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Tatiana Valente Técnica cirúrgica No centro cirúrgico tem: Vestiários, conforto médico, central de limpeza e matérias, arsenal, salas cirúrgicas, recuperação pós-anestésica. A equipe cirúrgica é composta por: cirurgião, assistente, instrumentador e anestesista. • A composição da equipe é de responsabilidade direta do cirurgião e deve ser composta exclusivamente por profissionais de saúde. • Todos os componentes devem ser qualificados para auxiliar na cirurgia O mais importante num centro cirúrgico é NÃO CAUSAR INFECÇÃO. Assepsia: manobra realizada com o intuito de manter o doente e o ambiente cirúrgico livres de germes. Anti-sepsia: destruição dos germes. Anti-sepsia do campo operatório: • Degermação: lavar com sabão detergente anti-séptico. • Uso de anti-séptico á base de álcool. Preparo da equipe: • Roupa: uniforme privativo após a remoção de toda a roupa anterior; • Gorros e toucas: cobrir todo o cabelo; • Máscara: abrangendo boca e nariz; • Mãos: assepsia das mãos – Escovação • Aventais estéreis: dupla proteção – paciente e médico • Luvas estéreis: dupla proteção – paciente e médico • Óculos de proteção Escovação: • Eliminar microbiota temporária, reduzir microbiota residente. • Antes da escovação: Lavar as mãos, retirar adornos, manter as unhas curtas e limpas. • Usar Clorexidina. • Lavar todas as áreas • Deixar o produto agir. De 3 a 5 minutos de escovação. Operações fundamentais: • Diérese: Toda manobra destinada a criar descontinuidade de tecidos. Mesmo uma punção com trocarte. • Hemostasia: toda manobra destinada a evitar ou estancar a hemorragia. • Síntese: aproximação correta dos tecidos visando apressar a cicatrização. Diérese: Incisão, Secção, Divulsão, Punção, Dilatação, Serração. Tatiana Valente Instrumentos de Diérese: • Incisão e dissecção: Bisturi • Secção e divulsão: Tesouras, podem ser curvas ou retas, longas ou curtas, pontiagudas ou rombas. o Mayo: tesoura robusta, utilizada para cortes de matérias cirúrgicos como fios e gazes. o Metzembaum: tesoura delicada, utilizada para cortes de tecidos orgânicos MAYO METEZEMBAUM Hemostasia: • Temporária: Pinçamento (pinças hemostáticas atraumáticas); • Definitiva: Ligadura, Cauterização, Fotocoagulação (laser), Sutura, Grampeamento, Obturação (esponjas), Oclusão endovascular. Pinças traumáticas: • Garras com ranhuras transversais. Ranhura em toda a superfície de preensão. Retas ou curvas. Ponta com ângulo reto. Tatiana Valente Ranhura até metade da superfície de preensão. Reta ou Curva. PINÇA KOCHER Pouca usada para hemostasia, muito traumática, dente na ponta. Pode ser reta ou curva. Pinças atraumáticas: Auxiliares/ especiais: • Pinças de dissecção (anatômica e dente de rato); • Pinças de tração ou preensão; Tatiana Valente • Afastadores: dinâmicos e estáticos. Exposição: • Afastadores dinâmicos: • Afastadores autostáticos: Abdome Tórax Especiais: • Instrumentos de preensão: Tatiana Valente Preensão traumática: aponeurose, músculo, subcutâneo, estruturas a serem ressecadas. Preensão atraumática: alças intestinais Síntese: • Porta- agulha • Pinça auxiliar • Sutura, grampeamento, cola, “ponto falso” Pinças: • Instrumento de preensão: Tatiana Valente Anatômica: uso geral, pode usar em órgão ocos ou parequimatosos. Evitar na pele, preensão menos firme. Dente de rato: pele, músculo, aponeurose. Não usar em órgãos ocos ou parenquimatosos. Preensão mais firme. Porta-agulhas: • Instrumentos de síntese puros: Fios de sutura: • Agulhas: Tatiana Valente • Monofilamentares (menos maleáveis): catgut, nylon; • Multifilamentares (mais maléaveis e traumatizantes): algodão, poliéster. • Espessuras diversas. Fio de sutura ideal: • Resistência adequada • Mínima reação tecidual • Não se degradas em produtos tóxicos • Não facilitar a infecção e permanecer estável na sua presença • Calibre e resistência constantes • Coeficiente de atrito adequado • Capacidade de manter a resistência até quando necessária • Velocidade de absorção não afetada pelos líquidos corporais • Ser de fácil manuseio – nó fácil e firme • Ter baixa capilaridade • Não alergênico e não mutagênico • Ser de baixo custo Tipos de fio: Tatiana Valente Mesa cirúrgica: Posicionamento: • Se o cirurgião está à direita, o material se dispõe da direita para a esquerda; • Se o cirurgião está à esquerda, o material se dispõe da esquerda para a direita. Disposição dos instrumentos na mesa: Posicionamento da mesa: Tatiana Valente • Instrumentador fica ao lado do primeiro auxiliar e em posição oposta ao cirurgião. Sutura: Tipos: Sutura em pontos separados: • Vantagens: afrouxamento de um nó não compromete a sutura inteira, menos corpo estranho no interior da ferida, menos isquemiante; • Desvantagens: mais trabalhosa e mais demorada. Sutura contínua: • Velocidade. • Pacientes críticos • Grandes incisões Simetria e boa coaptação das bordas: • Importante para a epitelização Feridas traumáticas: • Anti-sepsia • Anestesia local • Debridamento e retirada de corpos estranhos • Hemostasia • Fechamento • Curativo • Antibióticos • Vacina antitetânica Nós: • Entrelaçamento das bordas livres de um fio, formando uma alça, para comprimir, ligar ou aproximar estruturas. o Ligaduras o Suturas • Técnicas o Primeiro seminó: contenção o Segundo seminó: fixação Tatiana Valente o Terceiro seminó: segurança o Não deixar frouxo o Fios de menor atrito: mais seminós Sondas: • Nasal • Nasogástrica (Levine) • Nasoenteral (Dobbhoff) • Retal • Uretral de alívio • Uretral de demora (Foley) Tatiana Valente Sondagem naso e orogástrica e enteral: Finalidades: • Alimentação: pacientes sem deglutição (mas com motilidade gástrica), complementação alimentar; • Drenagem de ar, líquido: distensão abdominal, hipertimpanismo, vômitos frequentes, HDA, coleta de conteúdo gástrico, pós-operatório de grandes cirurgias abdominais; • Administração de medicamentos: com absorção gástrica; • Lavagem gástrica: HDA/HDB, intoxicações por não cáusaticos. Oro X naso: • Paciente comatoso: oro. • Paciente vigil e lúcido: naso (menos refluxo e vômitos). • Se naso: introduzir perpendicular para não lesar o corneto inferior. Contra-indicações: • Evenenamento por cáusticos; • Estenose de esôfago • Varizes de esôfago • Trauma bucomaxilar • Distúrbios significante da coagulação • Fístula traqueoesofágica • Aneurisma de aorta Material: • Sonda de Levine: borracha ou PVC ( um orifício longo distal) – até 30 dias – drenagem. • Sonda de Duboff: silicone ou poliretano – até 5 meses – alimentação. • Sonda nasogástrica: 9-24 Fr • Sonda nasoenteral: 9-15 Fr Preparação do paciente: • Jejum 4h • Decúbito elevado Procedimento: • Preparar material: separar e testar • Lavar as mãos • Confirmar o paciente e o procedimento • Manter privacidade do paciente • Explicar o procedimento e solicitar a colaboração do paciente • Manter a cabeceira elevada • Posicionamento do examinador: á direita de destro e á esquerda se canhoto • Nasal ou oral: lesões, níveis de consciência, sinusite • Cabeça neutra • Medir sonda: canto da boca, lóbulo da orelha, xifoide, mais de 4cm. • Escolher narina Tatiana Valente • Ângula de 90 graus para baixo (pedir ao paciente para baixar a cabeça quando chegar na nasofaringe) • Checar posição aspirado ou injetando ar (RHA) • RX de abdome Cuidados após oprocedimento: • Atenção diária: vigiar sinusite, deslocamento da sonda, soltura de fixação. • Cabeceira elevada • Lavar cateter Sondagem nasoenteral: • Se nasoenteral introduzir mais 15-25 cm e deixar o paciente em DLD por 30min, • Para utilizar a SNE deve-se esperar 24-48 horas para que haja migração da sonda Sondagem vesical: Indicações: • Retenção urinária: obstrutiva ou funcional • Perioperatório • Coma • Quantificação de débito urinário • Traumas pélvicos e perineais • Irrigação vesical (3 vias) • Instalação de medicamentos Técnica de sondagem: • Asséptica • Degermação • Solução tópica Material: • Sonda vesical: 12-16 Fr • Anestésico local em gel (lidocaína) • Coletor • Insuflar balão com água destilada (10ml) Tatiana Valente • Fixação Complicações da sondagem: • ITU • Lesões de uretra • Obstrução da sonda
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