desfavorável (antagônica), quando 
a absorção de um íon é prejudicada pela presença de outro. Mars-
chner (2012) afirma que, na realidade, os transportadores iônicos 
raramente são específicos e os íons podem competir diretamente 
pelo transporte. Esta competição é influenciada pelas propriedades 
do próprio transporte e pela diferença na concentração dos íons na 
solução. Espécies, cultivares, como também o estádio de desenvol-
vimento da planta, influenciam os efeitos antagônicos e sinérgicos.
Íons com propriedades físico-químicas semelhantes (valên-
cia e raio iônico) provavelmente compartilham o mesmo transporta-
dor. As proteínas transportadoras auxiliam a passagem dos íons que 
estão na solução rizosférica pela membrana plasmática, atingindo 
o citoplasma das células da raiz. 
diversos estudos são realizados visando aprimorar as formas 
de adubação, com o objetivo de atingir a produção máxima das 
culturas. Porém, não se pode esquecer que o equilíbrio entre os íons 
no sistema solo-planta pode ser um fator limitante fundamental.
As interações entre os elementos afetam desde processos que 
ocorrem no solo, como o contato do nutriente com as células da raiz, 
como na planta, na absorção, transporte, redistribuição e metabolismo, 
podendo induzir desordem nutricional, seja esta por deficiência, seja 
por toxidez, refletindo na produção das culturas (PRADO, 2008).
Na literatura encontram-se três classificações de interações, 
que são antagonismo, inibição e sinergismo. O antagonismo ocorre 
quando a presença de um íon diminui a absorção de outro, inde-
pendentemente da concentração do íon na solução do solo. Esta 
interação pode evitar problemas de toxidez, como, por exemplo, o 
cálcio (Ca2+) impede a absorção exagerada do cobre (Cu2+). 
Na inibição, a presença de um íon diminui a absorção de 
outro. Pode ser dividida em inibição competitiva e inibição não 
competitiva. Na inibição competitiva, dois íons competem pelo 
mesmo sítio do transportador, diminuindo a absorção dos íons que 
estiverem em menor concentração. isso ocorre particularmente entre 
íons com propriedades físico-químicas semelhantes (valência e raio 
iônico), sendo que o transportador não consegue distingui-los. Por 
exemplo, entre cátions alcalinos como potássio (K+), rubídio (Rb+), 
césio (Cs+) e sódio (Na+), e entre ânions, como selenato (SeO4
2-) e 
sulfato (SO4
2-), dentre outros.
A inibição não competitiva acontece quando os íons não 
competem pelo mesmo sítio do transportador. Neste caso, ocorre 
redução efetiva da Vmáx (FERNANdES; SOUZA, 2006). Um 
exemplo dessa interação é o efeito do K+ e do cálcio (Ca2+) que 
frequentemente induzem a deficiência do magnésio (Mg2+).
O sinergismo ocorre quando um íon aumenta a absorção de 
outro íon, proporcionando efeito benéfico no desenvolvimento da 
planta. Por exemplo, o Ca2+ em concentrações muito elevadas aumenta 
a absorção de cátions e de ânions devido ao seu papel na manutenção da 
integridade da plasmalema. Esse efeito tem consequência na prática 
da adubação, considerando-se que, com a calagem, além de haver 
correção do pH do solo também aumenta-se a concentração de Ca2+.
INTERAÇõES
• Nitrogênio x enxofre
As pesquisas no Brasil relatam que a estimativa da eficiência 
global do fertilizante nitrogenado aplicado tem sido ao redor de 
50%, entretanto, sua absorção pelas culturas pode ser alterada pela 
presença de outros elementos, entre eles o S. 
de acordo com Malavolta e Moraes (2007), o N e o S podem 
sofrer sinergismo e influenciar diretamente na qualidade do pro-
duto. Segundo esses autores, o S aumenta o teor de metionina nas 
proteínas dos cereais e o N pode mudar a proporção de albuminas, 
globulinas, polaminas e glutelinas. 
Na fisiologia da planta, a união das rotas metabólicas de 
assimilação do N e do S é representada pela incorporação do sul-
feto na O-acetilserina pela enzima OAS-tiol-liase na formação da 
cisteína (CRAWFORd et al., 2000). O aminoácido O-acetilserina 
é originário da serina por ação da enzima acetiltransferase da serina 
(SATase). Por sua vez, a serina é formada no processo de fotorres-
piração da planta, sendo o N, presente em sua estrutura, produto 
da redução e assimilação do N absorvido do solo (KOPRiVA; 
RENNENBERG, 2004). limitações de N ou S nas plantas são 
manifestadas nesse ponto de convergência das rotas assimilató-
rias, o que ocasiona acúmulo ou carência de produtos sintetizados 
1 Professora Adjunta do Departamento de Ciência do Solo, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG; email: marialigia.silva@dcs.ufla.br
2 Químico, Doutor em Ciências com ênfase em Química na Agricultura e no Ambiente, Pesquisador, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
Abreviações: As = arsênio; Ca = cálcio; Cd = cádmio; Cs = césio; Cu = cobre; K = potássio; Mg = magnésio; Mn = manganês; N = nitrogênio; Na = 
sódio; Ni = níquel; P = fósforo; Pb = chumbo; Rb = rubídio; S = enxofre; Se = selênio; Si = silício; Zn = zinco.
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 149 – MARÇO/2015 11
(PROSSER et al., 2001; NiKiFOROVA et al., 2006), sendo esse 
desbalanço nutricional refletido na síntese de proteínas vegetais 
(diJKSHOORN; van WiJK, 1967).
A interação N x S no metabolismo aparenta não se restringir 
apenas à síntese de proteínas. Em diversos estudos com espécies 
vegetais foi constatada redução na atividade da enzima redutase 
do nitrato sob condições de limitação de S no substrato, o que 
culminou em incremento das concentrações de nitrato no tecido 
vegetal (GiORdANO; PEZZONi; HEll, 2000; THOMAS et al., 
2000; PROSSER et al., 2001). desse modo, infere-se que o meta-
bolismo das plantas pode ser alterado de acordo com a forma de N 
combinada com o S na adubação.
Em trigo cultivado em solo franco arenoso obteve-se res-
posta ao S com uma menor relação N/S (WARMAN; SAMPSON, 
1994). Para canola, o melhor rendimento da cultura foi obtido 
quando a disponibilidade de N e S estava em equilíbrio (JANZEN; 
BETTANy, 1984). A relação N/S ótima foi estimada para a cultura 
em 7:1. lucas et al. (2013) obtiveram aumento da produtividade 
da canola com adubação de N e S, porém, estes não alteraram sig-
nificativamente os teores de óleo e proteína bruta nos grãos. Para 
palmeira, uma relação N/S de 9,4 a 6,4 pode ser considerada ade-
quada para o desenvolvimento da cultura (ABO-RAdy et al., 1988).
Na cultura do feijão, Crusciol et al. (2006) encontraram 
decréscimo da relação N/S na aplicação de S em cobertura; entre-
tanto, os autores obtiveram máxima produtividade com a relação 
N/S de 25,5. Furtini Neto et al. (2000) também encontraram relação 
ótima N/S de 20 para a mesma cultura.
Orman e Kaplan (2011) e Orman (2012) encontraram relação 
N/S variando de 3 a 5,85 para a cultura do tomate. Em ambos os 
trabalhos, os autores destacaram a importância desta relação para 
a cultura. Silva et al. (2014) obtiveram maior produtividade de 
frutos de tomate com a relação N/S de 2,36, conforme ilustrado 
na Figura 1. 
(2010) observou relação benéfica do Si com NH4
+. Quando em alta 
concentração de NH4
+ e em presença de Si houve incrementos na 
produção de matéria fresca e área foliar. Campos (2013) observou 
o mesmo efeito em plantas de cana de açúcar e pepino (Tabela 1). 
Porém, ainda há poucos estudos sobre a eficiência no uso do Si 
para minimizar o estresse, garantindo o melhor desenvolvimento 
dasplantas sob excesso de N, especialmente do NH4
+, que induz 
distúrbios fisiológicos irreversíveis nas plantas.
Figura 1. Relação N/S e produção de frutos de tomate.
Fonte: Silva et al. (2014).
• Nitrogênio x silício
O efeito do Si no metabolismo do N também tem sido 
estudado. Bybordi (2012) e Feng et al. (2010) relatam que com a 
utilização do Si houve aumento na atividade das enzimas redutase 
do nitrato, glutamina sintetase, glutamato sintetase e glutamato 
desidrogenase, melhorando a eficiência no metabolismo do N. 
Em estudo sobre a relação NO3
- e NH4
+, com aplicação de Si (2 e 
4 mmol l-1), em plantas de canola sob condições salinas, Bybordi 
Tabela 1. Efeito das interações entre Si e fontes de N (amoniacal e nítrica 
na dose de 60 mmol l-1) na área foliar e na produção de matéria 
seca da parte aérea de plantas de cana-de-açúcar e pepino.
Doses 
de Si 
(mmol L-1)
Fonte de N
NH4
+ NO3
- NH4
+ NO3
-
Área foliar Matéria seca da parte aérea
 - - - - - (cm²) - - - - - - - - - - - - - (g planta-1) - - - - - - -
Cana-de-açúcar
0 133,43 449,53 1,32 6,88
1 245,25 454,47 2,40 6,94
10 248,03 452,72 2,40 6,93
Pepino
0 394,07 1342,69 1,36 4,34
1 768,20 1345,35 2,70 4,37
10 771,51 1359,55 2,69 4,44
Fonte: Extraída e adaptada de Campos (2013).
• Fósforo x nitrogênio
O fósforo (P) e o nitrogênio (N) interagem de forma sinér-
gica, de acordo com Shuman (1994), pois, em doses adequadas, 
o efeito conjunto na produção vegetal é melhor do que quando 
aplicados separadamente. A absorção de NO3
- é um processo ativo, 
requer energia metabólica para o transporte contra o gradiente de 
potencial eletroquímico, necessitando de substâncias redutoras e de 
ATP (KlEiNHOFS; WARNER, 1990). O suprimento inadequado 
de P pode diminuir a absorção de NO3
- e NH4
+, diminuir a translo-
cação do NO3
- absorvido para a parte aérea (acúmulo de NO3
- nas 
raízes), com acúmulo de aminoácidos tanto nas folhas como nas 
raízes, que pode ser devido à inibição da síntese ou à degradação das 
proteínas (iSRAEl; RUFTy JR, 1988; RUFTy JR, MACKOWN, 
C. T.; iSRAEl, 1990; RUFTy JR et al., 1993; JESCHKE et al., 
1997; ARAUJO; MACHAdO, 2006).
O suprimento limitado de P também tem impacto negativo na 
fixação biológica de N2, pois tanto a redução do N2 atmosférico, que 
ocorre nos bacteroides, quanto a assimilação do NH4
+ em aminoá-
cidos e ureideos no vegetal são processos consumidores de energia. 
Assim, a falta de P reduz a atividade específica da nitrogenase e 
também a concentração de ATP nos nódulos (Sá; iSRAEl, 1991).
Plantas dependentes da fixação do N2 atmosférico têm maior 
necessidade de P para um crescimento ótimo do que aquelas supri-
das com NO3
-. Os processos associados à fixação do N respondem 
mais ao suprimento de P do que aqueles associados ao próprio 
crescimento da planta (CASSMAN et al., 1980; iSRAEl, 1987).
• Fósforo x magnésio
dentre as principais funções do Mg nas plantas destaca-se a 
sua participação como ativador enzimático. Quase todas as enzi-
mas fosforilativas, tanto de incorporação como de transferência 
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do P inorgânico, dependem da presença de Mg, que é capaz de 
formar uma ponte entre o ATP e/ou AdP e a molécula da enzima. 
Essa transferência de energia é fundamental para os processos de 
fotossíntese, respiração, reações de síntese de compostos orgânicos, 
absorção iônica e trabalho mecânico, como a expansão radicular 
(MAlAVOlTA, 2006; PRAdO, 2008; MARSCHNER, 2012).
Ocorre um sinergismo entre P e Mg, ou seja, a absorção de 
P é máxima quando na presença de Mg na solução do solo, por se 
tratar de um carregador de P, como resultado da participação do Mg 
na ativação de ATPases da membrana responsáveis pela absorção 
iônica (MAlAVOlTA; ViTTi; OliVEiRA, 1997; MAlAVOlTA, 
2006).
A interação existente entre P e Mg foi estudada por diversos 
autores (SKiNNER; MATTHEWS, 1990; REiNBOTT; BlEViNS, 
1994, 1997; FAGERiA, 2001; SAlEQUE et al., 2001; lANGE, 
2007). Andrew e Robins (1971), avaliando a adubação fosfatada 
em solo com baixo teor de P, observaram que o aumento das doses 
de P aumentaram as concentrações de Mg em nove gramíneas 
tropicais. Com a combinação de doses de P e de doses de Mg em 
solução nutritiva para o cultivo de Brachiaria brizantha e Brachia-
ria decumbens, Almeida (1998) concluiu que o aumento das doses 
de Mg possibilitou maior acúmulo de P nos casos em que este não 
foi limitante. Já Santos et al. (2004) verificaram que as doses de P 
combinadas às de Mg apresentaram interação significativa para a 
concentração de P e de Mg na parte aérea.
Reinbott e Blevins (1994), submetendo a forrageira festuca 
(Festuca arundinaceae) a doses de P e Mg, demonstraram que o P 
foi determinante para o aumento da concentração de Mg na parte 
aérea da planta, mesmo quando em baixa concentração.
• Fósforo x boro
O baixo teor de P no solo pode interferir no metabolismo 
do B, agravando os sintomas de deficiência e/ou toxidez (SINHA; 
dUBE; CHATTERJEE, 2003). O alto teor de B é conhecido por 
diminuir a concentração de P em folhas de espinafre e amendoim 
(BlAMEy; CHAPMAN, 1979). yamanouchi (1980) relatou que 
o teor de B nas folhas de tomate diminuiu com o aumento do 
fornecimento de P. Kaya et al. (2009) observaram que as altas 
concentrações de B reduziram o peso seco, o rendimento de frutos 
e a concentração de P em plantas de tomate, porém, a aplicação 
complementar de P melhorou a produção de biomassa seca, a pro-
dução de frutos e teor de P nas plantas. 
Com isso, pode-se inferir que doses mais elevadas de P 
podem diminuir a toxidez de B nas culturas, porém, deve-se tomar 
cuidado para não causar um desequilíbrio no metabolismo do B, 
caso a dose de P seja muito elevada.
• Fósforo x zinco (Zn)
Há diversos trabalhos publicados sobre a interação P x Zn 
mostrando que o P pode aumentar a absorção de Zn, mas também 
pode diminuir, e até mesmo não interferir. A adição de P nos solos 
deficientes em Zn pode estimular o crescimento das plantas e, com 
isso, diluir a concentração de Zn nos tecidos, mas também pode 
diminuir o transporte de Zn da raiz para a parte aérea (lONE-
RAGAN et al., 1982; WEBB; lONERAGAN, 1988; ARAUJO; 
MACHAdO, 2006).
Essas informações denotam as diferentes interações entre P e 
Zn, sendo que essas podem ser influenciadas pela espécie estudada 
ou até mesmo pelas condições de estudo, como disponibilidade 
de água, estádio de desenvolvimento da cultura, dentre outras. A 
interação mais comum ocorre quando, adicionando-se P ao solo, há 
diminuição na concentração de Zn na parte aérea, quando este se 
apresenta em teor limitante. A forma como esta diminuição ocorre 
pode variar, como já abordado, podendo ser pelo efeito de diluição, 
diminuição da absorção ou até mesmo restrição do transporte para 
a parte aérea. Conhecer a forma como esta interação ocorre nas 
culturas ajuda a amenizar os possíveis problemas de deficiência 
de Zn nas plantas.
de acordo com loneragan e Webb (1993) e Araujo e Machado 
(2006), a adição de P ao solo pode diminuir a absorção de Zn devido 
à alteração do pH na rizosfera. Com a dissolução dos fertilizantes 
fosfatados são liberados íons H+, e a absorção do Zn é sensível às 
variações de pH. Essa alteração do pH também pode promover a 
precipitação de Zn nos componentes do solo, comprometendo sua 
disponibilidade para absorção pelas plantas. 
Há algumas indicações de que o K+ pode favorecer a absor-
ção de P e Zn, diminuindo a intensidade da interação entre eles 
(AdRiANO; PAUlSEN; MURPHy, 1971; diBB; THOMPSON 
JR., 1985), no entanto, ainda não foram encontrados exemplos desta 
interação em condições brasileiras (ROSOlEM, 2005). O K parece 
exercer maior ou menor influência na absorção de Zn, dependendo 
do pH do solo e das concentrações de Ca na solução, tornando difí-
cil a caracterização da interação (lONERAGAN; WEBB, 1993).
• Fósforo x metais pesados
A interação entre P e chumbo (Pb) foi observada por Miller, 
Hasset e Koeppe (1975) em estudo das propriedadesdo solo na 
disponibilidade de Pb para milho, verificando uma forte ação dos 
ânions fosfatados na precipitação do Pb. Estudos realizados em 
solos com altas concentrações de Zn, cádmio (Cd), Cu e Pb, em 
área de rejeito oriunda da extração e industrialização de Zn, Paim 
(2006) demonstrou que a adição conjunta de silício (Si) e P ao solo 
contribuíram na diminuição da disponibilidade de Zn, Cd, Cu e Pb.
Estudos sobre a imobilização de Pb em solos contaminados 
através da adição de fontes de P são citados também em Cao et al. 
(2003). de acordo com Tang et al. (2004), adições de P em solos 
contaminados com Pb promovem a imobilização deste elemento, 
transformando-o em formas insolúveis.
Diversos trabalhos demonstram a eficácia da aplicação de 
P na remediação de solos contaminados com Pb, entretanto, esse 
resultado também pode ser aplicável a outros elementos, como Cd, 
Zn e Cu (HAMON; MiKE; COZENS, 2002; FAyiGA; MA, 2006; 
CHEN; ZHU; MA, 2006; CHEN et al., 2007), que frequentemente 
podem estar associados à contaminação do solo por Pb. Porém, a 
implementação dessa prática em solos contaminados com diversos 
metais pesados e a avaliação da eficácia da utilização de P sobre os 
diferentes metais pesados são pouco conhecidas (CHEN et al., 2007). 
Exemplo da eficácia é descrito em Fayiga e Ma (2006), que 
utilizaram rocha fosfatada para a imobilização de arsênio (As), Pb, 
Cd e Zn, e concluíram que a rocha fosfatada aumentou significati-
vamente a absorção de As e diminuiu a de Pb e Cd em samambaia 
(Pteris vittata). McGowen, Basta e Brown (2001) avaliaram um 
solo contendo teor total de 69.200 mg kg-1 de Zn, 5.150 mg kg-1 de 
Pb e 1.090 mg kg-1 de Cd, e teores disponíveis de 1.171 mg kg-1, 
12 mg kg-1 e 39,9 mg kg-1, respectivamente. Para a imobilização 
desses elementos aplicaram fosfato diamônico nas doses de 460, 
920 e 2.300 mg kg-1, concluindo que a aplicação da maior dose de 
P foi mais efetiva na imobilização dos teores de Zn, Pb e Cd. 
Wang et al. (2001), estudando um solo com 3.153 mg kg-1 
de Zn, 19 mg kg-1 de Ni, 956 mg kg-1 de Pb e 4,52 mg kg-1 de Cd, 
teores disponíveis, e aplicação combinada de Ca(H2PO4)2 e CaCO3, 
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 149 – MARÇO/2015 13
concluíram que a aplicação desta mistura foi efetiva na redução 
de 96% do Zn, 65% de Ni, 99% do Pb e 98% do Cd disponíveis.
Zwonitzer, Pierzynski e Hettiarachchi (2003) avaliaram 
um solo contendo 29.100 mg kg-1 de Zn, 2.800 mg kg-1 de Pb 
e de 370 mg kg-1 de Cd. Para mobilizar esses elementos no solo, 
adicionaram CaCO3 nas doses de 0 e 2.000 mg kg
-1 conjuntamente 
com KH2PO4 ou fosfato natural nas doses de 0, 1.100 mg kg
-1 e 
2.200 mg kg-1. Os autores concluíram que a disponibilidade de Zn, 
Pb e Cd diminuiu com o aumento da dose de P, independentemente 
da fonte, para a cultura do sorgo.
Trevizam et al. (2010) estudaram a imobilização de Cd em 
solo contaminado e concluíram que a utilização de P interferiu na 
disponibilidade do Cd no solo. A aplicação de doses variando de 
250 a 1.000 mg kg-1 de P reduziu os teores de Cd na alface cultivada 
nesse solo, porém o acúmulo de Cd na planta, nessas doses, aumen-
tou em relação ao tratamento controle (Figura 2). Nesse sentido, 
vale ressaltar que muitos trabalhos verificam a redução dos teores 
de metais pesados na parte aérea das plantas e não o acúmulo, que 
leva em consideração a produção de matéria seca da cultura.
Além do efeito de diluição, também existe a inibição com-
petitiva entre esses íons. O aumento nas concentrações de K+ e Ca2+ 
no solo frequentemente induzem à deficiência de Mg2+ nas plantas 
(Tabela 2) (MARSCHNER, 2012). 
Tabela 3. Matéria seca (MS) de colmos de sorgo sacarino, teores de Ca nas folhas e relação Ca/K no solo, em função da aplicação de calcário e ferti-
lizante potássico.
Calagem
Potássio (kg ha-1)
0 100
Matéria seca de colmos Ca Ca/K Matéria seca de colmos Ca Ca/K
(t ha-1) (g planta-1) (g kg-1) (g planta-1) (g kg-1)
0 10,30 0,98 3,7 11,65 0,83 1,5
4 13,00 1,27 7,4 10,98 0,93 3,1
Fonte: Adaptada de Rosolem et al. (1984).
Figura 2. Correlação entre acúmulo de P e acúmulo de Cd na alface. 
*Significativo a 5% de probabilidade, pelo teste F.
Fonte: Extraída e adaptada de Trevizam et al. (2010).
Tabela 2. Efeito do K+ e do Ca2+ sobre a absorção do 28Mg2+ por plântulas 
de cevada (concentração de cada cátion = 0,25 mM). 
Parte da 
planta 
Mg2+ absorvido [µmol Mg2+ (10 g)-1 raiz fresca 8 h-1]
Mg Cl2 MgCl2 + CaSO4 MgCl2 + CaSO4 + KCl
Raiz 165 115 15
Parte aérea 88 25 6,5
Fonte: Schimansky (1981), em MARSCHNER (2012).
• Potássio x cálcio x magnésio
Trata-se da interação mais conhecida. O aumento no teor 
de K na solução do solo causa diminuição dos teores de Ca e Mg 
nas plantas. isso pode ser explicado pelo efeito de diluição, como 
abordado por Rosolem (2005). Uma planta bem nutrida em K 
cresce mais e, mesmo com a diminuição dos teores de Ca e Mg na 
planta, muitas vezes não há prejuízo no crescimento ou na produção. 
Contudo, se os teores de K forem excessivamente altos, poderá 
haver danos na produção pela intensificação do efeito de diluição.
É interessante destacar que os teores elevados de Mg2+ não 
causam o mesmo efeito sobre o K+ (FONSECA; MEURER, 1997). 
isso ocorre porque o K pode atravessar a membrana plasmática com 
maior velocidade, diminuindo a absorção de cátions mais lentos 
como Ca e Mg. A absorção preferencial do íon K+ ocorre por este 
ser monovalente e de menor grau de hidratação quando comparado 
aos divalentes, no caso o Mg2+ (PRAdO, 2008). A presença de Mn2+ 
na rizosfera também inibe a absorção de Mg2+ pelas raízes, mas tem 
um efeito pequeno na absorção do K+ (MARSCHNER, 2012). isso 
reflete o contraste da especificidade da resposta dos transportadores 
para a absorção de cada cátion.
Já entre Ca2+ e Mg2+ o efeito é antagônico, ou seja, o excesso 
de um prejudica a absorção do outro (MOORE; OVERSTREET; 
JACOBSON, 1961; PRAdO, 2008).
Há vários trabalhos destacando a interação entre K, Ca e Mg, 
como em Rosolem (1989); Rosolem et al. (1992); Mascarenhas et 
al. (2000); Oliveira et al. (2001); Rossetto et al. (2004); Araujo, 
Santos e Camacho (2013), dentre outros.
Rosolem et al. (1984) observaram, por meio da diagnose 
foliar, que os teores de Ca nas folhas de sorgo sacarino diminuí-
ram com a aplicação de K (Tabela 3), resultando em diminuição 
da produtividade.
• Enxofre x selênio
Nas plantas, o Se apresenta propriedades químicas seme-
lhantes às do S e, por isso, partilham vias metabólicas em comum. 
A presença de compostos isólogos nas plantas indica que esses ele-
mentos competem em processos biológicos que afetam a absorção, 
translocação e assimilação nos processos de crescimento das plantas 
(SORS et al., 2005). O Se mostrou ser benéfico no crescimento 
e na qualidade das plantas devido aos seus efeitos antioxidantes 
(Hartikainen, 2005, citado por KESKiNEN, 2012). Nos tecidos 
das plantas, o Se entra nos atalhos da assimilação e metabolismo 
do sulfato, substituindo a cisteína e a metionina nas proteínas. 
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Alternativamente, o Se poderá ser acumulado como derivados meti-
lados ou volatilizados da planta (HAWKESFORd; ZHAO, 2007). 
• Boro x zinco
dentre os micronutrientes, o B e o Zn são os que mais 
limitam o rendimento das culturas. O B está diretamente ligado 
ao crescimento meristemático, à biossíntese da parede celular, ao 
funcionamento da membrana celular, ao transporte de auxinas (AiA) 
e ao metabolismo do carboidrato. O Zn faz parte da composição de 
inúmeras enzimas, a maior parte envolvida na regulação da transcri-
ção do dNA e na síntese e no transporte de RNA, além de manter a 
integridade estrutural da membrana celular (MAlAVOlTA, 2006). 
A deficiência de qualquer um desses nutrientes prejudica fortemente 
o desenvolvimento da planta.
As interações nutricionais interferem na composição mineral 
da planta, podendo um elemento estimular ou inibir a absorção de 
outros elementos (MENGEl; KiRKBy, 2001). Estudosrevelaram 
que a toxicidade do B e a deficiência de Zn estão relacionadas 
(RAJAiE et al., 2009). A diminuição dos teores de Zn em função 
do aumento da concentração de B foi relatada para folhas de tabaco 
(lÓPEZ-lEFEBRE et al., 2002), no milho (MOZAFAR, 1989; 
HOSSEiNi et al., 2007) e limão (RAJAiE et al., 2009) enquanto 
a interação positiva desses dois micronutrientes foi apresentada 
para a raiz de tabaco (lÓPEZ-lEFEBRE et al., 2002) e por outras 
culturas (GREWAl et al., 1998).
Araujo e Silva (2012), avaliando a interação de B e Zn no 
crescimento, desenvolvimento e nutrição do algodoeiro, observaram 
que o teor e o conteúdo de B na parte aérea foram influenciados 
pelas concentrações de Zn na solução nutritiva, de modo que as 
maiores concentrações de Zn proporcionaram maior absorção e 
extração de B pelas plantas de algodão.
• Ferro x zinco
Muitas reações antagônicas têm sido observadas para Fe, 
Mn, Cu e Zn (KABATA-PENdiAS; PENdiAS, 2001). Em solos 
muito ácidos, grande parte das espécies torna-se clorótica quando 
exposta a níveis excessivos de Zn, sendo que a aplicação de sulfato 
ou quelato de Fe corrige a deficiência, indicando que o Zn interfere 
na absorção, translocação ou na utilização de Fe nas folhas, e tal-
vez na biossíntese da clorofila (CHANEY; RYAN, 1993). White, 
Chaney e Decker (1979) verificaram que doses crescentes de Zn 
provocaram aumento na concentração de Mn nas folhas e nas raízes 
e diminuição de Fe nas folhas, e nos tratamentos com doses elevadas 
de Zn as folhas apresentaram-se severamente cloróticas, apesar de 
não conterem níveis deficientes de Fe.
Agarwala, Bisht e Sharma (1977) e Soares et al. (2001) 
observaram que o excesso de Zn reduziu a translocação de Fe para 
as partes aéreas. A presença de Zn inibe o metabolismo do Fe, daí o 
aparecimento de sintomas de deficiência induzida de Fe, que, caso 
severa, se caracteriza por queda dos níveis de clorofila, deixando 
as folhas totalmente cloróticas, e posteriormente esbranquiçadas, 
caracterizando acentuado atraso no crescimento da planta (Figura 
3). Não se sabe a causa da deficiência induzida de Fe provocada 
pelo excesso de Zn, mas a similaridade entre o raio iônico desses 
elementos tem sido apontada como a causa desse fenômeno (WOO-
lHOUSE, 1983; ROMHEld, 2001).
Silva, Vitti e Trevizam (2014) observaram sintomas de 
deficiência de Fe em plantas de soja, demonstrando a interferên-
cia do Zn no metabolismo do Fe (Figura 3), confirmado pelos 
altos teores de Zn (2.562,1 mg kg-1) em relação aos teores de Fe 
(840,9 mg kg-1) no tecido vegetal. 
Figura 3. Evolução (25 dias) crescente dos sintomas de deficiência de 
ferro em folhas de soja (a, b, c, d, e) cultivada em solo com 
alto teor de zinco.
Fonte: Adaptada de Silva, Vitti e Trevizam (2014).
Na diagnose foliar, faz-se a determinação dos teores totais 
dos elementos. A amostra sofre digestão, mineralizando os elemen-
tos, que depois são determinados por métodos diversos. Segundo 
Malavolta, Vitti e Oliveira (1997), em folhas de plantas cloróticas 
os teores de Fe total podem estar mais altos ou, pelo menos, iguais 
aos encontrados em folhas normais. Esses dados sugerem que, nas 
plantas carentes, parte do Fe encontra-se inativado. Nesse caso, 
é conveniente a determinação do “Fe ativo”, e não do “Fe total”.
O Fe tem numerosas funções fisiológicas nas plantas, porém, 
para a expressão dos sintomas visuais, seu envolvimento na forma-
ção do cloroplasto e na síntese de porfirina são os processos mais 
importantes (RöMHEld, 2001). O Fe também compete por sítios 
de absorção na membrana plasmática com o Cd, ocasionando sinto-
mas de deficiência induzida do mesmo (GALLEGO; BENAVIDES; 
TOMARO, 1996; SiEdlECKA; KRUPA, 1999).
• Zinco x cádmio
O acúmulo de Cd nas culturas pode ser influenciado pela 
baixa concentração de Zn na planta, sendo tal efeito explicado pela 
inibição do Cd pelo Zn. Em geral, aplicações de Zn diminuem a 
absorção e acumulação de Cd nas plantas (KölEli; EKER; CAK-
MAK, 2004; OliVER et al., 1994). 
A interação entre Zn e Cd foi constatada em arroz quando a 
deficiência de Zn provocou aumento do acúmulo de Cd (HONMA; 
HiRATA, 1978). Outros trabalhos demonstraram que a aplicação 
de Zn diminuiu o acúmulo de Cd em alface (McKENNA; CHNEy; 
WilliAMS, 1993), parte aérea e grãos de trigo (OliVER et 
al., 1994; KHOSHGOFTAR et al., 2004), e tubérculos de batata 
(MclAUGHliN et al., 1994). 
Köleli, Eker e Cakmak (2004), trabalhando com trigo, três 
doses de Cd e duas de Zn, observaram que os resultados foram 
compatíveis com a hipótese de que o Zn protege as plantas contra 
a toxicidade de Cd. Hart et al. (2002) atribuíram a interação com-
petitiva entre Cd e Zn à existência de um sistema de transporte 
comum nas membranas celulares. Segundo Chaney e Ryan (1994), 
o Zn em níveis altos (1% Zn) nos solos pode agir como protetor da 
planta, bloqueando o Cd e controlando sua absorção, e de humanos 
através dos alimentos. 
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 149 – MARÇO/2015 15
(c) (d)
Oliver et al. (1994) demonstrou que aplicações de Zn na 
cultura de trigo cultivada em solos severamente deficientes neste 
elemento, no Sul da Austrália, diminuíram a concentração de Cd 
nos grãos em até 50%. Mckenna, Chney e Williams (1993), traba-
lhando com alface e espinafre, demonstraram que a adição de Zn 
reduziu em ambos a absorção de Cd pelas raízes e o transporte do 
Cd através do xilema da raiz para parte aérea.
O Zn interfere na translocação do Cd das raízes para as 
folhas jovens por meio do favorecimento da retenção do Cd nas 
raízes, mas um alto teor de Zn na solução do solo pode interferir na 
absorção de Cd pelas raízes (GRANT et al., 1998). A complexidade 
da interação entre Zn e Cd demonstra a dificuldade em se prever 
como as práticas agronômicas afetarão a acumulação desses dois 
elementos nas plantas. Assim, cuidado especial deve ser tomado 
na adoção de novas práticas que são propostas com a finalidade de 
biofortificação com Zn e sobretudo em solos com altos teores de Cd.
CONSIDERAÇõES FINAIS
As pesquisas, de forma geral, estão relacionadas à aduba-
ção com a utilização de um único nutriente, aplicado em doses 
crescentes, procurando encontrar a dose que proporcione a maior 
produtividade da cultura, com menor custo do fertilizante. dessa 
forma, grande parte das interações entre os elementos acabam 
sendo esquecidas. No entanto, o conhecimento dessas interações é 
de fundamental importância para a compreensão da dinâmica dos 
nutrientes no solo e na planta e, consequentemente, para o aumento 
da produtividade das culturas. 
Existem outras interações ainda pouco discutidas na lite-
ratura, como, por exemplo, P x S, N x Cl, P x Se, P x As, N x Ni, 
dentre outras. Algumas das citadas, como P x B, S x Se, N x S, 
S x Mo e também P x Zn possuem literatura escassa. Assim, são 
necessárias mais pesquisas visando a busca do equilíbrio, sobre-
tudo estudos em condições de solos brasileiros. Vale ressaltar que 
os efeitos das interações iônicas, benéficos ou prejudiciais, podem 
ser diferenciados entre as espécies cultivadas.
O conhecimento das faixas de valores, visando compreender 
as interações iônicas, possivelmente poderá auxiliar na redução ou 
no equilíbrio das fontes de fertilizantes a serem aplicadas às culturas, 
promovendo, desta forma, redução dos custos de produção bem 
como minimizando possíveis impactos ambientais. 
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