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A Hermenêutica e a Interpretação do Direito-MÓDULO 7

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A Hermenêutica e a Interpretação do Direito
1. Interpretação do Direito e as Cláusulas Gerais
Podemos observar um corrente uso de cláusulas geral como técnica legislativa para a conformação dos princípios aplicados ao processo e a tutela de direitos dos cidadãos. 
Segundo Soares, citando Alberto Jorge Junior (2004, p. 123) pode-se dizer que as cláusulas gerais funcionam no interior dos sistemas jurídicos, mormente os codificados como elementos de conexão entre as normas rígidas e a necessidade de mudança de conteúdo de determinados valores, em meio a um ambiente social em transformação, operando, dentro de certos limites, a adaptação do sistema jurídico às novas exigências na interpretação desses valores.
Desta forma podemos dizer que, a técnica legislativa das cláusulas gerais vem abrindo a possibilidade da inserção no diploma legal de pautas de valoração oriundas do substrato social, possibilitando aos juízes e à doutrina, com frequência se socorrer de conceitos integradores como ética, boa-fé, dignidade, solidariedade, razoabilidade, probidade, equidade, interesse público, bem comum entre outros.
2. Interpretação do Direito e as Máximas da Experiência
Trata-se de recurso tradicional de controle da atividade jurisdicional, prevista no NCPC no artigo 375 que dispõe: O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial. 
Claramente esta experiência deve levar em consideração o homem médio, que está inserido em determinada cultura e momento histórico. Nestes casos o juiz poderá socorrer-se do senso comum, valendo-se de conhecimentos que devem estar fundados naquilo que comumente ocorre na sociedade, sendo fruto do comumente acontece. 
Cabe lembrar que as regras de experiência não se confundem com os fatos notórios que independem de prova, conforme previsto no artigo 374 do NCPC que dispõe:
Art. 374.  Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
[...]
Tal entendimento se dá porque as máximas de experiência resultam de observações de um indivíduo sobre vários fatos que tiveram a mesma relação de causa e efeito, enquanto que o fato notório não é uma repetição de vários fatos, mas sim, a certeza de um acontecimento.
Segundo Soares “O hermeneuta não pode assim, desprezar as regras /máximas de experiência ao proferir uma dada decisão, devendo, ao valorizar a apreciar as provas dos autos, servir-se daquilo que comumente acontece na vida social”.
3. Interpretação do Direito e o fenômeno da Discricionariedade
Podemos dizer que discricionário está ligado ao poder que as autoridades constituídas possuem de agir com certa liberdade. Por exemplo, no campo do Direito Administrativo, o ato discricionário comportaria um juízo subjetivo, situado no campo da conveniência e oportunidade do administrador, alcançando os motivos e o objeto da providência administrativa (Soares, 2010, p. 116).
No tocante ao campo jurisdicional, há renomados doutrinadores que entendem que o ato de julgar será sempre vinculado e nunca discricionário, já que existe apena uma solução jurídica para determinado caso concreto. Não obstante este entendimento, nos parece mais plausível a corrente que entende quer o ato de julgar não deixa de ser uma atividade discricionária.
“Ao magistrado cabe optar pela melhor interpretação do texto legal, tendo em vista a realização de seus valores e fins, figurando tal opção hermenêutica como o resultado do exercício de um poder discricionário”. (Soares, 2010, p. 119).
Certamente o legislador não poderia antever todos os fatos para discipliná-los à luz das normas jurídicas, sendo certo que a previsão abstrata da lei tem a intenção clara de que seja aplicada a melhor, mais justa e adequada interpretação ao caso concreto, dando margem à discricionariedade que não se pode confundir com arbitrariedade.
4. Interpretação do Direito e a Jurisprudência
Podemos entender o termo jurisprudência como sendo uma fonte do Direito por intermédio da reiteração de julgados num mesmo sentido, capazes de criar um padrão normativo que poderá influenciar futuras decisões. 
Tem importante papel a jurisprudência porque comporta o preenchimento de lacunas do ordenamento jurídico. 
Conforme preceitua Soares citando Eros Grau “... a norma jurídica é produzida para ser aplicada a um caso concreto. Essa aplicação se dá mediante a formulação de uma decisão judicial, uma sentença, que expressa a norma de decisão. Este, que está autorizado a ir além da interpretação tão somente como produção das normas jurídicas, para delas extrair normas de decisão, é aquele que Kelsen chama de intérprete autêntico: o juiz”. (2010, p. 122-123).
Desta forma podemos observar a consagração do poder normativo da Justiça do Trabalho, a uniformização da jurisprudência, súmulas comuns dos Tribunais Superiores, inclusive do STF, bem como a positivação constitucional da súmula vinculante. Aqui um particular sobre a súmula vinculante que além de dirimir uma controvérsia, estabelece um precedente com força vinculante, a fim de assegura que casos futuros análogos sejam decididos da mesma forma.
Para Soares “O juiz, quando interpreta o Direito, jamais é neutro. Ele está revelando o seu conjunto de valores, que serve de inspiração na descoberta da regra ou princípio jurídico adequado ao caso concreto. “ (2010, p. 125).
 
Soares, Ricardo M. F. Hermenêutica e inteerpretação jurídica.São Paulo: Saraiva, 2010.
Exercício 1:
De acordo com o artigo 375 do NCPC o juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
Tal dispositivo legal refere-se: 
A)
às cláusulas gerais.
B)
ao fenômeno da discricionariedade.
C)
à jurisprudência.
D)
às máximas da experiência.
E)
aos princípios gerais do direito.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 2:
Analise as assertivas abaixo:
As máximas da experiência se confundem com os fatos notórios
PORQUE
As máximas da experiência resultam de observações de um indivíduo sobre vários fatos que tiveram a mesma relação causa e efeito, enquanto que o fato notório não é uma repetição de vários fatos, mas sim, a certeza de um acontecimento.
Assinale a alternativa correta:
A)
as duas assertivas são falsas.
B)
a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
C)
a primeira assertiva é veraddeira e a segunda é falsa.
D)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
E)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 3:
Analise as assertivas abaixo:
O poder discricionário está ligado ao poder que as autoridades judiciárias constituídas possuem de agir em estrita e literal observância da lei
PORQUE
Ao magistrado cabe optar pela melhor interpretação do texto legal, tendo em vista a realização de seus valores e fins, figurando tal opção hermenêutica como o resultado do exercício de um poder discricionário.  
Assinale a alternativa correta:
 
A)
as duas assertivas são falsas.
B)
a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
C)
a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
D)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
E)
as duas assertivas são veraddeiras e a segunda não justifica a primeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B)

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