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Petição Prática Jurídica III

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Universidade Salgado de Oliveira
Professor: Igor Isaac 
Nome: Anna Carolliny Rosado de Medeiros Turma: N4
Matéria: Prática Jurídica III
Primeiro Caso: Enrico X Helena
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO X° JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
ENRICO, brasileiro, solteiro, engenheiro civil, RG n° xxx.xxxx, CPF n° xxx.xxx.xxx.xx, residente e domiciliado na Rua x, n° xx, apartamento xxx, Residencial x, Setor x, cujo CEP: XXXXXX, Niterói-RJ, por meio de seu advogado que a está subscreve, cujo o instrumento de procuração com poderes especiais segue em anexo (documento 01), vem respeitosamente, a presença de vossa excelência, oferecer, QUEIXA-CRIME, com fundamento legal, com fundamento legal, no código 30 do Código de Processo Penal, e no artigo 100, parágrafo 2° do código penal, em face de HELENA, brasileira, solteira, profissão, RG n° xxx.xxxx, CPF n° xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliada na Rua x, n° xx, apartamento xx, Residencial x, Setor x, cujo CEP: xxxxxx, Niterói-RJ, pelos motivos a seguir expostos:
DOS FATOS:
Enrico, ora querelante, planejou dar uma festa no seu aniversário que ocorreria na data 19 de dezembro de 2014, em um local bastante frequentado em sua cidade de Niterói-RJ. Portanto, optou por meio de sua rede social “facebook” convidar seus amigos para à então comemoração.
Acontece, que HELENA, ora querelada, vizinha e ex-namorada, pertencia ao grupo de amigos adicionados na referida rede social de Enrico, meio pelo qual ficou sabendo da comemoração do aniversário do querelante.
Sem motivos esclarecidos, e com a intenção de ofender o querelante, Helena, por meio de seu computador, em sua residência, localizada na cidade de Niterói, fez a seguinte publicação no perfil de Enrico: “ele trabalhava todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pela rua do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa teve que chamar a ambulância para socorrê-lo”.
Enrico, que estava com amigos Miguel, Carlos e Ramirez em seu apartamento, conectado à rede social por meio de seu tablet, ficou muito abalado ao ver a referida mensagem de ofensa na sua página do facebook.
Por relevante, imperial registrar que a repercussão desta mensagem causou grande abalo emocional em Enrico, de tal modo que, tão constrangido pela situação constrangida, cancelou sua festa de aniversário.
Por tamanho dano à sua honra, o querelante instaurou inquérito policial para maiores averiguações.
DO DIREITO:
Dispõem o artigo, 139°, caput, do Código Penal:
“Artigo. 139- Difamar alguém, imputando-lhe o fato ofensivo a sua reputação:
Pena: - detenção, 3(três) meses a 1 ano, sem multa. ”
De acordo com o referido artigo, a simples imputação de fato, verídico ou não, que venha a causar danos em relação a honra do sujeito a quem o fato diz respeito, constitui crime de pequeno potencial ofensivo, ou seja, crimes em que a pena máxima, em abstrato não ultrapasse de dois anos, estabelecendo-se assim, o juizado especial criminal competente para julgar essa ação, conforme disposto na lei 9099/95 em seu artigo 61.
Analisando-se o caso em que foi descrito, não existe nenhuma dúvida de que a querelada, por meio de mensagem ofensiva enviada através da rede social facebook, abalou completamente a dignidade, moral e honra do querelante, acusando-lhe de ter praticado atos que denegriu sua própria imagem.
O código penal dispõe, ainda, em seu artigo 141, inciso III:
“Art.141 – As penas cominadas neste capitulo aumentam-se de 1/3 (um terço), se qualquer dos crimes é cometido:
III- na presença de várias, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, a difamação ou da injúria; “
Nesse sentindo, ressaltando que Helena, além de cometer crime contra a honra, previsto no art.139 caput, o fez intermédio de rede social de grande abrangência, causando, maior divulgação mensagem entre todos os contatos do querelante, razão pela qual deve incidir na causa de aumento de pena descrita no artigo 141, inciso III, do Código Penal.
Vale ressaltar ainda, em conformidade com o artigo 145, do Código penal, este tipo penal somente se procede mediante Ação Penal Privada, eis o porquê do oferecimento da presente Queixa-Crime.
Posto que, é evidente o dolo específico da querelada, na nítida intenção de difamar a imagem no ex-namorado, ora querelante, que difamou em meio de acesso a amigos e empregados, tendo ciência que tal ato à prejudicaria.
Sendo assim, a querelada cometeu o crime de difamação tipificada no artigo 139, do Código Penal, incidindo, ainda, na causa de aumento prevista no artigo 141, inciso III, do mesmo código.
DO PEDIDO:
Ante o exposto, requer à Vossa Excelência, após a manifestação do Ministério Público, o recebimento, processamento e atuação da presente queixa-crime, citando-se a querelada para responder aos termos da presente ação penal, sob pena de revelia e ao final seja condenada nós temos do artigo 139 do Código Penal, tendo sua pena aumentada em 1/3, como dispõe o artigo 141, inciso III do mesmo código.
Requer, outrossim, a produção de todas as provas admitidas em direito e a intimação das testemunhas do rol abaixo.
Pleiteia, por fim, nós termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, que seja ao final fixado valor mínimo de indenização à querelada.
Termos que,
Pede deferimento.
Niterói, 27 de agosto de 2020.
Advogado
(OAB XXXX)

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