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07.10.20 – Prof. Andrea Vírus é ou não é um ser vivo? para algumas pessoas é um ser vivo, para outras não. O vírus é um material genético ambulante, ele não tem organelas, não tem ribossomos e nem célula. Os vírus são: Não são organismos celulares Não se reproduzem independentemente Não produzem a própria energia Não produzem as próprias proteínas Muito, mas muito pequenos São seres a parte É um ser quase morto O vírus é uma parasita intracelular obrigatório. Vírus apenas se reproduzem dentro de células, pois não podem produzir sua própria energia. Comparação entre o vírus e células eucariotas Propriedade Vírus Células eucariotas Tipo de ácido nucleico DNA ou RNA DNA ou RNA Membrana nuclear Ausente (capsídeo) Sempre presente Membrana lipídica Ausente (envelope – não todos) Sempre presente Ribossomos Ausentes Presentes Mitocôndrias Ausentes Presentes Enzimas Poucas Muitas Mitose Não Sim Material genético do vírus → DNA ou RNA, porém, nós seres humanos vamos ter o material genético DNA e o RNA mensageiro. Nós seres humanos sempre vamos ter membrana nuclear e lipídica, porém, o vírus não. Dentro do capsídeo fica o material genético, ou seja, o vírus tem capsídeo não membrana. Alguns vírus apresentam envelope, não é todos. Vírus 07.10.20 – Prof. Andrea Os vírus não tem ribossomos, nem mitocôndrias e tem poucas enzimas. São as células hospedeiras que vão duplicar o vírus, por isso não existe a mitose. Morfologia Envelope viral Membrana lipoproteica com glicoproteínas de superfície (FV). Confere instabilidade ao vírus - mais sensíveis ao calor, ao dessecamento e aos detergentes e solventes lipídicos. Vírus NÃO envelopados: mais resistentes →Transmissão fecal-oral EX: Hepatite A, polivírus, rotavírus Vírus envelopados: menos resistentes → Transmissão direta: sangue, perdigoto ou contato sexual EX: HIV, herpes-vírus, hepatite B e C, influenza, sarampo, rubéola, varicela-zóster. Capsídeo Viral Capsídeo Viral (estrutura que protege o material genético do vírus). A forma é determinada pelo arranjo de subunidades repetitivas que formam o Capsídeo (cobertura protéica do DNA e RNA) Capsômero - Capsídeo + DNA ou RNA - Nucleocapsídeo Nucleocapsídeos existe em duas formas: helicoidal ou icosaédrica. Proteínas virais Proteínas do Capsídeo: protegem o genoma da degradação por núcleos (FV - Fator de virulência) Proteínas da matriz: comunicação entre o Capsídeo e envelope - medeiam a interação entre as proteínas do Capsídeo e o envelope. Proteínas de superfície: utilizar as proteínas de superfície para se ligar aos meus receptores, para conseguir se ligar a minha célula, ou seja, medeiam a ligação do vírus a receptores específicos no hospedeiro (FV) → Classificação de 07.10.20 – Prof. Andrea acordo com os antígenos de superfície: sorotipos. O material genético é igual, porém, as proteínas de superfície são diferentes, em relação aos sorotipos, ou seja, vai ter antígenos diferentes para cada sorotipo. Sorotipos: imunidade para sorotipo 1, mas contrair a doença pelos sorotipos 2 e 3. Vacinas: devem conter todos os sorotipos. Genoma DNA e RNA Fita simples ou dupla Linear ou circular DNA é sempre uma molécula única RNA pode ser única oi fragmentada Polaridade (+) ou (-) - tem a ver com a posição da fita Vírion: forma completa (infectada) do vírus → Capsídeo + DNA ou RNA → está pronto pra infectar alguém Replicação Os vírus não infectam qualquer célula, existem critérios: Permissividade: Capacidade de uma célula replicar ou não determinado vírus Célula permissiva: Célula cuja maquinaria consegue não somente replicar o genoma viral, mas também ter como produto a montagem de partículas virais infecciosas -- o vírus usa tudo dela e ela réplica ele Célula Susceptível: Célula em cima superfície ocorre a presença de receptores que são reconhecidos pelas proteínas virais → ele engana a célula, fingindo que o ligante do receptor. SARAMPO SOROTIPO I pOLIOVÍRUS SOROTIPO I SOROTIPO II SOROTIPO III 07.10.20 – Prof. Andrea Curva de crescimento viral Período de eclipse: A partir da inoculação, a partícula viral desaparece, deixando apenas o ácido nucleico no interior da célula, ou seja, o vírus deixa o material genético na sua célula e vai desaparecer. Período de latência: Tempo do início da infecção até o aparecimento do vírus extracelularmente, ou seja, o tempo 0, o período de incubação do vírus extracelularmente. Período de crescimento: Um vírion → centenas de vírions, ou seja, a célula começa a reproduzir e montar o vírus e começa a explodir um monte de vírus no meu organismo infectando outras células. Efeito citopático: Alterações funcionais e morfológicas promovidas na célula do hospedeiro ao final do período de latência, ou seja, deixa a sua célula doente. Pra cada vírus vai ter um período de latência Eventos do ciclo explicativo viral Adsorção e penetração → Vírion parental liga-se a membrana celular e penetra na célula hospedeira (glicoproteínas do envelope ou ptn do capsídeo) Desnudamento → O genoma viral é desnudado pela remoção de proteínas do capsídeo, deixando-o livre para funcionar. Síntese de mRNA precoce → Utilizado para síntese de proteínas, como as enzimas, utilizadas para a replicação do genoma. Síntese de mRNA tardio → Síntese do próprio genoma e de proteínas estruturais, como as do capsídeo. Montagem da progênie → União do mRNA replicado a partir do progenitor + proteínas do capsídeo. Podem “roubar” fosfolípides da membrana celular para o envelope. São liberados da célula. RNA precoce - produzir enzimas, responsável por separar as coisas pra produzir o vírus RNA tardio - produz o material genético + as proteínas do Capsídeo 07.10.20 – Prof. Andrea Absorção, penetração e desnudamento A → Fusão com a membrana plasmática. B → Fusão após endocitose mediada por clatrina. C → Fusão após endocitose mediada por caveolina. D e E → Penetração após endocitose mediada por lipídios. Bacteriófagos O Bacteriófagos tem corpo, é isso que diferencia ele de outros vírus. Peças de fixação, faz um furo na célula e injeta o material genético. Ciclo lisogênico O fogo infecta uma bactéria e insere seu DNA no cromossomo bacteriano, permitindo que o DNA do gago (agora chamado de prófago) seja copiado e transmitido pelo próprio DNA da célula. Em resposta a determinados estímulos, como luz UV, o DNA do patógeno é excitado do DNA da bactéria e o gago entra no ciclo lítico. O vírus infecta uma célula, que passa infectando outras células bacterianas, um clico sem limite, o vírus então se reproduz usando bactérias. Ciclo lítico O fago infecta a bactéria, apodera- se dela para sintetizar inúmeros fagos, e então mata a célula por explosão (Lise). Milhões de Bacteriófagos se reproduzem, entram no ciclo lítico e formam milhões de vírus. 07.10.20 – Prof. Andrea Variação em Vírus Recombinação: os vírus trocam segmentos de material genético (DNA ou RNA) por crossing over quando infectam a mesma célula hospedeira, ou seja, eles se fundem → EX: comum nós vírus da gripe (influenza). Mutação aleatória: ocorre uma alteração espontânea na sequência de DNA ou RNA de um vírus. → Comum em HIV.Mecanismos de evasão Defesa do hospedeiro envolvida Mecanismo de escape Vírus que utiliza esse mecanismo Células T citotóxicas Redução da quantidade de proteínas de MHC de classe 1, diminuindo a atividade de células T citotóxicas HIV, HSV, CMV, adenovírus Células T auxiliares (Th-1) Bloqueio de IL-12, o que reduz a formação de células Th-1 e diminui a resposta imune celular. Vírus do sarampo Interferon Bloqueio da síntese de interferon pelas células infectadas pelo vírus EBV Interferon Bloqueio da síntese da cínase que fosforila o fator de iniciação- 2 HIV, influenza e HSV Interleucinas Produção de receptores para imunomediadores; receptores são secretados das células infectadas, se ligam aos mediadores e os inativam Vírus vaccína codifica receptor para IL-1 Quimiocinas Produção de proteínas que se ligam a quimiocinas; essas proteínas bloqueiam a ação das quimiocinas e inibem a migração de células inflamatórias para o local de infecção Vírus vaccína 07.10.20 – Prof. Andrea Complemento Produção de proteínas que se ligam à proteína do complemento C3b; isso bloqueia a ação opsonizante de C3b, assim como sua habilidade de participar na formação do complexo de ataque à membrana HSV Principais doenças virais
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