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Exercício de História do Brasil: Do início da colonização às conjurações - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3 Questão 1 de 10 Consegue-se visualizar elementos que compunham um engenho de açúcar do período colonial nas alternativas abaixo, a exceção da alternativa: A - canavial B - casa-grande C - curral D – foral Resposta correta E - senzala Questão 2 de 10 Antonil, jesuíta de origem italiana em viagem ao Brasil durante o século XVIII descreveu as suas impressões sobre a importância e prestígio social de um senhor de engenho do período. Disse ele que O ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser vivido, obedecido e respeitado de muitos. E se for, qual deve ser, homem de cabedal, e governo, bem se pode estimar no Brasil o ser senhor de engenho, quanto proporcionalmente se estimam os títulos entre fidalgos do Reino. Porque engenhos já na Bahia que dão ao senhor quatro mil pães de açúcar e outros pouco menos, com cana obrigada à moenda, de cujo rendimento logra o engenho ao menos a metade, como de qualquer outra que nele livremente se mói; e, algumas partes, ainda mais que a metade. (ANTONIL, André J. Cultura e opulência no Brasil. 3 ed. Belo Horizonte/ São Paulo: Itatiaia/ EDUSP, 1982. p.75). Glossário: Cabedal: riquezas, bens, medidas sobretudo pelo número de escravos que o senhor possuía. Fidalgos: que tem título de nobreza. Pão-de-açúcar: forma cônica dada ao açúcar escuro – hoje chamado de rapadura – após ser retirado das fôrmas. Cana obrigada à moenda: procedimento comum em que o senhor de engenho concedia empréstimo a um lavrador de cana, que se comprometia a moer seu produto no engenho de seu emprestador. Inspirando-se no fragmento acima e de acordo com os seus conhecimentos sobre o ciclo da manufatura do açúcar no Brasil colônia, assinale a única alternativa que demonstre características sobre os senhores de engenho do período: A - latifundiários, possuíam recursos para a produção em larga escala de exportação, residiam na casa-grande e detinham influência e poder local. Resposta correta B - pequenos proprietários, não possuíam recursos próprios para a produção, residiam em casas próximas aos canaviais e vilas da região C - pequenos proprietários, possuíam recursos para a produção em larga escala de exportação, residiam em casas próximas aos canaviais e vilas da região D - trabalhadores livres, possuíam financiamentos para a produção e importação, residiam na casa-grande e detinham influência sobre seus empregados E - trabalhadores livres, possuíam recursos próprios para a produção, residiam na senzala e detinham influência e poder local Questão 3 de 10 Considerando as inúmeras crenças e fé praticadas no contato dos povos no período da colonização europeia brasileira, assinale a alternativa que contenha unicamente exemplos do contato entre as diversas culturas e suas crenças: A - Lendas politeístas, orixás e participação em rodas de batuques B - O consumo de garrafas, a participação em rodas de batuques, orações e amuletos. Resposta correta C - Prática da pajelança, tribunal do Santo Ofício e regulação da língua tupi como língua oficial do Brasil colônia D - Tribunal do Santo Ofício, práticas de tortura da Inquisição e a inflexibilidade do clero regular E - Xamãs (líderes das aldeias”, pajés (“sacerdotes” das aldeias” e crenças das nações indígenas Questão 4 de 10 A Arte de Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil, de 1595 é considerada o primeiro dicionário conhecido da língua Tupi. Foi escrito pelo padre José de Anchieta que tinha por objetivo principal: Fonte:http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_obrasraras/or812098/or812098.html A - a sistematização da língua tupi como fator de agregação de novos sentidos aos povos indígenas. Resposta correta B - agregar conhecimentos à língua latina que era usualmente falada pelos portugueses no período da colonização C - descrever as habilidades linguísticas dos povos americanos e seu caráter poliglota D - influenciar as outras nações do mundo sobre a riqueza da linguagem tupi como uma língua internacional E - interagir com os povos da costa brasileira de forma a transmitir a eles um manual para aprenderem o idioma português. Questão 5 de 10 Observe a análise do historiador Caio Prado Jr sobre o cultivo do açúcar no Brasil colônia. (...) A perspectiva principal do negócio está na cultura da cana-de-açúcar. Tratava-se de um produto de grande valor comercial na Europa. Forneciam-no, mas em pequena quantidade, a Sicília, as ilhas do Atlântico ocupadas e exploradas pelos portugueses desde o século anterior (Madeira, Cabo Verde), e o Oriente de onde chegava por intermédio dos árabes e dos traficantes italianos do Mediterrâneo. O volume deste fornecimento era contudo tão reduzido que o açúcar se vendia em boticas, pesado aos gramas. (PRADO JÚNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1970). Após compreender o ponto de vista do historiador, assinale a alternativa que demonstre o interesse para o cultivo da cana de açúcar no Brasil: A - A burguesia brasileira poderia lucrar com a venda de produtos auxiliares (moenda, foral, etc.) para a extração da cana-de-açúcar B - A mão de obra escrava foi essencial para o florescimento de uma classe assalariada no ciclo açucareiro, os chamados moendeiros C - Apesar do comércio ser desfavorável no período, poderiam alcançar algum lucro pela venda nas ilhas de Madeira e Cabo Verde D - O ciclo de produção de açúcar foi na realidade um surto econômico, não trazendo modificações significativas na colônia portuguesa na América E - O produto era rentável e contava com a experiência de outras possessões lusitanas Resposta correta Questão 6 de 10 A professora Dra. Anita Novinsky, pesquisadora da resistência judaica, analisou os hábitos da Inquisição no território colonial português na América. Dentre as análises, ressaltou o papel da mulher na permanência das práticas culturais de cristãos-novos no Brasil colônia. Descreve ela que: (...) proibida a sinagoga, a escola, o estudo, sem autoridades religiosas, sem mestres, sem livros, o peso da casa foi grande. A casa foi o lugar do culto, a casa tornou-se o próprio Templo. No Brasil Colonial, como em Portugal, somente em casa os homens podiam ser judeus. Eram cristãos para o mundo e judeus em casa. Isso teria sido impossível sem a participação da mulher. (NOVINSKY, Anita W. "O papel da mulher no cripto-judaísmo português". In Comissão para a igualdade e para os direitos das mulheres. O rosto feminino da expansão portuguesa. Congresso Internacional. Lisboa, 1994. Lisboa, 1995, pp. 549-555). Observando o trecho acima, assinale a única alternativa que contenha o sentido de tais proibições apresentadas pela fonte: A - A cristianização dos povos judeus deu-se mais por uma procura de salvação do que propriamente uma imposição de crenças não semitas, pois se assim fosse, não haveriam judeus convertidos durante o período colonial B - A naturalidade com que os povos judeus aceitaram a cristianização impressionou as autoridades da Igreja Católica após o acordo de culto ser restritivo aos lares e espaços exclusivamente judeus C - A valorização do sincretismo religioso presente em vários momentos do Brasil colonial fez da fé de cristãos-novos um exemplo singular; proibições e perseguições foram necessárias para não desvirtuar o ideal unificador da religião judaico-cristã na colônia D - Além da perseguição religiosa, havia ainda o interesse por parte da aristocracia portuguesa dominante no Brasil em usar o Santo Ofício como instrumento de regulação da burguesia colonial em ascensão Resposta correta E - O interesse fundamental estava na vantagem com que católicos e cristãos-novos obtinham com a conversão de novos fiéis, assim, apesar da distância, o reino português via a sua fé divulgada por todo o seu território Questão 7 de 10 Assinale a única alternativa que contenha três modelos preponderantes do Ciclo Açucareiro no Brasil Colônia. A - monocultura – exportação – escravidão Resposta correta B - monocultura– importação – plantation C - monocultura – livre-comércio – escravidão D - policultura – exportação – trabalho livre E - policultura – importação – plantation Questão 8 de 10 O ano de 1759 foi marcado pelo despotismo esclarecido na Coroa Portuguesa, dentre as alternativas abaixo assinale a que corresponde as ações realizadas por Marques de Pombal: A - Administração das corporações de ofício em território colonial B - Criação do primeiro Mercado Comum Europeu C - Estabelecimento das Capitanias hereditárias em solo brasileiro D - Expulsão em definitivo dos jesuítas dos territórios portugueses. Resposta correta E - Oficialização da Ordem Jesuítica em todo território colonial Questão 9 de 10 O trecho a seguir, datado de 1618, foi extraído da Confissão de Pero de Moura, um morador de Salvador, realizada diante do Inquisidor do Santo Ofício quando em uma visitação à Bahia. Leia o documento com atenção. E disse que ele vinha a esta mesa, acusar-se e confessar sua culpa para usar da misericórdia e graça prometida; e estava arrependido de que era haver ano e meio, pouco mais ou menos, que tendo ele, seu irmão, Paulo Correa, nesta cidade muito doente, e desconfiado dos médicos, mandara chamar um Negro de São Thomé por nome Francisco Cucana que tinha fama de feiticeiro. E declarou ele, Confitente, que o dito doente seu irmão sarara com a cura que o dito Negro lhe fizera. Fonte: Livro das denunciações que se fizeram na visitação do santo ofício na cidade do salvador da baía de todos os santos, do estado do Brasil. 1618. Disponível em <https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=2318687>. Acesso em 24 de março de 2020. Considerando-se as informações no documento acima e seus conhecimentos sobre o contexto das visitações do Santo Ofício ao Brasil colônia, é correto afirmar: A - Atvidades de cura praticadas fora da instituição médica eram proibidas pelo Estado e, portanto, perseguidas. B - O Negro de São Thomé estava sendo investigado por práticas de judaísmo, por ser cristão-novo. C - Práticas de cura fundadas apenas na ciência eram consideradas atividades heréticas pela Inquisição portuguesa. D - Por determinação da Coroa, durante o período colonial apenas os Judeus estavam autorizados a realizar práticas de cura. E - As crenças mágicas trazidas pelos africanos escravizados eram combatidas pela Inquisição como práticas de feitiçaria. Resposta correta Questão 10 de 10 Leia com atenção o trecho abaixo, escrito pelo historiador Luís Fernando Cavalheiro: Auto-de-fé significava, em sentido literal, ato da fé, uma recuperação da fé católica. Fazia parte, ainda, de um modelo literário muito importante para o momento: os autos teatrais - como, por exemplo, o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Assim, um auto-de-fé tinha por pretensão encenar a fé como uma maneira de fortalecer e renovar os católicos. CAVALHEIRO, Luís. Uma palavra vale mais que mil imagens. Curitiba: UFPR. 2013. Monografia de final de curso em História. p. 61. O Auto-de-fé citado pelo texto se refere: A - Às apresentações religiosas realizadas pelos primeiros cristãos, nos anfiteatros romanos da Antiguidade. B - Aos debates retóricos entre católicos e protestantes, dentro do contexto da Reforma Protestante. C - Às peças teatrais cômicas, críticas da sociedade portuguesa, durante o governo de Marquês de Pombal. D - Ao espetáculo público de punição dos condenados pela Inquisição católica, durante a Idade Moderna. Resposta correta E - À perigrinação de fiéis em direção a Jerusalém, que buscavam conhecer os locais sagrados ao cristianismo.
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