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FACULDADE DE AMERICANA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II PROF. KARINA KLOCK DA COSTA RELATÓRIO 3 TROCADOR DE CALOR Grupo 7 Giovanna Domingues Marcelino 20171093 Igor de Souza Silva 20170353 Rafaela Cristina Feitosa Corsi 20171246 Americana 2020 Giovanna Domingues Marcelino 20171093 Igor de Souza Silva 20170353 Rafaela Cristina Feitosa Corsi 20171246 TROCADOR DE CALOR Relatório de prática experimental apresentada na disciplina de Laboratório de Engenharia Química II na Faculdade de Americana. Prof. Karina Klock da Costa. Americana 2020 Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor RESUMO O experimento deste trabalho foi realizado por meio de condições e valores simulados da transferência de calor que ocorre em um trocador de calor, com intuito de analisar a as temperaturas obtidas, das correntes frias e quentes que estão em circulação no sistema. Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 6 3. MEMORIAL DE CÁLCULOS ................................................................................ 7 4. PROCEDIEMENTO EXPERIMENTAL .............................................................. 10 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 11 6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 14 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 15 Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor 1. INTRODUÇÃO Numa planta industrial, seja para condensar ou para aquecer algum fluído sempre haverá a necessidade de instalação de um trocador de calor, isso porque numa reação ou algum processo exige desde troca de calor de matérias até recuperação de calor. Esse equipamento é presente em nossas vidas sem ao menos termos conhecimento científico, seja numa geladeira ou em um ar-condicionado. Em uma planta industrial os equipamentos mudam, ficam maiores e os tipos de trocadores de calor são diferentes e projetados seja para aquecimento ou resfriamento de matéria, recuperação de calor, condensar solventes para reaproveitamento, enfim são inúmeras aplicações. São equipamentos muito importantes para a engenharia, sendo ao longo do tempo desenvolvidos para atender as demandas. Alguns dos tipos de trocadores de calor são duplo tubo, placas e casco e tubos. Sendo o último abordado nesse experimento. Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA De acordo com (Çengel, 2017) os trocadores de calor podem ter nomes específicos de acordo com a aplicação, por exemplo, um condensador ou um evaporador. Sendo o condensador utilizado no resfriamento de um dos fluidos e um evaporador usado na absorção de calor e vaporização. Os trocadores de calor são dispositivos que facilitam a troca de calor entre dois fluidos que se encontram em diferentes temperaturas e talvez o tipo mais comum em aplicações industriais seja o trocador de calor casco e tubos. (Çengel, 2017) Os trocadores de calor casco e tubos são compostos por inúmeros tubos dentro de um casco, enquanto um fluido passa pelos tubos o outro fluido passa pelo casco, fazendo assim a troca térmica. Ainda pode haver o uso de chicanas para orientar o fluido que passa no casco, aumentando a transferência de calor e uniformidade. (Çengel, 2017) Ainda podem ser classificados de acordo com o número de passes no casco e no tubo. O desempenho dos trocadores de calor pode diminuir conforme passa o tempo, isso porque com o tempo há um acúmulo de depósitos na superfície ou interior do tubo. De acordo com (Çengel, 2017), esse acúmulo de depósitos representa uma resistência adicional e diminui a taxa de transferência de calor, esse efeito é corrigido adicionando o fator de incrustação Rf na modelagem. A incrustação mais comum é aquela cuja água utilizada é muito dura, ou seja, rica em cálcio. Para evitar o problema, trata-se a água removendo os sólidos e para correção da incrustação, pode ser feito por abrasão ou tratamento químico. (Çengel, 2017) De acordo com (Çengel, 2017) a incrustação aumenta com o aumento de temperatura e diminuição de velocidade. Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor 3. MEMORIAL DE CÁLCULOS Coeficiente global de transferência de calor (U) Para a determinação do coeficiente global de transferência de calor iremos utilizar a Equação 1, cujo a unidade de U é 𝑊 𝑚2 × 𝐾⁄ 1 𝑈×𝐴 = ∑ 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 = 1 ℎ𝑖×𝐴𝑖 + ln( 𝐷𝑒 𝐷𝑖 ⁄ ) 2×𝜋×𝑘×𝐿 + 1 ℎ𝑜×𝐴𝑜 Equação 1 Sendo que as resistências dependem do mecanismo de transferência de calor, como condução e convecção conforme observamos na Figura 1. Figura 1 Interação de resistências Para o cálculo das resistências por convecção temos as equações 2 e 4, e a resistência por condução a equação 3. 𝑅𝑐𝑜𝑛𝑣,𝑜 = 1 ℎ𝑜×𝐴𝑜 Equação 2 𝑅𝑐𝑜𝑛𝑑 = ln ( 𝐷𝑒 𝐷𝑖 ⁄ ) 2 × 𝜋 × 𝑘 × 𝐿 Equação 3 𝑅𝑐𝑜𝑛𝑣,𝑖 = 1 ℎ𝑖 × 𝐴𝑖 Equação 4 Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor Quantidade de calor Para determinação do calor trocado entre os fluidos ou para alguma temperatura faltante, utilizamos o balanço de energia em cada um dos fluidos no interior de um trocador. Para isto, utilizam-se os calores específicos de cada fluido, conforme demonstrado na Equação 5. 𝑞 = �̇� × 𝐶𝑃 × ∆𝑇 Equação 5 A quantidade de calor total de um trocador de calor pode ser determinada também pela relação entre o coeficiente global de transferência de calor, com a área de troca térmica e diferença de temperatura no interior do trocador Equação 6. 𝑞 = 𝑈 × 𝐴 × ∆𝑇 = ∆𝑇 𝑅𝑡𝑜𝑡 Equação 6 Sendo que a diferença de temperatura no interior do trocador varia com o comprimento do mesmo, sendo determinada pela média logarítmica de temperaturas Equação 7. ∆𝑇𝑚𝑙 = ∆𝑇2 − ∆𝑇1 ln ( ∆𝑇2 ∆𝑇1 ⁄ ) Equação 7 Sendo que os valores de ∆𝑇1 e ∆𝑇2 dependem da configuração do escoamento no interior do equipamento conforme exemplificado nas Figura 2 e Figura 3, sendo (a) Paralelo e (b) Contracorrente. Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor Figura 2 Distribuição de Energia em trocadores de calor com escoamento em paralelo e contracorrente Figura 3 Diferentes escoamentos associados ao perfil de temperatura no trocador de calor Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor 4. PROCEDIEMENTO EXPERIMENTAL O trocador de calor consiste em um modelo casco e tubos, com uma passagem no casco e uma passagem no tubo. Os tubos internos de cobre com diâmetro nominal de 3/8” e o casco consiste em um tubo de acrílico de diâmetro nominal 1 ¼”. Anotado o comprimento dos tubos para determinação da área de troca do equipamento verificou-se a geometria do trocador de acordo com a Tabela 1. Tabela 1 – Dimensões do trocador de calor A 4,15−2 M² De 0,015 M L 0,88 M Utilizou-se a bancada de trocador de calor casco e tubos, variando a vazão dos fluidos e as configurações dos mesmos (contracorrente e concorrente), para determinação das temperaturas de saída. Variou- se também a temperatura de entrada do fluido quente para verificar a variação na quantidade de calor trocado. A vazão do fluido frio foi determinada utilizando um bécker de 2L, um cronômetro e uma balança. Repetimos o procedimento 3 vezes para obter uma média de vazão. Medimos a temperatura da água para utilização da massa específica adequada. Laboratório de Engenharia Química II – Trocadorde Calor 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir dos experimentos realizados e repetidos três vezes para conferência de dados, montamos as tabelas 2 e 3, separadas por escoamento Contracorrente (Tabela 2) e escoamento Paralelo (Tabela 3). Tabela 1 – Dados experimentais: Escoamento contracorrente Q (m3/s) Massa (Kg) Tempo (s) T1 T2 t1 t2 0,000138889 0,63304 5,15 30 26 24 29 0,000277778 0,51584 4,7 30 26 24 29 0,0003472222 0,57762 5,1 30 26 24 29 0,000138889 0,43377 4,7 42 32 23 40 0,000277778 0,41096 4,7 42 32 23 40 0,0003472222 0,42808 4,8 44 31 23 40 0,000138889 0,46411 4,5 30 27 24 29 0,000277778 0,50612 4,8 30 28 24 29 0,0003472222 0,48706 4,9 30 28 24 28 Tabela 3 – Dados experimentais: Escoamento Paralelo Q (m3/s) Massa (Kg) Tempo (s) T1 T2 t1 t2 0,000138889 0,63304 5,15 30 24 25 29 0,000277778 0,51584 4,7 30 25 26 29 0,0003472222 0,57762 5,1 29 24 25 28 0,000138889 0,43377 4,7 46 24 30 41 0,000277778 0,41096 4,7 44 25 32 42 0,0003472222 0,42808 4,8 43 24 32 41 0,000138889 0,46411 4,5 29 24 25 28 0,000277778 0,50612 4,8 30 25 26 29 0,0003472222 0,48706 4,9 29 25 26 28 A partir do cálculo da média de correntes de entrada quente e correntes de entrada fria, consultamos os valores tabelados do Calor específico da água nas determinadas temperaturas, conforme Tabela 4 e Tabela 5, também separadas de acordo sua configuração. Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor Tabela 4 - Média de temperaturas de entrada: Escoamento Contracorrente T1 T2 t1 t2 MEDIA Q CpQ ( 𝐽 °𝐶 × 𝐾𝑔⁄ ) MEDIA f Cpf ( 𝐽 °𝐶 × 𝐾𝑔⁄ ) 30 26 24 29 30 24 30 26 24 29 4178 4180 30 26 24 29 42 32 23 40 42,67 23 42 32 23 40 4179 4180 44 31 23 40 30 27 24 29 30 24 30 28 24 29 4178 4180 30 28 24 28 Tabela 5 - Média de temperaturas de entrada: Escoamento Paralelo T1 T2 t1 t2 MEDIA Q CpQ ( 𝐽 °𝐶 × 𝐾𝑔⁄ ) MEDIA f Cpf ( 𝐽 °𝐶 × 𝐾𝑔⁄ ) 30 24 25 29 29,67 25,33 30 25 26 29 4178 4180 29 24 25 28 46 24 30 41 44,33 32,33 44 25 32 42 4179 4178 43 24 32 41 29 24 25 28 29,33 26,33 30 25 26 29 4178 4179 29 25 26 28 Com a vazão mássica experimental, temperatura e calor específico, utilizamos a equação 5 para o balanço de energia em cada uma das correntes, de acordo com as tabelas 6 e 7. Tabela 6 – Balanço de Energia: Escoamento Contracorrente Q (m3/s) TQ T1 T2 CpQ qQ Tf t1 t2 Cpf qf 0,000138889 -4 30 26 4178 -2,3211 5 24 29 4180 2,9028 0,000277778 -4 30 26 -4,6422 5 24 29 5,8056 0,0003472222 -4 30 26 -5,8028 5 24 29 7,2569 0,000138889 -10 42 32 4179 -5,8042 17 23 40 4180 9,8695 0,000277778 -10 42 32 -11,6083 17 23 40 19,7389 0,0003472222 -13 44 31 -18,8635 17 23 40 24,6736 0,000138889 -3 30 27 4178 -1,7408 5 24 29 4180 2,9028 0,000277778 -2 30 28 -2,3211 5 24 29 5,8056 0,0003472222 -2 30 28 -2,9014 4 24 28 5,8056 Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor Tabela 7 – Balanço de Energia: Escoamento Paralelo Q (m3/s) TQ T1 T2 CpQ qQ Tf t1 t2 Cpf qf 0,000138889 -6 30 24 4178 -3,4817 4 25 29 4180 2,3222 0,000277778 -5 30 25 -5,8028 3 26 29 3,4833 0,0003472222 -5 29 24 -7,2535 3 25 28 4,3542 0,000138889 -22 46 24 4179 -12,7692 11 30 41 4178 6,3831 0,000277778 -19 44 25 -22,0559 10 32 42 11,6056 0,0003472222 -19 43 24 -27,5698 9 32 41 13,0562 0,000138889 -5 29 24 4178 -2,9014 3 25 28 4179 1,7413 0,000277778 -5 30 25 -5,8028 3 26 29 3,4825 0,0003472222 -4 29 25 -5,8028 2 26 28 2,9021 Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor 6. CONCLUSÃO Apesar dos dados simulados e não tendo feito o experimento em laboratório, pode-se perceber pelos dados obtidos que a temperatura está variando conforme o fluido percorre o comprimento do trocador. Observa-se que a temperatura da corrente fria está tendendo a um comportamento constante, sendo reforçada a hipótese considerada na modelagem matemática. Com os resultados obtidos, conclui-se que a temperatura varia à medida que o calor é trocado entre os fluidos. Sendo então reforçada a suposição realizada na modelagem matemática, mostrando que a temperatura da corrente fria apresenta um comportamento aproximadamente constante. Temos uma variação da taxa de calor ao longo do tempo devido a diferença de temperatura das correntes que também diminuem ao longo do tempo, de forma que consequentemente, está variação ocorre também ao longo do comprimento do trocador de calor. Laboratório de Engenharia Química II – Trocador de Calor 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Çengel, Y. A. (2017). Transferência de Calor e Massa : Uma abordagem prática. AMGH.
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